A parceria entre o Santa Cruz e a MRV Engenharia durou 20 meses, entre abril de 2016 e dezembro de 2017, por R$ 90 mil mensais. Para a temporada de 2018, readequando novas parcerias para uma nova realidade, a direção coral firmou com uma nova patrocinadora, a MegaÓ, especializada em cal hidratada. A empresa pernambucana passa a estampar a sua marca na área nobre do uniforme coral – os dois modelos do padrão já foram produzidos.
A curiosidade sobre o acordo fica por conta do tempo de duração: um mês.
Trata-se de um contrato experimental, com possibilidade de renovação. Depende do retorno da marca e, naturalmente, do aporte ao clube, que não poderá contar com a Caixa Econômica Federal nesta temporada – há tempos o tricolor negocia o patrocínio, mas o banco deixou de investir na Série C. Apesar do acordo inicial de apenas um mês, o calendário está cheio. A marca está garantida em oito partidas, podendo chegar a nove.
Num cálculo anual, o patrocínio-master anterior rendeu R$ 1,08 milhão.
Provavelmente o valor ainda estaria em conta para o atual cenário…
O patrocínio-master do Santa Cruz na década 2011-2014 – Grupo Votorantim 2015 – Divcom Pharma (pontual, setembro/dezembro) 2016-2017 – MRV Engenharia 2018 – MegaÓ (experimental, janeiro)
20 anos da ausência de futebol local na TV à maior disputa por mercado
Na TV aberta, o último ano com concorrência sobre o futebol pernambucano, em relação à Globo, havia sido 1999. Na época, o locutor Luciano do Valle adquiriu os direitos de transmissão do Campeonato Pernambucano por R$ 600 mil, exibindo os jogos na TV Pernambuco, emissora estatal com histórico de ‘traço’ na audiência – até então, partidas locais passavam de forma esporádica. O sucesso foi estrondoso, chegando a marcar 50 pontos num Clássico das Multidões. Paralelamente a isso, a Copa do Nordeste corria sem exibição, com a Globo Nordeste limitando-se ao Paulista e ao Brasileirão. Como se sabe, a emissora comprou os direitos do Estadual no ano seguinte, pagando R$ 1,92 milhão por quatro edições. Fez o mesmo com o Nordestão, ficando à parte do regional apenas em 2003 e 2010, as edições marcadas pela briga jurídica entre a Liga do Nordeste e a CBF – com vitória da liga.
Pois bem. Passado tanto tempo, surge um cenário incomum, com os dois principais torneios no âmbito regional em sinais abertos distintos no Grande Recife – havendo a ressalva sobre as Série D e C, com alguns jogos do Santa na Nova NE e TV Pernambuco, respectivamente. O Pernambucano segue na Globo. Porém, a Lampions foi parar nas mãos do SBT, com transmissão nos nove estados da região, com o sinal local a cargo da TV Jornal.
Ou seja, líder e vice-líder de audiência na Região Metropolitana do Recife, agora estendida a 4 milhões de habitantes, após a entrada do 15º município, Goiana. Apesar da concorrência – com o Nordestão sendo esportivamente mais importante, frise-se -, os horários a princípio não batem. Na prática, o número de jogos locais poderá dobrar numa semana, chegando a quatro – tendo três como mínimo, sendo 2 na Globo e 1 na TV Jornal. De toda forma, fica a curiosidade sobre a intensidade da cobertura das duas empresas sobre as competições ‘rivais’, uma vez que, comercialmente, são concorrentes de fato na disputa pela atenção de consumidores alvirrubros, rubro-negros e tricolores. Um embate (ético) entre produto e informação.
