14 representantes do Brasil nas copas da Conmebol em 2018. Na história, 40 clubes

Troféus da Libertadores e da Copa Sul-Americana

A decisão da Copa Sul-Americana de 2017, com o título do Independiente sobre o Flamengo, em pleno Maracanã, definiu a armada brasileira para os torneios continentais de 2018. Ao todo, 14 clubes do país obtiveram vagas nas disputas da Conmebol, sendo oito na Taça Libertadores e seis na Sula, através da classificação final do Brasileirão. Caso o Fla tivesse erguido a taça, o Sport teria herdado a vaga na Sula. No entanto, desta vez o Nordeste será representado pelo Bahia, de volta após um hiato de três temporadas.

Representantes do país em 2018
Libertadores: Corinthians, Palmeiras, Santos, Grêmio, Cruzeiro e Flamengo na fase de grupos; Vasco e Chapecoense na 2ª preliminar

Sul-Americana: Atlético-MG, Botafogo, Atlético-PR, Bahia, São Paulo e Flu

A confederação sul-americana de futebol já organizou diversos torneios interclubes, com descontinuações ao longo dos anos, como Supercopa, Copa Conmebol e Mercosul. Portanto, considerando os dois torneios em vigor, o 40 clubes do Brasil já tiveram o gostinho de participar, incluindo o Trio de Ferro do Recife. Nesta conta, com Liberta (1960 a 2018) e Sula (2003 a 2018), foram 28 times na principal competição e 35 na segunda. Ou seja, 23 clubes já jogaram nas duas frentes – quadro abaixo, com participações e títulos.

Voltando a 2018, vale lembrar que os participantes da Libertadores também poderão disputar a Sul-Americana no mesmo ano – os dois melhores entre os eliminados na Pré-Liberta e os oito terceiros colocados na fase de grupos.

Ranking de participações na Libertadores (1960-2018) e na Sul-America (2002-2018). Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Os calendários de Náutico, Santa Cruz e Sport em 2018, variando de 31 a 66 jogos

Calendário

O calendário de jogos oficiais no Recife será mais enxuto na temporada 2018. Reflexo da desistência do Sport na Copa do Nordeste e do rebaixamento de Náutico e Santa à Série C, limitando bastante o número de partidas. Mesmo que o leão alcance a decisão no Estadual e na Copa do Brasil, por exemplo, a sua agenda teria 14 jogos a menos em relação a 2017 (66 x 80). Pela primeira vez desde 2013, quando o regional foi retomado pela CBF, o clube está fora tanto do Nordestão (desistência) quanto da Sul-Americana (não obteve a vaga). Nesta temporada, somando as cotas e bilheterias dos dois torneios, o rubro-negro arrecadou R$ 9,24 milhões em vinte jogos. O desfalque será grande no caixa. Já alvirrubros e tricolores saíram de uma tabela de 38 jogos, pela segundona, para uma competição reduzida e flutuante, largando com vinte apresentações a menos. O ano efetivo dos dois pode acabar já em setembro. Só será estendido caso cheguem longe na copa nacional.

Em 2018, o calendário oficial, descontando amistosos, prevê 338 dias de ação, de 9 de janeiro (estreia alvirrubra na fase preliminar da Lampions League) a 12 de dezembro, no finalíssima da Sula. Abaixo, os cronogramas possíveis dos sete pernambucanos inscritos em competições nacionais.

Sport (de 49 a 66 partidas em 2018, em 3 torneios)
Estadual (17/01 a 08/04) – de 10 a 14 jogos (até 4 fases)
Série A (15/04 a 09/12) – 38 jogos (fase única)
Copa do Brasil (31/01 a 17/10) – de 1 a 14 jogos (até 8 fases)
Total em 2017: 80 jogos (32v, 20e, 28d)

Santa Cruz (de 35 a 64 partidas em 2018, em 4 torneios)
Copa do Nordeste (16/01 a 10/07) – de 6 a 12 jogos (até 4 fases)
Estadual (18/01 a 08/04) – de 10 a 14 jogos (até 4 fases)
Série C (15/04 a 23/09) – de 18 a 24 jogos (até 4 fases)
Copa do Brasil (31/01 a 17/10) – de 1 a 14 jogos (até 8 fases)
Total em 2017: 64 jogos (21v, 20e, 23d)

