As primeiras audiências do Nordestão (TV Jornal) e Estadual (Globo NE) em 2018

A primeira semana de transmissões de futebol em horário nobre no Recife, pela Copa do Nordeste e pelo Campeonato Pernambucano, apresentam dados com liderança na audiência televisiva. Sem surpresa. Inclusive considerando o desempenho em cada emissora neste início de temporada.

Indo além da discussão sobre qual torcida dá mais audiência, há um contexto importante. O jogo na terça (16/01) marcou a estreia da TV Jornal no regional, com exclusividade em sinal aberto. Utilizando um dia alternativo, para não concorrer com o futebol da Globo, claro, a emissora exibiu Confiança x Santa. Segundo o site Na Telinha, do UOL, o empate em Aracaju teve uma audiência média de 12 pontos, chegando a 15. Durante 50 minutos o jogo liderou na Região Metropolitana do Recife, segundo a Kantar Ibope Media – dado divulgado pelo próprio canal. Contudo, a pior audiência do Estadual 2017, com 13 jogos na tevê, foi de 20,9. Com uma diferença tão grande, como o índice da afiliada do SBT pode ter sido positivo? Devido à ‘entrega de audiência’. Quando o jogo começou, o medidor marcava 5 pontos. Ou seja, com o futebol ganhou mais 7, com picos de 10. E esse deve ser o ‘sarrafo’ da transmissão da Lampions neste primeiro momento – com seis jogos na primeira fase.

À parte da transmissão do regional após cinco anos, a Globo Nordeste iniciou a sua grade na quarta (17/01), com a abertura do PE registrando 25,1 pontos, superior ao dobro da TV Jornal. Um alcance de 1 milhão de telespectadores no Grande Recife. Ao contrário da concorrente, o futebol já chega com índice elevado, com a novela das nove (‘O outro lado do paraíso’) marcando 39,6 pontos na semana. Ou seja, enquanto a base de audiência da Globo é extremamente sólida, independentemente do produto (e o Estadual é inferior ao Nordestão), a TV Jornal precisará, sempre, se superar a cada transmissão. O que já aconteceu no futebol local. Em 1999, com a TV Pernambuco…

Confiança 1 x 1 Santa Cruz (Copa do Nordeste)
Data: 16/01 (21h45 )
Emissora: TV Jornal

Narrador: Aroldo Costa
Comentarista: Maciel Júnior

Audiência média no Grande Recife: 12,0 pontos
Alcance no Grande Recife: 433.836 telespectadores
Pico: 15,0 pontos
Alcance acumulando na RMR: 542.295 telespectadores

A transmissão de Confiança 1 x 1 Santa Cruz (16/01/2018) na TV Jornal. Crédito: reprodução

Flamengo de Arcoverde 0 x 0 Sport (Pernambucano)
Data: 17/01 (21h30)
Emissora: Globo Nordeste

Narrador: Rembrandt Júnior
Comentarista: Cabral Neto

Audiência média no Grande Recife: 25,1 pontos
Alcance no Grande Recife: 907.440 telespectadores
Pico: 29,4 pontos
Alcance acumulado na RMR: 1.065.300 telespectadores

A transmissão de Flamengo de Arcoverde 0 x 0 Sport (17/01/2018) na Globo Nordeste. Crédito: reprodução

Torneio Início, o festival de campeões de 1919 a 1981. De 20 a 60 minutos de jogo

Os campeões do Torneio Início do Campeonato Pernambucano (1919-1981). Arte: Cassio Zirpoli/DP

Em 1919, a Liga Pernambucana de Desportos Terrestres (LPDT), a precursora da FPF, instituiu o “Torneio Initium”, como forma de confraternização entre os clubes filiados no início da temporada. A ideia começava a ganhar corpo no país, com o Rio de Janeiro realizando desde 1916. No tal ‘festival da liga’, os times seriam apresentados ao público, um a um, num campo de futebol. Após o desfile, com direito à escolha da melhor apresentação, um rápido torneio jogado em uma tarde, envolvendo todos as equipes da primeira divisão. Como? Reduzindo o tempo da partida de 90 para apenas 20 minutos.

