Podcast 45 minutos (55º) – Vitórias de Santa, Sport e Central e revés alvirrubro

Um balanço completo dos times pernambucanos no Brasileiro, com as partidas de sexta a domingo, da Série A até a Série D. O destaque no novo 45 minutos é a análise dos triunfos de Santa, Sport e Central sobre Atlético Goianiense, Criciúma e Jacuipense, respectivamente. No fim, uma discussão sobre a nova pesquisa de torcida do Ibope.

O 55º podcast teve 1h25min de gravação. Estou na discussão com Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro.

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Classificação da Série A 2014 – 18ª rodada

Classificação da Série A 2014, na 18ª rodada. Crédito: Superesportes

Uma vitória importantíssima para o Leão seguir no pelotão de cima, podendo sonhar um pouco mais e distante do fantasma do rebaixamento. Com 28 pontos, supera a campanha de 2008, quando fez 27 pontos nas 18 primeiras rodadas. Agora, ierá enfrentar o São Paulo no Morumbi, o seu maor algoz como visitante.

Na liderança, o Cruzeiro ampliou a vantagem, de 7 para 8 pontos. Já tem assegurado o simbólico título do turno, que vale o Troféu Osmar Santos.

A 18ª rodada do representante pernambucano
07/09 – São Paulo x Sport (16h00)

Jogos em Sampa pela elite: 15 jogos e 15 vitórias tricolores…

O Sport ganhou o jogo no intervalo, contrariando um tabu no futebol

Série A 2014, 18ª rodada: Sport x Criciúma. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O Sport venceu o Criciúma neste domingo no intervalo, numa mexida.

Saída de Zé Mário e entrada de Patric.

O improdutivo meia havia sido acionado aos 9 minutos de jogos após uma (preocupante) lesão muscular de Diego Souza.

Não havia qualquer meritocracia naquela modificação. O jogador quase nada fez nas partidas nas quais entrou com a camisa rubro-negra.

Lento, facilmente desarmado e com pouco poder de finalização.

Para a surpresa de ninguém na Ilha, com 12 mil presentes (exceto na visão do técnico Eduardo Batista, claro), Zé Mário voltou a atuar mal.

No finzinho do primeiro tempo, o Tigre ainda mandou duas bolas na trave, deixando a torcida da casa ainda mais tensa. A vaia não foi pequena.

No intervalo, a bronca necessária e o reconhecimento tático. Tirar um jogador que já entrou no decorrer da partida é quase um tabu no futebol. Como se o atleta ficasse “queimado” por causa desse contexto.

Neste domingo, o treinador não podia ficar preso a esse estigma. E não ficou, optando por Patric, preterido para a entrada de Vitor na direita. Só que Patric voltou numa nova função…

Não é o jogador mais inteligente do mundo, mas tem volume de jogo e muita força. Faltava isso ao Sport, nada vibrante até ali.

Na volta para o segundo tempo, um novo perfil. Em dez minutos, jogo decidido.

Dois gols seguidos, com Neto Baiano (aleluia) e Danilo, 2 x 0.

No fim, aplausos. Foi a primeira vez que o Sport venceu por dois gols de diferença neste Brasileirão. Uma vitória construída no vestiário, com convicção.

Série A 2014, 18ª rodada: Sport x Criciúma. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Mapeamento de torcidas: Pernambuco (Ibope/2014)

Pesquisa de torcidas em Pernambuco, segundo o Ibope/Lance!, em 2014. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Foram ouvidas 7.005 pessoas na pesquisa nacional de torcidas realizada pelo Ibope, em parceria com o Lance!. No país, o índice de 2014 é um dos maiores da história. No entanto, ao dividir por estado, ampliando o quadro de números, o estudo acaba revelando um dado inferior a outros levantamentos. Alguns estados tiveram suas estatísticas reveladas. Entre eles, Pernambuco, com 300 entrevistados, de todas as classes de renda, escolaridade e idade.

