A diferença de Arruda e Ilha através dos laudos de engenharia e dos bombeiros

Arruda e Ilha do Retiro via Google Maps

Em 25 de setembro de 2015, o Corpo de Bombeiro emitiu dois atestados de regularidade, um sobre o Arruda e outro sobre a Ilha do Retiro. Em ambos, reduziu a capacidade de público dos estádios. Não por questão de espaço físico para o público, mas pela estrutura oferecida para a evacuação da torcida, apontando escadas, portas e corredores afunilados. Com um ano de validade, os documentos seguem em vigor. A diminuição (55 para 50 mil no José do Rego Maciel e 32 para 27 mil no Adelmar da Costa Carvalho) foi aceita pelos clubes, sob protesto. Sete meses depois, ocorreu na sede da FPF uma “reunião de adequação dos estádios pernambucanos”.

Na prática, foi um debate apenas sobre os palcos de Santa Cruz e Sport, com representantes dos clubes, claro, do Ministério Público de Pernambuco, que em novembro passado recomendou a redução dos estádios, dos bombeiros, órgão responsável pela elaboração do documento, e da Vigilância Sanitária. Ajustes já pedidos no laudo em vigor para esta temporada foram reforçados – solução prática: mais saídas para o público, sobretudo nos setores populares. O atual redimensionamento tem validade até 25 de setembro de 2016. No Arruda, cujo alvará indicava 16 de abril, o status reduzido foi mantido.

Sobre a capacidade de público, há um impasse. A atual portaria do Ministério do Esporte, de nº 290, de 27 de outubro de 2015, consolidou os requisitos mínimos para serem contemplados nos laudos técnicos previstos. Resumindo, dá ao laudo de engenharia a voz oficial sobre a capacidade. Não por acaso, ao blog uma fonte informa que as cargas de 55 mil (Arruda) e 32 mil (Ilha) seguem à disposição dos clubes, que vêm evitando os montantes para se resguardarem sobre qualquer imprevisto legal, devido ao parecer dos bombeiros.

Laudo dos Bombeiros sobre o Arruda, com validade em 2016.

Laudo do Corpo de Bombeiros, de 2016, sobre o Arruda. Crédito: FPF/reprodução

Laudo dos Bombeiros sobre a Ilha do Retiro, com validade em 2016.

Laudo do Corpo de Bombeiros, de 2016, sobre a Ilha do Retiro. Crédito: FPF/reprodução

Sem evolução, Falcão é demitido do Sport

Falcão, durante o trabalho no Sport em 2016. Foto: Ricardo Fernandes/DP

O técnico Falcão não resistiu à eliminação do Sport em Campina Grande. Sem mostrar futebol durante 180 minutos, na visão do blog, o time leonino acabou sofrendo um justo revés diante do Campinense. No dia seguinte à despedida do Nordestão, o presidente do clube, João Humberto Martorelli, comunicou a demissão. A decisão surpreendeu. Não pelos resultados do treinador, muito abaixo neste ano, mas pelo perfil da atual diretoria rubro-negra, que segurou Eduardo Batista durante dois longos jejuns na Série A, em 2014 e 2015 – e só saiu por vontade própria, indo para o Flu. Com uma semifinal estadual pela frente, parecia improvável a mudança. Mas ocorreu, e foi correta.

Com Falcão, o Sport evoluiu na reta final do Brasileirão. Reorganizou o esquema de Eduardo e finalizou em 6º. Porém, veio virada do ano e reformulação do elenco, com reposições questionáveis. Wendel por Serginho? Danilo por Christianno? Brocador por Vinícius?! No caso de Túlio de Melo há qualidade, mas a troca seria difícil, no lugar de André. Em campo, em 2016, um time travado. Iniciou com três volantes de maneira forçada, pela limitação de elenco, mas tomou gosto pelo formato e pelas peças escolhidas, com uma ligação ruim entre meio e ataque. Com sete meses de trabalho, o padrão foi se perdendo, sem aspecto de mudança, por mais que a retórica pós-jogo continuasse correta (na maioria das vezes). Faltou o pré-jogo e o jogo propriamente dito.

Somando Série A, Sul-Americana, Nordestão e Estadual (2015/2016):
34 jogos
17 vitórias
6 empates
11 derrotas
55% de aproveitamento 

Rubro-negro, o que você achou da saída de Falcão?

Podcast 45 (234º) – Santa Cruz na final do NE, Sport eliminado e impeachment

Um domingo histórico para o país, que parou diante da televisão para acompanhar à votação sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. À tarde, a atenção dos pernambucanos estava voltada para o futebol, com o dia decisivo nas semifinais do Nordestão. Pauta absoluta para o 45 minutos, que analisou a classificação do Santa Cruz na Fonte Nova. Ao vencer o Bahia, o Tricolor se credenciou à sua primeira final. Na sequência, o mau futebol e a consequente eliminação diante do Campinense, no Amigão. Falcão balança? Por fim, após uma longa gravação, comentamos, sim, sobre o resultado na Câmara dos Deputados. Do circo às mudanças necessárias.