Em 2017, as decisões dos torneios foram exibidas para o Recife, pois o Sport alcançou a final do Nordestão. Eis os dados dos 4 jogos na tevê aberta:
Pernambucano 833.147 telespectadores (34,3 pontos) – Sport 1 x 1 Salgueiro (07/05, ida) 976.458 telespectadores (40,2 pontos) – Salgueiro 0 x 1 Sport (28/06, volta)
Nordestão 1.107.600 telespectadores (38,2 pontos) – Sport 1 x 1 Bahia (17/05, ida ) 1.184.400 telespectadores (41,4 pontos) – Bahia 1 x 0 Sport (24/05, volta)
Abaixo, os perfis dos telespectadores dos canais, considerando a RMR:
TV Jornal (Grande Recife) – 2º lugar no Ibope Horários dos jogos: terça-feira (21h45) e sábado (16h) Narrador: Aroldo Costa Comentarista: Maciel Júnior Principais clubes envolvidos: Santa, Náutico e Bahia (nº jogos não divulgado)
Globo Nordeste (Grande Recife) – 1º lugar no Ibope Horários dos jogos: quarta-feira (21h45) e domingo (16h) Narrador: Rembrandt Júnior Comentarista: Cabral Neto Principais clubes envolvidos: Sport (7 jogos), Santa (4) e Náutico (2)
Entre 2013 e 2017, o Campeonato Pernambucano teve três aplicativos oficiais, desenvolvidos pela Look Mobile. Para a edição de 2018, a FPF firmou uma parceria com uma nova empresa de softwares, a Pronto Tecnologia, que opera no RJ, SP e PE. Desta vez, trata-se de uma plataforma de entretenimento – para smartphones e computadores – idealizada para operar com diversas competições, embora o Estadual tenha sido o primeiro da lista. Além de tabela e classificação atualizadas, detalhes dos times, estádios e cidades, o app (gratuito) foca num ‘bolão’, com os usuários tentando acertar os resultados do torneio selecionado, com direito a ranking e premiações. No caso do Estadual, o torcedor, após escolher o seu time, entre os 11 clubes participantes, passa a arriscar o placar rodada a rodada – ao todo, 63 partidas.
Eis a lógica da pontuação no aplicativo ‘Futebol Conectado’:
60 pontos – placar exato 15 pontos – resultado certo (vitória do mandante, do visitante ou empate) 10 pontos – acertar qual clube faz o primeiro gol do jogo (ou 0 x 0 também) 5 pontos – acertar o tempo do primeiro gol (1T, 2T ou 0 x 0 também)
Bônus em caso de placares exatos na rodada: 3 (200 pts), 4 (500) e 5 (1.000) Bônus em caso de resultados certos na rodada: 3 (50 pts), 4 (125) e 5 (180)
Em relação aos smartphones e tablets, o aplicativo, na versão 1.0, demanda 52 megas. Já a compatibilidade vai a partir de 4.1 no Android e 8.0 no iOS.
A TV Jornal, a afiliada pernambucana do canal de Silvio Santos, volta a exibir o futebol local após décadas. Na verdade, a presença da emissora sempre foi esporádica, como na decisão do Brasileirão de 1987, entre Sport e Guarani. Em 2018, contudo, o SBT entra como emissora (sub) licenciada da Copa do Nordeste, com exibição assegurada em todas as afiliadas* da região.
Com três clubes locais na disputa (Santa Cruz, Náutico e Salgueiro) e duas redes no estado, no Recife e em Caruaru, a TV Jornal entra na parada com dois horários na grade, terça-feira à noite e sábado à tarde, e narração de Aroldo Costa, há anos locutor da Rádio Jornal. Estreia já na primeira rodada, com Confiança x Santa, em 16/01. Se a Globo Nordeste lançou um comercial valorizando o início do Campeonato Pernambucano, a TV Jornal naturalmente enalteceu o seu produto – que, esportivamente, realmente vale mais.
“Se ligue na TV Jornal e não perca nenhum lance do maior campeonato regional do mundo. Transmissão exclusiva”
Vale lembrar que a Lampions passou na Globo durante cinco anos seguidos, desde a volta ao calendário oficial, em 2013. Na ocasião, a emissora adquiriu o sinal aberto junto ao Esporte Interativo, detentor de todas as plataformas até 2022. No entanto, as duas empresas, que vão concorrer no Brasileirão a partir de 2019, não chegaram num acordo sobre um novo sublicenciamento visando a edição regional de 2018, cuja cota absoluta alcança R$ 22 milhões.
Abaixo, um dos comerciais de divulgação, focando no ‘gigantismo regional’.
* Afiliadas: TV Jornal (PE), TV Aratu (BA), TV Jangadeiro (CE), TV Ponta Verde (AL), TV Difusora (MA), TV Tambaú (PB, João Pessoa), TV Borborema (PB, Campina Grande), TV Cidade Verde (PI) e TV Ponta Negra (RN)
A fase preliminar da Copa do Nordeste de 2018 começou ainda no ano passado, em 15 de agosto, acabando apenas em 13 de janeiro, a três dias do início da fase principal do torneio, que distribui R$ 22,4 milhões em cotas. Esta edição marca a reforma promovida pela Liga do Nordeste junto à CBF, após três temporadas com o mesmo formato. Logo, a fase de grupos foi reduzida de 20 para 16 times, com o número de jogos caindo de 60 para 48, visando uma maior competitividade – daí a necessidade de criar uma seletiva.
