Podcast – Análise da primeira semifinal do Estadual, com Santa 1 x 0 Salgueiro

Pernambucano 2017, semifinal: Santa Cruz 1 x 0 Salgueiro. Foto: Peu Ricardo/DP

O jogo de ida da semifinal local entre Santa Cruz e Salgueiro foi truncado. Sem muita criatividade, os dois times bateram cabeça no ataque. Ainda assim, o tricolor conseguiu arrancar a vitória, num pênalti convertido por Salles. O 45 minutos analisou o desempenho dos times, os principais destaques individuais do mandante (Thomás?) e os pontos críticos (Everton Santos?). Também comentamos a arbitragem de Deborah Cecília, com o lance capital da noite. Estou nessa com Rafael Brasileiro e Fred Figueiroa. Ouça!

15/04 – Santa Cruz 1 x 0 Salgueiro (36 min)

Salles marca de pênalti e Santa vence o Salgueiro na abertura da semifinal do PE

Pernambucano 2017, semifinal: Santa Cruz 1 x 0 Salgueiro. Foto: Peu Ricardo/DP

O Santa Cruz teve uma atuação mediana. Não sufocou o Salgueiro. Sequer envolveu o adversário, que povoou o meio-campo e travou o já truncado sistema ofensivo coral. Ainda assim, é possível destacar que o tricolor buscou mais o resultado que o visitante, dono da melhor campanha. E na bola parada, sempre ela, alcançou a vitória. Magra, 1 x 0, mas suficiente para atuar em vantagem na noite do próximo sábado, em busca da terceira final consecutiva, em busca do tricampeonato pernambucano.

Diante de 22.056 torcedores no Arruda, no maior público do futebol local nesta temporada, o Santa teve Anderson Salles como goleador novamente. O zagueiro chegou a sete gols em 2017, tornando-se o principal artilheiro o time. São quatro gols de falta e três de pênalti, o último nesta semifinal. Num jogo em que teve apenas duas oportunidades em cobranças de falta, levando perigo nas duas, com Mondragon espalmando, o defensor acabou balançando as redes numa cobrança de pênalti – indefensável.

Pernambucano 2017, semifinal: Santa Cruz 1 x 0 Salgueiro. Foto: Peu Ricardo/DP

O lance aconteceu aos 12 minutos do segundo tempo, depois de a árbitra Deborah Cecília marcar falta de Tamandaré em Tiago Costa – lance discutível. Apesar da vantagem, o Santa continuou encontrando dificuldades para criar jogadas, como vem sendo desde o primeiro jogo oficial. Everton Santos saiu vaiado, André Luís pouco acrescentou e Halef Pitbull, brigando bastante pela bola, teve apenas uma chance, desperdiçando na cara do gol. Mas não dá pra dizer, desta vez, que Eutrópio não tentou. Escalou Pereira, acionou Léo Costa, reposicionou Thomás (o mais lúcido) durante o jogo… E o time simplesmente caiu na marcação do Carcará, fechando os corredores de Tiago Costa e Vítor.

Faltou ao Salgueiro, então, vontade e qualidade lá na frente. Deixou Willian Lira enfiado entre os zagueiros corais durante noventa minutos, sem um cruzamento decente. Valdeir, o bom meia do time, e Rodolfo Potiguar, o experiente volante, acabaram insistindo em arremates de fora da área, com Júlio César numa noite bem insegura. O goleiro acabou ajudado pelas finalizações mascadas. Neste contexto, a vitória tricolor acabou sendo bem satisfatória. Entretanto, o confronto segue bem aberto…

Pernambucano 2017, semifinal: Santa Cruz 1 x 0 Salgueiro. Foto: Peu Ricardo/DP

Comissão do Santa Cruz encomenda reavaliação do Arruda: R$ 274 milhões

Estádio do Arruda. Foto: Peu Ricardo/DP

O Arruda é o maior patrimônio do Santa Cruz, erguido (1972) e ampliado (1982) para comportar o povão. Ao quantificá-lo, o dado geralmente serve em relação à capacidade de público, hoje limitada a 50.582 espectadores. Por isso, a curiosidade sobre outro dado de grande porte, o valor de mercado do empreendimento. A pedido da comissão patrimonial do clube, o escritório AC Avaliação LTDA produziu um estudo sobre o valor do estádio.