Neste podcast, de 1h52, estive ao lado de Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

O ranking de patrocínio-master no Brasil em 2016, com disputa acirrada no NE

Ranking de patrocinador-master no futebol brasileiro em 2016. Crédito: Ibope/Repucom

O Ibope-Repucom fez um levantamento sobre os maiores contratos de patrocínio-master do futebol brasileiro em 2016. No gráfico divulgado pelo diretor do instituto, José Colagrossi, foram indicados os 15 primeiros times. Não se trata da soma de receitas com o padrão, que pode ser até uma colcha de retalhos, mas do principal investidor, estampado na área nobre do uniforme.

A lista considerou valores oficiais, o que justifica a ausência do Santa Cruz. No acordo recém-firmado, o Tricolor deverá receber R$ 6 milhões anuais da MRV Engenharia, segundo reportagem do globoesporte.com. O valor colocaria os corais em 10º lugar no país, ao lado do rival Sport e de outras três equipes. Vale destacar que a mesma empresa estampa a marca no padrão do Bahia, cujo valor também não foi revelado, mas é especulado em R$ 7 milhões.

No topo, os dois times mais populares do país, Flamengo e Corinthians, ambos patrocinados pela Caixa Econômica Federal. Por sinal, também deve-se ao banco o maior patrocínio da Série B, com R$ 9 milhões ao Vasco, em 8º no geral. Entre os nomes tradicionais, Santos, Flu e Botafogo são as lacunas, pois não têm contratos vigentes – no máximo, acordos pontuais a cada partida.

Maiores patrocínios do Nordeste em 2016
R$ 7 milhões – Bahia (MRV)*
R$ 6 milhões – Sport (Caixa)
R$ 6 milhões – Vitória (Caixa)
R$ 6 milhões – Santa Cruz (MRV)*
* Valores não confirmados

Impeachment nas semis do Nordestão, sem Santa Cruz e Sport na TV aberta

Muro do Impeachment, em Brasília. Foto: Victor Soares/Agência Brasil

Os jogos mais importantes de Santa e Sport nesta temporada, até o momento, serão realizados em horário nobre, às 16h do domingo. Ambos fora de casa, contra Bahia e Campinense, em busca de um lugar na final do Nordestão de 2016. Por mais que todas, absolutamente todas as partidas dos times mais populares do estado tenham sido transmitidas pela Globo Nordeste quando atuaram como visitantes (oito vezes), desta vez os dois estão fora da grade.

A direção nacional da emissora optou por transmitir a votação sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff, na Câmara dos Deputados, e antecipou para as 16h20 do sábado as partidas da grade. Foi assim no Paulista, Mineiro, Gaúcho, Cearense, Alagoano… Nada de futebol no domingo. Em vez de arquibancadas lotadas, um país dividido pelo muro em Brasília, em frente ao Congresso. Duas exceções: o Carioca, com os quatro grandes jogando no domingo, apenas no pay-per-view, e o Nordestão, em sua fase decisiva.

No caso, Bahia x Santa e Campinense x Sport serão exibidos apenas pelo Esporte Interativo, alcançando 71% do mercado de televisão por assinatura. Sem a necessidade de atender à tevê aberta no Recife e em Salvador, por qual motivo as partidas seguiram no mesmo horário, repartindo a audiência? Afinal, mesmo com dois canais, o EI, detentor dos direitos, poderia passar um no sábado e outro no domingo, ou dois no domingo, às 16h e às 18h30.

Com a palavra, o diretor do EI, Fábio Medeiros, que respondeu ao blog no twitter:

“A gente também preferia (jogos em horários diferentes), mas a Globo pediu pra ser nesse horário, pois antes ela passaria os dois (um para o Recife e outro para Salvador). E agora não dá pra mudar. Quando fomos avisados não dava mais tempo, infelizmente. Seria espetacular. Uma pena! E também entendo a necessidade deles (Globo) fazerem a cobertura de Brasilia”.