Com a definição de todos os participantes, confira a tabela definitiva da etapa, que classificará os dois melhores colocados de cada chave às quartas de final, além das observações iniciais do blog sobre a 15ª edição da Lampions.
Grupo A Santa Cruz (3º lugar no Pernambucano 2017) – R$ 1 milhão de cota CRB (1º em AL) – R$ 850 mil Confiança (1º em SE) – R$ 775 mil Treze (2º na PB) – R$ 750 mil (somando a seletiva)
Sem dúvida, este é o grupo mais equilibrado desta edição, embora aparente ser tecnicamente nivelado por baixo, sendo o CRB o time de divisão nacional mais elevada – está na Série B. Mesmo na condição de cabeça de chave, o tricolor pernambucano, campeão em 2016, entra com um elenco reformulado e uma folha na casa de R$ 250 mil, patamar semelhante ao dos adversários. A chave também conta com as menores distâncias entre as sedes.
Pitaco do blog sobre os classificados: CRB (1º) e Santa Cruz (2º)
Tabela do grupo A
16/01 (19h00) – Treze x CRB (Amigão) 16/01 (21h45) – Confiança x Santa Cruz (Batistão) 01/02 (19h00) – CRB x Confiança (Rei Pelé) 06/02 (21h45) – Santa Cruz x Treze (a definir) 15/02 (19h00) – Confiança x Treze (Batistão) 20/02 (20h45) – Santa Cruz x CRB (Arruda) 10/03 (16h00) – CRB x Santa Cruz (Rei Pelé) 12/03 (19h15) – Treze x Confiança (PV) 20/03 (19h00) – Confiança x CRB (Batistão) 22/03 (19h00) – Treze x Santa Cruz (PV) 29/03 (21h15) – CRB x Treze (Rei Pelé) 29/03 (21h15) – Santa Cruz x Confiança (Arruda)
Grupo B Vitória (1º lugar no Baiano 2017) – R$ 1 milhão de cota ABC (1º no RN) – R$ 850 mil Ferroviário-CE (2º no CE) – R$ 775 mil Globo-RN (2º no RN) – R$ 750 mil (somando a seletiva)
Tentando aumentar o seu recorde, de quatro conquistas, o Vitória entra com mudanças em relação ao que disputou o Brasileiro, dispensando alguns medalhões e vendendo David (R$ 8 milhões). Como terminou em 16º na Série A nos últimos dois anos, a medida é compreensível. Na briga pela segunda vaga, o ABC tem mais lastro (técnico e financeiro), apesar do descenso à terceirona – Ferrim (de volta após 19 anos) e Globo correm bem por fora.
Pitaco do blog sobre os classificados: Vitória (1º) e ABC (2º)
Tabela do grupo B
16/01 (21h45) – Globo x Vitória (Manoel Barretto) 17/01 (19h00) – Ferroviário x ABC (Presidente Vargas) 31/01 (19h00) – ABC x Globo (Frasqueirão) 01/02 (21h15) – Vitória x Ferroviário (Barradão) 10/02 (16h00) – ABC x Vitória (Frasqueirao) 21/02 (18h00) – Ferroviário x Globo (Presidente Vargas) 10/03 (18h15) – Globo x Ferroviário (Manoel Barretto) 11/03 (19h00) – Vitória x ABC (Barradão) 20/03 (22h00) – Globo x ABC (Manoel Barretto) 21/03 (19h00) – Ferroviário x Vitória (Presidente Vargas) 27/03 (22h00) – Vitória x Globo (Barradão) 27/03 (22h00) – ABC x Ferroviário (Frasqueirão)
Grupo C Bahia (2º lugar no Baiano 2017) – R$ 1 milhão de cota Botafogo (1º na PB) – R$ 850 mil Altos (1º no PI) – R$ 775 mil Náutico-PE (4º em PE) – R$ 750 mil (somando a seletiva)
Com o maior orçamento da região em 2018, R$ 119 milhões, o Bahia entra como franco favorito ao título regional – com o tetra, se igualaria ao rival. O tricolor vendeu algumas de suas principais peças (Jean e Juninho Capixaba) e juntou a mais dinheiro, com a formação em andamento. Na briga pela segunda vaga, uma possível disputa polarizada entre Botafogo e Náutico, futuros adversários na Série C. O time paraibano trouxe algumas peças de maior experiência e técnica, como o meia Marcos Aurélio.
