Troféu Givanildo Oliveira, a homenagem ao centenário do Clássico das Multidões

Givanildo Oliveira, campeão pernambucano pelo Santa Cruz em 1970 e pelo Sport em 1980

O Clássico das Multidões irá valer uma taça especial em 2016. Celebrando o centenário do confronto, a FPF entregará uma placa especial para cada rival em 6 de maio, a data da pioneira partida no British Club. Mais. A federação instituiu o Troféu Givanildo Oliveira para o clube que somar mais pontos entre todos os clássicos realizados na temporada, considerando as competições oficiais. Estadual e Série A com agenda confirmada e possibilidade no Nordestão, Copa do Brasil e até na Copa Sul-Americana. Um torneio à parte com até dez jogos.

A escolha do nome foi de uma rara justiça. O olindense de 68 anos, ainda em atividade como técnico, é simplesmente o maior campeão pernambucano da história, com 16 faixas, divididas entre Santa Cruz e Sport. Começou a carreira como volante no Arruda, de uma qualidade impressionante, ascendendo à Seleção Brasileira. É o recordista de jogos pelo clube, com 599 apresentações. Como técnico, o primeiro trabalho foi na Ilha do Retiro, com apenas 35 anos. Posteriormente, liderou o time em seu primeiro Nordestão, em 1994.

Títulos estaduais de Givanildo pelo Tricolor
Como jogador: 1969, 1970, 1971, 1972, 1973, 1976, 1978 e 1979
Como técnico: 2005

Títulos estaduais de Givanildo pelo Rubro-negro
Como jogador: 1980, 1981 e 1982
Como técnico: 1991, 1992, 1994 e 2010

A lista de Clássicos das Multidões em 2016:

Estadual (de 2 a 4 jogos)
Além das duas partidas no hexagonal (21/02 e 10/04), os rivais podem se enfrentar no mata-mata. E nos últimos cinco anos isso aconteceu quatro vezes, com três triunfos corais (todos na final) e um dos rubro-negros (na semi).

Copa do Nordeste (até 2 jogos)
Em chaves distintas, Sport e Santa podem se enfrentar a partir das quartas de final. Um cenário bem possível, pois ambos são cotados para passar da primeira fase. Em 2014 o clássico aconteceu na semifinal do regional.

Série A (2 jogos)
Após quinze anos, o Clássico das Multidões está de volta à elite nacional, sendo a primeira vez nos pontos corridos. Desde 1971 foram treze partidas. Mais duas entrarão na lista, uma no turno e outra no returno do Brasileirão.

Copa Sul-Americana (2 jogos…?)
Se o Sport cair na Copa do Brasil até a terceira fase ficará no pote 1 da Sula. Se o Santa for beneficiado na “fila de espera”, ou ganhar o Nordestão, ficará no pote 2. No sorteio da fase nacional, com quatro confrontos, haveria 25% de chance.

Obs. Em tese, ainda há a Copa do Brasil, mas o clássico só poderia ocorrer a partir das quartas. Em caso disputa nesta copa, não haveria a chave na Sula.

Aos 80 anos, o grito de Cazá Cazá segue vivo no Sport como expressão popular

Registro do lema do Sport em 1936, "Pelo Sport Tudo"

O lema “Pelo Sport Tudo” surgiu em 1936, na campanha para a construção da Ilha do Retiro, cujo terreno numa área “distante” do Recife foi comprado naquele ano, tendo apenas um casarão para a sede. No mesmo ano, Sebastião Lopes escreveu a letra de um frevo-canção, com um arranjo do maestro Nelson Ferreira. Também conhecida como “Moreninha”, a música, que por anos teve status de hino rubro-negro, entoava pela primeira vez o “cazá cazá” no Sport.

