A Copa do Nordeste de 2018 começou em 15 de agosto de 2017, com a etapa preliminar, que classificará os últimos quatro clubes à fase de grupos, que volta a ter 16 participantes. O ano ainda reserva o rotativo sorteio das chaves. Desta vez, São Luís recebe o evento (06/09), já com o novo conceito visual do torneio. Na 15ª edição, o foco será o ‘tipo sanguíneo’. Isso mesmo.
“Criado pela agência Crane, ele tem o objetivo de representar de forma singular a terra, o orgulho, a força, a história, a energia e a união do povo nordestino. Desta vez, o conceito extrapola o esporte e lembra que é muito mais que futebol, é coisa de DNA, de um sangue único, Sangue Tipo N.E.”
O design de todos os produtos do Nordestão deve seguir esta linha, incluindo os periféricos, como a Taça Asa Branca, o Tour da Taça e o Nordeste Cuida, o braço de responsabilidade social dos organizadores, tevê e liga.
Lembrando que Pernambuco será representado por Salgueiro (vice estadual), Santa (3º lugar) e Náutico (4º lugar), que ainda disputará a fase eliminatória contra a Itabaiana. Ao todo, o Nordestão vai distribuir R$ 22,4 milhões.
Uma tradição mantida à beira mar do Pina, ali já perto de Brasília Teimosa. A Pelada da União existe desde 1983. Um domingo de cada mês é reservado ao Clássico das Multidões. Cena que chama atenção: os dois times completos, onze de cada lado, rigorosamente uniformizados, assim como o juiz e os auxiliares. Há duas barras móveis, com rede, bandeirinhas de escanteio, apito, cartões amarelo e vermelho. A marcação das linhas é feita com o pé arrastando na areia mesmo. A bola rola por volta das 7h. Quem vencer o maior número de peladas no decorrer do ano fica com o título do Clássico das Multidões. É um campeonato à parte. Neste domingo, o ‘Sport’ podia garantir a taça por antecipação. Quando fui embora, ganhava do ‘Santa Cruz’ por 1 a 0. Comemorei o gol. A beleza da coisa é que a turma estava dando a vida dentro de campo. É o espírito da várzea. Quente, sangue no olho. Tão em falta.
* Lucas Fitipaldi é jornalista e eventualmente colaborador do blog
A FPF divulgou o relatório sobre a pesquisa online Voz do Torcedor, com as opiniões de torcedores pernambucanos sobre a fórmula do campeonato estadual de 2018. Ao todo, foram 4.040 participações, com equilíbrio na questão principal: mata-mata 52,8% x 47,1% pontos corridos. Considerando a manutenção do mata-mata na reta final, a opção mais votada foi “semifinais e finais”, com 51%. Trata-se do modelo adotado desde 2010, diga-se.
À parte da formatação, a enquete também detalhou o perfil dos participantes, com idade, sexo, clube do coração (com 12 times locais e a opção “outros”) e motivos para voltar frequentar os estádios, após a esvaziada edição de 2017. Durante um mês, o cadastro de sugestões do público chegou a 400 páginas.
Participantes na pesquisa da FPF: 48,9% – Sport 27,5% – Santa Cruz 13,9% – Náutico
Nº de sócios entre os participantes dos clubes (o % sobre o quadro geral): 26,9% – Náutico (3,7%) 25,9% – Santa Cruz (7,1%) 20,8% – Sport (10,1%)
Mata-mata x Pontos corridos (a fórmula preferida): 71,2% x 28,7% – Santa Cruz 50,3% x 49,6% – Náutico 47,1% x 52,8% – Sport
Abaixo, confira a íntegra do relatório Voz do Torcedor, com 13 páginas.
A segunda divisão do Campeonato Pernambucano de 2017 terá apenas 54 jogos, entre setembro e novembro. Desde 1995, a competição sempre promoveu os dois primeiros colocados, mas desta vez apenas o campeão alcançará o acesso à elite. A medida visa a redução gradativa no número de participantes da primeira divisão, que em 2018 já terá onze times.
Confira a tabela da segundona, a partir de 17 de setembro, clicando aqui.