Náutico (de 31 a 66 partidas em 2018, em 4 torneios)
Copa do Nordeste (09/01 a 10/07) – de 2 a 14 jogos (até 5 fases)
Estadual (19/01 a 08/04) – de 10 a 14 jogos (até 4 fases)
Série C (15/04 a 23/09) – de 18 a 24 jogos (até 4 fases)
Copa do Brasil (31/01 a 17/10) – de 1 a 14 jogos (até 8 fases)
Total em 2017: 59 jogos (16v, 14e, 29d)

Salgueiro (de 35 a 64 partidas em 2018, em 4 torneios)
Estadual (21/01 a 08/04) – de 10 a 14 jogos (até 4 fases)
Copa do Nordeste (16/01 a 10/07) – de 6 a 12 jogos (até 4 fases)
Série C (15/04 a 23/09) – de 18 a 24 jogos (até 4 fases)
Copa do Brasil (31/01 a 17/10) – de 1 a 14 jogos (até 8 fases)
Total em 2017: 39 jogos (20v, 7e, 12d)

Central, Belo Jardim e Flamengo (16 a 30 jogos em 2018, em 2 torneios)
Estadual (17/01 a 08/04) – de 10 a 14 jogos (até 4 fases)
Série D (22/04 a 05/08) – de 6 a 16 jogos (até 6 fases)
Total em 2017:
Central – 22 jogos (6v, 4e, 12d)
Belo Jardim – 16 jogos (5v, 2e, 9d)
Flamengo – 16 jogos (7v, 5e, 4d)

Saiba mais sobre o novo calendário do futebol brasileiro clicando aqui.

Ranking da CBF confirma 11 clubes no Nordestão 2019, incluindo Sport e Santa

O regulamento sobre as vagas da Copa do Nordeste de 2019. Crédito: CBF/reprodução

Com a atualização do Ranking da CBF em dezembro de 2017, onze clubes já estão confirmados na Copa do Nordeste de 2019. Continuando a reformulação do torneio, após a criação de uma fase preliminar, com a etapa principal voltando a ter 16 times, a entidade incorporou o ranking nacional como critério de classificação. E o peso é enorme, com 55% das vagas através da lista.

A partir de agora, os Estaduais só classificam, de forma direta, os campeões. Ou seja, nove. Os demais participantes vêm do ranking, com Pernambuco e Bahia tendo duas vagas devido à classificação das federações. Os outros sete estados têm direito a uma, cada. Caso um clube já garantido no ranking obtenha o título no campeonato estadual, ele será classificado à Lampions como ‘campeão estadual’, com o ranking local beneficiando o time seguinte.

Portanto, confira abaixo os times já classificados, as respectivas fases de cada um e as equipes que podem herdar as vagas em cada federação. Melhor rankeado no Nordeste, o Sport já está assegurado em 2019 – e, na prática, até 2020. Contudo, vale lembrar que o leão pernambucano desistiu do Nordestão 2018, em decisão tomada pelo presidente Arnaldo Barros. Caso o clube rubro-negro queira seguir fora, terá que protocolar um novo ofício à CBF.

Clubes já assegurados via Ranking da CBF
PE (1º) – Sport* (15º lugar) e Santa Cruz** (25º)
BA (2º) – Vitória* (18º) e Bahia** (21º)
CE (3º) – Ceará* (27º)
AL (4º) – CRB** (36º)
RN (5º) – ABC** (31º)
MA (6º) – Sampaio Corrêa** (39º)
PB (7º) – Botafogo** (45º)
SE (8º) – Confiança** (54º)
PI (9º) – River** (60º)
* Fase de grupos do Nordestão 2019
** Fase preliminar do Nordestão 2019

Na fila de espera***
PE (1º) – Náutico (32º lugar)
BA (2º) – Juazeirense (82º)
CE (3º) – Fortaleza (42º)
AL (4º) – ASA (47º)
RN (5º) – América de Natal (43º)
MA (6º) – Moto Club (66º)
PB (7º) – Campinense (70º)
SE (8º) – Sergipe (99º)
PI (9º) – Parnahyba (92º)
*** Entra caso um clube à frente no ranking local conquiste o Estadual 2018

Participação no Nordestão 2019 (20 clubes)
Fase de grupos: os 9 campeões estaduais, os melhores rankeados de PE, BA e CE (3 times) e os 4 classificados na fase preliminar 

Fase preliminar: os melhores rankeados de AL, RN, MA, PB, SE e PI (6 times) e os segundos melhores rankeados de PE e BA (2 times)

Obs. No regional de 2020 valerá o ranking a ser divulgado em 12/2018.

