Seminário da CBF para o Nordestão cria padronização de operações de campo

Seminário sobre a Copa do Nordeste de 2016. Foto:  Fernando Torres/CBF

Chegando à quarta edição seguida nesta retomada, o Nordestão de 2016 terá os mesmos procedimentos da Série A em relação às operações de campo, como a entrada dos times, as ações de patrocinadores e a localização da imprensa, cada vez mais limitada na beira do gramado. No futebol de fato, a nova diretriz implica na entrada das duas equipes lado a lado, percorrendo um arco com marcas atreladas ao torneio e terminando com a execução do hino nacional.

A definição aconteceu no 1º Seminário de Operações da Copa do Nordeste, realizado na sede da CBF, no Rio. Esse tipo de reunião, com a cúpula do departamento de competições, representantes dos clubes e federações e diretores das emissoras detentoras dos direitos de tevê, surgiu em abril, no 1º Seminário da Série A. No Brasileirão, com 14 novas arenas e outros estádios de grande porte, é mais fácil cumprir a demanda de infraestrutura de mídia, como a instalação de câmeras nos túneis de acesso e banco de reservas, zonas mistas, amplas salas de coletivas etc. Tudo para ampliar a exposição do torneio.

Já a Lampions League, mesmo com quatro arenas inscritas, ainda conta com várias praças esportivas acanhadas e precárias. Ao menos, a padronização básica anunciada no seminário deverá constar no regulamento. Em Pernambuco, as normas devem ser adotadas no Arruda (Santa Cruz), Cornélio de Barros (Salgueiro), Arena Pernambuco e Ilha do Retiro (ambas com o Sport).

Ao todo, serão 74 partidas no regional, de 14 de fevereiro a 1º de maio.

Seminário sobre a Copa do Nordeste de 2016. Foto:  Fernando Torres/CBF

A tabela do hexagonal do Campeonato Pernambucano de 2016

Comercial do Pernambucano de 2015 no canal Premiere FC. Crédito: reprodução

A Federação Pernambucana de Futebol divulgou a tabela do hexagonal do título, a fase principal do Estadual de 2016. A etapa conta com os quatro clubes locais nas três principais divisões do Brasileiro, a condição básica para não precisar disputar a fase classificatória. Da primeira fase do certame sairão as outras duas equipes (os primeiros colocados das chaves A e B), totalizando os seis participantes da 102ª edição do Campeonato Pernambucano. A abertura será num sábado à noite, em 30 de janeiro, com o Sport. No dia seguinte, Clássico das Emoções na Arena. Rodadas com clássicos: 1ª, 4ª, 5ª, 7ª, 8ª e 10ª.

A fórmula é a mesma dos últimos anos, com os quatro melhores classificados avançando ao mata-mata, com semifinal e final. Em relação às cotas de transmissão na televisão (tevê aberta e ppv), os três grandes clubes da capital ganham R$ 950 mil, enquanto os demais clubes ganharam R$ 110 mil.

1ª rodada
30/01 (18h30) – Sport x 1º colocado A
31/01 (16h00) – 1º colocado B x Salgueiro
31/01 (16h00) – Náutico x Santa Cruz

2ª rodada
03/02 (20h30) – Santa Cruz x 1º colocado B
03/02 (20h30) – 1º colocado A x Náutico
03/02 (21h30) – Salgueiro x Sport

3ª rodada
10/02 (20h30) – Náutico x Salgueiro
10/02 (20h30) – 1º colocado B x Sport
10/02 (21h30) – 1º colocado A x Santa Cruz

4ª rodada
20/02 (18h30) – Náutico x 1º colocado B
21/02 (16h00) – Salgueiro x 1º colocado A
21/02 (17h00) – Sport x Santa Cruz

5ª rodada
27/02 (19h30) – Santa Cruz x Salgueiro
28/02 (16h00) – 1º colocado B x 1 º colocado A
28/02 (17h00) – Sport x Náutico

6ª rodada
06/03 (16h00) – Salgueiro x Santa Cruz
06/03 (16h00) – 1º colocado B x Náutico
06/03 (16h00) – 1º colocado A x Sport