Pitaco do blog sobre os classificados: Bahia (1º) e Botafogo (2º)
Tabela do grupo C
17/01 (19h00) – Náutico x Altos (Arena PE) 18/01 (21h15) – Bahia x Botafogo (Fonte Nova) 30/01 (21h45) – Altos x Bahia (a definir) 08/02 (19h00) – Botafogo x Náutico (Almeidão) 22/02 (18h00) – Botafogo x Altos (Almeidão) 22/02 (20h15) – Bahia x Náutico (Fonte Nova) 10/03 (16h00) – Náutico x Bahia (Arena PE) 12/03 (21h30) – Altos x Botafogo (a definir) 20/03 (22h00) – Bahia x Altos (Fonte Nova) 22/03 (21h15) – Náutico x Botafogo (Arena PE) 27/03 (22h00) – Altos x Náutico (a definir) 27/03 (22h00) – Botafogo x Bahia (Almeidão)
Grupo D Ceará (1º lugar no Cearense 2017) – R$ 1 milhão de cota Sampaio Corrêa (1º no MA) – R$ 850 mil Salgueiro (2º em PE) – R$ 775 mil CSA-AL (2º em AL) – R$ 750 mil (somando a seletiva)
De volta ao Brasileirão, o Vozão só deve investir pesado neste ano a partir de abril, no início do nacional. Ainda assim deve ter, no mínimo, a terceira maior folha desta Lampions, com o reforço de nomes como Felipe Azevedo (atacante) e Juninho (volante). Ao carcará, com boa sequência de participações, a missão é difícil após a drástica mudança do elenco – manteve a base por anos. Com dois acessos seguidos, o CSA aparece bem cotado.
Pitaco do blog sobre os classificados: Ceará (1º) e CSA (2º)
Tabela do grupo D
16/01 (21h45) – Salgueiro x Ceará (Cornélio de Barros) 18/01 (21h15) – CSA x Sampaio Corrêa (Rei Pelé) 30/01 (21h45) – Ceará x CSA (Castelão-CE) 07/02 (19h00) – Sampaio Corrêa x Salgueiro (Castelão-MA) 15/02 (21h15) – CSA x Salgueiro (Rei Pelé) 20/02 (21h00) – Sampaio Corrêa x Ceará (Castelão-MA) 10/03 (16h00) – Ceará x Sampaio Corrêa (Castelão-CE) 10/03 (20h30) – Salgueiro x CSA (Cornélio de Barros) 20/03 (22h00) – CSA x Ceará (Rei Pelé) 22/03 (19h00) – Salgueiro x Sampaio Corrêa (Cornélio de Barros) 29/03 (19h00) – Ceará x Salgueiro (Castelão-CE) 29/03 (19h00) – Sampaio Corrêa x CSA (Castelão-MA)
Ao site da FPF, o presidente da entidade, Evandro Carvalho, deu um depoimento sobre a expectativa para o Campeonato Pernambucano de 2018, programado entre 17 de janeiro e 8 de abril, com 63 partidas.
A seguir, as aspas do dirigente e em negrito as observações do blog.
“Tenho certeza de que esta será uma das edições mais emocionantes do campeonato. Primeiro porque nós conseguimos restabelecer e restaurar, devido a nova interpretação da legislação, a disponibilidade de datas.” A tal interpretação da legislação foi a única saída para possibilitar jogos com intervalos abaixo de 66 horas, o recomendado pela CBF. Como consequência forçou o calendário. O blog já detalhou a agenda do Trio de Ferro, com apresentações em menos de 24 horas ou até duas partidas – de torneios diferentes – agendadas para o mesmo dia!
“Então, poderemos fazer um campeonato com datas que permite que o Trio de Ferro visite o interior, que essas equipes joguem com as cidades do interior do estado. Segundo, nós temos uma dado importantíssimo e que orgulha o nosso Pernambucano, nós temos estádios no interior em ótimas condições.” Ao menos os times da capital voltam, de fato, a pegar a BR-232, mas o otimismo do dirigente acerca dos campos soa exagerado. O Vitória, por exemplo, não jogará no Carneirão, em péssimo estado – deve mandar seus jogos na Arena Pernambuco. O Belo Jardim corre contra o tempo para deixar o Mendonção em condições, o que não conseguiu em 2017. Nos demais palcos no interior (5), pequenas reformas e gramados irrigados entre outubro e janeiro.