Dez anos depois, Nelsinho Baptista inicia um novo trabalho no Sport. Com lastro?

Nelsinho Baptista durante a sua passagem no Vissel Kobe, do Japão, em 2017. Foto: Vissel Kobe/twitter

Nelsinho Baptista deixou o comando do Sport em 28 de maio de 2009, duas semanas após a eliminação nas oitavas de final da Taça Libertadores. Na época, o time vivia uma intensa crise técnica (e psicológica) que não seria sanada por nenhum treinador no Brasileirão. Encerrou ali uma vitoriosa passagem de um ano e meio, com destaque naturalmente para a segunda estrela dourada do clube, via 4-4-2. O experiente treinador acabou retomando o trabalho no Japão, onde ficou por quase uma década, entre o Kashiwa Reysol (2009-2014) e o Vissel Kobe (2015-2017). Até finalmente aceitar, após alguns convites nesse tempo todo, o retorno à Ilha. Aos 67 anos, chega ao rubro-negro novamente sob desconfiança. Mas sob uma ótica bem diferente.

Se em 2008 carregava o recente rebaixamento do Corinthians, para 2018 traz o peso do título da Copa do Brasil pelo próprio Sport. Portanto, o que pesa é o tempo fora do país, num mercado tecnicamente inferior. Demanda uma resposta sobre tática e preparação, embora Nelsinho pareça calejado para desafios do tipo. Então, que a direção leonina saiba administrar cenários adversos de forma mais profissional que aquela em 2009. E que Nelsinho não seja apenas outro escudo para o comando de futebol, como Oswaldo de Oliveira e Luxemburgo. Por sinal, ele chega com o clube devendo salários, o que não acontecia desde 2005! O trabalho já inicia no controle do vestiário.

Rubro-negro, o que você achou do retorno de Nelsinho Baptista?

Nelsinho no Sport
105 jogos (de 10/12/2007 a 28/05/2009)
60 vitórias
22 empates
23 derrotas
64,1% de aproveitamento
3 títulos: 2 Estaduais (2008/2009) e 1 Copa do Brasil (2008)

Competições em 2018: Estadual, Copa do Brasil e Série A*
* Caso o Flamengo conquista a Sul-Americana, o leão herdaria a vaga

Via Ministério do Esporte, Santa aprova captação de R$ 2,4 milhões para o CT

Projeto do Centro de Treinamento Ninho das Cobras. Imagem: Santa Cruz/divulgação

A construção do centro de treinamento do Santa Cruz vem sendo tocada de maneira coletiva, bem além da simples gestão executiva. Em 2017, o clube arrecadou R$ 453 mil para a primeira fase do empreendimento, incluindo doações de torcedores e venda de livros e alimentos. Agora, um salto ainda maior, com a aprovação junto ao Ministério do Esporte para a captação de R$ 2.455.200, num trabalho de oito tricolores, servidores da área jurídica.

Segundo a lei 11.438/2006, conhecida como ‘Lei de Incentivo ao Esporte’, é possível obter investimentos através de renúncia fiscal de empresas (1%) e pessoas físicas (6%) em favor do esporte. Foram três meses analisando a regra, com o grupo finalizando a parte burocrática em setembro, com orçamento, cronograma e responsáveis. Após o sinal positivo vem o novo passo, na prospecção de empresários dispostos a reverter parte do que pagariam de imposto de renda ao projeto do Ninho das Cobras, na Guabiraba. Comprado em 2011, por R$ 1 milhão, o terreno prevê um investimento total de R$ 5 milhões. Em fevereiro o clube informou que um aporte de R$ 2,5 milhões seria suficiente para bancar a estrutura mínima de treinamento para o time principal, ainda preso ao campo do Arruda. Ou seja, o valor tende a ser captado, mas com a aplicação voltada às obras mais adiante, paralelas às demais frentes de trabalho. Afinal, trata-se mesmo de uma ação coletiva.