Ou seja, além dos assinantes do canal (até 440.179 na Bahia e 273.587 em Pernambuco) e das ondas do rádio, o único jeito para assistir aos jogos, cercados de ansiedade, é viajar. São dois mil ingressos aos corais na Fonte Nova, no terceiro anel, e dois mil aos leoninos no Amigão, na arquibancada da sombra. Limitação total para dois jogos esperados por milhões…

Setorização da Fonte Nova para Bahia x Santa Cruz, pela semifinal do Nordestão 2016. Crédito: Fonte Nova/reprodução

Setorização do Amigão para Campinense x Sport, pela semifinal do Nordestão 2016. Crédito: Campinense/twitter

Podcast 45 (233º) – Análise dos jogos de ida da semi e projeções do Nordestão

Em dois jogos movimentados no Recife, cinco gols anotados e cenários completamente abertos para as partidas de volta pela semifinal da Copa do Nordeste de 2016. O Santa Cruz vencia o Bahia até os 37 do segundo tempo, mas acabou cedendo o empate, 2 x 2. Já o Sport empatava sem gols com o Campinense até os 49 minutos, 1 x 0. Com o futebol objetivo demonstrado no Arruda, qual é a chance coral de voltar classificado em Salvador, no domingo? Com a desorganização tática na Ilha, o que Leão deve fazer em Campina Grande, sobretudo com as suspensões de Durval e Rithely? Pauta suficiente para o 45 minutos, que ainda debateu o texto infeliz, na visão do blog, do Movimento Ocupe Estelita, defendendo a Torcida Jovem (veja aqui).

Neste podcast, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Santa Cruz 2 x 2 Bahia (gravado em 14/04)

Sport 1 x 0 Campinense, Bahia x Santa e Estelita/Jovem (gravado em 15/04)

Irreconhecível em campo, Sport vence o Campinense aos 49 do segundo tempo

Nordestão 2016, quartas de final: Sport 1x0 Campinense. Foto: Williams Aguiar/Sport

Havia gente demais na Ilha, com o borderô informando 23.390 pessoas. Todas conscientes do mau futebol apresentado pelo Sport, desorganizado taticamente. Não que tenha feito grandes jogos em 2016, mas foi muito abaixo. O hiato entre a zaga e o ataque era enorme. O próprio Diego Souza, esperado para armar, estava lá na frente, de costas, como um pivô. Na criação, a bola insistia em passar nos pés do volante Serginho, incapaz de um passe vertical certeiro. Quando cansou de errar, fez o feijão e arroz de sempre, tocando de lado.

E aí, outro problema, com os dois zagueiros, Durval e Henríquez, saindo no aperto nas laterais, quase sempre sem sucesso. Com o mandante totalmente travado pela bem postada equipe do Campinense, o capitão leonino se arriscou nos lançamentos. Outra arma ineficaz, do começou ao fim – inclusive gerando perigosos contragolpes, desperdiçados pelos paraibanos. E o apoio da torcida, ainda na rua, na chegada do ônibus com a delegação, foi virando apreensão.

Nordestão 2016, quartas de final: Sport 1x0 Campinense. Foto: Rafael Martins/Esp. DP

Como o jogo só fazia piorar, o sentimento virou revolta. Misto de vaias e aplausos nas duas primeiras substituições, vaias elevadas na terceira (pela saída de Lenis e pela entrada de Maicon) e xingamentos de “burro” para Falcão. Atmosfera preocupante na semifinal. Na base do “6-0-4”, os lançamentos iam sendo brecados. Com a bola no chão, passes curtos, com uma barreira branca à frente. O Sport entrou poucas vezes na área de Glédson – quando conseguiu, foi através de toques rápidos, algo esperado durante toda a noite.

Já nos descontos, a placa com cinco minutos de acréscimo. Muito? Seis substituições, carro-maca acionado três vezes para jogadores do Campinense e jogo parado por mais dois minutos com o goleiro, em dois lances seguidos. Cera. Mas, francamente, faltava futebol mesmo. A ponto de a vitória, aos 49 minutos, sair com um centroavante improvável, por mais eficiente que seja no fundamento. De Maicon, que ainda não havia jogado bem uma vez sequer, para Durval, 1 x 0. Vantagem no apagar das luzes. Na comemoração, um desabafo geral. Está certo o camisa 4. Time e torcida precisam jogar juntos, até o fim.

Nordestão 2016, quartas de final: Sport 1x0 Campinense. Foto: Rafael Martins/Esp. DP

Semifinalistas do Nordestão no cinema

Promovendo as semifinais da Copa do Nordeste de 2016, o canal Esporte Interativo, detentor dos direitos de transmissão do torneio, tratou os clubes como filmes famosos, com direito a “trailers”. Foram lançados quatro vídeos (devidamente compartilhados nas redes sociais), com um minuto cada. Entre imagens e depoimentos, peças emulando os cenários cinematográficos.

No Santa, o ídolo Grafite assume o papel de Don Vito Corleone, O Poderoso Chefão da máfia italiana, na aclamada trilogia baseada na história escrita por Mario Puzo. Adversário dos corais, o Bahia, com uma campanha ainda invicta, teve um filme foi apropriado: Invictus. Em vez do presidente sul-africano Nelson Mandela (Morgan Freeman) e do capitão da seleção nacional de rúgbi François Pienaar (Matt Damon), o técnico Doriva e o goleiro Marcelo Lomba.