Moreninha que estas dominando
Desacatando agora pelo entrudo (2x)
Chegou a hora de gritares loucamente
Hip, Hip, Hip, Hurra Pelo Sport Tudo!
Vejo no batom dos teus lábios
E no teu cabelo ondulado
As cores que dominam altaneira por morena
Do meu glorioso estado
Moreninha que estas dominando
desacatando agora pelo entrudo (2x)
Chegou a hora de gritares loucamente
Hip, Hip, Hip, Hurra Pelo Sport Tudo!
Ter passado o carnaval
Pra que não te falte a boa sorte
Tira da minha vida e te manter eternamente
Tudo, tudo pelo Sport
Cazá, cazá, cazá, cazá, cazá
A turma é mesmo boa… É mesmo da fuzarca!
Sport! Sport! Sport!

A Ilha seria inaugurada logo depois, e em 1938, após dez anos, o clube voltaria a ser campeão estadual, com o primeiro grito de guerra bradado por um solista. É difícil precisar quando a torcida passou a gritar de forma uniforme, mas é seguro afirmar que há décadas o tempo verbal sobre a atitude do clube é “então como é, como vai ser e como sempre será”, com algumas versões “e para sempre será”. Inclusive está gravado no site oficial (veja aqui).

Crítico de música do Jornal do Commercio, José Teles esmiuçou em pesquisas um outro registro sobre a origem, mas focando no “cazá cazá” – Sport, Vasco, Portugal?. Seja já lá qual for a gênese, o caminho da expressão à Ilha teria passado pelo carnaval recifense, nos desfiles da Turma Boa, bloco em 1930, com a expressão “é mesmo de amargar” em vez de “é mesmo da fuzarca”.

O grito de guerra do Sport, cazá cazá. Fonte: Site oficial do Sport

Em 2016 o famoso grito de guerra do Leão completa 80 anos, considerando o primeiro registro conhecido. E a data acaba marcada por uma tentativa de mudança por parte da direção. A pedido do presidente leonino, João Humberto Martorelli, o tempo verbal do solista passa a ser “como foi, como é e para sempre será”, em qualquer canal do clube, partindo da Rádio Ilha. Na estreia, no jogo contra o Fortaleza, no Nordestão, já causou estranheza a nova versão. Assim, um mísero detalhe tornou-se uma polêmica junto à torcida, com o dirigente justificando a releitura através de sua assessoria.

“Seguindo uma orientação do autor do hino do Sport, Eunitônio Pereira, que também pediu a composição do cazá cazá, o presidente solicitou que se resgatasse e preservasse o grito da forma tradicional, o que não significa que a torcida não possa cantar como quiser. É a expressão popular.”

De fato, Eunitônio pediu a Nelson Ferreira, um famoso compositor tricolor, a criação de um frevo-de-rua inspirado no grito. Em 1955, no cinquentenário do Sport. Daí surgiu a música Cazá Cazá, ainda tocada nas rádios. Sem letra, só no ritmo dos metais, a simulação do cazá cazá é sempre puxada pela orquestra Treme Terra. E é bem provável que nem mesmo Martorelli tenha escutado outra forma a não ser “como é, como vai ser e para sempre será”…

Pelo Sport Tudo / Moreninha (1936, Nelson Ferreira e Sebastião Lopes)

Cazá Cazá (1955, Nelson Ferreira)

As novas lojas virtuais de Sport e Santa

Logo da Cazá do Sport e da Loja Cobra Coral, as lojas oficiais de Sport e Santa Cruz em fevereiro de 2016

Dando sequência ao trabalho nas novas lojas oficiais, Sport e Santa Cruz lançaram os sites oficiais dos estabelecimentos. No caso leonino, após uma campanha de marketing, gerando engajamento para “liberar” o acesso, entrou no ar o site da Cazá do Sport, administrado pelo Netshoes.

Além dos produtos oficias da Adidas relacionados ao clube, existem produtos à parte, como um boné da Champions League, por exemplo. Em relação às roupas casuais, peças de outras fabricantes (como a Braziline) estão no catálogo, uma vez que a loja engloba qualquer produto licenciado do Leão.