A expectativa é de um campo pronto até o fim do Estadual de 2018…

Grupo responsável pela captação via lei de incentivo: Alessandro Medeiros, Bruno Dias, Diogo Melo de Oliveira, Eduardo Lins, Milton Santos, Marcelo Vieira, Marconi Lafayette e Oberdan Rabelo.

Cifras do CT Ninho da Cobras…
R$ 1 milhão, o valor pago para a compra do terreno de 10,5 hectares
R$ 5 milhões, a estimativa de gasto para a conclusão da obra
R$ 2,5 milhões, a estimativa mínima de investimento para iniciar a utilização
R$ 2,4 milhões, a captação máxima aprovada pelo Ministério do Esporte
R$ 453 mil, a arrecadação para a primeira etapa da obra (09/2017)

Trio de Ferro com menos de 1 milhão de torcedores no borderô e R$ 12 milhões de bilheteria em 2017. Queda acentuada…

As médias de público de Náutico, Santa Cruz e Sport de 2013 a 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Ao todo, Náutico, Santa e Sport mandaram 100 jogos oficiais no Grande Recife em 2017. É a maior quantidade dos últimos anos. O que não significa números satisfatórios em público e renda. Nem mesmo de forma absoluta. Desde 2013, quando o blog começou a fazer o levantamento, esta temporada registrou o pior desempenho nos dois cenários. Pela primeira vez ficou abaixo de 1 milhão de torcedores e a arrecadação bruta caiu pela quarta vez – 25% somente em relação a 2016. A impressão de estádios vazios é confirmada pela taxa de ocupação das arquibancadas. Num cálculo a partir da atual capacidade máxima de cada estádio, não chegou nem a 1/4. Tanto que apenas um público passou de 40 mil, no recorde da Arena Pernambuco em jogos de clubes, com 42.025 espectadores para Sport 0 x 2 Palmeiras.

Obviamente, pesou bastante o duplo rebaixamento local, com alvirrubros e tricolores caindo para a Série C. No Santa Cruz o impacto foi gigantesco. Dos quatro torneios disputados no ano, em apenas um o clube ultrapassou a média de 10 mil pessoas. No geral, finalizou com 8.461, ou três mil a menos que a pior marca até então. Contando o borderô no Mundão, o tricolor viu a bilheteria cair 62%. Já o Náutico, com o distanciamento da torcida em relação à arena, acabou jogando quatro vezes em Caruaru – dando certo apenas na ‘estreia’, com 13 mil pessoas diante do Inter. Foram apenas 3 (!) jogos acima de 10 mil pessoas. A média de renda de 52 mil reais escancara o prejuízo no ano, considerando a despesa com aluguel e/ou operação dos estádios.

O público total, por temporada, de Náutico, Santa Cruz e Sport. Arte: Cassio Zirpoli/DP

No Sport, o faturamento geral melhorou (8,8 mi x 7,1 mi), mas esteve longe dos dois primeiros anos na elite. Embora tenha mantido a liderança no público anual no futebol pernambucano, o dado caiu desta vez, começando já no Estadual. Mesmo com o título, o leão terminou a competição, pela primeira vez em 14 anos, com índice abaixo de 10 mil pessoas. No Brasileirão, o clube abriu o ‘check-in’, com o acesso liberado ao sócio adimplente, nas últimas três apresentações, incluindo o derradeiro jogo contra o Corinthians, com 30 mil na Ilha. Insuficiente para superar o ano anterior (15,8 mil x 16,0 mil), apenas regular. Ah, nenhum jogo chegou a R$ 1 milhão de renda, na contramão de outros centros, inclusive no próprio Nordeste, com Salvador e Fortaleza.

Curiosidade: os 100 jogos do trio passaram na televisão, aberta, fechada ou PPV. Seria este o motivo? Ou ou óbvio: desempenho, segurança e preço…

A renda bruta obtida por Náutico, Santa Cruz e Sport de 2013 a 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Abaixo, o total em cada competição em 2017 e também a taxa de ocupação, a partir da capacidade oficial de cada estádio utilizado. No fim, o quadro agregado.

