Troféu do Campeonato Pernambucano de 2017 faz homenagem à Revolução de 1817

O troféu de campeão pernambucano de 2017. Foto: Marlon Costa/FPF (divulgação)

O troféu do Campeonato Pernambucano de 2017 é uma homenagem aos duzentos anos da Revolução Pernambucana, um marco no inicio da independência do país. Porém, a nomenclatura é única diferença em relação à peça dourada da edição anterior, vencida pelo tricolor. Encomendada pela FPF, a nova taça foi produzida em São Paulo, mantendo a ideia de um “troféu clássico” no futebol, sem flerte com obras de arte de gosto duvidoso.

Ainda que de forma aleatória, esta é a primeira vez que a federação pernambucana repete um modelo de troféu. Em 2013, a entidade chegou a lançar o “Troféu FPF”, que seria permanente, colocando placas dos vencedores de cada ano. No entanto, a ideia foi deixada de lado logo no ano seguinte, quando a direção preferiu produzir uma peça exclusiva para a 100ª edição. Nesta temporada, ao menos as medalhas de campeão foram distintas.

O troféu de campeão pernambucano de 2017. Foto: Marlon Costa/FPF (divulgação)

O que você achou do troféu do campeonato estadual de 2017?

As dez taças anteriores do Campeonato Pernambucano
2007 – Troféu 100 Anos do Frevo (Sport)
2008 – Troféu Radialista Luiz Cavalcante (Sport)
2009 – Troféu Governador Eduardo Campos (Sport)
2010 – Troféu Tribunal de Justiça de Pernambuco (Sport)
2011 – Troféu 185 anos da Polícia Militar de Pernambuco (Santa Cruz)
2012 – Troféu Rede Globo Nordeste (Santa Cruz)
2013 – Troféu FPF (Santa Cruz)
2014 – Troféu 100 anos do Campeonato Pernambucano (Sport)
2015 – Troféu Centenário da FPF (Santa Cruz)
2016 – Troféu Pernambucano Celpe A1 (Santa Cruz)

2017 – Troféu Bicentenário da Revolução de 1817 (Salgueiro ou Sport?)

Troféus do Campeonato Pernambucano de 2007 a 2016

Detalhando a função do árbitro de vídeo, com pioneirismo na final pernambucana

Árbitro de vídeo no Campeonato Pernambucano. Foto: Sport/twitter (@sportrecife)

Em coletiva na sede da FPF, o chefe de arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa, detalhou a função do “árbitro de vídeo”, que será utilizado pela primeira vez no país na final do Campeonato Pernambucano, como o blog havia antecipado. Os elencos dos finalistas também receberam palestras sobre a inovação.

A atuação consiste em quatro pilares:
– Foi gol / Não foi gol
– Foi pênalti / Não foi pênalti
– Cartão vermelho direto indevido
– Identificação errada do jogador punido

No caso do impedimento, a correção através da tecnologia só será feita caso o lance irregular resulte em gol.

O jogo na Ilha do Retiro, entre Sport e Salgueiro, terá José Woshington como árbitro, auxiliado por Marlon Rafael e Fabrício Leite. Na cabine de recepção de imagens haverá uma equipe de três pessoas. O próprio Sérgio Corrêa, Manoel Serapião, o representante da CBF na Fifa, e o árbitro Péricles Bassols, ex-quadro da Fifa (hoje da FPF). Os vídeos dos lances analisados não serão produzidos pela Globo, responsável pela transmissão na televisão, mas por câmeras exclusivas. Na Granja Comary, onde foram feitos os testes do sistema brasileiro, as respostas da central saíram entre 3 a 6 segundos.

Abaixo, o vídeo da FPF com a explicação de Sérgio Corrêa.

Salgueiro x Sport em 18 de junho, seis semanas após o jogo de ida da final

Pernambucano 2017, final: Salgueiro x Sport Arte: Cassio Zirpoli/DP

A classificação do Sport à decisão da Copa do Nordeste de 2017 manteve o calendário do futebol local estrangulado, sem datas vagas para o jogo de volta da final do Campeonato Pernambucano, envolvendo o próprio rubro-negro e o Salgueiro. Após semanas negociando com a CBF e até com a Conmebol, a FPF conseguiu uma data, segundo apuração do blog. No entanto, em vez de uma semana entre os jogos, conforme imaginado, serão seis.