Já o Sport, cujo vídeo alcançou 430 mil visualizações em uma semana no facebook, o filme escolhido foi o último da trilogia O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei. Virou “O Senhor da Ilha”, na imagem de Diego Souza, substituindo Aragorn. E o Campinense? O campeão de 2013 quer, claro, repetir a história. Não por acaso, ganhou uma versão de De volta para o futuro.

Aprovou o filme escolhido para o seu time?

Para assistir aos vídeos, clique nos hiperlinks azuis nos nomes dos clubes.

Santa Cruz

Grafite como "O Poderoso Chefão". Crédito: Esporte Interativo/reprodução

Bahia

Doriva como "Invictus". Crédito: Esporte Interativo/reprodução

Sport

Diego Souza como Aragorn, em O Retorno do Rei. Crédito: Esporte Interativo/reprodução

Campinense

O Campinense querendo ir "De volta para o futuro". Crédito: Esporte Interativo/reprodução

Sport volta ao uniforme rubro-negro horizontal

A camisa do Sport em 2016

Após um breve hiato, o Sport volta a vestir o uniforme rubro-negro com listras horizontais. Sucedendo o modelo vertical em 2015 (abaixo, à direita), que emulou um dos primeiros padrões do clube, inclusive com o primeiro distintivo, a Adidas voltou à camisa tradicional do Leão, na linha 2016/2017. Com listras horizontais rubro-negras maiores que a da versão lançada há dois anos (abaixo, à esquerda), a camisa remete à estrutura mais conhecida do uniforme leonino.

A primeira camisa, cujo vídeo de divulgação conta com Diego Souza, foi apresentada ao conselho deliberativo do clube, vazando logo depois nas redes sociais. A estreia deve ocorrer a partir do Brasileirão, em maio.

Assim como vem acontecendo desde o início da parceria, camisas reservas, com cores bem alternativas, devem ser lançadas ao longo do ano – em 2015 saíram dois modelos, um preto e outro azul, ambos com detalhes na cor laranja.

Torcedor rubro-negro, o que você achou do novo padrão? 

Obs. A qualidade da imagem não é das melhores, porque a foto foi obtida pela reportagem como antecipação… Em breve, uma foto melhor.

Os uniformes principais do Sport, via Adidas, em 2014 (horizontal) e 2015 (vertical)

A capacidade oficial de público em cada setor do Arruda, Arena e Ilha do Retiro

Arruda, Arena Pernambuco e Ilha do Retiro via Google Maps

A capacidade de público de um estádio é ratificada a cada ano ano, através dos laudos de engenharia, segurança e bombeiros. Nem sempre os números batem com a capacidade máxima, geralmente reduzindo a limitação. São fatores como evacuação, pontos cegos, restrição de assentos etc. Isso acontece nos três maiores estádios do Grande Recife, segundo os laudos de 2016. Sobre a estimativa de assistência, geralmente os sites das federações estaduais apresentam apenas a capacidade geral, sem detalhamento de setores.

Por isso, a curiosidade sobre o relatório de 69 páginas da Arena Pernambuco, no qual o consórcio apresenta o número de cadeiras vermelhas em cada área. Por outro motivo foi possível ter acesso ao mesmo levantamento nos estádios particulares. Santa Cruz e Sport, a pedido do Ministério Público, em novembro de 2015, tiveram que limitar a carga de ingressos. Na sequência, publicaram a setorização completa, com arquibancada, anel superior, sociais, geral etc.

No Mundão, o anel superior foi liberado para apenas 15 mil. Na inauguração da ampliação, em 1982, eram vendidos mais de 50 mil ingressos! Na Ilha, a geral do placar, reservada à torcida visitante, foi reduzida para a colocação de cavaletes de isolamento. Portanto, eis as capacidades destrinchadas…

Arruda (50.582 assentos)
Anel superior – 15.000
Anel inferior – 21.400
Sociais – 6.100
Sociais ampliação – 1.200
Cadeiras – 5.950
Camarotes/conselho – 932
Redução sobre o limite máximo em 2013: 9.462

Arena Pernambuco (45.845 assentos)
Anel superior (público geral) – 21.739
Anel inferior (público geral) – 16.113
Anel inferior (premium) – 2.718
Camarote/VIP (nível 1) – 1.726
Camarote (nível 2) – 1.893
Mídia – 1.656
Redução sobre o limite máximo em 2013: 369

Ilha do Retiro (27.435 assentos)
Arquibancada frontal – 6.529
Arquibancada sede – 4.952
Sociais – 3.500
Cadeira central – 5.181
Cadeira ampliação – 2.050
Assento especial – 2.076
Camarotes/conselho – 812
Arquibancada do placar (visitante) – 2.335
Redução sobre o limite máximo em 2013: 5.548