7ª rodada
12/03 (19h30) – Santa Cruz x 1º colocado A
13/03 (16h00) – Salgueiro x 1º colocado B
13/03 (16h00) – Náutico x Sport

8ª rodada
19/03 (19h30) – Sport x 1º colocado B
20/03 (16h00) – 1º colocado A x Salgueiro
20/03 (16h00) – Santa Cruz x Náutico

9ª rodada
26/03 (19h30) – Sport x Salgueiro
27/03 (16h00) – Náutico x 1º colocado A
27/03 (16h00) – 1º colocado B x Santa Cruz

10ª rodada
10/04 (16h00) – Salgueiro x Náutico
10/04 (16h00) – 1º colocado A x 1º colocado B
10/04 (16h00) – Santa Cruz x Sport

Brasil x Uruguai, a possível estreia da Seleção Brasileira na Arena Pernambuco

Brasil x Uruguai

Ao término do empate em 1 x 1 entre Brasil e Argentina, no Monumental de Nuñez, com um gol de Lucas Lima, ex-Sport, o locutor Milton Leite encerrou a transmissão no canal de tevê por assinatura SporTV anunciando Brasil x Uruguai na Arena Pernambuco. O jogo, válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, está agendado entre os dias 21 e 24 de março de 2016. Seria a terceira partida seguida da seleção principal no Nordeste, após Fortaleza (Venezuela) e Salvador (Peru). Escudo contra as críticas?

Já havia a expectativa da partida no Recife, comentada pelo presidente da FPF, Evandro Carvalho, desde o anúncio do amistoso da Seleção Olímpica na Ilha do Retiro. Contudo, nem FPF, CBF ou Conmebol confirmaram o jogo – muito menos o consórcio que administra a arena em São Lourenço da Mata. Entretanto, a declaração dada numa emissora de alcance nacional e, sobretudo, detentora dos direitos de transmissão dos jogos do Brasil, logo repercutiu.

Caso confirmada, será a estreia da Seleção no Arena, substituindo o Mundão, que recebeu todos os jogos desde 1978. Seria também a 18ª partida da seleção principal no estado, sendo o segundo clássico entre brasileiros e uruguaios aqui. Em 1985, diante de 59.946 torcedores no Arruda, vitória com gols de Careca e Alemão. Em relação à fase classificatória para o Mundial, a última apresentação foi em 2009, contra o Paraguai. Em partidas oficiais, ou seja, contra seleções nacionais, a Canarinha jamais perdeu em Pernambuco…

Avenida Malaquias
27/09/1934 – Brasil 5 x 4 Sport
30/09/1934 – Brasil 3 x 1 Santa Cruz
04/10/1934 – Brasil 8 x 3 Náutico
07/10/1934 – Brasil 5 x 3 Seleção Pernambucana
10/10/1934 – Brasil 2 x 3 Santa Cruz

Ilha do Retiro
01/04/1956 – Brasil 2 x 0 Seleção Pernambucana
13/07/1969 – Brasil 6 x 1 Seleção Pernambucana

Arruda
13/05/1978 – Brasil 0 x 0 Seleção Pernambucana
19/05/1982 – Brasil 1 x 1 Suíça
02/05/1985 – Brasil 2 x 0 Uruguai
30/04/1986 – Brasil 4 x 2 Iugoslávia
09/07/1989 – Brasil 2 x 0 Paraguai
29/08/1993 – Brasil 6 x 0 Bolívia
23/03/1994 – Brasil 2 x 0 Argentina
29/06/1995 – Brasil 2 x 1 Polônia
10/06/2009 – Brasil 2 x 1 Paraguai
10/09/2012 – Brasil 8 x 0 China

Arena Pernambuco
21/03/2016 – Brasil x Uruguai*
*A confirmar.

O preço do aluguel de uma partida nos Aflitos, Ilha do Retiro e Arruda

Aflitos, Ilha do Retiro e Arruda através do Google Maps, em agosto de 2015. Crédito: arte de Cassio Zirpoli sobre imagens do Google

O futebol pernambucano tem uma particularidade em relação aos demais estados no Nordeste, com os três grandes clubes locais possuindo estádios particulares com capacidade acima de 20 mil pessoas. É assim desde 1972, quando o Arruda foi oficialmente inaugurado –  e só mudou em 2013, com a abertura da Arena Pernambuco. Apesar disso, não foram raras as vezes que um dos times precisou utilizar a casa do rival. Seja pela troca do gramado, realização de um show, manutenção, ampliação etc.