Atualizado à parte do portal do tricolor, o site oficial da comissão patrimonial divulgou o laudo, feito em julho de 2012. A própria comissão, presidida por Antônio Luiz Neto (ex-mandatário do executivo em 2011-2014), destaca que a vistoria foi exclusiva no estádio José do Rego Maciel, numa área de 58 mil², não incluindo a sede nem os terrenos do CT Waldomiro Silva, em Beberibe, e do CT Ninho das Cobras, na Guabiraba. Segundo o documento de quatro páginas (abaixo), a finalidade era um ‘levantamento patrimonial’. Portanto, apenas o Arruda valeria R$ 274.674.870, somando o terreno (R$ 128 mi), a área construída (R$ 145 mi) e as quatro torres de iluminação (R$ 1 mi).

A atualização é importante, até para dimensionar o patrimônio real do clube, uma vez que a cifra presente no balanço oficial está defasada. Somando todos os bens, segundo o último demonstrativo financeiro, o patrimônio social seria de R$ 63,7 milhões. Como os clubes não são obrigados a atualizar os valores, muitos congelam os imóveis nos relatórios. No tricolor, o aumento é de 330% – mesmo comparando o patrimônio absoluto e o estádio reavaliado.

Patrimônio social*
1º) Sport, R$ 165.480.870 (Ilha do Retiro e clube)
2º) Náutico, R$ 134.489.197 (Aflitos e clube)
3º) Central, R$ 96.400.000 (Lacerdão e terreno)
4º) Santa Cruz, R$ 63.739.000 (Arruda e clube)
* A partir dos balanços oficiais dos clubes em 2016

Central x Las Vegas United, o aleatório amistoso em Caruaru antes da Série D

Amistoso, 2017: Central x Las Vegas United. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A campanha do Central no Estadual foi lamentável. Após cumprir o mínimo necessário na 1ª fase, o alvinegro foi o lanterna do hexagonal, imerso em crise. Não pôde jogar no Lacerdão, devido ao péssimo estado do gramado, atrasou salários, enfrentou paralisação de atletas e ainda foi alvo de denúncia sobre a falta de alimentação numa partida no Recife. Juntando os (muitos) cacos, o clube tem pela frente a Série D de 2017, onde tentará o acesso pela 7ª vez. Para a reformulação do elenco, uma parceria com o empresário Márcio Granada, dono do Las Vegas United. Como ponto de partida, um amistoso em 14 de maio, no Lacerdão, contra o clube norte-americano.

Será o primeiro amistoso internacional da patativa em 16 anos. Contudo, o rival não faz parte da Major League Soccer (MLS), o principal campeonato de futebol dos Estados Unidos, mas da United Premier Soccer League (UPSL), semiprofissional. A liga é composta por seis clubes (LA United, LA City, LA Mobsters, Real Zamora, MF 10 e Anahuac), que disputam o título da Conferência de Nevada em turno e returno. O “semiprofissional” cabe devido à maioria do time, numa mescla com brasileiros em fim de carreira. O elo entre o Central e o United é o atacante Araújo, de 39 anos, agora em ação nos EUA.

Para o amistoso, a direção caruaruense ainda confirmou a participação dos ex-jogadores Edmílson, Marcos Assunção e Amaral, todos pelo Las Vegas. Se o amistoso vai servir como preparação para o Campeonato Brasileiro, é algo questionável, mas o jogo tende a ser incomum nas bandas do Luiz Lacerda.

Amistosos internacionais da Patativa
1968 – Central 2 x 1 Argentina (seleção de novos)
1980 – Central 3 x 1 Nigéria (na reinauguração do Lacerdão)
2000 – Central 1 x 1 Estrela da Amadora (Portugal)
2001 – Central 3 x 1 Rio Ave (Portugal)

O grupo A7 da Série D: Central, Coruripe-AL, Juazeirense-BA e Sousa-PB

A bola dourada para a fase final do Campeonato Pernambucano de 2017

A bola da final do Campeonato Pernambucano de 2017. Crédito: FPF/divulgação

Pelo segundo ano seguido a bola da final do Campeonato Pernambucano será dourada. A versão exclusiva para a fase final surgiu no Mundial de 2006, quando a Adidas confeccionou uma bola para a decisão entre Itália e França, a Teamgeist Berlin, também dourada. Desde então, inúmeras competições copiaram a ideia. No futebol local, com a Penalty, vigora desde 2013.