Após a partida na Ilha do Retiro, leão e carcará vão esperar 42 dias para voltar a duelar pelo título da 103ª edição do torneio estadual, lá no estádio Cornélio de Barros. Precisamente em 18 de junho. A direção de competições da CBF adiou dois jogos do Brasileiro neste domingo. Na Série A, Sport x Vitória. Na Série C, Salgueiro x Cuiabá. As duas partidas ainda serão remarcadas.

Abaixo, a nova agenda dos clubes. O Sport terá 11 jogos de quatro torneios distintos entre as finais estaduais, enquanto o Salgueiro terá cinco partidas.

Agenda do Sport
07/05 – Sport x Salgueiro (Estadual, final, ida)
11/05 – Danubio x Sport (Sul-Americana, 1ª fase, volta)
14/05 – Ponte Preta x Sport (Série A, 1ª rodada)
17/05 – Sport x Bahia (Nordestão, final, ida)
21/05 – Sport x Cruzeiro (Série A, 2ª rodada)
24/05 – Bahia x Sport (Nordestão, final, volta)
28/05 – Sport x Grêmio (Série A, 3ª rodada)
31/05 – Sport x Botafogo (Copa do Brasil, oitavas, volta)
04/06 – Avaí x Sport (Série A, 4ª rodada)
07/06 – Sport x Flamengo (Série A, 5ª rodada)
10/06 – Vasco x Sport (Série A, 6ª rodada)
15/06 – Sport x São Paulo (Série A, 7ª rodada)
18/06 – Salgueiro x Sport (Estadual, final, volta)

Agenda do Salgueiro
07/05 – Sport x Salgueiro (Estadual, final, ida)
15/05 – Confiança x Salgueiro (Série C, 1ª rodada)
21/05 – Salgueiro x Moto Club (Série C, 2ª rodada)
27/05 – Salgueiro x Fortaleza (Série C, 3ª rodada)
04/06 – Botafogo x Salgueiro (Série C, 4ª rodada)
11/06 – ASA x Salgueiro (Série C, 5ª rodada)
18/06 – Salgueiro x Sport (Estadual, final, volta)

Com Fla-Flu na TV aberta em vez do Trio de Ferro, Ibope no Recife cai do 1º ao 12º

Carioca 2017, final: Fluminense 0 x 1 Flamengo. Crédito: Rede Globo/reprodução

Em um revezamento entre Estadual, Nordestão e Copa do Brasil, o futebol pernambucano vinha sendo quase onipresente na Globo Nordeste. Saiu da grade apenas em casos excepcionais, como na tarde de 30 de abril. Com os direitos de exibição só do jogo de volta da semifinal entre Santa e Sport, pela Lampions, a emissora acabou transmitindo o Fla-Flu no domingo. E o primeiro jogo da final carioca registrou 17,8 pontos na tevê aberta no Grande Recife, segundo o Kantar Ibope Media.

Com esse dado, a capital pernambucana ficou apenas na 12ª colocação entre as 14 regiões metropolitanas mensuradas pelo instituto entre as que exibiram competições estaduais. E ainda vale a ressalva que Remo x Paysandu, em Belém, passou na TV Cultura, concorrência que não existiu no Recife, com apenas um jogo ao vivo em sinal aberto. Pois é. O modesto cenário se torna pior numa comparação com o desempenho recifense nos dois domingos anteriores, quando as semifinais do Campeonato Pernambucano lideraram no país em termos de audiência média por minuto, com dois clássicos entre Sport e Náutico (32,4 e 33,4 pontos).

