O goleiro Magrão completa contra o Santos, na Ilha do Retiro, o seu 600º jogo vestindo a camisa rubro-negra, recorde do Sport, recorde no Nordeste. Iniciando a celebração do feito alcançado pelo ídolo, no clube desde 2005, o departamento de comunicação lançou um vídeo promocional de 30 segundos.
O vídeo “600 vezes Magrão” compila lances como a saída precisa no chute de Acosta, nos minutos finais da decisão da Copa do Brasil, a defesa no ângulo, que garantiu a vitória sobre o Colo Colo no Chile, e pênaltis defendidos, incluindo o de Rogério Ceni e os da Copa Sul-Americana contra o Náutico…
Pela primeira vez, em 28 edições, todos os oito clubes classificados às quartas de final da Copa do Brasil chegam com status de “ex-campeões”. No currículo, ao menos uma taça para cada. Ao todo, 18 títulos, que correspondem a 66% de todas as copas já erguidas. Na reta final de 2016 seguem os recordistas Grêmio e Cruzeiro, tetracampeões, o atual campeão Palmeiras e uma surpresa, o Juventude, campeão em 1999 diante de 100 mil botafoguenses no Maracanã.
Curiosamente, o clube gaúcho definiu o último confronto, contra São Paulo. Embora tricampeão mundial. o tricolor paulista jamais conquistou a Copa do Brasil – foi vice em 2000, sofrendo um gol aos 45 minutos do segundo tempo. Ou seja, a zebra (?) garantiu um mata-mata 100% copeiro nesta temporada. Na manhã seguinte ao encerramento das oitavas de final, com a eliminação de nordestinos e cariocas, a CBF sorteou o chaveamento até a decisão. Nas quartas, decidem em casa Juventude, Inter, Palmeiras e Cruzeiro.
Pitacos para as semifinais? Pelo blog: Atlético-MG x Santos e Palmeiras x Cruzeiro
Títulos da Copa do Brasil entre os quadrifinalistas de 2016 4 – Grêmio (1989, 1994, 1997 e 2001) e Cruzeiro (1993, 1996, 2000 e 2003) 3 – Corinthians (1995, 2002 e 2009) e Palmeiras (1998, 2012 e 2015) 1 – Inter (1992), Juventude (1999), Santos (2010) e Atlético-MG (2014)
Número de clubes campeões nas quartas de final em cada edição* 8 campeões – 2016 7 campeões – nenhuma edição 6 campeões – 1996 e 2015 5 campeões – 2013 4 campeões – 1997, 2004, 2009 e 2014 3 campeões – 1995, 1999, 2000, 2001 e 2010 2 campeões – 1992, 1993, 1994, 2003, 2006, 2008, 2011 e 2012 1 campeão – 1991, 1998, 2002 e 2005 Nenhum campeão – 1989, 1990 e 2007 *Obviamente, a pesquisa sobre os campeões vai até o ano de cada edição
Santa Cruz e Sport voltam a figurar juntos na franquia Fifa Football após nove anos. No game Fifa 17, os rivais das multidões estão entre os 23 clubes brasileiros licenciados junto à produtora EA Sports. No caso dos recifenses, nomes e uniformes originais, com dois modelos para cada. No rubro-negro, padrões da linha 2016/2017, enquanto os corais estão com os modelos da linha 2016 – acima, imagens do console Xbox One. Ao contrário do Pro Evolution Soccer, a camisa leonina traz o patrocínio da Caixa Econômica Federal. No tricolor, os dois games digitalizaram todas as marcas estampadas na camisa.
Em relação aos nomes e características físicas, todos os jogadores são genéricos. No Sport, nada de Magrão, Durval, Rithely e Diego Souza, mas Serpinho, Barbosaldinho, Sandinho e Rocha. No Santa, em vez de Tiago Cardoso, João Paulo, Keno e Grafite, Adrianiscito, Acunha, Milaçar e Boas Santos. Há a promessa da EA Sports de uma atualização online dos elencos.
Presentes na “Liga Brasil”, composta por 18 participantes da Série A de 2016 (os outros cinco estão na opção “resto do mundo”), os times de Santa e Sport serão jogáveis no modo carreira, no qual o player vai “evoluindo” o seu personagem (soma de técnico e dirigente) com resultados nacionais e internacionais, exposição da marca, finanças, revelação de atletas etc.
