O patrimônio dos clubes pernambucanos através dos balanços financeiros de 2016

Aflitos, Ilha do Retiro e Arruda. Crédito: Google Maps/reprodução

O patrimônio do Trio de Ferro consiste em 209 mil metros quadrados de área no Recife. Dado referente às sedes sociais, à parte dos centros de treinamento no subúrbio. Mensurar o valor dos terrenos e das (enormes) estruturas não é tão simples, devido aos números apresentados por Náutico, Santa e Sport em seus balanços. Considerando os demonstrativos financeiros de 2016, divulgados em abril, a soma patrimonial seria de R$ 331.233.365 – hoje, inferior ao passivo acumulado, de 343 milhões de reais. No mercado, seria uma pechincha. Para explicar, vamos às ressalvas. Tanto o alvirrubro quanto o tricolor congelaram (dentro da lei) os valores, ignorando a especulação imobiliária, sobretudo nos Aflitos. Idem com o Sport, que, por outro lado, calculou a depreciação dos bens construídos, com queda de 19,6% num ano, ou R$ 32,4 milhões a menos. Como consequência, o patrimônio leonino tornou-se menor que o alvirrubro (133 mi x 134 mi). 

Um ponto interessante sobre a depreciação é o caráter meramente contábil, não relacionado, necessariamente, ao valor real de mercado. Como exemplo, o Arruda. A comissão patrimonial do Santa encomendou uma avaliação independente do estádio, sem contar os terrenos do CT Waldomiro Silva, em Beberibe, e CT Ninho das Cobras, na Guabiraba (ambos sem estrutura). Nesta análise, o Mundão valeria R$ 274 milhões, num aumento de 330% em relação ao balanço oficial, com a cifra pregada há anos. Pela falta de atualização, o patrimônio coral ficou abaixo do Central. Localizado num bairro nobre de Caruaru, Maurício de Nassau, o estádio alvinegro é sondado por construtoras de forma recorrente. Valeria R$ 88 milhões.

A lista abaixo apresenta os clubes locais acima de R$ 1 milhão, considerando imóveis, como sede, estádio, ginásios, parque aquático, centros de treinamento, terrenos etc. Vale destacar que Náutico e Sport não consideram os CTs nos ajustes patrimoniais, ainda atrelados como bens paralelos. E olhe que alguns clubes informam até maquinário, equipamentos eletrônicos e veículos. O Sport, por exemplo, soma R$ 5 milhões neste quesito, desconsiderado aqui. Em tempo: nada está à venda.

Patrimônio social
1º) Náutico, R$ 134.489.197 (Aflitos e clube)
2º) Sport, R$ 133.005.168 (Ilha do Retiro e clube)
3º) Central, R$ 96.400.000 (Lacerdão e terreno)
4º) Santa Cruz, R$ 63.739.000 (Arruda e clube)
5º) Sete de Setembro, R$ 18.000.000 (Gigante do Agreste e terreno)
6º) América, R$ 1.700.319 (imóvel)*
7º) Porto, R$ 1.610.293 (CT e imóveis)
* Dados de 2015, os últimos presentes no site da FPF

Observações:
1) A lista milionária poderia ser maior caso Centro Limoeirense e Ypiranga detalhassem seus respectivos estádios, o José Vareda e Limeirão.

2) O casarão na Estrada do Arraial é alvo de disputa pelo América, que perdeu o imóvel em 2012 num leilão para abater uma dívida. O clube tenta anular o processo. De toda forma, em 2015, passou a ser classificado como Imóvel Especial de Preservação (IEP) e não pode mais ser demolido.

Área dos clubes no Recife
1º) Ilha do Retiro, 110 mil m²
2º) Arruda, 58 mil m²
3º) Aflitos, 41 mil m²

Área dos principais centros de treinamento
1º) Wilson Campos (Náutico), 49 hectares
2º) Ninho do Gavião (Porto), 20 hectares
3º) Ninho das Cobras (Santa), 10,5 hectares (em construção)

4º) José de Andrade Médicis (Sport), 8,4 hectares

Atlético escapa de W.O. como mandante e vence aos 49/2T. Série D raiz em Carpina

Série D 2017, 1ª rodada: Atlético-PE 4 x 2 Campinense. Foto: Ednaldo Tavares/Nova Carpina FM/Voz de Pernambuco

Nada de jogos televisionados no Premiere, campos padronizados ou públicos numerosos. A Série D, mambembe desde sempre, é o verdadeiro retrato da maioria dos 766 clubes em atividade no país, num âmbito de superação e improviso. Na largada deste ano, foram 32 jogos no domingo, incluindo as derrotas de América e Central, ambos como visitante. E a maior história do dia ocorreu com o terceiro representante local. Mais precisamente em Carpina.