Em números absolutos, a quantidade de telespectadores na capital caiu de 811 mil para 432 mil pessoas sintonizadas, ou 46,7% a menos em uma semana, considerando jogos no mesmo horário – aliás, entre os dados revelados, foi o pior índice na cidade em 2017. Ah, quatro dias antes do clássico carioca, Botafogo 2 x 1 Sport, direto do Engenhão, teve 32,2 pontos. Nota-se que o interesse local é uma “ilha de resistência” no país…

As audiências (TV aberta) do futebol nas regiões metropolitanas em 30/04
36,2 – Ponte Preta 0 x 3 Corinthians (Campinas)
33,6 – Fluminense 0 x 1 Flamengo (Rio de Janeiro)
30,7 – Cruzeiro 0 x 0 Atlético-MG (Belo Horizonte)
29,0 – Internacional 2 x 2 Novo Hamburgo (Porto Alegre)
29,0 – Fluminense 0 x 1 Flamengo (Manaus)
26,7 – Ponte Preta 0 x 3 Corinthians (São Paulo)
23,8 – Vila Nova 0 x 3 Goiás (Goiânia)
23,6 – Avaí 0 x 1 Chapecoense (Florianópolis)
23,6 – Ferroviário 0 x 1 Ceará (Fortaleza)
22,1 – Fluminense 0 x 1 Flamengo (Vitória)
18,9 – Ponte Preta 0 x 3 Corinthians (Curitiba)
17,8 – Fluminense 0 x 1 Flamengo (Recife)
15,6 – Fluminense 0 x 1 Flamengo (Brasília)
13,6 – Fluminense 0 x 1 Flamengo (Belém)

As maiores audiências do Recife nos fins de semana em 2017* (até 30/04)
33,4 – Náutico 1 x 1 Sport (Estadual, 23/04)
33,0 – Sport 1 x 1 Santa Cruz (Estadual, 26/03)
32,4 – Sport 3 x 2 Náutico (Estadual, 16/04)
31,0 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (Estadual, 18/02)**
26,2 – Náutico 1 x 0 Santa Cruz (Nordestão, 12/03)
23,6 – Salgueiro 0 x 1 Santa Cruz (Estadual, 05/03)
23,5 – Central 1 x 3 Sport (Estadual, 09/04)
17,8 – Fluminense 0 x 1 Flamengo (Carioca, 30/04)

* Entre os jogos divulgados pelo Ibope e pela Globo
** Único jogo disputado no sábado, por causa do carnaval

Seguindo a tendência de marca própria, Santa Cruz passa a produzir uniformes

Marcas próprias de Paysandu (Lobo), Juventude (19Treze), Fortaleza (Leão 2018), Joinville (Octo), Treze (Galo) e Santa Cruz (Cobra Coral)

As marcas dos clubes: Lobo, 19Treze, Leão 1918, Octo, Galo e Cobra Coral.

A Penalty fornecia os uniformes oficiais do Santa desde 2009. Nos últimos anos, a relação tornou-se conturbada por causa da distribuição dos produtos. No início de 2016, o clube chegou a anunciar o rompimento, mas voltou atrás quatro meses depois com a garantia de otimização dos serviços. Porém, com o fim do contrato antecipado em um ano, na ocasião até 2018. E acabou mesmo terminando antes do previsto, com a direção anunciando oficialmente o distrato em 2 de maio de 2017. No comunicado, uma ‘rescisão amigável’.

“A Penalty e o Santa Cruz Futebol Clube decidiram, de forma amigável e consensual, rescindir o contrato de parceria que contemplava o fornecimento do material esportivo para o clube. A Penalty ressalta que o relacionamento de longa data foi muito importante para a marca.”

A decisão foi tomada com a certeza sobre o novo formato no mercado do futebol, com marcas próprias – com o tricolor sendo o primeiro pernambucano. Sem contratos vantajosos com fornecedoras, alguns clubes vêm optando pela plena administração do negócio, no custo, na criação, produção, distribuição e venda de uniformes oficiais. Trabalho maior, mas com a receita líquida absoluta. Ideia a partir do sucesso do Paysandu, em campo desde janeiro de 2016, ganhando 45% a mais em cada camisa, segundo o clube. No clube paraense, cuja marca se chama ‘Lobo’, o faturamento no primeiro ano foi de R$ 214 mil/mês. Outros cinco clubes brasileiros seguiram a ideia.