Na primeira edição, numa época em que os times adotavam a formação 2-3-5, participaram América, Torre, Flamengo do Recife, Náutico, Santa Cruz e Sport. Com o goleiro Ilo Just sendo apontado como o destaque, o tricolor faturou o primeiro Torneio Início do futebol local. Ao todo, seriam 63 edições, com dez campeões distintos. Através do acervo do Diario de Pernambuco, o blog traz algumas curiosidades sobre a competição oficial, extinta em 1981.

Ao fim dos 16 tópicos, a lista completa de campeões e vices.

Em tempo: não há previsão da FPF sobre uma reedição. Fica a história…

1) O Torneio Início ocorria integralmente em um estádio, de 3h a 6h de duração. Ao longo dos anos, passou pelos principais campos do Recife, como Avenida Malaquias, Jaqueira, Aflitos, Ilha do Retiro e Arruda.

2) A pioneira edição estava agendada para o antigo estádio do Sport, o Campo da Avenida Malaquias, mas a liga não concordou com o pedido do leão sobre a entrada franca para os seus associados. Então, o torneio acabou sendo levado para os Aflitos, já em posse do Náutico.

3) O formato consistia em eliminatórias com jogos únicos, boa parte a partir das quartas de final. Devido ao número flutuante de participantes, em alguns anos teve time largando já na semifinal.

4) O tempo de jogo seguia a regra básica de 20 minutos (dois tempos de 10), mas houve evolução. No fim dos anos 1940, a final tinha 30 minutos. Nos anos 1950, a decisão passou a ter 40. Não parou aí. Em 1967 (abaixo), houve uma prorrogação de 20 minutos, com a final chegando a uma hora!

O Torneio Início de 1967. Foto: Arquivo/DP

5) Sobre o critério de desempate, recorrente devido ao pouco tempo de jogo, nas duas primeiras décadas avançava o clube com mais escanteios a favor (!). Em 1948 já havia a disputa de pênaltis, mas com uma particularidade: cada time indicava um jogador, responsável pelas 5 cobranças.

6) O torneio passou a ser organizado pela federação em parceria com a Associação de Cronistas Desportivos (ACDP). Havia troféu para o campeão, para o vice e para o melhor desfile, além de homenagens pontuais. Também havia Torneio Início para a divisão suburbana e para o campeonato juvenil

7) Em 1943, Náutico e Santa Cruz não participaram – os jogadores ainda estavam de férias. Com isso, o América avançou de forma automática para a final. Descansado, enfrentou o Ferroviário (então chamado de ‘Great Western’), que já havia jogado 2x. E deu Mequinha, campeão com uma peleja.

Íbis campeão do Torneio Início de 1950. Foto: Arquivo/DP

8) O Íbis, o pior time do mundo, já fez a festa na abertura do futebol pernambucano. Não uma, mas duas vezes. Nas finais de 1948 e 1950 (acima), o pássaro preto bateu Náutico e Santa nos pênaltis.

9) Em 1961 (abaixo) e 1970, o Trio de Ferro caiu ainda nas quartas de final, nas maiores zebras do torneio. 

10) Em 1973 e 1980, Central e Náutico ganharam as respectivas disputas com a seguinte proeza: não marcaram gols no tempo normal. Ambos empataram os três jogos em 0 x 0, definindo nos pênaltis até a taça. Por outro lado, o timbu também detém o recorde de gols numa final: 5 x 1 em 1944.

A taça do Torneio Início de 1961, entregue ao campeão Ferroviário. Foto: Arquivo/DP

11) A última edição (abaixo) foi realizada no Arruda, em 1981, com apenas 5.002 pagantes. Em 14 de abril de 1982, o então presidente da FPF, Dilson Cavalcanti, apresentou a proposta de extinção no conselho arbitral. Os clubes deixaram a decisão com a FPF, que acabou (no Rio terminara em 1977).

12) E foi justamente na derradeira edição que ocorreu a única final entre dois times do interior, envolvendo as cidades de Caruaru e Serra Talhada.

13) Em 19 temporadas o campeão do Torneio Início também venceu o Campeonato Pernambucano. Eis a quantidade de ‘dobradinhas’: Sport 7, Santa 6, Náutico 4, América 1 e Torre 1. Entre 1930 e 1945 (16 anos), nenhum campeão do Torneio Início conquistou o Estadual do mesmo ano.