O Atlético Pernambuco conquistou a vaga de última hora, após a desistência do Serra Talhada, sem condições financeiras. Na estreia, o Tatu enfrentaria a principal força do grupo 8, o Campinense, que manteve a base da equipe que disputou o Nordestão, indo até as quartas de final. Jogo marcado para as 16h. Hino nacional, arbitragem e equipe do visitante perfiladas e um vazio ao lado… Nada do mandante. O ônibus quebrou a caminho do estádio Paulo Petribu. W.O. em casa? Acredite, passou perto. O árbitro Leo Simão teria que esperar meia hora. Correndo num ônibus escolar, numa carona encontrada às pressas, o time chegou às 16h25. Até a bola rolar, ainda teve três minutos para aquecimento e “oração”, como destaca a súmula oficial.

Em campo, George até abriu o placar para o dono da casa, mas a Raposa virou para 1 x 3 no primeiro tempo. Fatura quase liquidada, compreensível num dia tão atribulado. Porém, logo na retomada, Cesar diminuiu, com o 2 x 3 seguindo até o finzinho. Foi quando o camisa 9, Wellington, apareceu. O atacante marcou os gols do empate, aos 38, e da virada, aos 49 do segundo tempo. 4 x 3! Pena que nenhum torcedor pôde assistir na arquibancada, com o jogo de portões fechados por falta de laudos. Mais Série D, impossível. Raiz.

Abaixo, o registro do site Voz de Pernambuco, desde já uma raridade…

Podcast – Análise da vitória do Santa, do empate do Sport e da derrota do Náutico

O segundo fim de semana pelo Campeonato Brasileiro de 2017 foi distinto em relação aos grandes clubes pernambucanos. No sábado, pela Série B, o tricolor alcançou a vice-liderança, enquanto o alvirrubro caiu para a vice-lanterna. No domingo, pela Série A, o rubro-negro deu sequência à má fase, agora com 1 vitória em 10 jogos, contabilizando as cinco competições simultâneas. O 45 minutos analisou as três partidas em gravações exclusivas, tanto na questão técnica quanto tática. Participei dos três debates. Ouça!

20/05 – Figueirense 3 x 0 Náutico (26 min)

20/05 – Santa Cruz 2 x 1 Guarani (34 min)

21/05 – Sport 1 x 1 Cruzeiro (31 min)

Jogando mal outra vez, o Sport fica no empate com o Cruzeiro. E saiu no lucro

Série A 2017, 2ª rodada: Sport 1 x 1 Cruzeiro. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

O primeiro tempo foi até equilibrado, com o leão criando três boas chances. No segundo, o Cruzeiro dominou o jogo na Ilha. Enquanto o goleiro mineiro, Fábio, foi quase um espectador no período, Magrão comprovou a ótima forma na temporada, salvando o Sport de mais uma derrota no Brasileirão. O empate em 1 x 1 acabou de bom tamanho para o time pernambucano, ainda desorganizado e, nesta partida especificamente, dando sinais de cansaço.

Fragilizado pela má sequência – agora, 1 vitória em 10 jogos -, o Sport entrou em campo quase como franco atirador. Embora tenha contado com Rithely, que dá outra cara à equipe, melhorando a marcação e dando escape na criação, acabou poupando os cabeças de área, com Ronaldo utilizado no primeiro tempo e Fabrício no segundo. A interseção entre eles foi Neto Moura, cuja escalação destoou. Pouco participativo, o volante já havia ido mal em Campinas. No Recife foi quase nulo, sobrecarregando os companheiros na recomposição. Por sinal, a sua titularidade nos dois jogos da Série A é um sinal claro de fadiga no time. Ney Franco só “corrigiu” isso aos 9 da segunda etapa, justamente quando a equipe começava a pregar. Rogério (mal) e Osvaldo (arisco) desaceleraram e Diego Souza foi de centroavante a armador, ficando mais recuado a cada minuto. André? Nem no banco, poupado.

