Com o Clássico das Multidões homologado na Copa Sul-Americana, aumentou a lista de jogos para o Troféu Givanildo Oliveira, a disputa comemorativa instituída pela FPF para celebrar o centenário do duelo entre rubro-negros e tricolores, comemorado em 6 de maio de 2016. O regulamento é simples, somando todas as partidas oficiais entre os dois rivais nesta temporada. Inicialmente, havia a possibilidade de 4 a 10 jogos, dependendo do desempenho de cada um. No fim das contas, 8 partidas – só não chegou ao máximo porque não houve a decisão no Nordestão, com o time leonino caindo na semifinal.
O vencedor do troféu, que homenageia o ídolo de ambos (detentor de 16 títulos estaduais), será o clube com mais pontos somados nos confrontos. Em caso em empate na pontuação, a taça ficará em posse da FPF, exposta no salão nobre da sede da entidade, na Boa Vista, uma vez que não há outro critério de desempate, como saldo de gols e gol fora de casa.
Jogos disputados em 2016 21/02 – Sport 2 x 1 Santa Cruz (Estadual) 10/04 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (Estadual) 04/05 – Santa Cruz 1 x 0 Sport (Estadual) 08/05 – Sport 0 x 0 Santa Cruz (Estadual) 01/06 – Santa Cruz 0 x 1 Sport (Série A)
Jogos marcados a disputar 24/08 – Santa Cruz x Sport (Sul-Americana)* 31/08 – Sport x Santa Cruz (Sul-Americana)* 11/09 – Sport x Santa Cruz (Série A) * As datas ainda serão confirmadas pela Conmebol
Classificação após 5 jogos 8 pontos – Sport 5 pontos – Santa Cruz
Para dar Sport
Com três pontos de vantagem, o Leão precisa, nos jogos restantes, de três empates ou, pelo menos, uma vitória e um empate. Curiosidade: como no Estadual, “decidirá” na Ilha.
Para dar Santa Cruz
A missão tricolor é complicada. Para levar a troféu, necessita somar ao menos sete pontos nos três jogos restantes. Logo, duas vitórias e um empate ou três vitórias seguidas.
Para ficar com a FPF
Como a regra prevê a posse “neutra”, existem duas situações de empate, com 10 x 10 ou 11 x 11. Ou seja, dois empates e uma vitória coral ou uma vitória leonina e duas vitórias corais.
Um confronto para história, digno de um duelo centenário. Sport e Santa Cruz vão se enfrentar na Sul-Americana de 2016, na primeira versão internacional do Clássico das Multidões. A composição deste jogo é um capricho (onipresente) do futebol, que condiz com uma das maiores rivalidades do país.
Com a pré-vaga ao torneio desde o 6º lugar obtido na última Série A, o Sport confirmou a prioridade na Sula, em detrimento da Copa do Brasil, em abril, em um comunicado oficial. Seria a quarta participação seguida dos leoninos. Neste período, o Santa Cruz ganhou força e conquistou o Nordestão, assegurando a mesma pré-vaga. Os rivais precisariam deixar a Copa do Brasil para confirmar a presença na copa internacional, devido ao esdrúxulo regulamento da CBF. Dito e feito, com Aparecidense e Vasco. No sorteio, o magnetismo do clássico deixou as bolinhas Brasil 1 (Sport) e Brasil 7 (Santa) frente a frente.
Retrospecto, segundo dados do pesquisador Carlos Celso Cordeiro 549 jogos 229 vitórias do Sport 166 vitórias do Santa 154 empates
Logo, os jogos no Recife serão os capítulos 550 e 551, com muita coisa em disputa. Ambos já largam na segunda fase da Sula, ganhando cotas de R$ 988 mil. Ao vencedor do mata-mata, um lugar nas oitavas de final e uma premiação de R$ 1,23 milhão. E a partir daí começa a verdadeira rota internacional, já definida pela Conmebol. Eis os principais adversários a cada fase:
Oitavas – Independiente Medellín-COL, Universidad Católica-EQU, Sportivo Luqueño-PAR ou Peñarol-URU Quartas – Santa Fé-COL, Cerro Porteño-PAR e Universidad Católica-CHI Semi – Estudiantes-ARG, Atlético Nacional-COL, Brasil 6 e 4, Bolívar-BOL Final – San Lorenzo-ARG, Independiente-ARG, Lanús-ARG, Brasil 3, Universitario-PER, Emelec-EQU e Libertad-PAR
Confira o chaveamento completo da Copa Sul-Americana clicando aqui.