01/2016 – Paysandu (Lobo)
05/2016 – Juventude (19Treze)
09/2016 – Fortaleza (Leão 1918)
01/2017 – Joinville (Octo)
03/2017 – Treze (Galo)
05/2017 – Santa Cruz (Cobra Coral)

No caso coral, a marca própria havia sido lançada há três meses. Na ocasião, entretanto, foi voltada apenas para produtos licenciados à parte das camisas oficiais, que dominam a procura da torcida. No relançamento, com o logo sendo repaginado (original acima), a marca vai estampar os padrões do time.

FPF vai ouvir sugestão de torcedor sobre o regulamento do Pernambucano de 2018

Evandro Carvalho, o presidente da FPF. Foto: Ricardo Fernandes/DP

A fórmula com hexagonal, com a pré-classificação do Trio de Ferro, semifinal e final, totalizando 14 jogos na fase principal do Campeonato Pernambucano, surgiu em 2014. Na época, parecia uma boa ideia, com seis clássicos em dez rodadas e as principais forças do interior envolvidas. Porém, acabou virando um torneio previsível, a ponto de os grandes utilizarem reservas e até juniores, sem prejudicar a classificação. Sem o Todos com a Nota, o interesse do público não se sustentou. Para 2018, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, admite a necessidade de mudança.

Ao blog, afirmou que “pretende ouvir todas as partes interessadas”. Clubes, imprensa e torcedores. Isso mesmo. Após a decisão do titulo entre Salgueiro e Sport, o dirigente pretende reunir jornalistas para ouvir sugestões – já fez outras vezes, embora os encontros tenham sido mais para analisar a edição encerrada. Na sequência, abriria um canal no site oficial da federação para receber as opiniões dos torcedores. Para isso, os interessados em ‘ajudar’ teriam que cumprir alguns pré-requisitos já estabelecidos (abaixo).

Na sequência, a diretoria de competições da FPF selecionaria as melhores ideias (nos dois segmentos), enviando-as aos clubes participantes – dos doze, dez já estão confirmados, com os outros dois oriundos da Segundona, marcada para o segundo semestre. Só então seria convocado o conselho arbitral, que definirá o novo regulamento em novembro, com a publicação em dezembro. Respeitando o Estatuto do Torcedor, a possível nova fórmula vigoraria em 2018 e 2019. Você já tem alguma ideia?

As ponderações para o regulamento do Estadual de 2018:

Datas: 14 na fase principal, com os grandes clubes, mas com a possibilidade de redução (12) e ampliação (16, esta com menos chance).

Composição: turno único; grupos (2 de seis times, 3 de quatro times e 4 de três times); 1ª fase e 2ª fase; hexagonal; octogonal etc. 

Obrigação: a disputa de uma final. Semifinal e quartas de final à disposição.

Critérios: elaboração do desempate na fase classificatória e no mata-mata.

Período: do último fim de semana de janeiro à primeira semana de maio.

Campos possíveis no interior: Cornélio de Barros (Salgueiro, ok), Áureo Bradley (Arcoverde, precisa aumentar o tamanho do campo), Lacerdão (Caruaru, só com reforma) e Carneirão (Vitória, só com reforma).

Clássicos: segundo o dirigente, a tevê paga mais com a realização de pelo menos seis clássicos na fase classificatória. O contrato atual vai até 2018.

FPF aguarda aval da Fifa para utilizar árbitro de vídeo na final do Estadual

Tecnologia no futebol? Crédito: Fifa/reprodução

Atualização (04/05): chegou o aval e a decisão terá o novo recurso.

Os dois jogos entre Salgueiro e Sport, na decisão do título pernambucano de 2017, podem ser os primeiros no estado com a função do “árbitro de vídeo”. Já em uso na Europa e confirmado na Copa do Mundo de 2018, o recurso ainda tem alguns entraves, como formatação e custo. Há algum tempo a FPF vem tentando realizar uma partida com a experiência tecnológica. O primeiro ofício data de 2 de outubro de 2015. Na ocasião, a International Football Association Board (Ifab), o órgão que regulamenta as regras do futebol, negou porque a função ainda estava sob análise. O objetivo era o uso na final do Estadual de 2016 – que só teve um gol em duas partidas, irregular. Segundo o presidente da federação pernambucana, Evandro Carvalho, a solicitação se estendeu a 2017, já com o novo sistema, testado pela CBF.  