Eis o scout da dupla pernambucana…
Santa Cruz Fundado em 1914, o Santa Cruz Futebol Clube tem a sua sede no Recife. Compete atualmente na Série A, o nível mais alto do Campeonato Brasileiro
Estrelas: 3,0
Força média: 70,3 Transferências: $ 1.713.800 Valor do clube: $ 4.510.000
Sport Fundado em 1905, o Sport Club do Recife tem a sua sede no Recife. O clube conquistou o campeonato nacional uma vez e também uma copa do país Estrelas: 3,0
Força média: 69,0 Transferência: $ 2.970.000 Valor do clube: $ 9.900.000
O adversário era dos mais complicados nas oitavas da Sul-Americana, o atual campeão colombiano, investindo em seu primeiro título internacional. Ainda assim, esse cartaz foi sumindo durante o jogo, numa atuação bem irregular do Independiente Medellín. Errando passes no ataque, sem tanta cobertura no meio-campo. E mesmo assim construiu uma vantagem considerável jogando em casa, 2 x 0. Para isso, um Santa Cruz sem força ofensiva, resguardado na defesa durante os noventa minutos e penalizado mais uma vez no fim. Apesar do comunicado oficial da direção coral, na véspera, negando a formação mista, o qual o blog não concordou, a ausência de Keno, João Paulo e Léo Moura, sobretudo os dois primeiros, foi bastante sentida pelo time.
Não houve escape. À frente, Grafite batalhou pela bola, mas sequer finalizou, chegando a 13 jogos sem balançar as redes. Bruno Moraes ficou no banco e lá permaneceu até o fim, numa decisão controversa de Doriva – afinal, se viajou, tinha condições de jogar. Com uma formação 4-1-4-1, mas marcando bem atrás da linha da bola, a peça mais próxima ao Grafa foi Arthur, limitado uma (boa) cobrança de falta no primeiro tempo. Cumpriu o papel tático de combater a saída de jogo do DIM, mas não agrediu a meta a adversária.
Após a pressão inicial dos colombianos, com a bandinha tocando sem parar no Atanasio Girardot, os corais esfriaram o jogo. E justamente neste momento saiu o gol do mandante, aos 38, numa ótima infiltração. Caicedo tocou para Hechalar, que, cara a cara com Tiago Cardoso, bateu rápido, sem chances. Apesar de ter ido para o vestiário em desvantagem, o time pernambucano, em sua primeira apresentação oficial fora do país, jogava de forma organizada. Faltava Keno no contragolpe. Ou seja, faltava tudo. E era preciso também diminuir erros nas laterais, sobretudo na esquerda, com Allan Vieira – a cada má atuação, aumenta a lamentação pela longa contusão de Tiago Costa.
Se não levava perigo, lá atrás Néris e Danny Morais tiravam tudo. Mas a recorrente deficiência na bola cruzada se fez presente, de forma cruel. Aos 42, outra vez com a bola de pé em pé, o Independiente virou o jogo para a direita, com o cruzamento de lá à pequena área. Falha de marcação de Danilo Pires, bem distante de Cortés, que cabeceou no contrapé do goleiro coral. O time foi vazado após os 40 minutos do segundo tempo em 4 dos últimos 5 jogos, numa situação que vem minando a confiança. Dentro de uma semana, o Santa precisará de confiança, de Keno, João Paulo, Léo Moura e de sua torcida. Talvez essa soma empurre o time às quartas, feito ainda inédito para o Nordeste.
A partida entre Santa e Independiente, em Medellín, completou o ciclo de jogos no exterior do Trio de Ferro. Agora, todos têm experiências em competições oficiais da Conmebol. Um histórico iniciado em 1968, com o Náutico, representando o Brasil como vice da Taça Brasil. Em nove partidas, visitas a Venezuela, Peru, Chile, Equador, Paraguai, Argentina e Colômbia, com 3 vitórias, 1 empate e 5 derrotas, considerando apresentações na Libertadores (1968, 1988 e 2009) e na Sul-Americana (2013-2016). Abaixo, registros de agências fotográficas que cederam imagens ao Diario de Pernambuco ao longo dos anos. Por sinal, nota-se o avanço das imagens, da dificuldade em jogos noturnos, impressões em preto e branco e, enfim, câmeras digitais.