Qual é a sua expectativa para a Sula? Quem larga como favorito no clássico?
Enquanto o tricolor estreia em torneios internacionais, o rubro-negro disputa a fase nacional da competição pela 4ª vez, sempre contra rivais nordestinos.
2013 Sport 2 x 0 Náutico Náutico (1) 2 x 0 (3) Sport
2014 Sport 0 x 1 Vitória Vitória 2 x 1 Sport
2015 Bahia 1 x 0 Sport Sport 4 x 1 Bahia
2016* 24/08 – Santa Cruz x Sport 31/08 – Sport x Santa Cruz
* Datas a confirmar
O Santa chegou a descer para o vestiário, no intervalo, classificado às oitavas da Copa do Brasil. O empate sem gols com o Vasco era o suficiente, construído por uma formação mista, como já havia ocorrido no Rio. Ainda que o meia João Paulo tenha sido acionado no segundo tempo, dando a impressão de um fortalecimento técnico, o time carioca foi mais obstinado, ficando sempre em vantagem, com Andrezinho, Pikachu e Jorge Henrique. Fez 3 x 2 no Mundão. O resultado encerrou a participação coral no mata-mata nacional, mas, por outro lado, confirmou a presença do clube na Copa Sul-Americana de 2016.
Trata-se de uma inédita participação internacional, desejada há tempos e prevista no plano de metas do presidente Alírio Moraes para 2017. Antecipou em um ano. Com a pré-vaga desde o também inédito título nordestino, o clube precisava escolher, devido à injustificável regra da CBF, entre Copa do Brasil e Sula. Ainda que a decisão não tenha sido tomada claramente, ao poupar seis titulares contra os cruz-maltinos – visando o importante jogo contra o Coritiba, pela Série A -, o tricolor pavimentou a ida ao torneio organizado pela Conmebol.
Claro, os 14 mil torcedores que foram ao estádio têm o direito de lamentar o revés. Porém, baixando a poeira e analisando de forma racional, a nova vaga merece ser comemorada, pois representa mais um passo na paulatina reconstrução do Santa. Se deixou de ganhar R$ 840 mil pela classificação nacional, assegurou R$ 988 mil pela participação internacional, onde o Santa terá de cara o Clássico das Multidões, sem direito à escalações alternativas.
O título da Copa do Nordeste passou a valer vaga na Copa Sul-Americana a partir de 2014. Inicialmente como “Brasil 8”, entre os representantes do país no sorteio do torneio. Em 2015 chegou à condição atual, como “Brasil 7”, ficando à frente do campeão da Copa Verde entre os oito times brasileiros na Sula. Naturalmente, as vagas Brasil 1, 2, 3 e 4 oferecem uma condição melhor que a 5, 6, 7 e 8, decidindo a fase nacional em casa, além de, em tese, serem preenchidas pelos times mais bem colocados no Brasileiro. O “em tese” se justifica justamente por causa da regra aplicada ao campeão nordestino.
Havia a dúvida se o campeão regional poderia ter uma condição melhor que o Brasil 7, caso também conseguisse a classificação através da “fila”, na relação Brasileiro/Copa do Brasil – com os melhores colocados no campeonato excluindo os classificados às oitavas da copa nacional.
Poderia ser o caso, por exemplo, do Santa Cruz em 2016. Após o inédito título na Lampions, garantindo a pré-vaga como Brasil 7, o time pernambucano poderia, também, ser o 6º melhor colocado na tal fila. Logo, evoluiria a sua condição internacional. Tecnicamente, faria sentido (na visão do blog, seria justo até). Ou, caso contrário, seria sempre Brasil 7 independentemente do lugar no fila? Basta citar o Sport, classificado à Sul-Americana como Brasil 1. Caso o rubro-negro tivesse sido o campeão nordestino deste ano, viraria Brasil 7?
Segundo a CBF, “sim” para as duas perguntas.