“E terceiro, nós temos um modelo de competição inusitado – nós teremos uma única partida nas quartas de final e nas semifinais. Então, um clube grande que não for bem pode perder a chance de ir para a final.” Pela primeira vez na história o torneio local terá a fase quartas de final. Embora a fórmula com mais disputas eliminatórias possa ser uma alternativa para os Estaduais, por outro a edição de 2018 classificará 8 dos 11 participantes. É muita coisa, podendo comprometer a intensidade das equipes nas 11 rodadas do turno – a vantagem seria terminar no G4, restando, na prática, uma vaga.
“Made in Nordeste” “O Nordeste merece” “Sangue tipo NE”
A cada ano a Copa do Nordeste ganha um novo slogan, estampado na bola oficial da competição. Em 2018, na 5ª versão da bola Asa Branca, a Topper utilizou a base do design anterior, nas cores branco e azul, mas com a nova identidade visual dos textos presentes, com o destaque sanguíneo.
Em 2013, quando a Lampions voltou ao calendário nacional, a bola oficial foi produzida pela Nike, com a mesma versão utilizada nas demais competições organizadas pela CBF. A partir do ano seguinte, a Liga do Nordeste passou a negociar com as fabricantes, visando um modelo exclusivo. Daí o nome Asa Branca, eleito numa votação popular que ainda teve Maria Bonita e Arretada como opções. Do contrato firmado com a Penalty saíram três versões, fabricadas em Itabuna, no interior baiano. Em 2016, entretanto, a Asa Branca 3 acabou saindo de cena, mesmo após a apresentação oficial. Com um “contrato mais vantajoso”, como limitou-se a dizer a liga na ocasião, a Umbro ocupou o lugar. Porém, com uma bola genérica, sem traços regionais. Em 2017, a situação foi amarrada de uma forma melhor, com a Topper.
A produção é estimada em cerca de 420 bolas, visando 62 partidas, a partir da fase de grupos, em 16/01 – na seletiva foi um modelo da Nike. Na decisão, em 10/07, será feita uma versão especial, com os escudos dos finalistas.
Representantes pernambucanos: Salgueiro, Santa Cruz e Náutico.
Abaixo, relembre todas as bolas oficiais do Nordestão. Qual a mais bonita?
Em 1h20 de gravação, em Aldeia, onde o Santa Cruz vem fazendo a preparação para a temporada de 2018, Júnior Rocha analisou o seu início de trabalho e as metas do tricolor, sendo o segundo nome anunciado ma gestão de Constantino Júnior, presidente no triênio 2018-2020. Abrindo o terceiro ano da série do podcast 45 minutoscom os treinadores dos grandes clubes da capital, o gaúcho de 36 anos detalhou a transição (atacante/técnico), a montagem do elenco coral com recurso escasso e as suas propostas de jogo.
A entrevista com Júnior Rocha foi conduzida pelos jornalistas João de Andrade Neto, Lucas Fitipald e Rafael Brasileiro. Ouça!
Em 2017, o Sport disputou dois jogos num intervalo de apenas 26 horas, 40 a menos da recomendação da CBF. Na ocasião, os jogos contra Campinense (Nordestão) e Salgueiro (Estadual) só aconteceram após um acordo com o clube, que aceitou escalar times distintos – contra o carcará, foram utilizados 14 atletas abaixo de 20 anos, entre titulares e reservas. Aquele cenário esdrúxulo, reflexo dos cinco torneios simultâneos com a presença do rubro-negro, será repetido em 2018. E numa escala ainda maior. Com o calendário apertado por causa da Copa do Mundo, a FPF, a Liga do Nordeste e a CBF tiveram que costurar uma agenda com partidas bem próximas. Algumas no mesmo dia. Um nó difícil de ser desatado, apesar da exceção criada pela federação pernambucana para autorizar sequências do tipo – trecho acima. Que não esperem uma elevação do nível técnico do futebol…
A seguir, os calendários do Trio de Ferro até o início do Campeonato Brasileiro, com a cor amarela marcando jogos com menos de 50 horas de intervalo e a cor vermelha marcando as piores possibilidades nos calendários de cada time, com menos 24 horas ou até jogos na mesma data.