O Torneio Início de 1981, no Arruda. Foto: Arquivo/DP

14) Ao todo, 17 times disputaram a final do Torneio Início, com dez levando a taça – dois do interior, ambos de Caruaru (Central e Atlético). Os sete vices: Flamengo (4), Santo Amaro (2), Tramways (2), Portela (2), Encruzilhada (1), Asas (1) e Comercial (1), todos extintos. 

15) O histórico do Torneio Início traz uma lista de campeões bem mais equilibrada que a do Estadual, inclusive sobre finais disputadas: Sport 27 (18 títulos, 66% de aproveitamento), Santa 25 (12 títulos, 48%), Náutico 24 (14 títulos, 58%) e América 18 (11 títulos, 61%),

16) Em 21 oportunidades (apenas 1/3) um clássico decidiu o título, sendo 10 Clássicos das Multidões (Sport 6 x 4 Santa), 7 Clássicos das Emoções (Náutico 4 x 3 Santa) e 4 Clássicos dos Clássicos (Náutico 2 x 2 Sport).

Os campeões do Torneio Início do Campeonato Pernambucano (1919-1981). Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Os menores e maiores públicos dos clássicos do Recife, de 1 mil a 80 mil

Aflitos, Ilha do Retiro e Arruda

O primeiro clássico pernambucano foi disputado em 25 de julho de 1909, no antigo campo do British Club, com o Náutico vencendo o Sport por 3 x 1. Desde então, com o Santa entrando na disputa pouco tempo depois, a história do futebol local foi escrita em 1,6 mil clássicos. Frise-se que esses jogos só ganharam esta alcunha após a popularidade e o nível técnico ascendentes sobre os demais times da cidade – os tradicionais apelidos dos clássicos surgiram entre 1943 e 1953. Essa popularidade se refletiu ao longo dos anos em arquibancadas repletas, em lembranças de milhões de torcedores. Aflitos entupido, Ilha apinhada, Arruda lotado. Várias e várias vezes. Nostalgia à parte, nem sempre foi assim. Os clássicos também já foram disputados às moscas, em amistosos ou até mesmo em torneios oficiais – inclusive na era profissional. A partir da pesquisa de Carlos Celso Cordeiro, eis um balanço sobre os menores e maiores públicos dos três duelos pernambucanos.

Desde já, algumas ressalvas. Cerca de 1/3 dos clássicos não tiveram públicos divulgados (ou contabilizados), prática comum até os anos 1950. Sobre os critérios distintos ao longo dos anos, em relação à divulgação do borderô, o blog considerou o ‘público total’, com a soma entre pagantes e não pagantes – ocorre que nos anos 80, por exemplo, os jornais tinham como hábito informar apenas os pagantes. De toda forma, é possível relembrar as multidões.

Dados atualizados até 23 de janeiro de 2018

Clássico dos Clássicos
Menor: 1.697 – Sport 0 x 1 Náutico (07/09/1969), Ilha do Retiro (amistoso)
Maior: 80.203 – Náutico 0 x 2 Sport (15/03/1998), Arruda (Estadual)

No século XXI
Menor: 3.430 – Sport 1 x 1 Náutico (01/03/2017), Ilha do Retiro (Estadual)
Maior: 32.826 – Sport 1 x 0 Náutico (05/05/2010), Ilha do Retiro (Estadual)

Clássico das Multidões
Menor: 1.712 – Santa Cruz 2 x 2 Sport (07/12/1997), Arruda (amistoso)
Maior: 78.391 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (21/02/1999), Arruda (Estadual)

No século XXI
Menor: 5.517 – Santa Cruz 0 x 0 Sport (24/08/2016), Arena PE (Sula)
maior: 62.243 – Santa Cruz 0 x 1 Sport (15/05/2011), Arruda (Estadual)

Clássico das Emoções
Menor: 1.160 – Náutico 4 x 2 Santa Cruz (16/12/1962), Aflitos (amistoso)
Maior: 76.636 – Santa Cruz 1 x 1 Náutico (18/12/1983, Arruda (Estadual)