Àquela altura, já com o 1 x 1 (Alisson na primeira chegada celeste e DS87 de pênalti), coube ao Sport suportar a pressão. Trocando passes e explorando as laterais (Prata e Evandro, este numa fogueira), o visitante chegou incontáveis vezes à meta de Magrão, pois o mandante não prendia a bola um segundo sequer à frente. Na partida que reuniu os campeões de 87 para o novo uniforme, mas com apenas 4.459 espectadores, a vaia no fim foi inevitável. Direcionada sobretudo ao treinador, que deverá ter na quarta-feira, na decisão regional em Salvador, o divisor de águas em seu trabalho no rubro-negro.

Série A 2017, 2ª rodada: Sport 1 x 1 Cruzeiro. Foto: Léo Caldas/Cruzeiro

Sport reúne onze campeões brasileiros de 1987 para a estreia do uniforme de 2017

Reunião do time campeão brasileiro de 1987 em 21 de maio de 2017. Foto: Anderson Freire/Sport Club do Recife

Betão, Neco, Ismael, Cláudio e Flávio; Marco Antônio, Zico, Robertinho, Rogério, Ribamar e Euzébio.

Onze jogadores que fizeram parte do Sport durante a campanha do título brasileiro de 1987 se reuniram na Ilha do Retiro, a convite do clube, para as homenagens pelos trinta anos da conquista. Dois deles radicados em Pernambuco, Rogério e Neco, e os demais acompanhando o leão de longe, de norte a sul. No encontro, saudosismo puro. A data marca também a estreia do uniforme principal desta temporada, inspirado no histórico modelo.

Curiosamente, há dez anos, na comemoração pelos vinte anos da conquista, o domingo também foi marcado por um confronto contra o Cruzeiro, pelo Brasileirão – na ocasião, 1 x 0, gol de Gabiru. Em relação àquela festa, a ausência desta vez foi o capitão Estevam, o hoje técnico “Estevam Soares”.

Além da reunião, incluindo o craque do time, o meia Ribamar, e o autor do gol do título, o zagueiro Marco Antônio, o rubro-negro fez uma exposição na Ilha sobre a história do título e lançou um vídeo de apresentação da camisa produzida pela Adidas. O slogan é o seguinte: “É melhor aceitar”.

Classificação da Série B 2017 – 2ª rodada

A classificação da 2ª rodada da Série B de 2017. Crédito: Superesportes

Após duas rodadas na Série B, apenas dois times se mantêm 100%: Figueirense e Santa Cruz. Curiosamente, dois clubes que disputaram a elite na temporada passada, num lastro esperado para esta edição da segundona. Já o Inter, favorito absoluto ao título, cedeu o empate no Beira-Rio, somando quatro pontos. O outro rebaixado, o América, largou com dois empates.

Os pernambucanos entraram em campo no sábado, com resultados opostos. No Recife, o Santa venceu o Guarani, com um gol de Ricardo Bueno aos 38 minutos do segundo tempo. É o vice-líder (de 5º para 2º). Em Florianópolis, o Náutico foi goleado pelo Figueirense, sem qualquer poder de reação na partida. É o vice-lanterna (de 11º para 19º). Apesar da rodada finalizada, a classificação do Brasileiro aponta um jogo a mais, antecipado da 4ª rodada. No caso, Paraná 2 x 0 Goiás, já disputado devido ao compromisso do clube de Curitiba pelas oitavas da Copa do Brasil, contra o Atlético Mineiro.

Resultados da 2ª rodada
Brasil 1 x 1 Londrina
Ceará 0 x 0 Boa Esporte
Paraná 0 x 0 Paysandu
Vila Nova 0 x 0 Juventude
América-MG 1 x 1 Goiás
Oeste 1 x 0 Criciúma
Luverdense 1 x 1 CRB
Santa Cruz 2 x 1 Guarani
Figueirense 3 x 0 Náutico
Internacional 1 x 1 ABC (27.605 pessoas, o maior público)

Balanço da 2ª rodada
3V dos mandantes e 7E; 10 GP dos mandantes e 5 GP dos visitantes