Pela o regulamento, os dez participantes foram divididos em dois grupos, A (Cabense, Centro, Ferroviário, Íbis e Vera Cruz) e B (Chã Grande, Decisão, Pesqueira, Porto e Sete), jogando dentro das chaves em ida e volta. Ao todo, oito partidas para cada. Os quatro melhores de cada grupo avançam para o mata-mata, com quartas de final, semifinal e final em jogos de ida e volta. Ou seja, 14 partidas de mata-mata, dando alguma emoção à esvaziada disputa.
Em relação aos estádios, o regulamento determina uma capacidade mínima de 1.000 espectadores. Entre os palcos liberados pela FPF, apenas Ademir Cunha e Carneirão atenderiam à capacidade para o mata-mata da elite. Porém, precisariam passar por uma vistoria mais detalhada sobre o gramado.
Lista de participantes (cidade), estádios e capacidade Associação Desportiva Cabense (Cabo) – Gileno de Carli, 5.459 Centro Limoeirense de Futebol (Limoeiro) – José Vareda, 5.000 Chã Grande Futebol Clube (Chã Grande) – Barbosão, 3.400 Sociedade Esportiva Decisão Futebol Clube (Bonito) – Arthur Tavares, 4.000 Ferroviário Esporte Clube do Cabo (Cabo) – Gileno de Carli, 5.459 Íbis Sport Club (Paulista) – Ademir Cuna, 12.000 Pesqueira Futebol Clube (Pesqueira) – Joaquim de Brito, 1.800 Clube Atlético do Porto (Caruaru) – Antônio Inácio, 6.000 Sete de Setembro Esporte Clube (Garanhuns) – Gigante do Agreste, 6.356 Vera Cruz Futebol Clube (Vitória de Santo Antão) – Carneirão, 10.911
Distâncias nas estradas a partir do Recife 17 km – Paulista (Grande Recife) 35 km – Cabo de Santo Agostinho (Grande Recife) 53 km – Vitória de Santo Antão (Zona da Mata) 82 km – Limoeiro (Agreste) 84 km – Chã Grande (Zona da Mata) 135 km – Caruaru (Agreste) 141 km – Bonito (Agreste) 220 km – Pesqueira (Agreste) 231 km – Garanhuns (Agreste)
Na sua opinião, quem é o favorito para o título da Série A2?
Emiliy Lima assumiu o comando da Seleção Brasileira feminina em 2016, após os Jogos Olímpicos do Rio. Imersa no cenário da modalidade, a treinadora paulista, então com 36 anos, sugeriu à direção da CBF a criação de convocações regionais para a seleção principal para períodos de observação – à parte das poucas estrelas, como Marta e Cristiane. Então, em 2017, o calendário trouxe quatro momentos pontuais de treinamento na Granja Comary, em Teresópolis, com listas distintas em relação aos estados.
Para isso, a comissão avaliou durante quase um ano os 19 campeonatos estaduais em vigor, com 150 times envolvidos, além das Séries A1 e A2 do Brasileiro. Neste caso, com Sport e Acadêmica Vitória na primeira divisão e Náutico na segunda. E o trio, que já disputou o Estadual de 2017, se destacou na segunda convocação regional do ano, com sete estados nordestinos. Eis a divisão dos 22 nomes: PE 10, RN 5, CE 3, BA 2, AL 1 e PB 1.
Do futebol local foram chamadas Lorena (goleira), Bruna (zagueira), Indryd (meia) e Juliana (atacante) do Sport; Débora (zagueira), Mayara (meia) e Ana (atacante) do Náutico; Stefane (goleira), Joyce (lateral) e Paloma (meia) do Vitória. Na visão do blog, a ideia é interessante, pois dialoga com a categoria, ainda semi-amadora, produzindo uma grande peneira nacional.
Da primeira convocação, sete jogadoras tiveram oportunidades em amistosos.