Sport
40 jogos (38 na Ilha do Retiro e 2 na Arena)
518.450 torcedores (média de 12.961)
43,43% de ocupação
R$ 8.840.748 de renda bruta (média de R$ 221.018)
Estadual – 7 jogos – 62.428 pessoas (8.918) – R$ 1.102.285 (R$ 157.469)
Nordestão – 6 jogos – 87.358 pessoas (14.559) – R$ 1.756.205 (R$ 292.700)
Série A – 19 jogos – 300.591 pessoas (15.820) – R$ 4.774.238 (R$ 251.275)
Copa do Brasil – 4 jogos -19.200 pessoas (4.800) – R$ 318.710 (R$ 79677)
Sula – 4 jogos – 48.873 pessoas (12.218) – R$ 889.310 (R$ 222.327)

Números de público e renda do Sport de 2013 a 2017. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Santa Cruz
32 jogos (27 no Arruda e 5 na Arena)
271.411 torcedores (média de 8.481)
17,01% de ocupação
R$ 2.248.877 de renda bruta (média de R$ 70.277)
Estadual – 7 jogos – 53.299 pessoas (7.614) – R$ 466.550 (R$ 66.650)
Nordestão – 5 jogos – 74.633 pessoas (14.926) – R$ 700.550 (R$ 140.110)
Série B – 19 jogos – 139.449 pessoas (7.339) – R$ 1.057.787 (R$ 55.673)
Copa do Brasil – 1 jogo – 4.030 pessoas – R$ 23.990

Números de público e renda do Santa Cruz de 2013 a 2017. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Náutico
28 jogos (23 na Arena, 4 no Lacerdão e 1 no Arruda)*
121.207 torcedores (média de 4.328)
10,22% de ocupação
R$ 1.460.850 de renda bruta (média de R$ 52.173)
Estadual – 7 jogos – 37.420 pessoas (5.345) – R$ 525.390 (R$ 75.055)
Nordestão – 3 jogos – 11.266 pessoas (3.755) – R$ 132.355 (R$ 44.118)
Série B – 18 jogos – 72.521 pessoas (4.028) – R$ 803.105 (R$ 44.616)
* Ainda houve uma partida de portões fechados, na Arena

Números de público e renda do Náutico de 2013 a 2017. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Trio de Ferro
100 jogos (38 na Ilha do Retiro, 30 na Arena, 28 no Arruda e 4 no Lacerdão)*
911.068 torcedores (média de 9.110)
22,92% de ocupação
R$ 12.550.475 de renda bruta (média de R$ 125.504)
Torneios: Estadual, Nordestão, Copa do Brasil, Sul-Americana e Séries A e B
* Ainda houve uma partida de portões fechados, na Arena

Números de público e renda do Trio de Ferro de 2013 a 2017. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Relembre os levantamentos anteriores: 20132014, 2015 e 2016.

Sport conquista as cinco categorias do Pernambucano em 2017 e faz história

Anualmente, a FPF organiza cinco competições ao alcance de clubes profissionais, com quatro categorias masculinas (Sub 15, Sub 17, Sub 20 e profissional) e uma feminina. É assim desde 1999, quando o Campeonato Pernambucano de Futebol Feminino foi criado, tendo apenas um hiato de quatro temporadas no período. Até 2017, jamais um clube havia conquistado todas as categorias num mesmo ano. Até o Sport arrastar todas as taças possíveis diante cinco adversários diferentes nas finais.

O clube havia chegado perto em três oportunidades. Em 1999, o Sport venceu quatro das cinco categorias, faltando a taça do infantil, com o Unibol. Em 2007 e 2009 só não levou o torneio de juniores. Em 2017 não deu chance. Curiosamente, a 1ª conquista veio logo na disputa principal, com Diego Souza erguendo o troféu dourado no Cornélio de Barros, após a conturbada decisão contra o Salgueiro. Depois, com o departamento feminino reativado após dois anos, o rubro-negro quebrou a sequência de sete títulos do Vitória. No segundo semestre, a base ganhou de América (júnior), Porto (infantil) e Santa Cruz (juvenil). Essas duas últimas no mesmo dia, em jogos únicos, como em 2016, quando o leão disputou as duas finais contra os mesmos adversários.