Agenda da 3ª rodada
23/05 (19h15) – CRB x Santa Cruz (Rei Pelé)
23/05 (21h30) – Guarani x Figueirense (Brinco de Ouro)
26/05 (19h15) – Criciúma x América-MG (Heriberto Hülse)
26/05 (20h30) – Boa Esporte x Oeste (Dilzon Melo)
26/05 (21h30) – Goiás x Brasil (Serra Dourada)
27/05 (16h30) – Londrina x Luverdense (Café)
27/05 (16h30) – Paysandu x Internacional (Mangueirão)
27/05 (16h30) – Náutico x Ceará (Arena Pernambuco)
27/05 (16h30) – ABC x Vila Nova (Frasqueirão)
27/05 (19h00) – Juventude x Paraná (Alfredo Jaconi)

Ricardo Bueno marca na estreia e Santa vence o Guarani. Ainda 100% na Série B

Série B 2017, 2ª rodada: Santa Cruz 2x1 Guarani. Foto: Peu Ricardo/DP

A chegada de Ricardo Bueno foi meteórica no Arruda. Destaque no Paulistão pelo São Bento, o atacante optou durante a semana pela proposta do Santa Cruz, em detrimento à oferta do Guarani. Acabou registrado no BID às 17h56 da sexta, no limite para estar em campo no sábado, curiosamente diante do outro interessado. Durante a partida contra o Bugre, no Arruda, Ricardo Bueno viu do banco de reservas um tricolor recorrente na temporada, marcando bem e pouco afeito às jogadas ofensivas, sempre suando para pontuar.

O início até ensaiou uma tarde tranquila. Halef Pitbull abriu o placar logo aos 4 minutos, escorando um cruzamento de Nininho (substituto de Vítor). Depois, o centroavante desperdiçaria ótima chance para ampliar. No segundo tempo, Eutrópio compactou a equipe, quase toda atrás da linha da bola. Deu campo ao Guarani, como havia dado ao Criciúma, há uma semana. E tomou pressão, como há uma semana. É uma tática bem arriscada, embora os resultados, até aqui, a justifiquem. Sem o veterano Fumagalli, o Guarani tentava bolas esticadas, buscando o grandalhão Eliandro, de passagem apagada na Ilha.

Com o placar magro próximo do fim, o treinador coral enfim acionou Bueno, no lugar de Pitbull, aos 32 minutos. Já em campo, ele viu o empate do alviverde campineiro. Num lançamento, Eliandro dividiu com Júlio César e ficou com sobra, empurrando para o gol. Entre os 6.090 espectadores, muitas vaias direcionadas à área técnica, de forma imediata. Pressionado, o mandante reagiu. Então, voltemos ao roteiro semelhante, com uma falha clamorosa do adversário. Desta vez, Caíque, que espirrou mal a bola, com Tiago Costa dominando e cruzando na medida. Na área, Ricardo Bueno subiu no 4º andar e cabeceou com força. Decisivo, como se esperava, 2 x 1. No sufoco, a segunda vitória seguida da cobra coral, 100% no Brasileiro e no G4.

Série B 2017, 2ª rodada: Santa Cruz 2x1 Guarani. Foto: Rodrigo Baltar/Santa Cruz

Náutico é goleado pelo Figueirense e escancara a necessidade de reforços

Série B 2017, 2ª rodada: Figueirense 3x0 Náutico. Foto: Luiz Henrique/Figueirense

Sem dificuldades, o Figueirense venceu o Náutico no Orlando Scarpelli. Dominou o jogo inteiro e construiu as melhores jogadas, sem dar espaço ao visitante, que chega à segunda rodada zerado no ataque. Rebaixado no último ano, o time catarinense entrou na Série B num processo de reformulação, mas com lastro financeiro para reforços pontuais acima da média na competição. Como nos casos dos atacantes Jorge Henrique e Luidy, vindos de Vasco e Corinthians. Exatamente o oposto do alvirrubro, que não vem conseguindo honrar os salários do grupo atual. Após perder Marco Antônio, mantém Maylson e Anselmo no limite, com novas promessas a cada semana. No restante do time, jovens valores e atletas de clara limitação.

