Transmissão ao vivo de um jogo do Íbis

Transmissão online de Ferroviário do Cabo 0 x 1 Íbis. Crédito: FPF/reprodução

Com uma arrancada surpreendente na Série A2 do Estadual, vencendo nas duas primeiras rodadas, o Íbis seguiria a tabela contra o Ferroviário do Cabo, no estádio Gileno de Carli. Jogo de portões fechados, por falta de laudos técnicos, mas “à disposição” do público. Em caráter experimental, a FPF iniciou a transmissão online do torneio – começou na véspera, com o Clássico das Multidões pelo Pernambucano Sub 20, paralelamente à segundona.

Esse modelo de transmissão é uma parceria da federação com o site mycujoo, especializado em streaming de partidas de futebol e que já realizou trabalho semelhante na Copa São Paulo de Juniores. A ideia local é exibir os principais jogos de todas as categorias à parte da primeira divisão profissional, cujos direitos de transmissão já estão negociados com a Rede Globo até 2018.

Portanto, assista ao Pior Time do Mundo… Na tevê? Oportunidade rara.

Atualização: o Íbis venceu a terceira seguida e segue líder do grupo A.

Drone em ação no Gigante do Agreste, em plena segunda divisão do Pernambucano

Pernambucano 2017, Série A2: Sete de Setembro 0 x 2 Porto. Crédito: TV Criativa/youtube

Durante a partida entre Sete de Setembro e Porto, na abertura da segunda divisão pernambucana de 2017, a TV Criativa, de Caruaru, acionou um drone sobre o campo do Gigante de Agreste. Enquanto a bola rolava em Garanhuns, em 17 de setembro, o equipamento ia gravando imagens da partida em ângulos bem diferentes. Com pouco mais de três minutos de edição, o vídeo do sobrevoo mostra até a reação do público nos rasantes…

O vídeo traz uma certa nostalgia com o maior estádio do agreste meridional, há sete anos fora da elite. E para quem não o conhecia, vale a pena ver.

Em campo, o visitante se deu melhor, Sete 0 x 2 Porto.

Veja outros vídeos aéreos em estádios do interior: Lacerdão e Antônio Inácio.

Sete de Setembro estreia na A2 com 2 mil torcedores e apenas 11 atletas inscritos

Pernambucano 2017, Série A2: Sete de Setembro 0 x 2 Porto. Crédito: Sete de Setembro/assessoria

O Sete de Setembro é um dos clubes mais tradicionais de Pernambuco, sendo proprietário do segundo maior estádio do interior, o Gigante do Agreste. No entanto, está há bastante tempo à margem. Já são sete anos perambulando na segunda divisão. Na estreia de 2017, em nova tentativa de retorno, o alviverde de Garanhuns passou por um episódio insólito. Recebeu o Porto de Caruaru, com a torcida local marcando presença: 2.328 torcedores, número bem superior à maioria das partidas da primeirona. Já o time, nem tanto. Embora tenha contado com o seu principal reforço, o atacante Araújo, de 40 anos, o próprio clube explicou a bronca em sua página oficial no facebook.

“A estreia na Série A2, contra o Porto, infelizmente foi com derrota. O time perdeu pelo placar de 2 x 0, com gols de Erikys e Alisson. O Porto soube tirar proveito dos desfalques do time setembrino. É que o Sete contou com apenas 11 jogadores, divididos entre titulares e reservas, sem ninguém no banco. Esse fato ocorreu devido aos problemas para a regularização dos jogadores – alguns deles não foram liberados a tempo pelos clubes.”

Pois é. Durante o hino, já estavam em ação todos os jogadores em condições. E o Sete ainda desperdiçou um pênalti e teve um gol anulado. Dia difícil.

Eis a escalação inacreditável na súmula oficial da partida…

Pernambucano 2017, Série A2: Sete de Setembro 0 x 2 Porto. Crédito: FPF/site oficial

Santa arrecada R$ 453 mil para 1ª fase do CT, com campo até o Estadual de 2018

Visando a primeira fase da construção do Centro de Treinamento Ninho das Cobras, o Santa Cruz arrecadou R$ 453 mil. Segundo a prestação de contas publicada pela Associação Centenário do Santa Cruz, a ACSC, esta etapa inicial foi estimada em R$ 402 mil, focando na conclusão do primeiro dos três campos oficiais. No caso, já com terraplenagem, drenagem e aquisição de material para a irrigação. A finalização deste primeiro gramado, possivelmente até o Campeonato Pernambucano de 2018, deve marcar o início da utilização do local pelo time profissional. Na publicação da ACSC é possível conferir algumas imagens aéreas do CT, com a primeira drenagem pronta.