1ª convocação (6 a 10 de fevereiro): ES, MG, PR, RJ, RS, SC e SP
Corinthians (7), Santos (5), Flamengo (3), Rio Preto-SP (3), Kindermann-SC (2), América-MG (1), Ponte Preta (1), Foz Cataratas-PR (1), Vila Nova-ES (1) e 2 atletas sem clube
2ª convocação (21 a 26 de agosto): AL, BA, CE, PB, PE, RN e SE
Sport (4), Náutico (3), Acadêmica Vitória (3), Vitória-BA (2), Cruzeiro-RN (2), Caucaia-CE (2), Alecrim-RN (2), União Desportiva-AL (1), São Gonçalo-CE (1), Botafogo-PB (1) e União-RN (1)
3ª convocação (2 a 7 de outubro): GO, PI, MA, MS, MT e TO
4ª convocação (6 a 11 de novembro): AC, AM, AP, PA, RO e RR
Náutico e Santa já disputaram sete clássicos em 2017, contando Estadual, Nordestão e Brasileiro. O retrospecto é equilíbrio puro, com 2 vitórias pra cada, 6 gols pra cada e 1 vermelho pra cada, além de três empates. Oficialmente, resta apenas uma partida na temporada, pelo returno do Série B.
É o jogo que decidirá o campeão do Troféu Gena, a simbólica premiação celebrando o centenário do Clássico das Emoções. Só a agora a FPF publicou o “ato comemorativo nº 1” com o regulamento oficial da taça, que soma os resultados de todas as competições oficiais no ano. Se em 2016, no Troféu Givanildo Oliveira, havia a possibilidade de divisão, em caso de igualdade em pontos, desta vez a federação resolveu adotar mais critérios.
Quem ganhar a 8ª partida, leva. Em caso de empate, são dois caminhos. Como o saldo de gols está empatado, na prática vale o número de expulsões! Hoje, também idêntico, com Luís Eduardo (alvirrubro) e Jaime (tricolor) expulsos logo no primeiro clássico, em janeiro. E se houver empate pela 4ª vez e nenhuma expulsão? Aí, teremos um sorteio às 16h30 do dia 6 de novembro, uma segunda-feira, na sede da FPF…
Jogos disputados em 2017 29/01 – Náutico 1 x 1 Santa Cruz, Estadual (Arena, 4.622 pessoas) 04/02 – Santa Cruz 1 x 0 Náutico, Nordestão (Arruda, 5.086) 12/03 – Náutico 1 x 0 Santa Cruz, Nordestão (Arena, 6.692) 10/04 – Santa Cruz 1 x 2 Náutico, Estadual (Arruda, 5.055) 06/05 – Náutico 1 x 2 Santa Cruz, Estadual (Arena, 2.592) 18/05 – Santa Cruz 1 x 1 Náutico, Estadual (Arruda, 3.387) 15/07 – Náutico 0 x 0 Santa Cruz, Série B (Arena, 13.450)
Média de público: 5.840
Jogo a disputar em 2017 04/11 – Santa Cruz x Náutico, Série B (Arruda)
Classificação após 7 clássicos Náutico – 9 pontos; 2 vitórias, 3 empates e 2 derrotas; 6 GP/6 GC; 1 vermelho Santa – 9 pontos; 2 vitórias, 3 empates e 2 derrotas; 6 GP/6 GC; 1 vermelho
A década atual marcou o ressurgimento do Santa Cruz, que voltou a empilhar taças e saiu da Série D, chegando a disputar a Série A em 2016. Foi neste período, também, que o tricolor comprou o terreno de 10,5 hectares na estrada da Mumbeca, no bairro da Guabiraba, projetando a construção de um centro de treinamento. A aquisição de R$ 1 milhão ocorreu precisamente em 7 de julho de 2011. Entretanto, esta lacuna estrutural não foi preenchida no ritmo da retomada de resultados no futebol.
À parte dos cinco títulos estaduais em sete anos e da inédita conquista da Copa do Nordeste, o clube estourou prazos no CT. O último versa sobre a conclusão do primeiro dos três campos oficiais até setembro de 2017. Para isso, uma colaboração massiva da torcida coral, com a criação de grupos de arrecadação para metas no CT, incluindo caminhões de brita e areia, placas de grama e outras necessidades que apareçamna obra. Essas doações passam de R$ 46 mil. Paralelamente à obra, o clube perambulou bastante nos últimos anos para conseguir treinar no Grande Recife. Tendo apenas o campo do Arruda, ocorreram saídas forçadas, que resultaram em episódios incomuns. Só em 2017 já foram três (Arena, Português e Olinda).
Abaixo, os locais alternativos do Santa e as distâncias para o Arruda. Obs. A ordem se refere apenas a uma questão estética sobre o mapa acima.