No século XXI
Menor: 2.238 – Náutico 1 x 1 Santa Cruz (10/07/2010), Aflitos (Nordestão)
Maior: 70.003 – Santa Cruz 0 x 2 Náutico (11/07/2001), Arruda (Estadual)

Os 5 menores públicos nos clássicos (geral)
1.160 – Náutico 4 x 2 Santa Cruz (16/12/1962), Aflitos (amistoso)
1.697 – Sport 0 x 1 Náutico (07/09/1969), Ilha do Retiro (amistoso)
1.712 – Santa Cruz 2 x 2 Sport (07/12/1997), Arruda (amistoso)
1.747 – Náutico 0 x 1 Sport (06/06/1976), Aflitos (Estadual)
1.905 – Náutico 1 x 1 Sport (16/06/2000), Aflitos (Estadual)

Os 5 maiores públicos nos clássicos (geral)
80.203 – Náutico 0 x 2 Sport (15/03/1998), Arruda (Estadual)
78.391 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (21/02/1999), Arruda (Estadual)
76.636 – Santa Cruz 1 x 1 Náutico (18/12/1983), Arruda (Estadual)
75.135 – Santa Cruz 1 x 2 Sport (03/05/1998), Arruda (Estadual)
74.280 – Santa Cruz 2 x 0 Sport (18/07/1993), Arruda (Estadual)

Com 4 passagens no Santa, Grafite revela aposentadoria. Executivo coral em breve?

Grafite em ação no Santa Cruz. Foto: Santa Cruz/site oficial

Foram quatro passagens no Arruda: 2001, 2002, 2015/2016 e 2017. Com a camisa 23, o centroavante Grafite viveu todos os momentos possíveis no Santa. No topo, os dois títulos em uma semana, Nordestão (a maior conquista do clube) e Estadual, eleito em ambos como o craque do torneio, além do acesso à Série A, quando chegou, em 2015, como a maior contratação coral. Para esquecer, os três rebaixamentos. Ao todo foram 123 partidas, com 50 gols marcados, dos quais 18 no Brasileirão. No geral, média de 0,40 por jogo.

Aos 38 anos, havia a expectativa de mais algum tempo no futebol, até pelo objetivo particular de não sair num momento tão ruim, nas palavras do próprio Grafa. No entanto, avaliando a questão física, sobre o quanto ainda poderia render, mesmo atuando na Série C, o jogador resolveu pendurar as chuteiras, em comunicado publicado pelo clube. É difícil escolher a hora de parar.

Alguns trechos do comunicado:
“Cheguei à conclusão de que não conseguiria ajudar da maneira que o clube necessita e espera de mim. Penso que posso ser muito mais útil ajudando em algumas situações fora dos gramados”

“Dentro do gramado, encerro minha participação e guardo na memória os momentos de conquista e de alegria vestindo a camisa coral. Foi uma honra defender essas cores e ter o apoio de uma torcida tão marcante e apaixonada”

Nota-se que a história não acabou. Então, Grafa como executivo? De fato, ele tem experiência internacional e trânsito em mercados. Não surpreenderia…

Grafite no Santa Cruz
2001 – 22 jogos, 5 gols
2002 – 15 jogos, 11 gols
2015 – 15 jogos, 7 gols
2016 – 56 jogos, 24 gols
2017 – 15 jogos, 3 gols

Total – 123 jogos, 50 gols

Os 27 nomes para a formação da seleção Pernambuco Legends, via votação aberta

Os nomes do Pernambuco Legends 2018

As opções, pela ordem: Adriano, César, Josué, Marlon e Sandro; Ailton (atacante), Chiquinho, Juninho Pernambucano, Albérico e Bosco; Ailton (meia), Givaldo, Nildo e Rodolpho; Araújo, Dênis Marques, Kuki, Osmar e Zé do Gol; Carlinhos Bala, Dutra, Lúcio, Russo e Zé do Carmo; Nereu Pinheiro, Dário, Givanildo Oliveira, Lúcio Surubim e Juninho Petrolina

Em 14 de abril, na Arena PE, o Barcelona Legends enfrentará o Pernambuco Legends. Um duelo entre o master do catalão e uma equipe com veteranos de destaque nos clubes locais. Todos aposentados ou quase isso, casos do meia Ailton e do atacante Dênis Marques, até pouco tempo erguendo taças no Sport (NE 2014) e no Santa Cruz (PE 2012 e 2013), respectivamente. À parte da formação espanhola, que cabe ao Barça, o escrete pernambucano tem votação aberta no site do evento – o ex-jogador não precisa ter nascido no estado, mas, no mínimo, se destacado aqui. Para votar, clique aqui.