No caso tricolor, com a Loja Cobra Coral, operada pela PE Retrô, a vitrine virtual é formada pelas seções oficiais (da Penalty), retrô (da própria PE Retrô), casuais e acessórios – esta última ainda em construção. Além da opção no site, há também uma ferramente de contato via whatsapp (98887-4019). No Náutico, a Timbushop segue como a loja oficial do clube, mas a página virtual do empreendimento encontra-se fora do ar, mesmo com o link direcionado através do site  oficial do clube.

Confira as homes das lojas do Sport e do Santa, com estilos bem distintos.

Home do site oficial da loja Cazá do Sport em 18/02/2016

Home do site oficial da Loja Cobra Coral em 18/02/2016

Campeonato Pernambucano Celpe, o novo naming rights do Estadual 2016

O novo "naming rights" do Estadual 2016, "Campeonato Pernambucano Celpe". Foto: Thaís Lima/Esp/DP

Após dois anos, o Estadual volta a ter um “naming rights”, atrelando o nome da competição a um patrocinador. A partir de agora, “Campeonato Pernambucano Celpe”, num contrato de um ano com a empresa que fornece energia para os 184 municípios pernambucanos, privatizada em 2000. Numa coletiva na sede da FPF, o presidente da entidade, Evandro Carvalho, anunciou a parceria junto ao presidente da empresa, Antônio Carlos Sanches, ladeado por dirigentes de Náutico (Marcos Freitas), Sport (Arnaldo Barros) e Santa Cruz (Alírio Moraes).

Além da divulgação da nova marca, há a possibilidade de promoções, como ingressos em troca de mensalidades quitadas sem atraso – a conferir. Em relação ao aporte, nem a federação nem a Celpe revelaram valores. Entretanto, em janeiro o mandatário da federação havia informado ao blog o patamar esperado. Entre cervejarias e montadoras, a FPF havia recebido propostas de R$ 500 mil a R$ 800 mil, mas a intenção era fechar por R$ 1 milhão líquido, uma vez que a agência de marketing envolvida ficaria com 20% da receita bruta.

A primeira incursão local neste tipo de negócio aconteceu em 2009, quando o então presidente Carlos Alberto Oliveira chegou a um acordo com a Ambev. O valor seria de R$ 800 mil, com o nome “Campeonato Pernambucano Brahma Fresh”. O veto estadual às bebidas alcoólicas, no mesmo ano, resultou no distrato. O primeiro torneio com um nome comercial efetivado foi em 2011, num contrato de quatro temporadas com a Coca-Cola. Nas duas primeiras edições, R$ 600 mil/ano. Depois, subiu pra R$ 1 milhão/ano. Agora, um pouco de luz ao apagadíssimo Estadual de 2016, com a verba extra repartida entre os clubes…

O novo "naming rights" do Estadual 2016, "Campeonato Pernambucano Celpe". Foto: Thaís Lima/Esp/DP

Podcast 45 (216º) – As vitórias de Sport e Santa no Nordestão e o clima do clássico

Jogando na noite de quarta-feira, no mesmo horário, Sport e Santa venceram com autoridade no Nordestão. Diante de Fortaleza e Confiança, 2 x 0. Os jogos pautaram esta edição do 45 minutos, analisando o sistema de jogo rubro-negro, confirmado por Falcão, com inúmeras bolas alçadas para Túlio de Melo, e a manutenção da formação com dois volantes pegadores no Tricolor, com mais liberdade a João Paulo. Os resultados mudaram o clima do Clássico das Multidões, pelo Estadual, o primeiro do ano que marca o centenário do confronto. No fim, um debate sobre a política de ingressos do Sport, com valores altos forçando a associação, mas rechaçando a parcela carente da torcida.