1) Clube de Campo da Alvorada (24,7 km) Entre os campos utilizados pelo Santa no Grande Recife, este foi o mais distante da sede do clube. Em Aldeia, os treinos no clube campestre, inaugurado em 1962, aconteceram com certa regularidade em 2015, durante o Estadual e no início da Série B.
2) CT Rodolfo Aguiar/Ninho das Cobras (18,7 km) O centro de treinamento do clube prevê a construção de três campos no “Padrão Fifa”, 105m x 68m, além de um alojamento com 55 quartos e um centro administrativo. O empreendimento está orçado em R$ 5 milhões.
3) Centro José Andrade Médicis, do Sport (17,0 km) O time coral já havia treinado no local antes de 2008, ainda sob a posse do extinto clube Intercontinental. Sob administração do leão, houve uma passagem na tarde de 7 de setembro de 2012, uma vez que o Arruda foi poupado visando o amistoso Brasil x China, quatro dias depois. Curiosidade: naquele mesmo dia, pela manhã, o time treinou no CT do Náutico.
4) Estádio Ademir Cunha (13,2 km) O estádio em Paulista, na zona norte da região metropolitana, já foi recorrente considerando os treinos fora do Mundão. Porém, o estado do gramado, costumeiramente ruim, diminuiu o número de visitas. Foi utilizado durante o vice da Série B, em 2015.
5) CT do Unibol (14,6 km) Em 4 de julho de 2012, o campo do Arruda precisou de reparos. Como o plano B, o Ademir Cunha, já estava reservado para jogos da 2ª divisão estadual, o Santa, acabou indo ao CT do Unibol – que fechou o departamento profissional, mantendo apenas escolinhas. Em frente ao Cemitério de Paulista, o nível do campo foi criticado pelo time, que disputava a Série C.
6) Estádio Grito da República (11,3 km) O estádio olindense foi inaugurado sem a infraestrutura adequada. Apesar do campo, os sistemas elétrico e hidráulico não foram finalizados. Sem os laudos técnicos em Rio Doce, o Santa teve que jogar um amistoso na pré-temporada, em janeiro de 2017, sem público.
7) Centro Recreativo do Real Hospital Português (16,1 km) Foi o último campo alternativo encontrado pelo clube, numa parceria com o Hospital Português. Desconsiderando a Arena, este foi considerado o melhor gramado onde o time realizou práticas em 2017.
8) CT Wilson Campos, do Náutico (8,4 km) O Santa já utilizou o centro de treinamento do rival alvirrubro, na Guabiraba, em duas oportunidades: 2012 e 2014. Em uma delas, o Náutico também utilizou um dos campos do CT, simultaneamente.
9) Estádio do Arruda Desde a abertura para os primeiros jogos oficiais do clube, em 1967, antes mesmo da conclusão do anel inferior, em 1972, o José do Rego Maciel sempre foi o campo principal para os treinos do time profissional. O excesso de uso foi determinante para saídas oportunas do Santa.
10) Arena Pernambuco (21,5 km) Em alguns dos jogos firmados em São Lourenço, o clube solicitou a utilização do local na véspera das partidas. Como, por exemplo, em 23 de junho de 2017, antes de enfrentar o Figueirense. A arena não costuma fazer objeção, tanto que já cedeu o campo para Náutico e Sport na véspera de alguns jogos.
Em três volumes, a CBF lançou o Guia do Campeonato Brasileiro de 2017, com detalhes sobre os 128 clubes – com 69 dias de bola rolando, diga-se. Para a Série A, 121 páginas, sendo quatro páginas dedicadas a cada time, com textos em português e inglês, incluindo um depoimento de um torcedor ilustre – no Sport, coube ao ator Renato Góes. Na Série B, com 65 páginas, são duas para cada participante, com as Séries C e D dividindo outras 89, com duas páginas aos integrantes da terceirona e a tabela para a última divisão. Vamos aos principais registros dos representantes pernambucanos…
Em tempo: no guia, o Flamengo aparece com 5 títulos brasileiros e 1 Copa União, em 1987. Ao contrário do que ocorre na Taça Brasil e no Torneio Roberto Gomes Pedrosa, conquistados por outros clubes, nesse caso não há o asterisco de reconhecimento, da CBF, como Campeonato Brasileiro.