O blog entrou em contato com o departamento de comunicação da confederação, que tirou a dúvida via e-mail, citando um trecho do regulamento (conhecido, mas com brechas) e expondo, de forma clara, o fim do impasse:
“Regulamento Específico da Competição – Brasileirão 2015
Art. 6º – Para a Copa Sul-Americana/2016 classificar-se-ão os seis primeiros colocados do Campeonato Brasileiro da Série A de 2015, excluídos os clubes classificados para a Quarta Fase da Copa do Brasil/16; os clubes participantes da Série A/15 que obtiverem vaga à Copa Sul-Americana/16 através de competições regionais (Copa do Nordeste e Copa Verde), também são excluídos quando da identificação dos classificados oriundos da Série A.
O campeão da Copa do Nordeste não faz parte da distribuição de vagas a partir da classificação no Campeonato Brasileiro.”
Em 2016, esse posicionamento deixa o Clássico das Multidões no caminho.
Sobre o o resultado de Santa x Vasco, pela terceira fase da Copa do Brasil:
Se o Santa avançar no torneio nacional, Sport x Campinense na Sula Se o Santa sair do torneio nacional, Sport x Santa Cruz na Sula
O público-alvo para o Trio de Ferro, em busca de novos sócios, estava concentrado há mais de um ano no cadastro do Todos com a Nota, a campanha com subsídio estatal desativada desde então. Eram 420 mil pessoas no Grande Recife, sendo 207 mil rubro-negros, 124 mil tricolores e 89 mil alvirrubros. Boa parte dessa gente, presente nas camadas populares, acabou afastada dos estádios por causa da volta da cobrança de ingressos (em vez da troca por notas fiscais). Com isso, gerais vazias na Ilha do Retiro (atrás da barra), Arruda (anel superior) e Arena Pernambuco (atrás da barra, anel inferior).
Em maio de 2015 o blog alertou sobre a fonte de receita com a reativação dessa torcida, projetando a adesão de 20% com a mensalidade mínima na elite do futebol nacional, R$ 9,90. A cada mês, proporcionaria R$ 410 mil ao Sport, R$ 246 mil ao Santa e R$ 176 mil ao Náutico. Agora, em julho de 2016, após a análise e estruturação do projeto, o Leão enfim lançou uma campanha de sócios (“São gerações e corações fazendo a história”) voltada para este público.
A iniciativa é diferente daquela sugerida pelo blog. Em vez de R$ 9,90 (plano do Corinthians, que dá preferência na compra de ingressos), um plano de R$ 28,50, mas com livre acesso aos jogos do time, exclusivamente na arquibancada da sede, o nome atual da geral. Abaixo, alguns cenários de associados e receitas imaginados pelo blog. Com o valor estipulado pelo clube, considere 10% de impacto sobre o TCN. Ou seja, 20 mil novos sócios, totalizando 48 mil titulares adimplentes, se aproximando da meta (e obsessão) do Sport, de 50 mil.
Projeção de cenários com os grandes clubes a partir da ideia leonina:
% sobre os 207.174 rubro-negros no TCN x mensalidade (R$ 28,50) 20% (41.434) = R$ 1.180.869 10% (20.717) = R$ 590.434 5% (10.358) = R$ 295.903
% sobre os 124.372 tricolores no TCN x mensalidade (R$ 28,50) 20% (24.874) = R$ 708.852 10% (12.437) = R$ 354.426 5% (6.218) = R$ 177.213
% sobre os 89.152 alvirrubros no TCN x mensalidade (R$ 28,50) 20% (17.830) = R$ 508.098 10% (8.915) = R$ 254.049 5% (4.457) = R$ 127.024
“Era um desejo antigo do presidente ter uma categoria de preço acessível e que pudesse dar o benefício do acesso livre também, suprindo, inclusive, a carência deixada com o fim do Todos Com a Nota. Encontramos uma maneira viável.”
Declaração da diretora executiva de marketing do Sport, Melina Amorim.
Como o plano de sócio-torcedor já existia (com o mesmo valor), a vantagem torna-se retroativa aos antigos membros da categoria. Assim, quem pagava meia entrada na geral passa a ter entrada garantida. O acesso aos jogos será feito através do site sportdeverdade.com.br, com um “check-in” a cada partida, até esgotar a lotação do setor. Seriam 6.653 lugares, mas, por questão de segurança, o Corpo de Bombeiros limitou em 4.952 pessoas. Um eventual sucesso do programa poderia gerar uma ampliação do espaço.