Neste podcast, com 1h35 de duração, estive ao lado de Celso Ishigami, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

O festival de taças amistosas na temporada de Náutico, Santa e Sport

Títulos amistosos de Sport (Ariano Suassua), Santa Cruz (Chico Science e Henágio) e Náutico (Clássico da Paz)

Ao vencer o Confiança pela Copa do Nordeste, o Santa acabou surpreendido pela notícia de que receberia uma taça oferecida pela federação sergipana. Uma premiação amistosa, à parte do regional. Coube ao goleiro Tiago Cardoso receber o troféu, ainda no gramado. Foi a sua segunda vez em menos de um mês – lembrando um antigo apelido do clube, “Papa Taças”, devido aos torneios amistosos conquistados. Por sinal, chama a atenção a quantidade de taças amistosas conquistadas pelos clubes recifenses neste início de 2016. A “Taça Henágio” foi a quarta, num aproveitamento de 100% até aqui. Relembre.

Troféu Clássico da Paz
16/02 – Botafogo 0 x 0 Náutico
Por ser o visitante, o Alvirrubro teve a vantagem do empate, uma gentileza nos primórdios dos torneios amistosos. O troféu foi oferecido pela Rádio Tabajara, da capital paraibana, em parceria com um laboratório de João Pessoa. 

Troféu Chico Science
24/01 – Santa Cruz 3 x 1 Flamengo
A segunda edição da copa criada pelo clube coral foi disputada às 11h. De virada, a primeira conquista. A peça teve um novo design, criado pelo artista plástico Evêncio Vasconcelos, trazendo elementos do Manguebeat. 

Taça Ariano Suassuna
24/01 – Sport 2 x 0 Argentinos Juniors
No bi da disputa amistosa organizada pelo Leão, a novidade na obra criada por Dantas Suassuna, filho do homenageado, foi a linha semelhante à Libertadores, com uma base para a colocação de insígnias dos campeões de cada edição.

Taça Henágio
17/02 – Confiança 0 x 2 Santa Cruz
Foi o único troféu amistoso colocado em um jogo válido por um torneio oficial, no caso o Nordestão. A FSF homenageou Henágio, sergipano revelado no Sergipe e que brilhou no Tricolor nos anos 1980. O meia faleceu em outubro de 2015.

Santa Cruz se recupera em Aracaju. Na bagagem, 3 pontos e 1 taça de surpresa

Nordestão 2016, 2ª rodada: Confiança x Santa Cruz. Foto: Santa Cruz/assessoria

Se contra o Bahia a bola teimou em não entrar, em Aracaju o Santa conseguiu definir uma partida em que novamente teve mais volume. Ainda é preciso balancear as investidas no ataque com uma solidez defensiva – que enfim passou em branco -, mas diante do Confiança o time pernambucano precisou ter apenas um pouco de paciência para conquistar a primeira vitória na Copa do Nordeste, trazendo os primeiros pontos para o Arruda. No Batistão, Martelotte repetiu a formação que iniciou a peleja contra o Baêa, com dois volantes pegadores (Wellington Cézar e Dedé) e três atacantes, centralizando Grafite.

O camisa 23, aliás, era o pilar no domingo até sofrer um corte na cabeça. Recuperado, chamou bastante a marcação adversária. Abrindo espaço aos companheiros, o próprio atacante acabou beneficiado. Aos 8 da segunda etapa, Lelê driblou bem pela esquerda, a jogada seguiu com o improvável Dedé e o goleiro Rafael Sandes deu rebote numa bobeira. Na frente de quem não devia, Grafite. A vantagem foi ampliada logo depois, numa cabeçada de Alemão. Após duas bolas na trave na rodada passada, o zagueiro lavou a alma. Com o 2 x 0 consolidado, o restante da noite foi na base dos contragolpes, sem aperreio.

De lambuja, a vitória acabou rendendo mais uma taça neste início de temporada. Após o Troféu Chico Science, foi a vez da Taça Henágio, em homenagem ao meia sergipano que brilhou no próprio Santa nos anos 1980. O ex-jogador, revelado pelo rival do Confiança, o Sergipe, faleceu em outubro passado, aos 53 anos. Oferecido pela federação local, o troféu completou a bagagem coral.