Na estreia da Série B, quando empatou com o América Mineiro numa arena de portões fechados, o mérito do time foi a disposição, a partir do técnico Waldemar Lemos. Convenhamos, é muito pouco para um campeonato tão longo quanto este Brasileiro. De fato, um revés em Florianópolis não pode ser encarado com um tropeço fora da cartilha, mas a falta de futebol, sim. Tecnicamente, o timbu mostrou muito pouco. O Figueira marcou duas vezes ainda no primeiro tempo, sempre envolvendo o visitante. Após tomar o segundo gol, aos 32, Waldemar fez duas trocas. Saíram David e Cal Rodrigues e entraram Joazi e Alison. E o período até o intervalo foi o único momento de lucidez alvirrubra, com Maylson encostando no ataque.

Sem conseguir diminuir o placar, o time sofreu um duro golpe logo no começo da etapa complementar, com a expulsão de Darlan – em dez jogos no clube o volante recebeu seis cartões. O jogo acabou ali, com o Náutico limitando-se a evitar um placar mais dilatado, o que não conseguiu, pois o dono da casa transformou a vitória em goleada, 3 x 0. Com o time atual, a expectativa por um futebol competitivo não parece das maiores…

Série B 2017, 2ª rodada: Figueirense 3x0 Náutico. Foto: Luiz Henrique/Figueirense

Avaliação do Transfermarkt sobre o valor mercado dos 40 elencos das Séries A e B

Avaliação do Transfermakt sobre as Séries A e B de 2017, em maio (em euros). Crédito: reprodução

O Sport inicia o Brasileirão de 2017 com o 9º elenco mais valorizado, à frente de Flu e Vasco, segundo projeção do site alemão Transfermakt, especializado em direitos econômicos. Em um ano, passou de 33 milhões de euros, na 12ª posição, para 37 milhões. Ou 11,5% de aumento. Consequência da aquisição de nomes como André (compra), Rogério (compra) e Osvaldo (empréstimo). É, de longe, o elenco mais caro do Nordeste, com 7,5 milhões de diferença em relação ao Vitória. Avaliado em € 5 milhões (ou R$ 18,3 mi), Diego Sousza é o 14º jogador mais caro da elite nacional (lista abaixo). Mesmo sendo artilheiro e convocado à Seleção, DS87 aparece com 500 mil a menos devido à idade.

Como de praxe, os elencos do país vão mudar, com idas e vindas, tanto na janela internacional quanto entre os próprios participantes. Então, como curiosidade, eis os valores de mercado dos 40 clubes nas Séries A e B. A projeção é feita a partir do nível técnico, posição, idade e rendimento recente. Claro, apresenta cifras polêmicas, como as de Marquinhos e Elicarlos.

Valor absoluto por divisão no início do Brasileiro
2016: 876,4 milhões (A) e 178,3 milhões (B)
2017: 802,1 milhões (A) e 214,9 milhões (B)

No Santa, mesmo com o descenso, a passagem na elite valorizou o grupo. No fim de 2015, quando subiu com nomes como Grafite, Keno e João Paulo, o tricolor foi avaliado em 6,25 mi. Agora, de volta e sem jogadores renomados, aparece com 9,8 mi. A “casca” de Série A foi geral, tendo como exemplo Wellington Cézar – cujo desempenho, na visão do blog, foi fraco. Participando da segundona pela quarta vez seguida, o Náutico aparece abaixo do rival do Arruda, numa distância que deve aumentar com a debandada inicial, puxada pelo meia Marco Antônio. No Brasil, o Palmeiras é o mais badalado, mas é do Cruzeiro o elenco mais caro no levantamento. São doze atletas milionários, incluindo Ábila (6 mi) e De Arrascaeta (5,5 mi). Em dezembro, após a 38ª rodada, o blog fará o comparativo sobre a mutação nos times locais…

Confira o quadro nacional numa resolução maior clicando aqui.

Os 10 atletas mais valorizados nos clubes em 19 de maio de 2017 (em euros):

Sport (elenco com 29 jogadores: € 37,70 milhões)
1º) 5 milhões – Diego Souza (meia)
2º) 4 milhões – André (atacante)
3º) 3,5 milhões – Osvaldo (atacante)
3º) 3,5 milhões – Rithely (volante)
5º) 3 milhões – Mena (lateral-esquerdo)
6º) 2,5 milhões – Marquinhos (atacante)
7º) 1,6 mihão – Agenor (goleiro)
8º) 1,5 milhão – Rogério (atacante)
8º) 1,5 milhão – Samuel Xavier (lateral-direito)
8º) 1,5 milhão – Leandro Pereira (atacante)