Ao todo são 27 jogadores, entre 33 anos e 56 anos, sendo Zé do Carmo o mais velho, embora preencha todos os requisitos para fazer parte do ‘Pernanbuco Legends’. Por sinal, eis o resumo oficial sobre a pré-seleção:

“Das lendas e personagens do futebol brasileiro, aqueles que marcaram história em times do estado, nordestinos, do Brasil e no exterior. Sempre com títulos, gols, defesas, raça e muitas memórias. E você que escalará as estrelas da casa. A Seleção de Pernambuco, a Cacareco, mais uma vez representará o Brasil”

Abaixo, as opções de cada setor, com idade e passagens locais. Embora a votação só permita um clique por opção, parece óbvia a escalação de dois zagueiros. Logo, fica a dúvida entre dois meias (4-4-2) ou dois pontas (4-3-3).

Goleiro – Bosco (43 anos; Sport), Albérico (46; Náutico e Sport) ou Rodolpho (36; Náutico) 

Lateral-direito – Russo (41; Central, Santa e Sport), Givaldo (47; Náutico e Sport) ou Osmar (35; Santa e Sport) 

Zagueiros – César (37; Santa e Sport), Adriano (44; Santa e Sport), Sandro Barbosa (44; Santa e Sport) ou Lúcio Surubim (48; Náutico) 

Lateral-esquerdo – Dutra (44; Santa e Sport) ou Lúcio (38; Náutico, Salgueiro e Santa) 

Primeiro volante – Josué (38; Porto), Dário (45; Santa e Sport), Zé do Carmo (56; Santa) 

Segundo volante – Aílton (33; Central, Náutico e Sport) ou Nildo (42; Náutico, Santa e Sport) 

Meio-campo – Juninho Pernambucano (42; Sport), Chiquinho (42; Sport) ou Juninho Petrolina (43; Náutico, Santa e Sport) 

Centroavante – Kuki (46; Náutico e Santa), Aílton (44; Santa), Marlon (55; Santa) ou Zé do Gol (42; Santa – observação na caixa de comentários) 

Ponta – Araújo (40; Porto, Central e Náutico), Dênis Marques (37; Santa) ou Carlinhos Bala (38; América, Náutico, Santa e Sport) 

Treinador – Nereu Pinheiro (68) ou Givanildo Oliveira (69)

Time do blog (4-3-3, mensurando representatividade e destaque local): Bosco; Russo, César, Sandro e Lúcio; Zé do Carmo, Nildo e Juninho Pernambucano; Carlinhos Bala, Dênis Marques e Kuki. Técnico: Givanildo Oliveira

Atualização (27/02): Rivaldo, eleito o melhor do mundo em 1999, confirmou presença e jogará um tempo em cada time. Reforço e adversário de peso…

Qual seria a sua escalação a partir dos ‘convocados’? Comente

Com 2 rodadas, Estadual 2018 soma 18 mil torcedores e R$ 381 mil de bilheteria

Apenas 7.996 torcedores rodaram as catracas nos cinco jogos da 2ª rodada do Campeonato Pernambucano de 2018. Com média de 1,6 mil, o fim de semana conseguiu piorar o índice já ruim da abertura do torneio local, de 2 mil espectadores. Vale destacar que dois clubes, Acadêmica Vitória e Belo Jardim, mandaram os seus jogos em outras cidades, São Lourenço da Mata (Arena PE) e Pesqueira (Joaquim de Brito), a cerca de 40 quilômetros de suas sedes. Sem surpresa, os borderôs foram ínfimos, derrubando o balanço da competição – e assim deve continuar, pois os estádios Carneirão e Mendonção seguem vetados pela federação (gramado e infraestrutura).