Entre 1980 e 1982, na construção do anel superior do Arruda, o Santa Cruz se revezou na Ilha do Retiro e nos Aflitos. Na sequência, entre 1982 e 1984, com a construção das gerais e a ampliação da cadeira central da Ilha, o Sport fez o mesmo. Já o Náutico, devido à capacidade dos Aflitos antes da reforma entre 1996 e 2002, mandou inúmeros clássicos no Mundão – foi lá onde estabeleceu a sua melhor média de público na Série A, com 30.918 torcedores em 1983.

Cordialidade à parte, atuar no estádio alheio tem um custo – se o clube quiser cobrar. Em 2012, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, tabelou os valores para evitar mais discussões no Campeonato Pernambucano, pois alvirrubros e rubro-negros não estavam se entendendo sobre o aluguel dos Aflitos. Cada praça recebeu um dado de acordo com as suas dimensões, variando entre partidas diurnas e noturnas. Em 2015, os dados foram apenas corrigidos pela inflação. O blog calculou através do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M).

2012
Aflitos
Dia – R$ 10.000
Noite – R$ 12.000

Ilha do Retiro
Dia – R$ 12.000
Noite – R$ 14.000

Arruda
Dia – R$ 16.000
Noite – R$ 18.000

2015 (corrigido pela inflação)
Aflitos
Dia – R$ 12.780
Noite – R$ 15.337

Ilha do Retiro
Dia – R$ 15.337
Noite – R$ 17.893

Arruda
Dia – R$ 20.449
Noite – R$ 23.005

De acordo com o diretor técnico da FPF, Murilo Falcão, em competições organizadas pela CBF (Nordestão, Copa do Brasil e Brasileiro) o valor do aluguel é definido pelos próprios clubes – podendo usar a tabela já existente, é claro. E ainda vale um adendo, tanto em torneios locais quanto nacionais: além do aluguel é preciso pagar a taxa de manutenção do estádio (limpeza, gramado, iluminação e funcionários). No Arruda, por exemplo, o presidente do Santa Cruz, Alírio Morais, estipula em R$ 50 mil custo do estádio a cada jogo.

A margem de erro na pesquisa de torcida no Recife entre junho e setembro de 2015

Pesquisa de torcida no Recife em setembro de 2015. Fonte: Plural Pesquisa

Nas pesquisas de torcida, um ponto que gera bastante discussão é a “margem de erro”, ampliando ou reduzindo as massas a cada ano, na visão dos mais variados institutos. Tudo na base da projeção, obviamente. Daí, a curiosidade ao comparar as duas pesquisas de uma mesma empresa, numa mesma região e em épocas bem próximas. Paralelamente à análise de satisfação para clientes, a Plural Pesquisa questionou as 1.600 pessoas abordadas no Recife sobre a preferência clubística. Metade em junho e a outra em setembro. Num intervalo de apenas 90 dias, resultados distintos no futebol local.

A metodologia foi a mesma, com uma margem de erro de 3,46%. E aí está o dado interessante, pois nenhuma resposta quantificada na segunda pesquisa ultrapassou a margem do levantamento anterior. O Sport subiu de 36% para 39%, chegando a 630 mil rubro-negros, já mensurados com a nova estimativa do IBGE para a cidade, divulgada em agosto. Curiosamente, a projeção do Santa caiu na mesma proporção, de 31% para 28%. Numa leitura mais simples, trata-se da parcela volátil da torcida, seja por resultados dos jogos, audiência, relações sociais etc. Já o Náutico é outro ponto “a favor” do universo estatístico, pois manteve os 10% nas duas pesquisas, com entrevistados diferentes, mas dentro do mesmo raio x (sexo, idade, escolaridade e renda familiar).

Para terminar, a inserção do Corinthians na capital pernambucana. Se até junho aparecia junto a outros times, agora já se destaca com o percentual próprio (1%), justamente na diminuição dos não torcedores (de 22% para 20%).