Em janeiro, o dirigente tentou implantar a função nos clássicos, mas a demora na captação da estrutura inviabilizou a ideia. Agora, para a final, avançou. Até a publicação deste post, a FPF já havia atendido a 10 das 12 exigências da Fifa sobre o tema. Além disso, reduziu o custo, caindo de R$ 700 mil para R$ 140 mil. Por partida! O gasto de 20% é resultado da negociação com a empresa responsável – que, em contrapartida, seria a “pioneira” no país. Evandro não revelou nem os itens em branco nem o nome da empresa.

Ao blog, o mandatário disse que a competição tem uma semana para ficar ok. Sobre o árbitro de vídeo, trata-se da produção e análise independente das imagens. Ou seja, o lance não será o da transmissão da tevê, mas sim observado nas 16 câmeras instaladas pela própria empresa contratada, com doze pessoas na operação. Segundo o dirigente, ocorreram nove testes na Granja Comary, com a resposta da central durante de 3 a 6 segundos nos lances duvidosos.

“O árbitro de vídeo só será utilizado num ‘lance ajustado’. Esse lance é aquele impedimento por poucos centímetros, a bola cruzando ou não a linha. Então, se houver dúvida, é para deixar o lance seguir. Só com o aviso do árbitro de vídeo, segundos depois, é que o lance será anulado. Quem vem comemorando isso são os bandeirinhas.”

As situações no raio do árbitro de vídeo:

a) Dúvida se a bola entrou ou não no gol.
b) Saídas da bola pela linha de fundo, quando na mesma jogada ou contexto for marcado gol ou pênalti.
c) Definição do local das faltas nos limites da grande área, para definir se houve ou não pênalti.
d) Gols e pênaltis marcados, possibilitados e evitados em razão de erro em lances de faltas claras/indiscutíveis, não vistas ou marcadas equivocadamente.
e) Impedimentos por interferência no jogo, caso na jogada haja gol ou pênalti.
f) Jogo brusco grave ou agressão física (conduta violenta) indiscutíveis não vistos ou mal decididos pela arbitragem.

Arena PE ou Castelão, o 8º palco da Copa América de 2019. Resposta em dezembro

Estádios Arena Pernambuco e Castelão. Fotos: divulgação

O Brasil receberá a Copa América após trinta anos. Em 2019, o torneio volta ao país reformulado, ampliado. Serão 16 países, sendo os dez filiados da Conmebol e mais seis convidados, com possibilidade de seleções da Concacaf, como de praxe, mas também da Europa e da Ásia (que teve o Japão na disputa em 1999). Segundo reportagem do globoesporte.com, oito estádios devem ser selecionados, todos no “Padrão Fifa”, através do caderno de encargos mais atual. Sete já estariam definidos, com a última vaga sendo disputada por Recife e Fortaleza, com a Arena Pernambuco e o Castelão.

No caso local, o pedido foi protocolado pela FPF à confederação sul-americana, via CBF, em 20 de janeiro. Segundo Evandro Carvalho, o processo ainda será formalizado, aguardando ainda a formação do comitê organizador da copa. O mandatário da federação trata a capacidade (45 mil x 63 mil) como o único ponto contrário em relação à candidatura cearense.

“Pela capacidade de público, já não poderíamos receber a Seleção, que só deve ir a estádios acima de 50 mil lugares, mas estamos dentro do padrão de estrutura do torneio. E como deverá ter seleções de outros continentes, a nossa posição é estratégica, tanto em voos quanto em rede hoteleira.”

Segundo o GE, haveria “favoritismo claro” para o Castelão. Ao blog, Evandro discordou, dizendo que a “situação é a mesma”. Até mesmo pelo know-how, uma vez que os dois empreendimentos receberam, recentemente, jogos da Copa das Confederações, Mundial e Eliminatórias de 2018. A resposta, de acordo com ele, deve ser dada até o fim de 2017. O blog também entrou em contato com a administração da Arena, que deixou o caso nas mãos da FPF.