Em relação aos demais países filiados da Conmebol, faltam viagens pernambucanas a Uruguai e Bolívia. Esperamos em breve…
21/09/2016 – Independiente (COL) 2 x 0 Santa Cruz (Sul-Americana, Medellín) O duelo entre o campeão colombiano e o campeão nordestino foi transmitido para toda a América Latina pelo canal Fox Sports. Em campo, os corais jogaram sem três titulares, sofrendo o segundo gol no finzinho, dificultando bastante o jogo de volta, no Arruda.
30/09/2015 – Huracán (ARG) 3 x 0 Sport (Sul-Americana, Buenos Aires) Após o empate no Recife, com André marcando para o rubro-negro, a igualdade permaneceu durante todo o primeiro tempo em Buenos Aires. Nos 45 minutos finais, porém, três gols do mandante, que posteriormente seria vice na Sula
25/09/2013 – Libertad (PAR) 2 x 0 Sport (Sul-Americana, Luque) O primeiro jogo internacional de um clube do estado pela Sul-Americana inicialmente ocorreria na casa do Libertad, em Assunção, mas mudou de palco porque rubro-negro exigiu o cumprimento do regulamento, que demandava uma capacidade mínima de 10 mil. A Conmebol atendeu. Em campo, não adiantou. Na volta, reservas e outro revés.
29/04/2009 – LDU (EQU) 2 x 3 Sport (Libertadores, Quito) Com dois gols de Andrade, o Leão virou o jogo sobre o atual campeão continental e terminou na liderança do “grupo da morte”. Foi a primeira vitória de um clube brasileiro no estádio Casa Blanca em jogos na Libertadores.
18/02/2009 – Colo Colo (CHI) 1 x 2 Sport (Libertadores, Santiago) O jogo (e estreia) teve a presença de 1.800 torcedores rubro-negros no estádio David Arellano, o recorde de uma torcida estrangeira no local até então, superando o Boca Juniors. A vitória veio com gols dos atacantes Ciro e Wilson.
22/07/1988 – Alianza (PER) 0 x 1 Sport (Libertadores, Lima) De muito longe, o lateral-direito Betão marcou o solitário gol da vitória leonina, num jogo transmitido ao vivo para o Recife, pela Globo Nordeste. O resultado deu sobrevida à primeira campanha internacional do rubro-negro.
18/07/1988 – Universitario (PER) 1 x 0 Sport (Libertadores, Lima) Foi a segunda derrota seguida do time pernambucano na competição, pressionando bastante o jogo seguinte. No fim daquela campanha, perderia a vaga justamente para o Universitario, com um empate sem gols em casa.
31/01/1968 – Deportivo Galicia (VEN) 2 x 1 Náutico (Libertadores, Caracas) O segundo gol do Galicia foi irregular, segundo relato do jornal na época. Com status de vice-campeão brasileiro, o Timbu decepcionou em solo venezuelano, com críticas da crônica esportiva recifense pelos dois jogos sem vitória por lá.
27/01/1968 – Deportivo Portugués (VEN) 1 x 1 Náutico (Libertadores, Caracas) O meia Ivan Brondi, atual presidente do clube alvirrubro, empatou o jogo, garantindo o primeiro ponto do clube no grupo 5 da Liberta.
A notícia de que Keno, João Paulo e Léo Moura não embarcaram em São Paulo para Medellín, retornando ao Recife antes do jogo contra o Independiente, pela Copa Sul-Americana, rendeu polêmica entre torcedores e imprensa. Estaria o Santa, em decisão da direção e da comissão, preterindo o jogo internacional, em 21 de setembro, para focar na luta pela permanência na Série A?
Após muita cobrança nos perfis oficiais do clube, no facebook e no twitter, o tricolor emitiu um comunicado oficial justificando a decisão. Trata a não utilização do trio como foco na própria Sula, com força máxima (técnica e fisicamente) dia 28, no Arruda. Ao menos na visão do blog, a ausência dos jogadores configura, sim, em uma formação mista no primeiro jogo contra DIM. Keno é o maior destaque ofensivo, João Paulo o ponto de equilíbrio do time, e Léo Moura vem com bom rendimento nos cruzamentos, num escape pela direita.
Também pesa limitar a 90 minutos, no âmbito técnico, a decisão do confronto. Além disso, enquanto no Campeonato Brasileiro o clube te 11% de chance de escapar, uma eventual classificação às quartas da Sula valeria uma premiação de R$ 1,5 milhão e o status de maior campanha nordestina no torneio.