Náutico (12 a 28 jogos em 94 dias; média de até 1 jogo/3,3 dias) 08/01 (20h00) – Itabaiana 0 x 0 Náutico (Etelvino Mendonça) 13/01 (16h00) – Náutico x Itabaiana (Arena PE) – Nordestão 17/01 (19h00) – Náutico x Altos (Arena PE) – Nordestão* 19/01 (20h00) – Náutico x América (Arena PE) – Estadual 21/01 (16h00) – Central x Náutico (Lacerdão) – Estadual 24/01 (21h30) – Náutico x Sport (Arena PE) – Estadual 28/01 (16h00) – Vitória x Náutico (a definir) – Estadual 31/01 (20h30) – Cordino-MA x Náutico (a definir) – Copa do Brasil 03/02 (20h00) – Pesqueira x Náutico (Joaquim de Brito) – Estadual 06/02 (20h00) – Náutico x Salgueiro (Arena PE) – Estadual 08/02 (21h15) – Botafogo x Náutico (Almeidão) – Nordestão* 14/02– Copa do Brasil (2ª fase) 17/02 (18h30) – Santa Cruz x Náutico (Arruda) – Estadual 20/02 (20h00) – Náutico x Afogados (Arena PE) – Estadual 22/02 (20h15) – Bahia x Náutico (Fonte Nova) – Nordestão* 26/02 (20h00) – Náutico x Flamengo (Arena PE) – Estadual 28/02 – Copa do Brasil (3ª fase, ida) 07/03 (20h00) – Belo Jardim x Náutico (Mendonção) – Estadual 10/03 (15h00) – Náutico x Bahia (Fonte Nova) – Nordestão* 11/03 – Estadual (quartas de final) 14/03 – Copa do Brasil (3ª fase, volta) 18/03 – Estadual (semifinal) 22/03 (20h15) – Náutico x Botafogo (Arena PE) – Nordestão * 27/03 (21h00) – Altos x Náutico (a definir) – Nordestão* 01/04 – Estadual (final, ida) 04/04 – Copa do Brasil (4ª fase, ida) 08/04 – Estadual (final, volta) 11/04 – Copa do Brasil (4ª fase, volta), ou 18/04 15/04 – Série C (estreia) * Se passar da fase preliminar do Nordestão
Santa Cruz (17 a 26 jogos em 86 dia; média de até 1 jogo/3,3 dias) 16/01 (22h00) – Confiança x Santa Cruz (Batistão) – Nordestão 18/01 (20h00) – Santa Cruz x Vitória (Arruda) – Estadual 21/01 (16h00) – América x Santa Cruz (Ademir Cunha) – Estadual 25/01 (20h00) – Santa Cruz x Central (Arruda) – Estadual 31/01 (21h30) – Flu-BA x Santa Cruz (Joia) – Copa do Brasil 03/02 (20h00) – Salgueiro x Santa Cruz (Cornélio de Barros) – Estadual 06/02 (22h00) – Santa Cruz x Treze/Cordino (Arruda) – Nordestão 07/02 (21h30) – Afogados x Santa Cruz (Vianão) – Estadual 14/02 – Copa do Brasil (2ª fase) 17/02 (18h30) – Santa Cruz x Náutico (Arruda) – Estadual 20/02 (21h00) – Santa Cruz x CRB (Arruda) – Nordestão 21/02 (20h00) – Flamengo x Santa Cruz (Áureo Bradley) – Estadual 25/02 (16h00) – Santa Cruz x Pesqueira (Arruda) – Estadual 28/02 – Copa do Brasil (3ª fase, ida) 04/03 (16h00) – Santa Cruz x Belo Jardim (Arruda) – Estadual 07/03 (21h45) – Sport x Santa Cruz (Ilha do Retiro) – Estadual 10/03 (15h00) – CRB x Santa Cruz (Rei Pelé) – Nordestão 11/03 – Estadual (quartas de final) 14/03 – Copa do Brasil (3ª fase, volta) 18/03 – Estadual (semifinal, ida) 22/03 (18h00) – Treze/Cordino x Santa Cruz (a definir) – Nordestão 29/03 (20h15) – Santa Cruz x Confiança (Arruda) – Nordestão 01/04 – Estadual (final, ida) 04/04 – Copa do Brasil (4ª fase, ida) 08/04 – Estadual (final, volta) 11/04 – Copa do Brasil (4ª fase, volta), ou 18/04 15/04 – Série C (estreia)