Começou com a Duelo Final, marrom. No ano seguinte, a Gorduchinha, com as cores brasileiras. Após dois anos sem nome definido (apenas a cor distinta), voltou a Duelo Final, espalhada em dez estaduais. Fornecedora do campeonato local há uma década, a empresa ajustou a S11 Campo Pró, trocando os gomos nas cores laranja, roxa e preta por detalhes dourados.

A pelota foi apresentada na FPF aos dirigentes de Salgueiro, Náutico, Sport e Santa, uma vez que o modelo será utilizado em todos os mata-matas, com as semifinais, decisão de 3º lugar e decisão do título. Repete o formato de 2015. Ou seja, a bola dourada entra em campo em 8 dos 95 jogos do torneio.

As versões originais e exclusivas do PE: 2013201420152016 e 2017.

As bolas do hexagonal e do mata-mata de 2017 (S11)

As bolas oficiais do Campeonato Pernambucano de 2017

As bolas do hexagonal/semifinal e da final de 2016 (Bola 8)

As bolas oficiais do Campeonato Pernambucano de 2016

A bilheteria móvel do Santa Cruz dialoga com uma parcela considerável da torcida

A bilheteria móvel do Santa Cruz

Em temos de otimização da venda de ingressos para jogos de futebol, com compra online, prioridade aos sócios e vendas em pontos físicos descentralizados, o Santa Cruz recorreu a um formato bem antigo, visando as decisões em abril. O clube disponibilizou dois carros de som, um circulando na zona norte do Recife, e outro se revezando entre Olinda e Paulista. Ao todo, 26 bairros. Locais com histórico de forte presença coral. E aí está ponto-chave desta ideia, o diálogo com uma parcela menos favorecida da torcida.

Considerando o último raio-x da massa tricolor, produzido pelo Ibope, 74% da torcida recebe no máximo dois salários mínimos. Quase 1/3 é formado pelas classes D e E, nas quais o plano de sócios dificilmente alcança, nas quais o pagamento via cartão de crédito/débito dificilmente é possível, nas quais o deslocamento ao Arruda acaba gerando uma despesa extra. Por isso, a venda através de uma “bilheteria móvel”, somada a uma venda casada, com R$ 15 pelos bilhetes das semifinais do Campeonato Pernambucano (vs Salgueiro, 15/04) e da Copa do Nordeste (vs Sport, 30/04). Desconto de R$ 5.

Ponto para o tricolor, estimulando a sua torcida, que, como as demais do estado, segue devendo bastante nesta temporada.

Média de público do Santa Cruz em 2017
Estadual – 5.571 pessoas (5 jogos)
Nordestão – 9.851 pessoas (4 jogos)
Geral – 7.473 pessoas (9 jogos)

Torcida do Santa Cruz por classe social (Ibope 2014)
A/B: 265.206 (ou 12% dos torcedores)
C: 1.237.629 (ou 56% dos torcedores)
D/E: 707.216 (ou 32% dos torcedores)

As localidades da bilheteria móvel do Santa Cruz

Odebrecht delata fraude na licitação da Arena Pernambuco. Suspeita antiga

Arena Pernambuco. Foto: Fifa/divulgação

Inaugurada em 2013 e até hoje sem o valor final da obra homologado, a Arena Pernambuco segue com a sua concepção sob suspeita. O ex-diretor superintendente da Odebrecht no Norte-Nordeste, João Pacífico, delatou um esquema de fraude na licitação do estádio. O depoimento do executivo, um dos 78 nomes da construtora que fizeram delações premiadas, indica um acordo entre as empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez “a fim de frustrar o caráter competitivo de processo licitatório associado à construção da Arena Pernambuco”, como revela O Estado de S. Paulo. As informações presentes na Lava-Jato foram enviadas pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, à Procuradoria da República em Pernambuco.