De toda forma, está aberto o debate… A nota foi convincente?
A Seleção Brasileira completa em Natal o ciclo de jogos pelas Eliminatórias da Copa de 2018 em arenas do Nordeste. Contra a Bolívia, em 6 de outubro, o público pagará o ingresso mais caro, em comparando às apresentações em Salvador, Fortaleza e Recife. A capacidade reduzida da Arena das Dunas, com 31 mil lugares, aparece como uma explicação plausível. Porém, o aumento relação ao jogo na Arena Pernambuco foi de 50% no tíquete mais barato – meia entrada para o anel inferior atrás da barra em Natal e meia no anel superior em São Lourenço. A tendência é de um tíquete médio bem acima de R$ 110, o já elevado dado registrado no clássico entre brasileiros e uruguaios no estado.
A venda de ingressos, online, começa em 22 de setembro. Acima, o registro do estádio com todos os setores marcados, captado pelo blog no site, antes de a página ser retirada do ar. Vale lembrar que a CBF comercializa em parceria com o Guichê Web, cobrando 15% de taxa de conveniência. Como a carga é vendida basicamente na internet, na prática todos os ingressos devem sair mais caros.
Essa tende a ser a oportunidade mais próxima do Recife neste ciclo mundialista, com 286 km via estrada, pela BR-101, ou 254 km no trajeto aéreo, com voos diretos. A tendência é de pelo menos 16% do público oriundo de estados próximos, repetindo o perfil da torcida no clássico entre Brasil e Uruguai.
Arena das Dunas (06/10/2016): Brasil x Bolívia Arquibancada inferior (norte e sul): R$ 150 (inteira) e R$ 75 (meia) Arquibancada superior (leste e oeste): R$ 170 (inteira) e R$ 85 (meia) Arquibancada inferior (leste e oeste): R$ 220 (inteira) e R$ 110 (meia) Premium: R$ 300 VIP: R$ 350 Camarote: R$ 400 (por pessoa) Setor Villa Mix: R$ 350
Público: 31.375 (estimativa máxima)
Arena Pernambuco (25/03/2016): Brasil 2 x 2 Uruguai Arquibancada superior: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia) Arquibancada inferior: R$ 160 (inteira) e R$ 80 (meia) Lounge (oeste inferior): R$ 200 Deck premium (leste): R$ 200
Camarote: R$ 300 (por pessoa)
Setor Villa Mix: R$ 250
Mais de 80 sugestões de uniformes já foram cadastradas no concurso “Manto das Multidões”, que resultará no 5º padrão oficial do Santa para a temporada 2017. Numa ação em conjunto entre o clube e a Penalty, a fornecedora oficial, os torcedores vão criando e cadastrando modelos de camisas corais. Promovendo o concurso, nas redes sociais, a marca mostrou três dessas camisas.
Dessas, a central tem um design sóbrio. A da direita tem poucas chances…
Até o fim de setembro, as cinco melhores serão pré-selecionadas por representantes do Santa e da empresa. Na fase final, votação aberta aos sócios durante onze dias, entre 30 de setembro e 10 de outubro. A camisa escolhida será utilizada na estreia da Copa do Nordeste, com o tricolor defendendo o título.
Na página, o torcedor faz o download do modelo para em seguida usar a criatividade, seguindo inúmeros caminhos com as cores corais. Com a camisa pronta, é preciso fazer o upload do arquivo (jpeg, png, pdf ou tiff) no próprio site
No último ano, o blog mostrou 29 mockups de camisas tricolores. Veja aqui.
“As lágrimas vieram porque o futebol estava morrendo um pouco….”
No embalo da primeira incursão do futebol pernambucano na Colômbia, através do Santa Cruz, nas oitavas da Copa Sul-Americana, vamos a um relato histórico do esporte no país, envolvido com o narcotráfico. Inclusive o adversário coral, o Independiente de Medellín, com ninguém menos que o “El Patrón”, Pablo Escobar. O texto a seguir é uma tradução da reportagem do jornal Marca, publicada em 9 de setembro de 2015 (entre parênteses, observações do blog).