“A Arena de Pernambuco sempre busca receber os maiores eventos possíveis, dentro ou fora do cunho esportivo. (…) Em relação à Copa América, que será realizada no Brasil 2019, a Arena informa que, possíveis negociações para sedes visando esta ou outra competição, são realizadas entre as Federações e Confederações envolvidas no processo. (…)”

Palcos da Copa América no Brasil

1919  – Laranjeiras (RJ, 7 jogos) 

1922 – Laranjeiras (RJ, 11 jogos) 

1949 – São Januário (RJ, 13 jogos), Pacaembu (SP, 12 jogos), General Severiano (RJ, 2 jogos), Vila Belmiro (SP, 1 jogo) e Otacílio Negrão (MG, 1 jogo) 

1989 – Serra Dourada (GO, 10 jogos), Fonte Nova (BA, 8 jogos), Maracanã (RJ, 6 jogos) e Arruda (PE, 2 jogos)

2019 – Maracanã (RJ), Mineirão (MG), Arena Corinthians (SP), Allianz Parque (SP), Beira-Rio (RS), Mané Garrincha (DF), Fonte Nova (BA) e mais um

Clássico dos Clássicos na Arena registra a maior audiência do ano no Recife e a maior do país em 23/04: 33,4 pontos

Pernambucano 2017, semifinal: Náutico 1x1 Sport. Crédito: Rede Globo/reprodução

Três dos últimos quatro jogos do Campeonato Pernambucano exibidos na televisão no domingo registraram as maiores audiências médias do futebol no Brasil. Foram três clássicos, Sport 1 x 1 Santa (26/03), Sport 3 x 2 Náutico (16/04) e agora Náutico 1 x 1 Sport (23/04). O horário das 16h no último domingo foi reservado às fases decisivas dos estaduais, em todos os casos através da Rede Globo e suas afiliadas. Segundo dados do Kantar Ibope, que mensura a audiência televisiva nas 15 principais regiões metropolitanas, incluindo Recife, Salvador e Fortaleza, o quarto Clássico dos Clássicos da temporada teve 33,4 pontos. Isso corresponde a 811.286 telespectadores.

Os jogos locais que lideraram a audiência, segundo o Ibope
23/04: 33,4 pontos, 811.286 telespectadores e 19.541 torcedores na Arena

26/03: 33,0 pontos, 801.570 telespectadores e 10.221 torcedores na Ilha
16/04: 32,4 pontos, 786.996 telespectadores e 15.082 torcedores na Ilha

Total: 2.399.852 telespectadores e 44.844 torcedores nos estádios

O empate que garantiu o leão na final foi a maior audiência na tevê aberta na capital pernambucana em 2017, considerando jogos entre clubes. Em termos absolutos, a audiência da semifinal paulista foi superior, naturalmente, uma vez que a Grande São Paulo tem uma população cinco vezes maior que a do Grande Recife (20 mi x 4 mi). Porém, a medição clássica na televisão aponta o duelo pernambucano à frente entre os oito exibidos nos mercados estudados pelo instituto. E já está ficando comum…

Pontos no Ibope por Região Metropolitana em 23/04
33,4 – Náutico 1 x 1 Sport (Recife)
32,7 – Caxias (3) 1 x 1 (5) Internacional (Porto Alegre)
32,2 – Flamengo 2 x 1 Botafogo (Rio de Janeiro)
28,5 – Corinthians 1 x 1 São Paulo (São Paulo)
26,7 – Corinthians 1 x 1 São Paulo (Campinas)
25,5 – Flamengo 2 x 1 Botafogo (Manaus)
24,8 – Atlético-MG 3 x 0 URT (Belo Horizonte)
23,9 – Flamengo 2 x 1 Botafogo (Brasília)
21,6 – Goiás 0 x 0 Atlético-GO (Goiânia)
21,1 – Corinthians 1 x 1 São Paulo (Fortaleza)
18,5 – Inter de Lages 2 x 0 Avaí (Florianópolis)
18,0 – Vitória 5 x 0 Vitória da Conquista (Salvador)
17,5 – Corinthians 1 x 1 São Paulo (Curitiba)
15,8 – Flamengo 2 x 1 Botafogo (Vitória)
14,8 – Flamengo 2 x 1 Botafogo (Belém)