Somando as cinco campanhas…
62 jogos; 45 vitórias, 16 empates e 1 derrota; 238 GP e 42 GC; +196 SG

Sport campeão pernambucano infantil (Sub 15) de 2017. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Sub 15 (10º título, tetracampeão)
Final: Sport 3 x 1 Porto, na Ilha do Retiro, em 09/12

Escalação: Gabriel; André, Pedro Lucas, Richardson e Diego; Italo, Matheus, Geovanne e Matheusinho; Jair e Zé Roberto. Técnico: Rafael Santigado

11 jogos (invicto, 100% de apto.)
11 vitórias
0 empate
0 derrota
76 GP e 3 GC (+73 SG)

Sport campeão pernambucano juvenil (Sub 17) de 2017. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Sub 17 (10º título, bicampeão)
Final: Sport 2 x 0 Santa Cruz, na Ilha do Retiro, em 09/12

Escalação: Tulio; Arian, John, Diego e Carlos; Pedro, João e Marquinhos; Natan, Rwan e Tomaz. Técnico: Sued Lima

11 jogos (invicto, 93% de apto.)
10 vitórias
1 empate
0 derrota
34 GP e 7 GC (+27 SG)

Sport campeão pernambucano de juniores (Sub 20) de 2017. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Sub 20 (10º título, tricampeão)
Final: Sport 4 x 0 América, na Ilha do Retiro, em 22/11

Escalação: Lucas; Eldder, Serra, Izael e Evandro; Victor, Erick e James Dean; Índio, Pedro e Wallace. Técnico: Júnior Câmara

18 jogos (invicto, 77% de apto.)
12 vitórias
6 empates
0 derrota
43 GP e 16 GC (+27 SG)

Sport campeão pernambucano profissional de 2017. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Profissional (41º título, campeão)
Final: Salgueiro 0 x 1 Sport, no Cornélio de Barros, em 28/06

Escalação: Magrão; Samuel Xavier, Ronaldo Alves, Durval e Raul Prata; Rodrigo, Rithely, Everton Felipe e Diego Souza; Lenis e André. Técnico: Vanderlei Luxemburgo

14 jogos (59% de apto.)
6 vitórias
7 empates
1 derrota
20 GP e 12 GC (+8 SG)

Sport campeão pernambucano feminino de 2017. Foto: Anderson Freire/Sport Club do Recife

Feminino (6º título, campeão)
Final: Sport 1 x 1 Vitória, na Ilha do Retiro, em 01/07

Escalação: Lorena; Leite, Bice, Bruna e Rebeca; Ingyd, Regiane e Jayanne; Ari, Juliana e Glaucia. Técnico: Jonas Urias

8 jogos (invicto, 83% de apto.)
6 vitórias
2 empates
0 derrota
65 GP e 4 GC (+61 SG)

Com a ‘Patativa’, o Central entra no ramo das marcas próprias de uniformes oficiais

Patativa, a marca própria do Central. Imagem: Centra/site oficial

Ampliando o mercado aberto pelo Paysandu em janeiro de 2016, o Central é mais um clube a adotar a marca própria, sendo o primeiro do interior pernambucano. O time de Caruaru lançou a “Patativa”, que substitui a Kanxa e já larga com a responsabilidade sobre a produção dos uniformes para a temporada 2018, com duas competições no calendário, Estadual e Série D.

Como nos demais casos alternativos no futebol, à parte de milionários acordos de patrocínio com as fabricantes, o alvinegro terá a plena administração do negócio, tanto no custo quanto na criação, produção, distribuição e venda de uniformes oficiais. A fabricação ocorre de forma terceirizada. No caso, através da empresa pernambucana Milã – no Santa Cruz, que entrou no mesmo ramo em maio, a produção é via Bomache, sediada mo Ceará.

No país, a ideia surgiu com o Paysandu, que após três anos com a Puma criou a sua própria linha. Segundo dados do clube paraense, o ganho em cada camisa aumentou 45%, com faturamento de R$ 214 mil/mês no primeiro ano. No cenário local, a marca própria do Santa lucrou R$ 476 mil no primeiro trimestre. Considerando a vocação da capital do Agreste como polo de confecções, a aposta do Central faz sentido, se juntando a outros oito clubes.

Cronologia das marcas próprias dos clubes
01/2016 – Paysandu (Lobo)
05/2016 – Juventude (19Treze)
09/2016 – Fortaleza (Leão 1918)
01/2017 – Joinville (Octo)
03/2017 – Treze (Galo)
05/2017 – Santa Cruz (Cobra Coral)
11/2017 – Caxias (Bravo35)
12/2017 – CSA (nome não revelado)
12/2017 – Central (Patativa)

Patativa é uma homenagem ao mascote do Central, um pássaro do Agreste

Gestão do Santa Cruz começa com diretor remunerado e novo técnico, Júnior Rocha

Técnico Júnior Rocha, em jogo Santa x Luverdense. Foto: Peu Ricardo/DP

A gestão de Constantino Júnior no Santa Cruz começou com decisões importantes. Após a eleição em 5 de dezembro, o dirigente, mesmo antes da posse, articulou nos dois dias seguintes a contratação de um diretor de futebol remunerado, presente em seu plano de trabalho, e do novo técnico do time.