Com os 3,3 mil espectadores na Ilha, no sábado, quase a mesma quantidade de Arcoverde, mas com 1/3 da bilheteria, os três grandes clubes da capital já atuaram como mandantes. Somando o trio de ferro, 8.610 torcedores em 3 partidas. Média de apenas 2.870. O início do futebol não empolgou….

O balanço de público e renda do Pernambucano 2018 após a 2ª rodada. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Os 5 maiores públicos
4.292 – Santa Cruz 1 x 1 Vitória (Arruda, 18/01 – 1ª rodada)
3.389 – Sport 2 x 0 Afogados (Ilha do Retiro, 20/01 – 2ª rodada)
3.000 – Flamengo 0 x 0 Sport (Áureo Bradley, 17/01 – 1ª rodada)
2.147 – Central 3 x 0 Náutico (Lacerdão, 21/01 – 2ª rodada)
1.824 – América 2 x 0 Santa Cruz (Ademir Cunha, 21/01 – 2ª rodada)

Balanço geral – 10 partidas
Público total: 18.119
Média: 1.811 pessoas
Arrecadação total: R$ 381.120
Média: R$ 38.112

Eis os borderôs da segunda rodada do campeonato estadual de 2018…

Sport 2 x 0 Afogados (Ilha do Retiro); 3.389 torcedores e R$ 57.425

Pernambucano 2018, 2ª rodada: Sport 2 x 0 Afogados. Foto: Lucas Fitipaldi/cortesia

Central 3 x 0 Náutico (Lacerdão); 2.147 torcedores e R$ 47.435

Pernambucano 2018, 2ª rodada: Central x Náutico. Foto: Central/twitter (@centraloficial)

América 2 x 0 Santa Cruz (Ademir Cunha); 1.824 torcedores e R$ 19.560

Pernambucano 2018, 2ª rodada: América x Santa Cruz. Foto: América/twitter (@america_pe)

Vitória 0 x 0 Salgueiro (Arena PE); 374 torcedores e R$ 4.320

Pernambucano 2018, 2ª rodada: Vitória x Salgueiro. Foto: cortesia

Belo Jardim 1 x 1 Flamengo (Joaquim de Brito); 262 torcedores e R$ 3.570

Pernambucano 2018, 2ª rodada: Belo Jardim x Flamengo de Arcoverde. Foto: Belo Jardim/instagram (@belojardim.fc)

Ranking dos pênaltis e das expulsões (2)

Não houve penalidade assinalada na segunda rodada do Pernambucano de 2018. Ou seja, em relação aos rankings atualizados pelo blog, apenas expulsões. Foram duas. Uma em Pesqueira, onde o volante Naldinho, que estreava pelo Flamengo, tomou o vermelho direto por uma cotovelada. Em Paulista, o lateral-direito Ítalo, do Santa tomou dois amarelos.

Vamos então às listas atualizadas após 10 partidas realizadas.

Pênaltis a favor (1)
1 pênalti – Central
Sem penalidade – Afogados, América, Belo Jardim, Flamengo, Náutico, Pesqueira, Salgueiro, Santa Cruz, Sport e Vitória

Pênaltis cometidos (1)
1 pênalti – Afogados
Sem penalidade – América, Belo Jardim, Central, Flamengo, Náutico, Pesqueira, Salgueiro, Santa Cruz, Sport e Vitória

Cartões vermelhos (4)
1º) América – 2 adversários expulsos; nenhum vermelho
2º) Central – 1 adversário expulso; nenhum vermelho
2º) Belo Jardim – 1 adversário expulso, nenhum vermelho
4º) Pesqueira – nenhuma expulsão
4º) Salgueiro – nenhuma expulsão
4º) Sport – nenhuma expulsão
4º) Vitória – nenhuma expulsão
8º) Flamengo – nenhuma adversário expulso; 1 vermelho
8º) Santa Cruz – nenhuma adversário expulso; 1 vermelho
8º) Afogados – nenhum adversário expulso; 1 vermelho recebido
8º) Náutico – nenhum adversário expulso; 1 vermelho recebido

Rankings anteriores,: 20092010201120122013201420152016 e 2017.