Em 15 de agosto de 2015, a Polícia Federal já havia tratado a construção da arena como resultado de uma “organização criminosa”. Um dos principais pontos na apuração da Operação Fair Play foi o fato de a Odebrecht, vencedora da concorrência, ter elaborado o projeto básico do edital de licitação, de 78 páginas, lançando-o em fevereiro de 2010, com o aval do comitê gestor de parcerias público-privadas no estado – não por acaso, também alvo da operação. A relação apontaria uma nítida vantagem à empreiteira. Ou, literalmente, fraude, na visão da investigação paralela da PF.

A seguir, um texto do blog de 19 de junho de 2015, antes das duas denúncias.

A licitação da Arena Pernambuco contou com três construtoras, todas com os presidentes presos na Lava-Jato 

O interesse em participar da parceria público-privada na construção e operação da arena em São Lourenço da Mata, lançada pelo governo do estado em fevereiro de 2009, atraiu 30 consórcios formados por grandes empreiteiras, que compraram o edital de licitação por R$ 100. Aos poucos, a disputa foi ficando restrita, com 19 empresas visitando o terreno de 270 hectares durante o processo. No fim, sem surpresa, restaram os nomes especulados meses antes. Apenas dois consórcios depositaram a caução de R$ 4,79 milhões, correspondente à inscrição na licitação do empreendimento. De um lado, a Odebrecht, que já havia feito o projeto básico. Do outro, uma sociedade pontual entre Andrade Gutierrez e OAS.

A entrega dos “envelopes com as propostas”, na verdade foram caixas com milhares de papéis, ocorreu em 22 de março de 2010, no pequeno auditório no 5º andar do edifício da Procuradoria Geral do Estado, na Rua do Sol. Como se sabe, a Odebrecht venceu a disputa (obteve a nota 91,17). Cinco anos depois, passada a Copa do Mundo de 2014 e com a vigente polêmica acerca do acordo sobre a operação da Arena Pernambuco, com números superestimados de presença de público, fora o valor final da obra de até R$ 743 milhões (em vez dos R$ 479 mihões iniciais), vivemos a era da queda das grandes construtoras. 

Em novembro de 2014, o presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, foi preso durante a 7ª fase da Operação Lava-Jato, a investigação da Polícia Federal sobre um esquema de lavagem e desvio de milhões de reais envolvendo a Petrobrás, empreiteiras e políticos das mais altas esferas do poder. Na 14ª fase da investigação, em junho de 2015, mais duas prisões de peso, os presidentes da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo. As três empresas participaram de inúmeras licitações de arenas do Mundial, em alguns casos através de parcerias, como se tentou aqui. Odebrecht e Andrade Gutierrez reconstruíram o Maracanã, enquanto Odebrecht e OAS ergueram a Fonte Nova. Rivais aqui, parceiras acolá. Até agora, entretanto, a Lava-Jato tem como prisma a Petrobrás.

Até quando?

Com a resposta dada, que siga a investigação na arena em São Lourenço…

Os rankings de dívidas fiscais dos clubes brasileiros com a Previdência e a União

Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN)

O Sportv divulgou um interessante levantamento sobre as dívidas dos clubes brasileiros junto à Previdência, colhendo dados diretamente na Procuradora Geral da Fazenda Nacional, a PGFN. Somando todos os times, chega-se a R$ 800 milhões – o rombo previdenciário do país é de R$ 450 bi. A lista traz os quatro grandes do futebol carioca entre os cinco primeiros colocados, deixando claro como a gestão no Rio foi mal tratada durante muito tempo.

Entretanto, o ranking é extenso, com o Trio de Ferro do Recife presente, com Náutico 9º, Santa 13º e Sport 19º. Essas dívidas serão parceladas no acordo com o Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro, o Profut. O programa, sancionado pelo governo federal em 5 de agosto de 2015, tem como objetivo refinanciar as dívidas fiscais dos clubes em até vinte anos, com a primeira parcela sendo paga em 2018.