As 10 maiores audiências do futebol pernambucano em 2017* (até 23/04)
33,4 – Náutico 1 x 1 Sport (Estadual, 23/04)
33,0 – Sport 1 x 1 Santa Cruz (Estadual, 26/03)
32,4 – Sport 3 x 2 Náutico (Estadual, 16/04)
31,0 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (Estadual, 18/02)
30,1 – Sport 2 x 1 Joinville (Copa do Brasil, 12/04)
28,5 – Joinville (3) 1 x 2 (4) Sport (Copa do Brasil, 19/04)
27,6 – Boavista 0 x 3 Sport (Copa do Brasil, 08/03)
26,4 – Sport 1 x 0 Boavista (Copa do Brasil, 15/03)
26,2 – Náutico 1 x 0 Santa Cruz (Nordestão, 12/03)
23,6 – Salgueiro 0 x 1 Santa Cruz (Estadual, 05/03)
* Entre os jogos divulgados pelo Ibope e pela Globo

As finais dos campeonatos estaduais de 2017, com clubes de 0 a 53 títulos

Campeonatos estaduais de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul; Paraná, Pernambuco, Bahia, Ceará e

Os principais campeonatos estaduais do país estão chegando ao fim, com as finais já definidas de norte a sul. De acordo com o calendário oficial da CBF, os torneios devem terminar até 7 de maio, com algumas exceções, como o campeonato amapaense, que só começa no segundo semestre devido ao tempo chuvoso no início do ano, inviabilizando o futebol. 

Em 2017, alguns clássicos tradicionais se repetem, como o Fla-Flu, o Ba-Vi e o Atletiba, mas também houve espaço para surpresas, como o Novo Hamburgo, time de melhor campanha na primeira fase gaúcha. Na semi, eliminou o Grêmio. O clube jamais foi campeão, somando quatro vices, o último há 65 anos! Em Pernambuco, o Salgueiro viveu roteiro semelhante, despachando o Santa Cruz no mata-mata e chegando pela segunda vez à decisão, em busca da taça ainda inédita no interior.

Abaixo, as 18 finais já consolidadas. Sete clubes jamais ergueram o troféu, incluindo a Ponte Preta, de 117 anos. No futebol capixaba a final já garante um campeão inédito. Naturalmente, há quem tenha bastante experiência em triunfos locais, como ABC, Bahia e Paysandu, os três maiores campeões estaduais. No Pará, aliás, está a final de maior concentração, com 90 taças.

Palpite para os campeões? No fim do post, os pitacos do blog…

As finais estaduais (entre parênteses, o nº de títulos):
AL – CSA (37) x (29) CRB
BA – Vitória (28) x (46) Bahia
CE – Ceará (43) x (9) Ferroviário
DF – Brasiliense (8) x (2) Ceilândia
ES – Atlético-ES (0) x (0) Doze
MG – Atlético-MG (43) x (37) Cruzeiro
MT – Sinop (3) x (6) Cuiabá
MS – Novo (0) x (1) Corumbaense
PA – Remo (44) x (46) Paysandu
PB – Botafogo (27) x (15) Treze
PE – Salgueiro (0) x (40) Sport
PR – Coritiba (37) x (23) Atlético-PR
RJ – Flamengo (33) x (31) Fluminense
RN – ABC (53) x (0) Globo
RS – Novo Hamburgo (0) x (45) Internacional
SC – Chapecoense (5) x (16) Avaí
SE – Itabaiana (10) x (20) Confiança
SP – Corinthians (27) x (0) Ponte Preta

Pitaco: CSA, Vitória, Ceará, Brasiliense, Doze, Cruzeiro, Sinop, Novo, Paysandu, Botafogo, Sport, Atlético-PR, Flamengo, ABC, Internacional, Chapecoense, Itabaiana e Ponte Preta.

Confira a lista com os 71 maiores campeões estaduais do país aqui.