Sport (11 a 20 jogos em 85 dias; média de até 1 jogo/4,2 dias) 17/01 (21h30) – Flamengo x Sport (Áureo Bradley) – Estadual 20/01 (18h30) – Sport x Afogados (Ilha do Retiro) – Estadual 24/01 (21h30) – Náutico x Sport (Arena PE) – Estadual 28/01 (16h00) – Sport x Pesqueira (Ilha do Retiro) – Estadual 04/02 (16h00) – Central x Sport (Lacerdão) – Estadual 07/02 (18h30) – Santos-AP x Sport (Zerão) – Copa do Brasil 18/02 (16h00) – Sport x América (Ilha do Retiro) – Estadual 21/02 (21h45) – Belo Jardim x Sport (Mendonção) – Estadual 21/02 – Copa do Brasil (2ª fase) 24/02 (18h30) – Sport x Vitória (Ilha do Retiro) – Estadual 28/02 – Copa do Brasil (3ª fase, ida) 04/03 (16h00) – Salgueiro x Sport (Cornélio de Barros) – Estadual 07/03 (21h45) – Sport x Santa Cruz (Ilha do Retiro) – Estadual 11/03 – Estadual (quartas de final) 14/03 – Copa do Brasil (3ª fase, volta) 18/03 – Estadual (semifinal) 01/04 – Estadual (final, ida) 04/04 – Copa do Brasil (4ª fase, ida) 08/04 – Estadual (final, volta) 11/04 – Copa do Brasil (4ª fase, volta), ou 18/04 15/04 – Série A (estreia)
A cada ano, as direções executivas dos clubes de futebol precisam aprovar os orçamentos previstos junto aos respectivos conselhos deliberativos. Trata-se de uma estrutura histórica dos times tradicionais do país. No balanço, entram receitas e despesas, projetando cenários com superávit ou até mesmo déficit. Os cálculos para o faturamento contam cotas de televisão, renda dos jogos, patrocínios, mensalidade de sócios etc. São muitas variáveis, incluindo premiações em competições e negociação de jogadores. Mas, ainda assim, é preciso estabelecer um norte para a gestão seguinte. Portanto, considerando as estimativas dos sete maiores clubes da região, chega-se a R$ 437.813.882, com 75,4% concentrado no trio de cotistas da TV. Se os dados finais desta temporada serão maiores ou menores do que as previsões, saberemos apenas em abril de 2019, na divulgação dos sete balanços fiscais.
Em tempo: no Rio, os conselheiros do Flamengo aprovaram R$ 477 milhões.
Previsões do G7 em 2018 (atualizadas em 05/03, após aprovação do Vitória):
R$ 119.759.757 – Bahia (aprovado em 20/12/2017) R$ 108.382.297 – Sport (aprovado em 09/01/2018) R$ 102.000.000 – Vitória (aprovado em 01/03/2018) R$ 55.000.000 – Ceará (aprovado em 27/12/2017) R$ 24.000.000 – Fortaleza (aprovado em 06/12/2017) R$ 14.671.828 – Náutico (aprovado em 15/01/2018) R$ 14.000.000 – Santa Cruz (em discussão, com votação até 31/03/2018)
Abaixo, observações e dados sobre cada uma das previsões de orçamento. Curiosamente, os dois clubes com as maiores previsões orçamentárias também consideraram déficit no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro, sendo R$ 15,91 mi no Sport e R$ 14,94 mi no Bahia.
Bahia (119 milhões) – O tricolor soteropolitano deve se manter no patamar entre 110 e 120 milhões de reais pelo terceiro ano seguido. Na previsão de 2018, surpreende o repasse pelos direitos de transmissão na tevê, com R$ 69,1 milhões – incluindo todas as plataformas, com o pay-per-view cada vez mais importante. Com bilheteria, o clube projeta cerca de R$ 16 milhões, valor ainda modesto se comparado a clubes do mesmo porte em outras regiões. Com cinco torneios no ano, o Baêa considerou campanhas bem modestas para a proposta, com quartas de final do Nordestão (basta passar da fase de grupos), oitavas da Copa do Brasil (já estreia nesta fase, diga-se), 16º lugar na Série A (a última posição acima do Z4) e a primeira fase da Sul-Americana (onde enfrenta o Blooming, da Bolívia). O clube também considerou para a receita a venda de jogadores, R$ 7 milhões. Porém, o dado já foi alcançado nas transações de Jean (9 mi), Juninho Capixaba (6 mi) e Rômulo (1 mi).