Inúmeras pesquisas já foram feitas por aqui, mas nem sempre em todo o estado. Alguns institutos optam apenas pelo Recife. Outros vão um pouco mais longe, cobrindo a região metropolitana e seus 14 municípios. Numa abrangência máxima, poucos casos. Nas últimas três décadas, o blog encontrou sete pesquisas estaduais com a quantidade explícita de entrevistados. E a pesquisa do Ibope em 2014 foi, neste contexto, a de menor amostragem. Onze vezes menor que o levantamento do Instituto Maurício de Nassau, feito há cinco anos.

O novo estudo ficou abaixo até de pesquisas só na capital. Ponto fora da curva com isso? Não exatamente, mas quanto menor a amostragem, maior a chance de falha. Agora, a principal surpresa é a suposta força paulista, com o Corinthians à frente do Náutico e São Paulo e Palmeiras com mais torcedores do que o Flamengo. Historicamente, esses dados não batem. Na dianteira, uma maior e incomum aproximação do Santa em relação ao Sport.

Ibope / Pernambuco 2014
Período: 05/12/2013 a 14/02/2014
Público: 300 (nº de municípios não divulgado)
Margem de erro: 1,0%
População estimada (IBGE/2013): 9.208.551

1º) Sport – 26,3% (2.421.848)
2º) Santa Cruz – 24,0% (2.210.052)
3º) Corinthians – 7,3% (672.224)
4º) Náutico – 5,3% (488.053)
5º) São Paulo – 4,0% (368.342
6º) Palmeiras – 3,3% (303.882)
7º) Flamengo – 2,3% (211.796)

Sem clube – não divulgado
Outros times – não divulgado

Eis as pesquisas de torcida com amostragens divulgadas em Pernambuco.

Pesquisa de torcidas em Pernambuco de 1983 a 2014

Nos últimos três anos também foram realizadas quatro pesquisas no Recife e no Grande Recife, variando de 500 a 2.837 pessoas entrevistadas.

Enfim, a amostragem do Ibope com 300 pessoas foi baixa, mas como nem todas as pesquisas divulgam os seus dados estaduais, é provável que já tenha ocorrido um índice até inferior…

A imitação é o maior elogio que existe, até nos uniformes

Camisas de Sport (1999), Santa Cruz (2010), Boca Juniors (2005) e Independiente (2014)

Uma estratégia comum no mercado futebolístico para alavancar a venda de produtos oficiais é a criação de modelos alternativos.

Terceiro padrão, camisa para apenas um jogo, quarto padrão…

Seja pelo resgate histórico, pelo abuso do desing por um cor realmente diferente, de vez em quando o marketing passa da conta…

O caso mais recente é o do Independiente, conhecido como Rojo, vermelho. Pois bem, a Puma, fornecedora do clube, lançou um padrão azul.

Porém, azul é a cor do Racing, o outro time de Avellaneda. Ainda que tenha ficado parecida com o padrão reserva do rival, a ideia foi incompreensível ( elaboração e aprovação). Acredite, existem outros capítulos. Até no Recife…

Antes, ainda vale lembrar outro caso na Argentina, com o maior clássico do país.

Comemorando o centenário do Boca Juniors em 2005, a Nike lançou uma série de uniformes antigos. O de 1907, com a faixa diagonal, deixou a torcida nervosa na Bombonera. Como não ligar la banda àquela tradicional do River?

Na ocasião, a torcida do River disse: “A imitação é o maior elogio que existe”.

No clássico pernambucano das multidões, um “vacilo” de cada lado.

Em 1999, a Topper resgatou um padrão utilizado pelo Sport na década de 1970, quando a camisa branca tinha duas faixas horizontais, uma vermelha e outra preta. Com uma rivalidade bem mais acirrada, a nova versão boiou no mercado.

Mais recente, em 2010, a Penalty exagerou no tamanho da listra branca, quase invisível. Não por acaso, da arquibancada parecia outro time jogando…

Erros em 1999, 2005, 2010 e 2014. Não se engane. Vem mais por aí…

Camisas de Santa Cruz (2014), Sport (2014), River Plate (2014) e Racing (2014)

Podcast 45 minutos (54º) – Revés leonino na Sula e prognóstico na Série B

O revés do Leão na estreia da Copa Sul-Americana foi o tema principal da nova edição do 45 minutos. Além da análise sobre o público fraco e o desempenho ainda pior dos rubro-negros em campo, temos um debate sobre os jogos de Santa Cruz e Náutico na Série B, na sexta e no sábado, respectivamente.