Santa Cruz (elenco 27 jogadores: € 9,8 milhões)
1º) 1 milhão – Elicarlos (volante)
2º) 900 mil – David (volante)
3º) 750 mil – Jaime (zagueiro)
3º) 750 mil – Wellington Cézar (volante)
5º) 650 mil – Anderson Salles (zagueiro)
5º) 650 mil – William Barbio (atacante)
7º) 600 mil – Facundo Parra (atacante)
8º) 500 mil – Vítor (lateral-direito)
8º) 500 mil – Roberto (lateral-esquerdo)
8º) 500 mil – Gino (volante)
8º) 500 mil – Tiago Costa (lateral-esquerdo)

Náutico (elenco com 29 jogadores: € 8,95 milhões)
1º) 750 mil – Tiago Cardoso (goleiro)
1º) 750 mil – Tiago Alves (zagueiro)
1º) 750 mil – Nirley (zagueiro)
1º) 750 mil – João Ananias (volante)
1º) 750 mil – Rodrigo Souza (volante)
6º) 500 mil – Giva (atacante)
7º) 300 mil – Mateus Muller (lateral-esquerdo)
7º) 300 mil – Joazi (lateral-direito)
9º) 250 mil – Adalberto (zagueiro)
10º) 225 mil – Juninho (atacante)

Os 15 jogadores mais valorizados da Série A de 2017, em maio. Crédito: Transfermakt/reprodução

Diego Souza é convocado para o 5º jogo seguido da Seleção. É a chance do 87…

Diego Souza convocado por Tite para dois amistosos em junho de 2017. Crédito: CBF TV/reprodução

Diego Souza segue presente na lista de Tite. O técnico da Seleção Brasileira convocou o meia do Sport para dois amistosos em junho. Com isso, já são cinco partidas seguidas da Canarinha com DS87. Após a confirmação da classificação à Copa do Mundo de 2018, na goleada sobre os paraguaios na Arena Corinthians, o treinador adiantou que aproveitaria o calendário para fazer testes na equipe. Então, parece a hora do destaque rubro-negro.

Diante argentinos e australianos, em jogos no Cricket Ground, com 100 mil lugares, o Brasil não terá Neymar. Então, o destaque à frente é Gabriel Jesus, recuperado de lesão. Contudo, Diego Souza foi chamado no lugar de Firmino, com quem briga pela reserva do atacante do Manchester City – Taison e Douglas Costa completam o ataque desta vez. Embora no leão siga numa transição entre meia, ponta e centroavante, na Seleção a sua função é clara. É um atacante centralizado, mas com mobilidade, encurtando o espaço entre os meias e os pontas. Nas Eliminatórias, jogou apenas onze minutos. Em janeiro, quando apenas atletas que atuam no país foram chamados, foram 64.

No Sport, quem mais defendeu o Brasil foi Leomar, com 6 jogos em 2001. Diego poderá empatar com Traçaia e Édson, ambos com 5 em 1959.

Participação de Diego Souza na Seleção em 2017
25/01 – Brasil 1 x 0 Colômbia (64 minutos, titular)
23/03 – Uruguai 1 x 4 Brasil (5 minutos, reserva)
28/03 – Brasil 3 x 0 Paraguai (6 minutos, reserva)

Jogos a disputar, em Melbourne
09/06 – Argentina x Brasil
13/06 – Austrália x Brasil

Os 24 convocados em 19 de maio
Goleiros: Diego Alves (Valência), Weverton (Atlético-PR) e Ederson (Benfica) 

Zagueiros: David Luiz (Chelsea), Gil (Shandong Luneng), Jemerson (Monaco), Rodrigo Caio (São Paulo) e Thiago Silva (PSG)  

Laterais: Alex Sandro (Juventus), Fagner (Corinthians), Filipe Luis (Atlético de Madrid) e Rafinha (Bayern de Munique) 

Meias: Fernandinho (Manchester City), Giuliano (Zenit), Lucas Lima (Santos, Paulinho (Guangzhou Evergrande), Philippe Coutinho (Liverpool), Renato Augusto (Beijing Gouan), Rodriguinho (Corinthians) e Willian (Chelsea) 

Atacantes: Diego Souza (Sport), Douglas Costa (Bayern de Munique), Gabriel Jesus (Manchester City) e Taison (Shakhtar Donetsk)