Nordestão 2016, 2ª rodada: Confiança x Santa Cruz. Foto: Santa Cruz/assessoria

Abusando da jogada aérea, Sport vence o Fortaleza e lidera no Nordestão

Nordestão 2016, 2ª rodada: Sport x Fortaleza. Foto: Ricardo Fernandes/DP

O estilo de jogo lembra o futebol inglês num período anterior à Premier League. Um jogo de imposição física, sem muita criatividade e muitos, muitos cruzamentos na área. Dependendo do nível da assistência e do finalizador, pode dar bem certo. Plasticamente pode não ser tão agradável, mas o Sport parece ter encontrado uma nova formar de atuar. Após o desmanche do time que ficou em 6º lugar no Brasileirão, com meias qualificados, o time foi a campo sem apoiadores. Recheado de volantes e com laterais com plena liberdade.

Após um início cambaleante, perdendo de Salgueiro e América, o time de Falcão chegou à terceira vitória consecutiva na temporada, usando a bola aérea como única característica. Contra o Fortaleza, na Ilha do Retiro, o time pernambucano teria, em tese, o seu compromisso mais difícil na primeira fase do Nordestão. Num jogo de correria e muita disputa – numa delas, Túlio de Melo escapou de ser expulso -, o Sport acabou deslanchando no finzinho do primeiro tempo, definindo o 2 x 0 que deu tranquilidade no regional, liderando o grupo D.

Aos 38, Durval pegou a bola na ponta esquerda da área e cruzou para Rithely testar para as redes. Foi o 22º gol do volante com a camisa rubro-negra, sendo o 13º de cabeça. Nos descontos, numa jogada pela direita, Everton Felipe foi à linha de fundo e levantou a bola para Túlio de Melo ampliar de cabeça. Mesmo entre dois defensores, o camisa 99 levou vantagem. Até agora, considerando estadual e regional, o Leão já soma seis gols em 2016, todos em cruzamentos na área, sendo cinco cabeçadas. Estilo o time tem, mas será preciso diversificar para projetar algo mais. Basta relembrar a história.

Nordestão 2016, 2ª rodada: Sport x Fortaleza. Foto: Ricardo Fernandes/DP

A evolução do tour da taça do Nordestão

Tour da Taça do Nordeste na Ilha do Retiro, em 17/02/2016. Foto: Sport/twitter

O tour da Taça do Nordeste cresceu. Nas três primeiras temporadas, o troféu era levado para locais de grande circulação nas capitais, mas com a montagem de um ambiente relativamente simples. Ampliando a importante ferramenta de divulgação, em 2016 o cenário passou a “viajar”, através de um caminhão customizado para os eventos oficiais da Lampions League. Numa passagem de seis dias no Recife, o troféu circulou no Arruda, no centro do Recife e na Ilha do Retiro, aproveitando as duas partidas seguidas na cidade, Santa Cruz x Bahia e Sport x Fortaleza, num trabalho de marketing integrado com os clubes. Com direito à hashtag #tourdataça para o compartilhamento nas redes sociais.

O tour da taça da Copa do Nordeste no Recife em 2016. Fotos: @zilpemay (twitter), Esporte Interativo, Santa Cruz e Brenno Costa/DP

Ao todo, o percurso terá 5.205 quilômetros, passando pelos nove estados da região, de 31 de janeiro a 17 de março. Além da exposição da orelhuda em um púlpito, com a presença do mascote Zeca Brito, os visitantes podem responder a um quiz do torneio e até participar de um “gritômetro”. Pesando oito quilos, de aço fundido banhado a ouro, a taça terá o seu destino definitivo conhecido em 1º de maio, data da finalíssima. Em 2014, o troféu voltou para Pernambuco após o giro junto aos torcedores. Já passou da hora de uma nova taça na terrinha…