O 54º podcast teve 1h22min de gravação. Estou na discussão com Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro.

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Da Libertadores 1988 à Sul-Americana 2014, os públicos com mando do Sport

Copa Sul-Americana, 2ª fase: Sport x Vitória. Foto: Thais Lima/DP/D.A Press

O clássico entre os rubro-negros nordestinos foi o 10º jogo do Sport como mandante em jogos internacionais oficiais. Considerando as duas participações na Libertadores e as duas na Sul-Americana, o clube pernambucano levou 193.533 torcedores aos seus jogos, com uma média acima de 19 mil pessoas.

O índice caiu justamente na estreia da Sula de 2014, em outro fato negativo, além do placar. Foi o pior público do Leão em seu histórico internacional, com apenas 6.025 pessoas no borderô oficial (falta do TCN? horário?). Até então, a menor assistência na arquibancada havia sido 16 de agosto de 1988, quando o time vinha de uma situação ruim no grupo 3 da Liberta. Foram 15.213 pagantes.

Pelo menos, aquela torcida presente há 26 anos viu a maior goleada do Sport em jogos internacionais: 5 a 0, com dois gols de Robertinho, dois de Nando e um de Edson. Bem diferente da frustrante estreia na Sula de 2014. Ao todo, foram nove apresentações na Ilha do Retiro e um na Arena Pernambuco.

Taça Libertadores da América
02/07/1988 – Sport 0 x 1 Guarani – 27.860
16/08/1988 – Sport 5 x 0 Alianza (PER) – 15.213
23/08/1988 – Sport 0 x 0 Universitario (PER) – 22.628
04/04/2009 – Sport 2 x 0 LDU (EQU) – 20.184
08/04/2009 – Sport 0 x 2 Palmeiras – 19.386
22/04/2009 – Sport 2 x 1 Colo Colo (CHI) – 20.050
12/05/2009 – Sport (1) 1 x 0 (3) Palmeiras – 28.487

Copa Sul-Americana
20/08/2013 – Sport 2 x 0 Náutico – 16.125
23/10/2013 – Sport 1 x 2 Libertad (PAR) – 17.575
28/08/2014 – Sport 0 x 1 Vitória – 6.025

Inoperante ofensivamente, o Sport cai na Ilha e complica sonho internacional

Copa Sul-Americana, 2ª fase: Sport x Vitória. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O Sport perdeu do expressinho do Vitória, lanterna do Brasileiro. Pois é.

Caiu em um jogo tido como prioridade há meses, no qual uma boa pontuação na Série A possibilitaria o foco na Copa Sul-Americana, na sua obsessão internacional.

A noite começou com a Ilha do Retiro bem morna, com um público aquém do esperado. Apenas 6.025 espectadores.

Em campo, a formação titular do leão pernambucano, já tendo Ibson de saída. Contudo, a equipe de Eduardo Batista (que grita por uma variação tática) não jogou futebol.

Quase não finalizou e cansou de dar espaço aos perigosos contragolpes baianos.

Em dez minutos de bola rolando foram logo dois. No segundo, o gol do jogo, com o experiente e técnico atacante Marcinho mandando na gaveta de Magrão.

A partir dali, a atuação de (quase) sempre, com o chutão, a palavra literal da “ligação direta”. Para isso, pesou o mau futebol dos volantes Wendel e Rithely.

Copa Sul-Americana, 2ª fase: Sport x Vitória. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

À frente, um Felipe Azevedo nulo. Saiu ainda no primeiro tempo. Diego Souza, ainda buscando um melhor condicionamento físico, entrou e melhorou o passe, mas foi escalado fora de sua função.

Também no ataque, Neto Baiano mandou uma trave. Até a sua luta em campo foi apática desta vez. Precisa chutar.