O torcedor pernambucano poderá sugerir o formato do campeonato estadual de 2018. O blog já havia antecipado a possibilidade, confirmada com o lançamento do site especial vozdotorcedor.com.br.
“A FPF abre um canal exclusivo para dar voz ao torcedor. Uma janela virtual para que o torcedor, de forma livre e democrática, contribua com a sua opinião para um Campeonato Pernambucano forte. É possível participar desde a indicação de uma fórmula para o campeonato até a opinião de quais pontos são fundamentais para que o torcedor esteja motivado a comparecer aos jogos no estádio. As sugestões serão apresentadas ao Conselho Arbitral.”
As respostas podem ser enviadas até 20 de agosto. Após o cadastro com idade, gênero e clube do coração, o torcedor responde imediatamente sobre a melhor fórmula: pontos corridos ou mata-mata. Pois é. Em tese, o campeonato pode deixar de ter uma final garantida após oito edições consecutivas.
Nos pontos corridos, com 11 rodadas (supostamente), leva quem somar mais pontos. Entre 2004 e 2010, a competição ocorreu de forma parecida, com pontos corridos nos turnos. Porém, em caso de igualdade o regulamento previa jogos extras. Pelo novo questionário, o desempate seguiria o formato tradicional (vitórias, saldo, gols marcados, confronto direto e sorteio).
Caso o torcedor opte pelo mata-mata, é preciso responder duas perguntas.
Quantos grupos na primeira fase? 1 (12 times) 2 (6 times) 3 (4 times) 4 (3 times)
Quantos jogos de mata-mata? Quartas de final, semifinal e final Semifinal e final (formato em vigor desde 2010) Apenas final
O projeto foi apresentado na sede da FPF durante a primeira reunião para a formatação do torneio, com a presença de dirigentes e de jornalistas. Qual seria a sua sugestão para o Campeonato Pernambucano de 2018? Comente.
Abaixo, à parte do questionário da FPF, uma enquete sobre o formato…
Qual a sua fórmula ideal para o Campeonato Pernambucano de 2018?
O resultado era previsto. Mesmo que o Tribunal de Justiça Desportiva, o TJD, votasse a favor da impugnação da finalíssima do Campeonato Pernambucano, vencida pelo Sport por 1 x 0, é difícil imaginar que a instância superior, o STJD, aceitasse a resolução. Afinal, a jurisprudência teria efeito dominó, tornando qualquer (suposto) erro em base para anulação de jogos de futebol.
Por este viés jurídico e pela imprecisão da imagens da tevê para definir o erro na saída de bola no Cornélio de Barros, os oito auditores presentes (Vitor Fretas, Claudio Pessanha, João Firmino, Thales Cabral, Hilton Galvão, Carlos Gil, Gilmara Leal e Felipe Tadeu) negaram a petição de Luciano Rocha, o goleiro reserva do Salgueiro. Ele havia entrado na justiça em 6 de julho alegando um “erro de direito”. No julgamento, a sua tese foi sustentada pelo tiro de meta marcado pelo árbitro Wilton Sampaio, após sinalização do auxiliar Marcelo Van Gasse, em vez do prosseguimento da jogada, que terminaria num gol do carcará – lembrando que o artigo 84 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva prevê a anulação (em qualquer fase) em erros de direito. Porém, foi considerado “erro de fato”, ou interpretação equivocada do lance.
Com o resultado no tribunal, instalado dentro da sede da FPF, na Boa Vista, o título estadual de 2017 foi confirmado para o leão. Foi a segunda vez em uma década que o TJD local julgou um caso do tipo. Em 2007, chegou a modificar o resultado do jogo entre Central e Vera Cruz, de 2 x 1 para a 2 x 2, numa decisão bem polêmica – posteriormente anulada, por unanimidade, no STJD.
O título está decidido… Mas a bola saiu ou não após o escanteio?
Lista de campeões pernambucanos (1915-2017) 41 – Sport 29 – Santa Cruz 21 – Náutico 6 – América 3 – Torre 2 – Tramways 1 – Flamengo do Recife
Obs. Cabe recurso no STJD, onde a chance de reversão é irrisória.