Além da receita contabilizada diretamente pela comissão patrimonial, já incluindo a venda de livros e uma contribuição de torcedores para 78 caçambas de brita, outras doações isoladas aconteceram neste período. Antecipando gastos futuros, chegaram quatro mil tijolos, uma caixa d’água de 20 mil litros, 20 caçambas de brita, duas bacias sanitárias, duas pias, 30 sacos de cimento e até um transformador de energia de 75 KVA.

Localizado na estrada da Mumbeca, no bairro da Guabiraba, a 13 quilômetros do Arruda, o empreendimento está orçado em R$ 5 milhões.

Veja os detalhes do projeto do CT, numa área de 10,5 hectares, clicando aqui.

A finalização da drenagem no campo I (à direita)

Imagens aéreas da 1ª fase do CT do Santa Cruz. Crédito: Associação Centenário do Santa Cruz (ACSC)

Drenagem do CT segue o corte utilizado na Arena Pernambuco

Imagens aéreas da 1ª fase do CT do Santa Cruz. Crédito: Associação Centenário do Santa Cruz (ACSC)

O galpão de obras, já com os tijolos doados

Imagens aéreas da 1ª fase do CT do Santa Cruz. Crédito: Associação Centenário do Santa Cruz (ACSC)

Terraplenagem de toda a área, com os trabalhos iniciados nos campos II e III

Imagens aéreas da 1ª fase do CT do Santa Cruz. Crédito: Associação Centenário do Santa Cruz (ACSC)

Íbis volta a vencer após 2 anos e reduz o histórico saldo negativo para -1.737 gols

Pernambucano 2017, Série A2: Íbis 1 x 0 Vera Cruz. Foto: Ibismania/twitter (@ibismania)

O Íbis não vencia uma partida oficial há dois anos. Ou, precisamente, há 732 dias. No período, sempre disputando a segunda divisão pernambucana, foram 13 jogos, com quatro empates e nove derrotas, até a suada vitória sobre o Vera Cruz, no Ademir Cunha. Tiago Mancha marcou aos 8 minutos do primeiro tempo e decretou a estreia positiva do pássaro preto na edição de 2017.

Em 79 anos de história, trata-se de uma raridade no futebol. Somando os 63 torneios oficiais disputadas pelo clube, sendo 43 na 1ª divisão e 20 na 2ª divisão, o triunfo em Paulista foi apenas o 136º. Até hoje, ganhou apenas 14% de seus jogos. Mesmo com o cartel escasso, o Íbis já venceu o Trio de Ferro.

Os maiores jejuns do ‘Pior Time do Mundo’

1.428 dias (entre 20 de julho de 1980 e 17 de junho de 1984)
55 jogos, com 7 empates e 48 derrotas

1.517 dias (entre 5 de junho de 2008 a 1º de agosto de 2012)
29 jogos, com 7 empates e 22 derrotas

Íbis na 1ª divisão (43 participações, 1946-2000)
678 jogos
83 vitórias
91 empates
504 derrotas
507 gols marcados
1.995 gols sofridos
-1.488 de saldo

Íbis na 2ª divisão (20 participações, 1977-2017)*
252 jogos
53 vitórias
65 empates
134 derrotas
236 gols marcados
485 gols sofridos
-249 de saldo

Jogos oficiais do Íbis (1ª e 2ª divisões)*
930 jogos
136 vitórias
156 empates
638 derrotas
743 gols marcados
2.480 gols sofridos
-1.737 de saldo
* Até a estreia na Série A2 de 2017

No histórico do Íbis é necessário fazer algumas ponderações. Além dos três resultados “possíveis”, com vitórias, empates e derrotas, o clube conta com situações incomuns. Ao todo, 17 jogos tiveram outras características: 8 sem placar conhecido, 3 cancelados, 2 W.O. a favor e 4 W.O. contra.