O primeiro nome confirmado foi o do executivo Fred Gomes, com passagens no Treze-PB e no Ferroviário-CE. Chega com o objetivo de mapear jogadores da região para a formação de um elenco visando a Série C. Depois, após muita especulação desde o bate-chapa, foi anunciado o nome de Júnior Rocha. Natural de São Leopoldo, o treinador gaúcho, de 36 anos, tem o seu histórico concentrado no Luverdense, de 2013 a 2017, com uma rápida saída.

Apesar da queda do clube mato-grossense à C, o treinador chamou a atenção do mercado devido ao longevo trabalho e à organização do time de Lucas do Rio Verde, sobretudo no título da Copa Verde de 2017, diante do Paysandu.

Tricolor, o que você achou da contratação de Júnior Rocha?

Início da nova gestão coral
05/12 – Constantino Junior é eleito presidente para o triênio 2018-2020
06/12 – Fred Gomes é anunciado como diretor remunerado
07/12 – Júnior Rocha é confirmado como treinador para 2018

O ranking nacional de federações em 2017, com Pernambuco em 7º lugar

O ranking da CBF em relação às federações estaduais em 2017. Crédito: CBF

Pelo terceiro ano seguido, Pernambuco se mantém em 7º lugar no Ranking da CBF, somando os pontos de todos os dez representantes locais nos torneios nacionais das últimos cinco anos, o critério adotado pela entidade. No âmbito nordestino, o estado é o líder desde a criação da lista, há seis temporadas, seguido por Bahia e Ceará, sempre nesta ordem. Já para evoluir no cenário geral será preciso um esforço coletivo enorme. Hoje, são oito mil pontos em relação ao Paraná, que em 2017 terá dois clubes no Brasileirão, com o futebol local tendo apenas um representante na elite e três na terceira divisão. Com este contexto, torna-se irreal a possibilidade de ultrapassagem – dependeria de uma grande campanha na Copa do Brasil. Vale, mais, a defesa da posição.

Pernambuco no ranking nacional:
2012 – 8º (22.765)
2013 – 8º (21.642, -1.123)
2014 – 8º (21.520, -122)
2015 – 7º (22.624, +1.104)
2016 – 7º (23.489, +865)
2017 – 7º (23.896, +407)

Percentual dos clubes na pontuação do estado em 2017
Sport – 8.770 (36,70%)
Santa Cruz – 6.210 (25,98%)
Náutico – 4.532 (18,96%)
Salgueiro – 2.333 (9,76%)
Central – 815 (3,41%)
América – 459 (1,92%)
Serra Talhada – 357 (1,49%)
Atlético – 255 (1,06%)
Porto – 114 (0,47%)
Ypiranga – 51 (0,21%)

Vale lembrar que a colocação da federação estadual, na lista organizada pela confederação brasileira, influencia diretamente no número de vagas de cada uma tanto na Copa do Brasil quanto na Copa do Nordeste (abaixo). Hoje, Pernambuco tem direito a três participantes nas duas competições.

Copa do Brasil (via campeonatos estaduais e copas estaduais*)
5 vagas – 1º e 2º (SP e RJ)
4 vagas – do 3º ao 5º (MG, RS e SC)
3 vagas – do 6º ao 14º (PR, PE, GO, BA, CE, PA, AL, RN e MT)
2 vagas – do 15º ao 22º (MA, PB, SE, PI, DF, AC, AM e MS) 
1 vaga – do 23º ao 27º (TO, ES, RO, AP e RR)
* Além dos brasileiros na Libertadores e dos 10 melhores do ranking de clubes

Copa do Nordeste (via campeonatos estaduais e ranking de clubes)
3 vagas* – 1º e 2º (PE e BA)
2 vagas** – do 3º o 9º (CE, AL, RN, MA, PB, SE e PI)
* Campeão estadual + duas vagas via ranking
** Campeão estadual + uma vaga via ranking