Resumo da 2ª rodada do Pernambucano

Pernambucano 2018, 2ª rodada: Central 3 x 0 Náutico (Léo Lemos/Náutico), Sport 2 x 0 Afogados (Williams Aguiar/Sport) e América 2 x 0 Santa Cruz (Peu Ricardo/DP)

Se a rodada de abertura do Campeonato Pernambucano de 2018 foi marcada pelo número de empates, 4, a segunda tem com marca a quebra de tabus. Em Paulista, na região metropolitana, o Mequinha derrubou acabou com um jejum de 28 anos (23 jogos) diante do Santa. Em Caruaru, no agreste, a Patativa voltou a derrotar o Náutico após 5 temporadas (9 jogos). Com isso, as dois clubes (tradicionais) figuram na parte de cima da tabela, com o alvinegro na liderança devido ao saldo. No restante da classificação, a mesma situação da primeira rodada, com critério de cartões, vermelhos e amarelos, decidindo as posições. Portanto, Belo Jardim (0V e 2A), Vitória (0V e 4A) e Flamengo (1V e A) em 5º, 6 e 7º. Abaixo, empates em todos os critérios – restando o sorteio. Salgueiro e Pesqueira com 0V e 2A e Afogados e Santa com 1V e 3A.

A rodada, na qual o Pesqueira folgou, levou apenas 7.996 torcedores aos estádios, com média de 1.559, abaixo da rodada passada. Quanto à artilharia, Caxito (América) e Willian Gaúcho (Náutico) lideram com 2 gols.

Sport 2 x 0 Afogados – O leão precisou de 145 minutos para marcar o seu primeiro gol na competição. Na Ilha, só foi efetivo no segundo tempo, após as mudanças de Nelsinho. Thomás e Gabriel entraram no intervalo e marcaram

América 2 x 0 Santa Cruz – Ao ficar com um homem a mais, aos 4/2T, o alviverde conseguiu armar bons ataques pelo lado direito da defesa coral. Com o excesso de jogos, e mudanças, o tricolor pouco fez. Resultado justo

Central 3 x 0 Náutico – Com 3 jogos num período de 86 horas, o timbu sucumbiu no 2T. Quanto ao alvinegro, o rendimento reflete os resultados da pré-temporada – 2 vitórias sobre times alagoanos. Patativa na liderança

Vitória 0 x 0 Salgueiro – Foi o segundo pior público da história da Arena PE (374), onde o tricolor de Vitória mandará os seus jogos nesta edição. O jogo também marcou a estreia do atual vice, ainda em branco (somando PE e NE)

Belo Jardim 1 x 1 Flamengo – O pior público do campeonato (262) com outro mandante forasteiro. Atuando no Joaquim de Brito, a 37 km de sua sede, o calango saiu atrás no placar, empatando numa falta aos 39/2T.

Destaque – Mauro Fernandes. Campeão estadual em 1998, o treinador está há bastante tempo fora do mercado. No Central, montou um time propositivo

Carcaça – Mandantes forasteiros. Se a média de público já não começou boa, só irá piorar com Vitória e Belo Jardim atuando em outras cidades

Próxima rodada (Flamengo folga)
24/01 (20h00) – Pesqueira x Vitória (Joaquim de Brito)
24/01 (20h00) – Salgueiro x América (Cornélio de Barros)
24/01 (20h00) – Afogados x Belo Jardim (Vianão) – FPF/internet
24/01 (21h30) – Náutico x Sport (Arena PE) – Globo
25/01 (20h00) – Santa Cruz x Central (Arruda) – Premiere

A classificação atualizada do turno do Estadual após a 2ª rodada.

A classificação do Pernambucano 2018 após a 2ª rodada. Crédito: Superesportes

América derruba tabu de 28 anos e vence o Santa, que perde pela 1ª vez em 2018

Pernambucano 2018, 2ª rodada: América x Santa Cruz. Foto: Peu Ricardo/DP

O América não vencia o Santa desde 12 de maio de 1990, quando fez 1 x 0 no Arruda. Desde então, a grande derrocada do alviverde, que chegou a ficar sem jogar profissionalmente em alguns anos. E quando entrou em campo viveu uma seca daquelas. Não por acaso, eram 23 jogos sem superar o tricolor, com quem, outrora, fazia o ‘Clássico da Amizade’. No Ademir Cunha, a casa do mequinha, o time se aproveitou da vantagem numérica no 2º tempo, após a expulsão do lateral-direito Ítalo, e forçou o ataque, cravando 2 x 0.