Pernambucano 2017, Série A2: Íbis 1 x 0 Vera Cruz. Foto: Ibismania/twitter (@ibismania)

Podcast – A análise da vitória do Náutico, do empate do Santa e da derrota do Sport

23ª rodada do Brasileiro (Séries A e B): Náutico 1 x 0 Brasil de Pelotas (Ricardo Fernandes/DP), ABC 0 x 0 Santa (Nuno Guimarães/Framephoto/Estadão conteúdo) e Sport 0 x 1 Avaí (Roberto Ramos/DP)

Na 23ª rodada do Brasileiro, apenas uma vitória no Trio de Ferro. O alvirrubro foi o primeiro a entrar em campo, na quarta, somando três pontos e reduzindo para a cinco a saída do Z4 da segundona. Embora esteja a apenas um ponto do 16º, o tricolor saiu frustrado no tropeço diante do lanterna. Pela elite, no domingo, outro revés leonino, há seis rodadas sem vitória. O 45 minutos  comentou os três jogos em gravações exclusivas, nas questões técnica e tática, além de análises individuais. Ao todo, 95 minutos de podcast. Ouça!

06/09 – Náutico 1 x 0 Brasil de Pelotas (32 min)

09/09 – ABC 0 x 0 Santa Cruz (21 min)

10/09 – Sport 0 x 1 Avaí (42 min)

Taça Mauro Shampoo acaba na decisão por pênaltis, sem cobranças. E Íbis vice

Taça Mauro Shampoo 2017: Íbis 0 x 0 Ipojuca. Foto: Nilsinho Filho/Íbis (@ibismania)

Na preparação para a Série A2 de 2017, o Íbis resolveu criar a sua própria copa amistosa, como os gigantes espanhóis e como os grandes clubes pernambucanos. Em todos os casos, o homenageado tinha uma ligação forte com o respectivo clube. Portanto, seria difícil imaginar outro nome que não fosse o de Mauro Shamppo, mito da campanha que levou o time ao Guinness Book, com o ainda insuperável jejum de 55 jogos entre 1980 e 1984.

O convidado para a primeira edição da “Taça Mauro Shampoo” foi o Ipojuca Atlético Clube, que disputou a segundona estadual em 2012 e 2015. Neste ano, não se inscreveu. O palco utilizado foi o inacabado Grito da República, em Olinda, apesar de o estádio selecionado pelo pássaro preto para a competição de acesso ter sido o Ademir Cunha. Mesmo chegando à marca de 500 sócios, a turma não chegou junto, com apenas 67 torcedores presentes.

Em campo, 0 x 0. Naturalmente, a disputa previa um desempate através das penalidades, mas o visitante negou-se a bater. Possivelmente, lembrou de um passado remoto, com a taça de cortesia ao convidado em caso de empate. Embora não tenha sido por este motivo – mas sim pela irritação sobre os três gols anulados por impedimento – , o Íbis entregou o troféu de campeão ao Ipojuca e ficou com o de vice. Se é para perder, que seja com elegância…

Troféu Joan Gamper – Barcelona (52 edições desde 1966)
Troféu Santiago Bernabéu – Real Madrid (38 edições desde 1979) 

Taça Ariano Suassuna – Sport (3 edições desde 2015)
Taça Chico Science – Santa Cruz (2 edições desde 2015) 

Taça Mauro Shampoo – Íbis (1 edição desde 2017)

Taça Mauro Shampoo 2017: Íbis 0 x 0 Ipojuca. Foto: Nilsinho Filho/Íbis (@ibismania)

As bandeiras tremulando nas torcidas do Recife, uma festa do passado. Sem volta?

Bandeiras tremulando em todos os cantos dos Aflitos, do Arruda e da Ilha do Retiro. Acredite, os estádios eram assim. Na época do Eládio com o ‘balança mas não cai’, do Mundão ganhando o anel superior, do Adelmar sem os tobogãs. Nos anos 90, no embalo do surgimento das torcidas organizadas, com características distintas das atuais, as bandeiras com hastes começaram a ficar concentradas nos núcleos das uniformizadas. Seguindo a história, com o aumento da violência, vieram as proibições. Rolos de papel, sinalizadores e até bandeiras. Ao menos aquelas com hastes, aquelas que realmente davam vida aos estádios. Os suportes dos pavilhões transformaram-se em armas nas mãos de marginais. Assim, São Paulo foi o primeiro centro de futebol a proibir, através do artigo 5º da Lei 9.470, de 27 de dezembro de 1996. Faz tempo.