Plural / Recife 2015 (2)
Período: setembro de 2015
Público: 800 entrevistados
Margem de erro: 3,46%
População estimada (IBGE/2015): 1.617.183

1º) Sport – 39% (630.701)
2º) Santa Cruz – 28% (452.811)
3º) Náutico – 10% (161.718)
4º) Seleção Brasileira – 1% (16.171)
4º) Corinthians – 1% (16.171)

Outros times – 1% (16.171)
Sem clube – 20% (323.436)
Não sabe/não respondeu – 1% (16.171)

Plural / Recife 2015 (1)
Período: junho de 2015
Público: 800 entrevistados
Margem de erro: 3,46%
População estimada (IBGE/2014): 1.608.488

1º) Sport – 36% (579.055)
2º) Santa Cruz – 31% (498.631)
3º) Náutico – 10% (160.848)

Outros times – 2% (32.169)
Sem clube – 22% (353.867)

* A soma pode não chegar ou mesmo ultrapassar os 100% por causa com arredondamento, via Statistical Package for the Social Sciences (SPSS).

Pesquisa de torcida no Recife em setembro de 2015. Fonte: Plural Pesquisa

A premiação absoluta da Copa do Nordeste 2016 chega a R$ 14.820.000

Copa do Nordeste. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

A premiação total da Copa do Nordeste de 2016 aumentou em 33% em relação à última edição. Em quatro anos, são quase R$ 10 milhões a mais. A curiosidade é que das cinco campanhas possíveis (primeira fase, quartas, semi, vice e campeão), justamente a cota do primeiro lugar sofreu uma baixa. No acordo costurado entre os clubes na reunião da Liga do Nordeste, no Recife, a receita foi distribuída de forma mais equânime. Em 2015, por exemplo, o campeão Ceará ganhou R$ 2,74 milhões, ou R$ 1,5 milhão a mais que o Bahia, o vice. Na próxima temporada, o campeão ganhará R$ 2,3 milhões (mais a vaga na Sul-Americana, claro), com a diferença para o vice caindo para R$ 500 mil.

Além da redistribuição de R$ 250 mil aos classificados às quartas, pesou na redução do campeão a ausência do bônus da CBF, de R$ 1 milhão, ofertado em 2015. Por outro lado, chegar às quartas da Lampions League, numa campanha básica, superando a fase de grupos, representará quase R$ 1 milhão a oito times, num acréscimo de 52%. A simples participação significa meio milhão.

Nesta nova equação financeira, bancada pelo Esporte Interativo, detentor dos direitos de transmissão até 2022, ainda há outra particularidade. Na primeira fase, com vinte equipes, os dois maranhenses e os dois piauienses não ganham cota. Sob contrato, os novos integrantes estão num período de testes, até 2017, e a liga já tinha um acordo de divisão para os 16 times originais. Portanto, Imperatriz, Sampaio Corrêa, River e Flamengo só podem receber a premiação a partir das quartas. Finalizando o acordo, os clubes não terão despesas com arbitragem, viagens e hospedagens. A regra para as viagens é a seguinte: até 500 km, ônibus; acima de 500 km, avião, com 26 passagens garantidas.

Representantes locais em 2016: Santa Cruz, Salgueiro e Sport.

As cotas absolutas (somando as fases) para as campanhas no Nordestão:

2016
Campeão – R$ 2,385 milhões
Vice – R$ 1,885 milhão
Semifinalista – R$ 1,385 milhão
Quartas de final – R$ 935 mil
Primeira fase – R$ 505 mil*
Total: R$ 14.820.000
* Exceto para os clubes do Piauí e do Maranhão.

2015
Campeão – R$ 2,74 milhões
Vice – R$ 1,24 milhão
Semifinalista – R$ 890 mil
Quartas de final – R$ 615 mil
Primeira fase – R$ 365 mil*
Total: R$ 11.140.000
* Exceto para os clubes do Piauí e do Maranhão.