As maiores dívidas com a Previdência (abril/2017)
1º) R$ 83.863.163  Flamengo 
2º) R$ 54.950.505  Atlético-MG
3º) R$ 49.785.558  Fluminense
4º) R$ 45.667.430  Botafogo
5º) R$ 41.757.794  Vasco
6º) R$ 41.722.323 – Corinthians
7º) R$ 37.356.576 – Portuguesa
8º) R$ 34.474.615 – Guarani
9º) R$ 22.572.074 – Náutico
10º) R$ 16.878.668 – Vitória

As dívidas dos principais clubes do NE com a Previdência (abril/2017)
1º) R$ 22.572.074 – Náutico
2º) R$ 16.878.668 – Vitória
3º) R$ 14.907.200 – Santa Cruz 
4º) R$ 13.741.000 – Bahia 
5º) R$ 9.633.404 – Sport
Subtotal – 77,7 milhões de reais

A reportagem assinada por Fred Justo focou nas dívidas previdenciárias. Porém, a dívida com o poder público é bem maior. No futebol pernambucano, por exemplo, existem pendências de tributos federais, FGTS, INSS e demandas com a Justiça do Trabalho e com a Prefeitura do Recife.

Nesta escala ampla, o banco Itaú BBA esmiuçou os últimos balanços oficiais dos clubes, resultando no relatório Análise Econômico-Financeira dos Clubes de Futebol Brasileiros de 2016Para fins de avaliação, o banco utilizou “todas as dívidas fiscais registradas no passivo exigível a longo prazo”, que em tese abarcam todos os tributos renegociados. Assim, a dívida fiscal absoluta dos 27 clubes analisados chegou a 3,2 bilhões de reais (lista abaixo). O Botafogo, por exemplo, teria R$ 490 milhões a mais em relação ao ranking acima.

As maiores dívidas fiscais do futebol brasileiro (julho/2016)
1º) R$ 535 milhões – Botafogo
2º) R$ 347 milhões – Flamengo
3º) R$ 268 milhões – Vasco
4º) R$ 258 milhões – Atlético-MG
5º) R$ 237 milhões – Fluminense
6º) R$ 190 milhões – Corinthians
7º) R$ 167 milhões – Cruzeiro
8º) R$ 166 milhões – Santos
9º) R$ 146 milhões – Bahia
10º) R$ 124 milhões – Coritiba

As dívidas fiscais dos principais clubes do NE (julho/2016)
1º) R$ 146 milhões – Bahia
2º) R$ 115 milhões – Náutico
3º) R$ 47 milhões – Sport
4º) R$ 26 milhões – Santa Cruz
5º) R$ 25 milhões – Vitória
Subtotal – 359 milhões de reais

Neste emaranhado, ainda há outro ranking. Há dois anos, a ESPN apresentou um relatório sobre as dívidas dos clubes na União (abaixo), também apurado junto à PGFN, mas sem detalhar a área. Vale destacar que a partir de 2018 o clube que disputar a Série A “não poderá ter dívidas perante a administração pública”, segundo a recém-criada Licença de Clubes da CBF. A regularização de todos os pagamentos – obtendo as certidões negativas – já seria suficiente para o cumprimento do item 30, que também será aplicado nas demais séries de forma escalonada: B (2019), C (2020) e D (2021). Haja Profut…

As maiores dívidas com a União (fevereiro/2015)
1º) R$ 284,2 milhões – Atlético-MG 
2º) R$ 235,0 milhões – Flamengo 
3º) R$ 215,4 milhões – Botafogo 
4º) R$ 186,5 milhões – Corinthians 
5º) R$ 173,9 milhões – Fluminense 
6º) R$ 148,8 milhões – Vasco 
7º) R$ 129,6 milhões – Internacional 
8º) R$ 101,9 milhões – Guarani 
9º) R$ 73,8 milhões – Palmeiras 
10º) R$ 68,6 milhões – Portuguesa

As dívidas dos principais clubes do NE com a União (fevereiro/2015)
1º) R$ 59,1 milhões – Sport
2º) R$ 50,3 milhões – Vitória

2º) R$ 45,6 milhões – Náutico
3º) R$ 42,4 milhões – Santa Cruz
4º) R$ 21,7 milhões – Bahia
Subtotal – 219,1 milhões de reais

Obs. Com a diferença de um ano em cada lista, obviamente é possível a mutação da dívida, para mais ou para menos.