O futebol colombiano ainda vive hoje um pouco à sombra de um passado obscuro, quando, nos anos 80, os narcotraficantes tomaram conta do esporte, dirigindo clubes e contratando grandes jogadores, até então impensáveis para o futebol local. Pablo Escobar e companhia usaram o esporte das massas para ganhar popularidade entre o povo colombiano, lavar dinheiro do tráfico e também com o fim mórbido de levar a guerra do narco aos campos de jogos.
Unión Magdalena O Unión Magdalena foi o primeiro clube colombiano a contar com dinheiro ilícito da droga. No fim da década de 1970, os irmãos Dávila Armenta, suspeitos de traficar maconha na época, salvaram o clube do rebaixamento e ainda o levaram à disputa do título em 1979 (após uma ótima primeira fase, o clube acabaria na 4ª posição geral, com o jejum de títulos em vigor desde 1968).
Atlético Nacional O Nacional de Medellín foi o “time de excelência” de Pablo de Escobar, considerado o narcotraficante mais poderoso da história da Colômbia. Em 1989, o clube ganhou uma Libertadores (a primeira do país) envolta em polêmica devido à alegação de manipulação do torneio por parte de Escobar. Tal era o descaramento na relação com Escobar que vários jogadores visitavam o traficante em sua prisão domiciliar para jogar uma pelada com ele (o clube voltou a conquistar a Libertadores em 2016, já sem a sombra do Patrón).
Independiente Santa Fé Em 1989, Fernando Carrillo Vallejo, acusado nos Estados Unidos de narcotráfico e dono de uma cadeia de farmácias que funcionavam na verdade como refinamento de cocaína, comprou a maioria das ações do Santa Fé. Em 1991, tornou-se propriedade de Phanor Arizabaleta, o 5º homem mais importante do cartel de Cali. Também se meteram no clube Daniel ‘El Loco’ Barrera e Efraín Hernández ‘Don Efra’.
Millionarios Em 1983, Hermos Tamayo presidiu o clube. Também foi proprietário de um carregamento de duas toneladas de cloridrato de cocaína em Barranquilla. Em 1986 os advogados Germán e Guillermo Gomez tiveram cargos no clubes, até que Guillermo fosse assassinado por Gonzalo Rodríguez Gacha ‘El Mexicano’, que investiria no clube até fazê-lo novamente campeão nacional. (o que ocorreria em 1987 e 1988, após iniciar um hiato de taças até 2012). ‘El Mexicano’ foi um dos narcotraficantes mais sanguinários e poderosos da Colômbia.
América de Cali Este clube foi dirigido nos anos 80 e 90 por Miguel Rodríguez Orejuela, líder do cartel de Cali e arqui-inimigo de Pablo Escobar. A partir de 1995, começaram os julgamentos contra Rodríguez e o clube foi acumulando dívidas, despedindo-se de uma gloriosa época (foi pentacampeão colombiano, de 1982 a 1986, um recorde histórico, e também alcançou a final da Libertadores em quatro oportunidades, todas como vice).
Deportivo Independiente Medellin Héctor Mesa, narcotraficante do cartel de Medellín, foi acionista majoritário do DIM nos anos 80. Mais tarde também teve influência no clube Pablo Escobar, apesar de ser torcedor do Atlético Nacional (ao contrário do que diz o filho do traficante, que aponta Escobar como “hincha” do DIM).
Deportivo Pereira O Pereira foi controlado nos anos 80 por Octavio Piedrahíta, um narcotraficante que os Estados Unidos tentou extraditar, mas antes foi assassinado em Medellín em 1998 (a melhor campanha do clube – jamais campeão – no período de Octavio foi um 4º lugar em 1982).
A gravação do podcast 45 minutos teve mais de 2h30, debatendo o futebol pernambucano com as pautas em destaque na semana. Começamos com o Santa, que nesta semana vai à Colômbia jogar pela Sul-Americana. Poupando João Paulo e Keno, Doriva sinaliza um time misto. Com o time afundado no Brasileiro, foi mesmo uma boa decisão? Argumentamos prós e contras. Em seguida, o trabalho de Oswaldo no Sport, com 14 derrotas em 30 jogos e escalações controversas. Seguindo com a chance final do Náutico, baseada no rendimento do meio com Marco Antônio, Renan e Vinícius. Além disso, outros temas no trio, classificação das Séries A e B, quartas da C e decisão na D.
Confira um infográfico com a pauta completa clicando aqui.
Estou neste podcast ao lado de Cabral Neto, Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!