A ressalva sobre a campanha está no fato de o sócio-contribuinte (R$ 45,00 por mês) não ter o mesmo direito. À parte de benefícios como voto e dependentes, segue com a meia entrada. Inclusive à geral, liberada para quem paga menos.
Duas vitórias no domingo e um cenário mais favorável no Brasileirão. De manhã, o Santa Cruz goleou o América-MG, no Independência. À noite, o Sport superou o Grêmio, na Ilha do Retiro. Com duas vitórias seguidas, os corais conseguiram sair do Z4, já abrindo dois pontos. Já o Sport subiu duas posições e ficou a um ponto de deixar a zona de descenso. A dupla recifense foi ajudada pelos tropeços dos concorrentes, com derrotas de Cruzeiro e Coritiba, fora de casa, e empates de Botafogo e Figueirense, como mandantes.
Com os torcedores já fazendo as contas, o blog tenta ajudar. São duas projeções, uma com 46 pontos, a margem mínima com 100% de segurança (até hoje). A segunda considera a atual campanha do 16º lugar (o primeiro time acima da zona de descenso), que hoje tem 35,6% de aproveitamento. Ao final de 38 rodadas, esse índice resultaria em 41 pontos. Veja o que tricolores e rubro-negros precisam fazer a partir de agora…
Santa Cruz – soma 17 pontos em 15 jogos
Para chegar a 46 pontos (margem segura): Precisa de 29 pontos em 23 rodadas …ou 42,0% de aproveitamento Simulações: 9v-2e-12d, 8v-5e-10d, 7v-8e-8d
Para chegar a 41 pontos (rendimento atual do 16º): Precisa de 24 pontos em 23 rodadas …ou 34,7% de aproveitamento Simulações: 7v-3e-13d, 6v-6e-11d, 5v-9e-9d
Chance de escapar: 76,7% (Chance de Gol), 68% (Infobola) e 67,8% (UFMG)
Sport – soma 15 pontos em 15 jogos
Para chegar a 46 pontos (margem segura): Precisa de 31 pontos em 23 rodadas …ou 44,9% de aproveitamento Simulações: 9v-4e-10d, 8v-7e-8d, 7v-10e-6d
Para chegar a 41 pontos (rendimento atual do 16º): Precisa de 26 pontos em 23 rodadas …ou 37,6% de aproveitamento Simulações: 8v-2e-13d, 7v-5e-11d, 6v-8e-9d
Chance de escapar: 67% (Chance de Gol), 62% (Infobola) e 60,5% (UFMG)
A 16ª rodada dos representantes pernambucanos
23/07 (18h30) – Santa Cruz x Coritiba (Arruda) Histórico no Recife na elite: 1 vitória coral, 4 empates e 2 derrotas
24/07 (16h00) – Cruzeiro x Sport (Mineirão) Histórico em BH pela elite: 1 vitória leonina, 1 empate e 11 derrotas
Eis o texto do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, sobre o episódio:
“Lamentamos que Global Sports tenha terminado o contrato sem causa justificável a poucos dias do início da próxima edição da Copa Sul-Americana, fato que causa enormes prejuízos aos clubes participantes. A Confederação Sul-Americana de Futebol tomará todas as medidas possíveis para fazer valer os seus direitos diante das autoridades pertinentes.”
A declaração, no site oficial, deixou dúvidas acerca do torneio, que nesta temporada pode ter Sport e Santa Cruz, a partir de 24 de agosto (já na 2ª fase).
As cotas dos clubes estariam ameaçadas?
A receitas por participação são essenciais ao torneio, uma vez que viagens e hospedagens são bancadas pelos próprios times. Sobre o questionamento, é preciso fazer um resgate cronológico na relação Conmebol/Global, em uma disputa por poder e diretos de transmissão da competição. A pesquisa é possível dentro do próprio arquivo de notícias do site da entidade, num impasse que já havia sido alertada pelo jornal Ovación, de Montevidéu (veja aqui).
23/11/2015 – A Conmebol confirma a realização da Sula até 2018, com a extensão dos direitos de transmissão ao canal Fox Sports. O comunicado oficial garantiu um aumento nas cotas dos clubes, após dois anos com valores congelados, com o aumento do repasse a partir do maior valor pago pela emissora.