Assim, o América completou o rito de vitórias sobre os grandes nesta década, após o 4 x 2 sobre o Náutico, em 2011, e o 1 x 0 sobre o Sport, em 2016. Este resultado alivia a decepção do clube da Estrada do Arraial em relação à estreia, quando jogou lá e cá com o timbu, perdendo nos descontos. No lado coral, a maratona cobrou o seu preço. O ponta Augusto, titular na terça, na quinta e no domingo, sentiu a coxa e foi subsituído com apenas 16 minutos. Entrou Robinho Mota, que vinha entrando bem, não desta vez.

Pernambucano 2018, 2ª rodada: América x Santa Cruz. Foto: América/twitter (@america_pe)

Taticamente o cansaço também fez diferença. No gol, Tiago Machowski foi substituído por Ricardo Ernesto para melhorar o seu condicionamento físico. Com isso, mudou a saída de jogo do time, tendo bastante ligação direta. Já a posse de bola levemente maior (56%) não se traduziu em chances claras. O equilíbrio sumiu após o segundo amarelo tomado por Ítalo, com os corais questionando a primeira advertência. A partir dali, o América foi inteligente. Utilizou os espaços e abriu o placar aos 10, com Billy. Ainda mandou uma no travessão antes de ampliar, aos 23, com Thiago Bagagem. Sem qualquer reação efetiva, o visitante perdeu, além do tabu, a primeira partida em 2018.

Clássico da Amizade – América x Santa Cruz
316 jogos
196 vitórias tricolores (62,0%)
55 empates (17,4%)
64 vitórias alviverdes (20,2%)
1 resultado desconhecido (0,3%)

Pernambucano 2018, 2ª rodada: América x Santa Cruz. Foto: Peu Ricardo/DP

Ranking dos pênaltis e das expulsões (1)

Pernambucano 2018, 1ª rodada: Afogados 1 x 1 Central. Crédito: Rede Globo/reprodução

Pelo 10º ano consecutivo, o blog contabiliza os pênaltis marcados e os cartões vermelhos aplicados no Campeonato Pernambucano. Em 2018, como ocorre desde 2009, o levantamento analisa somente o turno principal. Mas, ao contrário do ‘hexagonal do título’, como vinha sendo, agora a fase principal engloba todos os participantes, fato ocorrido pela última vez em 2013.

Logo na primeira noite da 1ª rodada do torneio foi assinalada a 1ª penalidade, no estádio Vianão, em Afogados da Ingazeira. Aos 28 minutos do segundo tempo, o atacante Leandro Costa marcou para o Central, igualando o jogo com a coruja. No mesmo jogo teve a primeira expulsão da competição, também contra o Afogados. Nas demais partidas, apenas uma marcação alimentou a lista, com a expulsão de Camutanga, do Náutico (2 amarelos).

Pênaltis a favor (1)
1 pênalti – Central
Sem penalidade – Afogados, América, Belo Jardim, Flamengo, Náutico, Pesqueira, Salgueiro, Santa Cruz, Sport e Vitória

Pênaltis cometidos (1)
1 pênalti – Afogados
Sem penalidade – América, Belo Jardim, Central, Flamengo, Náutico, Pesqueira, Salgueiro, Santa Cruz, Sport e Vitória

Cartões vermelhos (2)
1º) Central – 1 adversário expulso; nenhum vermelho
1º) América – 1 adversário expulso; nenhum vermelho
3º) Belo Jardim – nenhuma expulsão
3º) Flamengo – nenhuma expulsão
3º) Pesqueira – nenhuma expulsão
3º) Salgueiro – nenhuma expulsão
3º) Santa Cruz – nenhuma expulsão
3º) Sport – nenhuma expulsão
3º) Vitória – nenhuma expulsão
10º) Afogados – nenhum adversário expulso; 1 vermelho recebido
10º) Náutico – nenhum adversário expulso; 1 vermelho recebido

Rankings anteriores,: 200920102011201220132014, 2015, 2016 e 2017.