Tour da Taça do Nordeste no Arruda, em 14/02/2016. Foto: Brenno Costa/DP

Após 48% dos jogos, o Pernambucano registra uma média de 1.392 torcedores

Pernambucano 2016: Náutico 2x0 Santa Cruz, Santa Cruz x América e Sport 0x1 América. Fotos: Cassio Zirpoli (Arena), Yuri de Lira (Arruda) e João de Andrade Neto (Ilha do Retiro), todos do DP

Oficialmente, a FPF começou a contabilizar as médias de público do Campeonato Pernambucano em 1990. Desde então, o pior índice foi registrado em 1997, com apenas 2.080 testemunhas. A consequência daquele deficitário torneio foi a influência do governo do estado, que passou a subsidiar os ingressos, elevando bastante a presença na arquibancada – posteriormente afetada pelos fantasmas. Entretanto, devido à crise econômica, a edição de 2016 não tem mais o amparo estatal. Com duas fases envolvendo apenas clubes intermediários (primeira fase e hexagonal da permanência) e com os grandes divididos entre o hexagonal do título e o Nordestão, o Estadual desta temporada vem registrando números constrangedores.

Os 44 jogos com borderô aberto (48% da competição) somam 61 mil torcedores, correspondendo a uma média de 1.392. Até agora, o maior público foi no Clássico das Emoções, com 9.296 espectadores. Bem abaixo do histórico. É verdade que ainda serão disputados cinco clássicos e também a fase decisiva, mas dificilmente o índice alcançará o patamar do Todos com a Nota e do Futebol Solidário, um cenário de quase duas décadas. Em relação à arrecadação, a FPF tem direito, segundo regras próprias, a uma taxa de 8% sobre a bilheteria de todos os jogos. Logo, já arrecadou R$ 71.608.

Dados atualizados até 15 de fevereiro, com a 3ª rodada do hexagonal do título e a 4ª rodada do hexagonal da permanência.

1º) Náutico (2 jogos como mandante, na Arena)
Público: 12.189 torcedores
Média de 6.094
Taxa de ocupação: 13,29%
Renda: R$ 305.385
Média de R$ 152.692
Presença contra intermediários (1 jogo): T: 2.893 / M: 2.893

2º) Santa Cruz (2 jogos como mandante, no Arruda)
Público: 11.625 torcedores
Média de 5.812
Taxa de ocupação: 11,49%
Renda: R$ 116.800
Média de R$ 58.400
Presença contra intermediários (2 jogos): T: 11.625 / M: 5.812

3º) Salgueiro (1 jogo como mandante, no Cornélio de Barros)
Público: 3.081 torcedores
Média de 3.081
Taxa de ocupação: 25,52%
Renda: R$ 20.847
Média: R$ 20.847

4º) Central (5 jogos como mandante, no Lacerdão)
Público: 14.840 torcedores
Média de 2.968
Taxa de ocupação: 14,84%
Renda: R$ 286.655
Média de R$ 57.331

5º) Sport (1 jogo como mandante, na Ilha do Retiro)
Público: 2.786 torcedores
Média de 2.786
Taxa de ocupação: 10,15%
Renda: R$ 53.505
Média: R$ 53.505
Presença contra intermediários (1 jogo): T: 2.786 / M: 2.786

6º) América (3 jogos como mandante, no Ademir Cunha*)
Público: 1.693 torcedores
Média de 564

Taxa de ocupação: 4,51%
Renda: R$ 6.910
Média de R$ 2.303
* Um jogo ocorreu de portões fechados

Geral – 44 jogos (1ª fase, hexagonais do título e da permanência e mata-mata)*
Público total: 61.283
Média: 1.392 pessoas
Arrecadação: R$ 895.107
Média: R$ 20.343
* Foram realizadas 45 partidas, mas 1 jogo ocorreu de portões fechados.

Fase principal – 9 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 38.723
Média: 4.302 pessoas
Arrecadação: R$ 691.612
Média: R$ 76.845

As médias das fases principais anteriores (hexagonal do título e mata-mata):
2015 – 10.122 pessoas (38 jogos)
2014 – 11.859 pessoas (38 jogos)