Premiações: Sport R$ 890 mil, Salgueiro R$ 615 mil, Náutico R$ 365 mil

2014
Campeão – R$ 1,9 milhão
Vice – R$ 1,2 milhão
Semifinalista – R$ 850 mil
Quartas de final – R$ 600 mil
Primeira fase – R$ 350 mil
Total: R$ 10.000.000

Premiações: Sport R$ 1,9 milhão, Santa Cruz R$ 850 mil, Náutico R$ 350 mil

2013
Campeão – R$ 1,1 milhão
Participação – R$ 300 mil
Total: R$ 5.600.000

Premiações: Sport R$ 300 mil, Santa Cruz R$ 300 mil, Salgueiro R$ 300 mil

A Seleção Brasileira na Ilha do Retiro

A escolha da Ilha do Retiro para um amistoso da Seleção Olímpica, contra os Estados Unidos, em 11 de novembro de 2015, trouxe a camisa verde a amarela ao estádio rubro-negro após quatro décadas de hiato, desde a geração de Pelé. Antes de o Arruda se tornar a casa da Seleção no Recife, em 1978, o reduto do Sport também teve vez, com duas partidas da seleção principal contra a seleção pernambucana. Aqui, registros do Diario de Pernambuco nos embates Canarinha x Cacareco, em dois domingos. Nos dois casos, a cobertura só foi publicada dois dias depois, na terça-feira, uma vez que o jornal não circulava nas segundas, a folga dos jornalistas.

Venceu como quis a Seleção Brasileira
01/04/1956 – Brasil 2 x 0 Pernambuco
Gylmar; Djalma Santos (Paulinho de Almeida), De Sordi, Zózima e Nilton Santos; Belangero (Formiga), Sabará, Walter Marciano e Gino; Didi (Álvaro) e Canhoteiro (Escurinho) 
Gols da Seleção: Didi e Escurinho

O jogo da Seleção Brasileira na capital pernambucana, o primeiro em 22 anos, contou até com uma preliminar. Antes da entrada do astro Didi, nada de Náutico, Santa ou Sport. O cotejo foi entre Destilaria, do Cabo, e Colombo, de Limoeiro, com o placar de 3 x 2. A renda foi de Cr$ 601.970, com casa cheia, mas sem público oficial, pois até então divulgava-se apenas a bilheteria. Na ocasião, a arquibancada frontal da Ilha ainda estava em construção. Apesar do placar enxuto, o Diario analisou a atuação do time montado pela FPF como “abaixo da crítica”.

Amistoso na Ilha do Retiro, em 1956: Brasil 2 x 0 Pernambuco. Foto: Arquivo/DP

Amistoso na Ilha do Retiro, em 1956: Brasil 2 x 0 Pernambuco. Foto: Arquivo/DP

Amistoso na Ilha do Retiro, em 1956: Brasil 2 x 0 Pernambuco. Foto: Arquivo/DP

Brasileiros encerram giro no Nordeste com goleada
13/07/1969 – Brasil 6 x 1 Pernambuco
Félix (Lula); Carlos Alberto Torres, Djalma Dias, Joel Camargo e Rildo; Piazza, Gérson, Tostão e Pelé; Jairzinho (Paulo Borges) e Edu 
Gols da Seleção: Edu (3), Jairzinho, Tostão e Pelé

Com 26.929 pagantes e renda de NCr$ 262.114, a Ilha do Retiro teve uma tarde de domingo de lotação e falta de serviço aos torcedores, acabando ainda no primeiro tempo o estoque de refrigerante e refresco. O público passou “sede”, segundo o relato do jornal. No intervalo, a atração foi o pouso no gramado de sete paraquedistas da brigada aérea. Após a goleada, ficou a bronca do técnico João Saldanha, por causa do cerco da imprensa ao Rei Pelé, perto de chegar a 1.000 gols na carreira.