Enquanto isso, o visitante veio sem oito titulares, praticamente relegando a Sula. Mas jogou sério, dentro de suas limitações, e construiu uma ótima vantagem para a volta, na próxima quarta, no Barradão.

Derrotado por 1 x 0, o Sport será obrigado a vencer em Salvador. Por 1 x 0 para levar para os pênaltis ou qualquer outro placar para avançar diretamente.

Difícil mesmo parece ser marcar um gol. Contra o Palmeiras, criou 20 chances e marcou 2 vezes. Na sequência, contra o Flu, passou em branco. Agora, outra vez.

A crise ofensiva é crônica. A pontuação no Brasileiro não pode esconder isso.

Ainda mais quando a prioridade internacional acaba prejudicada por tal contexto…

Copa Sul-Americana, 2ª fase: Sport x Vitória. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Uma assembleia geral eletiva na segunda quinzena de setembro. De 2014 ou 2015

Edital de convocação para a eleição presidencial da FPF. Crédito: FPF/reprodução

A eleição presidencial da FPF será realizada às 16h do dia 22 de setembro.

Na pauta, a votação para o quadriênio 2015-2018, com a convocação já feita para os 93 filiados, entre clubes e ligas municipais. O pleito vem sendo marcado pela antecipação da votação, na visão da oposição.

Tudo causa da assembleia geral eletiva que deu um 5º mandato a Carlos Alberto Oliveira, em 16 de setembro de 2010. No fim daquele evento, na sede da federação, na Boa Vista, uma medida extraordinária foi sugerida por Paulo Wanderley, então mandatário timbu e que também presidiu a assembleia.

A ideia era aumentar em uma temporada o mandato, para que o dirigente (já falecido) passasse o centenário da FPF como presidente, em 2015.

A ideia foi aprovada por 92 filiados – só o Sport esteve ausente.

Perguntando na época se o ato seria anti-estatutário, Paulo Wanderley respondeu o seguinte: “A decisão da assembleia geral é soberana”.

Quatro anos depois, já sob o comando de Evandro Carvalho, o ato foi deixado de lado – sem alarde. A alegação é de que a decisão valeria na figura de “Carlos Alberto”, e não para o “presidente”. Então, seria obrigado a cumprir o estututo.

É uma interpretação do processo, claro, mas há controvérsias.

O estatuto oficial preza pela realização da assembleia geral eletiva na segunda quinzena de setembro após o quadriênio – desconsiderando, naturalmente, o ano extra. Com pelo menos dois nomes na oposição (Geraldo Cisneiros e Romerinho Jatobá), esse buruçu deve se arrastar na justiça… 2014 ou 2015?

Acordo em bloco entre TIM e clubes do Recife

Lançamento do tim chip de Náutico, Santa Cruz e Sport. Foto: carlabensoussan/instagram

Como há algum tempo não ocorria, fora da esfera estatal, com o Todos com a Nota, os três grandes clubes pernambucanos assinaram um acordo em bloco.

O trio fechou um contrato com a TIM.

Na parceria, os clubes da capital entraram no programa da operadora de telefonia móvel que já contava com 14 times, incluindo os cinco de maior torcida no país: Flamengo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Vasco.

O lançamento do Tim Torcedor ocorreu na loja da empresa no Shopping Recife, com a presença dos jogadores Luiz Alberto (Náutico), Flávio Caça-Rato (Santa Cruz) e Magrão (Sport).

O torcedor que adquirir um chip pré-pago customizado receberá notícias exclusivas do seu clube (e alerta de gols). A ação de patrocínio/marketing deve continuar em quiosques montados nos Aflitos, Ilha do Retiro e Arruda.

O acordo não será, necessariamente, estendido à marca estampada na camisa. Porém, deve ser levado a campo.

Os rivais já tiveram patrocínios simultâneos na camisa em pelo menos três oportunidades: Banorte (anos 1980/1990), Coca-Cola (1993/1994) e Excelsior Seguros (1998/1999).

Chips da operadora TIM de Santa, Náutico e Sport. Foto: crisnierdeland_barbosa/instagram