Sport (108 milhões) – Inicialmente, a proposta do executivo leonino foi rechaçada pelo conselho deliberativo. Previa um déficit de R$ 15 milhões. Numa segunda reunião, o orçamento previa o mesmo saldo negativo, assim como a antecipação de parte da cota de 2019, mas foi aprovado pelos conselheiros. A diferença está na venda de jogadores (Diego Souza e Régis, já confirmados), equalizando a situação caso o time não obtenha resultados significativos nos campeonatos nacionais, as duas únicas fontes de receita via competitividade. E as metas foram bem elevadas durante a apresentação – ainda que as campanhas não sejam determinantes para o dado bruto. O Sport projeta as quartas na Copa do Brasil – ou seja, disputaria seis fases, acumulando R$ 10,8 milhões – e a 6ª colocação na Série A (2,7 mi). Neste século, o clube só alcançou duas vezes as quartas da copa nacional e uma vez o patamar da classificação almejada no Brasileirão. Meta fora da curva.
Vitória (102 milhões*) – No fim de 2017, a direção do leão da barra, encerrando a gestão, apresentou uma previsão de R$ 94 milhões paro ano seguinte, vetada pelo conselho. Embora o clube já tenha arrecadado mais (R$ 111 milhões em 2016), o valor foi considerado fora da realidade na ocasião, a partir dos contratos existentes. Um novo plano orçamentário ficou agendado para março, já com o novo presidente. De forma emergencial, o conselho aprovou um orçamento de R$ 16 milhões para janeiro e fevereiro. Com vendas milionárias (David e Tréllez), o resultado foi enfim aprovado, saltando para R$ 102 mi, como informou o jornal Correio*.
Ceará (55 milhões) – O contrato do vozão com a Rede Globo, visando a Série A, é de R$ 28 milhões, o que corresponde a 50,9% de todo o orçamento anual. Por sinal, o valor é recorde considerando os ‘não cotistas’ da região – com 55 mi, dado apurado pelo jornal O Povo, o clube superaria os 48 milhões faturados pelo Náutico em 2013. Com isso, prevê uma folha de R$ 2,2 milhões no Brasileirão, também recorde no clube.
Fortaleza (24 milhões) – O tricolor alencarino também projeta uma receita recorde, embora seja menos da metade do maior rival, mas sem premiações, pois não tem qualquer benesse do tipo no Estadual e na Série B – seus únicos torneios no ano. Com os 19 jogos como mandante no Brasileiro, projeta a sua maior bilheteria na década, além de receitas mensais extras, segundo o Diário do Nordeste, como o sócio-torcedor (R$ 350 mil), Caixa (R$ 200 mil – ainda não confirmada) e Timemania (R$ 200 mil – apenas para tributos fiscais).
Náutico (14 milhões) – Em dezembro, o alvirrubro aprovou parcialmente o orçamento de 2018, agendando para 15 de janeiro a deliberação completa, com receitas e despesas. Pela apresentação original, a receita ficaria entre 15,0 mi e 16,2 mi, mas o dado aprovado pelo conselho fiscal acabou sendo menor, 14,6 mi. Com a confirmação da agenda do clube (Estadual, Nordestão, Copa do Brasil e Série C), a folha do futebol foi estipulada em R$ 200 mil, a menor do G7 – tendo a possibilidade de um leve aumento na terceirona.
Santa Cruz (14 milhões) – Dois anos após o maior faturamento de sua história (R$ 36 milhões, sendo o 4º da região em 2016), o tricolor projeta o menor orçamento de 2018 entre os principais clubes nordestinos. Contudo, é o único clube cujo valor ainda não foi discutido no conselho. A direção executiva tem o prazo mais longo até a aprovação do CD (fim de março), até mesmo pelo início do novo triênio (2018-2020). Em elaboração, a planilha é baseada nos mesmos números de 2017, tendo como grande variável a campanha na Copa do Brasil, uma vez que no último ano o Santa estreou já nas oitavas (o que corresponde à 5ª fase). A folha deve ficar entre 200 mil e 250 mil reais, a menor do Arruda em cinco anos.
Confira os dados dos balanços fiscais do G7 de 2014 a 2017 clicando aqui.