Amistoso na Ilha do Retiro, em 1969: Brasil 6 x 1 Pernambuco. Foto: Arquivo/DP

Amistoso na Ilha do Retiro, em 1969: Brasil 6 x 1 Pernambuco. Foto: Arquivo/DP

Amistoso na Ilha do Retiro, em 1969: Brasil 6 x 1 Pernambuco. Foto: Arquivo/DP

Balanço dos jogadores profissionais no Nordeste, inferior a dois salários mínimos

Quadro sobre os jogadores profissionais de futebol no Nordeste em 2015 (via CBF/FPF). Arte: Infogr.am (Cassio Zirpoli)

Um levantamento da CBF sobre o Nordeste, de 2015, aponta a existência de 1.911 contratos ativos de jogadores profissionais. No futebol, de uma forma geral, se enxerga um meio de altos salários, muito acima da média do trabalhador comum. Esse contexto existe, é verdade, mas numa parcela ínfima dos atletas, como Diego Souza (R$ 250 mil) e Grafite (R$ 166 mil), destaques de Sport e Santa Cruz, por exemplo. No geral, nas divisões inferiores, nacionais e estaduais, o rendimento mensal mal passa de um salário mínimo (R$ 788).

De acordo com o dado repassado pelo diretor de competições da FPF, Murilo Falcão, apenas 200 jogadores ganham mais de R$ 1 mil na região. E essa mesma fatia é a única com contratos superiores a três meses de duração. Pois é, o restante (89,5%) ganha menos e só atua 1/4 do ano. Não por acaso, no futebol local é comum ver os mesmos nomes disputando a primeira divisão no primeiro semestre e a segunda divisão no segundo semestre, sempre em clubes pequenos. Imagine em centros menos estruturados, como Sergipe e Piauí…

Em 2014, o movimento Bom Senso FC, liderado pelos próprios jogadores, também fez um raio x da categoria, num retrato nacional. Situação parecida. Dos 20 mil atletas no boletim informativo diário (BID), 82% joga por menos de salários mínimos (na época em R$ 724), com 15% de desempregados. Dos 684 clubes listados, 583 (ou 85%) ficam inativos por seis meses. É um problema geral.

Nordeste (CBF) 
1.911 jogadores profissionais
89,5% com menos de R$ 1.000
10,5% com mais de R$ 1.000

Brasil (Bom Senso FC)
20.000 jogadores profissionais
82% com menos de dois salários mínimos (R$ 1.448)
3% com mais de dois salários mínimos  (R$ 1.448) 

Na Série A2 do Pernambucano (abaixo), o cenário fica ainda mais evidente, até por ser “Sub 23”, com a possibilidade de inscrição de no máximo quatro jogadores sem limite de idade. Naturalmente, a faixa salarial cai ainda mais.

Série A2 (Sub 23) de 2015: Barreiros 0x0 Ipojuca. Foto: FPF/site oficial

Asa Branca 3 e a evolução das bolas oficiais da Copa do Nordeste

A bola oficial da Copa do Nordeste de 2016, a Asa Branca III. Fotos: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Natal – Objeto nobre no trabalho de marketing sobre a Copa do Nordeste, a bola oficial ganhou uma nova versão para a edição de 2016. A pelota produzida pela Penalty agora se chamará Asa Branca III, dando sequência à ideia original, cujo nome foi escolhido há dois anos numa votação que ainda teve Maria Bonita e Arretada. Apresentada durante o lançamento da 13ª edição do Nordestão, através do mascote Zeca Brito, a bola mantém os detalhes azuis e dourados das anteriores, mas com um novo design, além do emblema da competição.

Esta versão será utilizada nas 74 partidas previstas. No entanto, nos seis últimos jogos, considerando semifinais e finais, serão feitas pequenas alterações, gravando os escudos dos clubes presentes nas disputas, como ocorreu em 2015 (relembre aqui). Ao todo, serão produzidas mais de 500 bolas oficiais, novamente em fábrica da região, em Itabuna, no interior baiano.

As bolas oficiais da Lampions: Asa Branca I, Asa Branca II e Asa Branca III.

Qual foi a versão mais bonita até agora?

As primeiras impressões dos clubes sobre os grupos do Nordestão de 2016

Natal – Logo após a definição dos cinco grupos da Copa do Nordeste de 2016, o blog ouviu a opinião dos representantes dos clubes pernambucanos no evento, com as primeiras impressões de cada um sobre os adversários na primeira fase. Clássico regional, importância da logística e “sorte” nas bolinhas do sorteio. Pontos de vista de um mesmo torneio, o mais importante do primeiro semestre para os times locais.

Constantino Júnior, vice-presidente do Santa Cruz

Clebel Cordeiro, presidente do Salgueiro

Nei Pandolfo, superintendente de futebol do Sport