13/07/2016 – No dia do sorteio do torneio, em Santiago, a direção da confederação revelou os valores em dólar, fase por fase, para os 47 clubes participantes. Com um aumento geral de 72%, o repasse seria de US$ 31,8 milhões, ou, convertendo, R$ 103,2 milhões. Recorde.
Qual é o papel da Global Sports na organização do torneio?
A princípio, a empresa tomava conta da estruturação econômica do torneio, buscando investidores e loteando os espaços publicitários nos estádios. Em 2015, entretanto, a Sula viveu o seu pior momento neste quesito, sem naming rights – primeira vez desde 2003 – e com várias placas estáticas sem patrocinadores, expondo apenas imagens genéricas (“Conmebol”, Copa Sul-Americana”, “Recife” etc). Em tese, a Global já não vinha conseguindo trazer recursos – o que contradiz a nota da Conmebol e 18/07/2016, sobre o “enorme prejuízo”. O contrato, prevendo o triênio 2015-2017, foi firmado pelo ex-presidente da confederação sul-americana, o paraguaio Juan Ángel Napout, em 24 de junho de 2015.
Voltemos um pouco no tempo, com contratos e políticos distintos…
03/12/2013 – Acredite, a mesma Global Sports já havia sido desvinculada da Conmebol, mas na ocasião por decisão da entidade, então presidida pelo uruguaio Eugenio Figueredo. Se agora a Conmebol trata a saída como “injustificada”, na época justificou a decisão por causa dos “graves e reiterados descumprimentos das obrigações econômicos ao longo de toda a relação contratual”. Bastou um ano e meio para essa análise desaparecer? Sim, bastou. Nesse meio tempo, paralelamente, Napout e Figueredo seriam presos por corrupção, numa investigação do FBI.
Novamente comandada por um paraguaio, Domínguez, a Conmebol tem, sim, um problema para resolver. Afinal, ainda que a Fox seja a base das cotas, o próprio dirigente usou a expressão “enormes prejuízos aos clubes participantes”.
Há chance de cancelamento?
O cenário (Conmebol x Global) não é “inédito”, mas talvez seja determinante o peso da receita bancada pela Fox, detentora dos direitos das copas continentais na América do Sul, com transmissão (na tevê por assinatura) em todo o continente. E responsável, como registrado no anúncio de dezembro de 2015, pela injeção financeira. Logo, recuar no incremento já divulgado pegaria muito mal. Ao mesmo tempo, o compromisso passa de R$ 100 milhões, pesado. Na visão do blog, como a grade da tevê já está reservada ao torneio, com clubes de peso como Flamengo, Atlético Nacional, San Lorenzo, Independiente e Peñarol, a chance de descontinuação soa pequena.
19/07/2016 – Conforme imaginado, o canal Fox Sports é a principal fonte de receita, com a Conmebol ratificando, no dia seguinte à polêmica, as novas cotas da Sula, “em que pese a rescisão unilateral e injustificada da Global Sports”. Em 2016, o torneio está garantido. No próximo ano, a conferir…
Cota absoluta da Sula 2016 a cada fase 1ª fase – US$ 8,0 milhões 2ª fase – US$ 9,0 mi Oitavas – US$ 6,0 mi Quartas – US$ 3,6 mi Semifinal – US$ 2,2 mi Vice – US$ 1,0 mi Campeão – US$ 2,0 mi
Confira a distribuição das cotas, por clube, clicando aqui.
Um domingo pra lá de positivo para o futebol pernambucano no Brasileirão, com vitórias categóricas de Santa e Sport. O Tricolor goleou o Coelho pela manhã, saindo do Z4, enquanto o Rubro-negro subiu duas posições, ficando a um ponto de sair da zona de descenso. No 45 minutos, gravações exclusivas sobre cada partida, analisando o jogo, desempenhos individuais e a classificação. Também abordamos a derrota timbu no sábado, num jogo que parecia na mão no Serra Dourada. Ao todo, 85 minutos. Ouça agora ou quando quiser!