Demoraria, mas Pernambuco seguiria a mesma linha, atendendo à PM.

E a festa ficou diferente… Sem previsão de volta.

Talvez faça parte da evolução do espetáculo, talvez. De toda forma, era incrível a atmosfera dos estádios do Recife. Visualmente falando, imbatível.

Torcida do Náutico no Arruda em 1984

Torcida do Santa Cruz no Arruda na década de 1980

Torcida do Sport na Ilha do Retiro em 1982

O mata-mata do acesso à Série B de 2018, com 4 clubes do Nordeste e 4 do Sudeste

O chaveamento das quartas de final da Série C de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Definidos os confrontos do acesso à segundona de 2018, numa competição à parte, com a glória antes da taça. Após 18 rodadas, com um fim emocionante nos grupos A e B, as quartas de final da Série C do Campeonato Brasileiro de 2017 colocam frente a frente quatro clubes do Nordeste e quatro do Sudeste.

Na última rodada, o Salgueiro chegou a ficar próximo da classificação, mas o rebaixado ASA não conseguiu segurar o empate com o Confiança, que marcou no segundo tempo e obteve a última das oito vagas da primeira fase. Ainda assim, a recuperação do Carcará durante a competição, terminando em 5º lugar, foi importante, pois havia largado mal, na zona de rebaixamento. Quem também passou no último dia foi o Fortaleza, que após três anos não decidirá no Castelão. Após as eliminações em casa, para Macaé, Brasil de Pelotas e Juventude, o tricolor cearense jogará a volta como visitante.

Os confrontos valendo o acesso:
Sampaio Corrêa-MA (1A) x Volta Redonda-RJ (4B)
Tupi-MG (2B) x Fortaleza-CE (3A)
CSA-AL (2A) x Tombense-MG (3B)
São Bento-SP (1B) x Confiança-SE (4A)

Até o troféu são três mata-matas, sempre em ida e volta. Contudo, o primeiro já vale o acesso. Quem fizer mais pontos nos 180 minutos de bola rolando, passa. Em caso de igualdade, vem saldo de gols, maior número de gols na casa do rival e pênaltis. Os quatro semifinalistas, já assegurados na Série B do próximo ano, irão seguir na trilha do título pelo diagrama descrito no post.

Na sua opinião, quais serão os clubes classificados? E o favorito ao título?

Relembre os mata-matas: 2012201320142015 e 2016.

Desempenho nas quartas de final da Série C (2012-2016):

Acessos: SP 3; PA, GO, MG e RS 2; SC, CE, MA, MT, PE, RJ, AL, PR e RN 1 

Eliminações: CE e RJ 4; PB, MG, AL e SP 2; MT, RS, PE e SE 1

Íbis consegue 500 sócios em 1 mês, no embalo da pior marca e do menor plano

Carteira de sócio do Íbis em 2017

Com quase 80 anos de história, o Íbis não contava com quadro social. No máximo, colabores a partir da simpatia pela aura perdedora do pior time do mundo. Sem perder a essência, mas tentando criar um laço maior com os admiradores, o clube criou uma campanha de sócios com mensalidade de R$ 2, a menor cédula brasileira. Não existe plano mais barato no futebol do país.

Somando adeptos através de depósitos bancários e com campanha na rua via Mauro Shampoo, o pássaro preto conseguiu 500 sócios no primeiro mês – um torcedor quitou 50 meses de uma vez, pagando R$ 100. Todas as pessoas, várias fora de Pernambuco, foram cadastradas com e-mail, recebendo uma carteirinha virtual – a versão física ‘inviabilizaria’ a mensalidade. O blog entrou na onda, com a carteira de sócio colaborador de nº 29. Adimplente.

Através do CNPJ de número 10.510.303-07, o torcedor pode pagar as suas mensalidades em duas contas abertas pelo clube.

Banco do Nordeste, agência 00237, conta corrente 0552-2
Caixa Econômica Federal, agência 0917, conta corrente 4827-5

Depois, o pagamento precisa ser informado no e-mail ibissocio@gmail.com.

Em campo, o 5º clube com mais sócios no estado (após Sport, Santa Cruz, Náutico e Salgueiro) encara a Série A2. Em 2017, apenas o campeão será promovido. Não parece ser a sina deste Íbis, cada vez mais popular…

Carteira de sócio do Íbis em 2017