Antes do mata-mata, Estadual registra 112 mil torcedores e renda de R$ 1,1 milhão

Pernambucano 2017, 10ª rodada: Santa Cruz 1x2 Náutico. Foto: Rafael Brasileiro/DP

Após 91% da tabela programada, ou 87 de 95 jogos, o Campeonato Pernambucano de 2017 registra uma média de 1,4 mil pessoas. Baixíssima, com apenas duas partidas acima de dez mil espectadores. Após mais um clássico esvaziado, desta vez com 5.055 espectadores, para Santa 1 x 2 Náutico, a competição finalmente chega à hora da verdade. Serão oito jogos decisivos, com quatro nas semifinais, dois na disputa de terceiro lugar e dois na final. É a chance concreta para evitar a pior média de público da história, desde que a federação passou a contabilizar o dado oficial, há 27 anos.

Para não ficar atrás da edição de 1997, que encerrou com 2.080 testemunhas, é preciso somar ao menos 68.081 pessoas nos jogos restantes – com isso, alcançaria 2.081. Com o torneio à vera, é até provável que se estabeleça o necessário índice de 8.510 no período. Entretanto, o quadro mostra que a maior parte da competição segue pouco atrativa. Em relação à arrecadação, também aquém, a FPF tem direito a 8% da renda bruta de todos os jogos. Logo, do apurado de R$ 1,1 milhão, a federação já arrecadou R$ 91.704.

Os 5 maiores públicos no Pernambucano 2017
12.408 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (Arruda, 18/02)
10.221 – Sport 1 x 1 Santa Cruz (Ilha, 26/03)
6.419 – Náutico 2 x 1 Sport (Arena, 05/03)
5.055 – Santa Cruz 1 x 2 Náutico (Arruda, 10/04) 
5.015 – Santa Cruz 1 x 2 Salgueiro (Arruda, 02/03)

Dados até a 10ª rodada do hexagonal do título e a 10ª rodada da permanência:

1º) Santa Cruz (5 jogos como mandante, no Arruda)
Público: 27.856 torcedores
Média de 5.571
Renda: R$ 248.840
Média de R$ 49.768  

2º) Sport (5 jogos como mandante, na Ilha do Retiro)
Público: 24.589 torcedores
Média de 4.917 
Renda: R$ 311.325
Média de R$ 62.265 

3º) Náutico (5 jogos como mandante, na Arena Pernambuco)
Público: 15.287 torcedores
Média de 3.057 
Renda: R$ 226.010
Média de R$ 45.202 

4º) Salgueiro (8 jogos como mandante, no Cornélio de Barros)
Público: 19.019 torcedores
Média de 2.377  
Renda: R$ 76.974  
Média de R$ 9.621   

5º) Central (8 jogos como mandante; 3 no Antônio Inácio, 2 no Lacerdão, 1 na Arena, 1 no Carneirão e 1 no Arruda)
Público: 8.573 torcedores
Média de 1.071  
Renda: R$ 116.750  
Média de R$ 14.593  

6º) Belo Jardim (8 jogos como mandante; 5 no Antônio Inácio, 2 no Arruda e 1 na Arena)
Público: 3.572 torcedores
Média de 446 
Renda: R$ 26.522 
Média de R$ 3.315 

Geral – 79* jogos (1ª fase, hexagonal do título e hexagonal da permanência)
Público total: 112.966 
Média: 1.429 pessoas
Arrecadação: R$ 1.146.311  
Média: R$ 14.510  
* Mais 8 jogos ocorreram de portões fechados 

Fase principal – 30 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 86.631 
Média: 2.887 pessoas
Arrecadação total: R$ 917.155  
Média: R$ 30.571  

Podcast – As semifinais do Estadual 2017

O Clássico das Emoções no Arruda, com vitória timbu, encerrou o hexagonal do Pernambucano de 2017. Definiu o emparelhamento da semifinal, cujo G4 já estava definido há tempos. Com o Salgueiro x Santa e Náutico x Sport, o torneio ‘começa’ de verdade. São quatro jogos até o título, sem espaço para times alternativos e foco minimizado. O 45 minutos analisou o chaveamento, com os destaques e problemas de cada um, até porque a disputa já começa neste fim de semana. Como Bahia e Vitória estão envolvidos no Nordestão com os rivais do Recife, também passamos pelo campeonato baiano.

Neste podcast, de 1h34, estou com Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!