A vitória do Sport sobre o Grêmio por 4 x 2 foi a síntese do rendimento leonino no Brasileiro. Hoje, tem o 5º ataque mais positivo (23 gols) e a 2ª defesa mais vazada (26 gols). A ressalva sobre o “hoje” se deve ao fato do time iniciado a competição com uma perspectiva oposta. Afinal, a defesa era praticamente a mesma da última edição, estruturada e, teoricamente, entrosada. Já o ataque, esfacelado e com uma reposição fraca, começou sendo o maior problema, com apenas um gol nas quatro primeira rodadas. Ainda que não tenha chegado um centroavante realmente qualificado, os pontas foram mudando (com inúmeros testes) e a presença de Diego Souza ajudou bastante na criação de chances.
Em casa, a partir do jogo contra o Galo, os gols começaram a sair, em profusão. Lá atrás, mesmo com contratações (Henríquez e Ronaldo Alves), a proteção seguiu falha, com o recorrente camisa 8. E as bolas passando de vez. Em 16 apresentações, o time saiu ileso de campo apenas duas vezes. Muito pouco, inviável. E a situação, já ruim, só não é pior justamente pela contrapartida ofensiva. Falando especificamente sobre o jogo na Ilha, dificílimo, o Rubro-negro conseguiu abrir dois gols de vantagem no primeiro tempo (Serginho, que apesar do tento esteve mal, e Diego Souza, de cabeça). Em 17 minutos, após o intervalo, o jogo já estava empatado, com o zagueiro Pedro Geromel marcando duas vezes após cobranças de escanteio pelo lado esquerdo da defesa pernambucana. Bola parada, erro de posicionamento, de concentração.
Buscando a vice-liderança, com qualidade técnica, o tricolor gaúcho investiu na virada, com o momento a favor. Até que o ataque do Sport reapareceu, nessa ciranda já comentada. Edmílson, bem ao seu estilo (ou falta dele) e Diego Souza, convertendo o pênalti sofrido por Everton Felipe, um dos pontas testados e com evolução tática visível, ainda que tente enfeitar alguns lances. Um triunfo emocionante e importante demais, reaproximando o Sport do 16º lugar, agora a um ponto. E que também expôs, de forma cristalina, a inconstância da equipe, necessitando, além de peças, de uma melhor recomposição. Ou seja, também depende de Oswaldo de Oliveira.
O planejamento do Santa Cruz na última semana foi todo voltado para o jogo contra o América, na maior chance de obter uma vitória como visitante neste Brasileirão. Superar o lanterninha significaria chegar a duas vitórias seguidas e afirmar um novo momento ascendente, necessário na árdua luta contra o descenso. A viagem com 31 jogadores, escalando um misto contra o Vasco, na quarta, não teve ligação com a escolha entre Copa do Brasil e Sula. Era o momento de vencer o Coelho, sem mais. Só depois disso viria o “dilema”. Dito e feito, com o campeão nordestino indo além, goleando no Independência, 3 x 0.
O começo do jogo foi a 200 km/h, com o destino a favor do Tricolor. Com alguns obstáculos, mas numa atuação linear. Logo aos 7, uma chance claríssima. Keno recebeu a bola livre. Tão livre que se enrolou. Felizmente, não faria falta, pois no minuto seguinte Marcílio encontrou Tiago Costa entrando na área pela esquerda. O lateral ganhou a dividida e finalizou bem, abrindo o placar. Uma vantagem cedo diante de um adversário já abalado é meio caminho andado. Para mudar isso, só um lance capital. Como uma penalidade. Mal marcada. Mas Osman bateu sem convicção, com Tiago Cardoso defendendo a sexta cobrança vestindo a camisa coral. A resposta pernambucana veio, outra vez, no lance seguinte, com Marcílio pegando a sobra de um escanteio. O volante, prata de casa, ganhou a confiança de Milton Mendes e vem tendo uma sequência de jogos, resultando numa ótima apresentação em Belo Horizonte.
Com a disposição para marcar e ocupar espaços à frente (semelhante ao jogo contra o Inter, mas empregado de forma melhor) e a pressão sobre o alviverde (vaiado desde o segundo gol), a vitória ficou encaminhada. Virou goleada na segunda etapa, num contragolpe mortal, de Léo Moura para Arthur. O primeiro triunfo fora quebrou um jejum de 10 anos e 1 dia na elite, desde o 4 x 1 sobre o Fortaleza no Castelão (ou 18 jogos). Que essa recuperação não pare por aí, até porque a tabela segue favorável no próximo sábado, com o Coritiba, no Arruda. Com futebol e confiança, a chance de deixar o Z4 realmente para trás.