Ranking dos pênaltis e das expulsões (2)

Não houve penalidade assinalada na segunda rodada do Pernambucano de 2018. Ou seja, em relação aos rankings atualizados pelo blog, apenas expulsões. Foram duas. Uma em Pesqueira, onde o volante Naldinho, que estreava pelo Flamengo, tomou o vermelho direto por uma cotovelada. Em Paulista, o lateral-direito Ítalo, do Santa tomou dois amarelos.

Vamos então às listas atualizadas após 10 partidas realizadas.

Pênaltis a favor (1)
1 pênalti – Central
Sem penalidade – Afogados, América, Belo Jardim, Flamengo, Náutico, Pesqueira, Salgueiro, Santa Cruz, Sport e Vitória

Pênaltis cometidos (1)
1 pênalti – Afogados
Sem penalidade – América, Belo Jardim, Central, Flamengo, Náutico, Pesqueira, Salgueiro, Santa Cruz, Sport e Vitória

Cartões vermelhos (4)
1º) América – 2 adversários expulsos; nenhum vermelho
2º) Central – 1 adversário expulso; nenhum vermelho
2º) Belo Jardim – 1 adversário expulso, nenhum vermelho
4º) Pesqueira – nenhuma expulsão
4º) Salgueiro – nenhuma expulsão
4º) Sport – nenhuma expulsão
4º) Vitória – nenhuma expulsão
8º) Flamengo – nenhuma adversário expulso; 1 vermelho
8º) Santa Cruz – nenhuma adversário expulso; 1 vermelho
8º) Afogados – nenhum adversário expulso; 1 vermelho recebido
8º) Náutico – nenhum adversário expulso; 1 vermelho recebido

Rankings anteriores,: 20092010201120122013201420152016 e 2017.

Ranking dos pênaltis e das expulsões (1)

Pernambucano 2018, 1ª rodada: Afogados 1 x 1 Central. Crédito: Rede Globo/reprodução

Pelo 10º ano consecutivo, o blog contabiliza os pênaltis marcados e os cartões vermelhos aplicados no Campeonato Pernambucano. Em 2018, como ocorre desde 2009, o levantamento analisa somente o turno principal. Mas, ao contrário do ‘hexagonal do título’, como vinha sendo, agora a fase principal engloba todos os participantes, fato ocorrido pela última vez em 2013.

Logo na primeira noite da 1ª rodada do torneio foi assinalada a 1ª penalidade, no estádio Vianão, em Afogados da Ingazeira. Aos 28 minutos do segundo tempo, o atacante Leandro Costa marcou para o Central, igualando o jogo com a coruja. No mesmo jogo teve a primeira expulsão da competição, também contra o Afogados. Nas demais partidas, apenas uma marcação alimentou a lista, com a expulsão de Camutanga, do Náutico (2 amarelos).

Pênaltis a favor (1)
1 pênalti – Central
Sem penalidade – Afogados, América, Belo Jardim, Flamengo, Náutico, Pesqueira, Salgueiro, Santa Cruz, Sport e Vitória

Pênaltis cometidos (1)
1 pênalti – Afogados
Sem penalidade – América, Belo Jardim, Central, Flamengo, Náutico, Pesqueira, Salgueiro, Santa Cruz, Sport e Vitória

Cartões vermelhos (2)
1º) Central – 1 adversário expulso; nenhum vermelho
1º) América – 1 adversário expulso; nenhum vermelho
3º) Belo Jardim – nenhuma expulsão
3º) Flamengo – nenhuma expulsão
3º) Pesqueira – nenhuma expulsão
3º) Salgueiro – nenhuma expulsão
3º) Santa Cruz – nenhuma expulsão
3º) Sport – nenhuma expulsão
3º) Vitória – nenhuma expulsão
10º) Afogados – nenhum adversário expulso; 1 vermelho recebido
10º) Náutico – nenhum adversário expulso; 1 vermelho recebido

Rankings anteriores,: 200920102011201220132014, 2015, 2016 e 2017.

Taxa de arbitragem no Estadual 2018 vai de R$ 2,7 mil a 13,7 mil. O mandante paga

As taxas de arbitragem para o mata-mata decisivo do Estadual 2018. Crédito: FPF/reprodução

Além da taxa de 8% sobre a renda bruta dos jogos, a FPF ainda cobra outros encargos aos clubes no Campeonato Pernambucano. Em 2018, os mandantes precisam pagar por inúmeros serviços administrativos a cada partida, com estruturas distintas a partir das fases ou clubes envolvidos. A formação mais básica envolve os jogos entre intermediários, com a arbitragem, o delegado do jogo e um assessor, enquanto a mais complexa (e cara) é a da final, com oito funções: árbitro, dois assistentes, 4º árbitro, delegado de arbitragem, delegado do jogo, supervisor de protocolo e assessor de protocolo.

Soma das taxas de arbitragem em cada jogo
Semifinal e final – de R$ 11.985 a R$ 13.774
Clássicos/3º lugar – de R$ 9.809 a R$ 11.257
Mando dos grandes (turno) – de R$ 5.946 a R$ 6.279
Mando dos intermediários (turno) – de R$ 2.705 a R$ 2.955

Como indicam as reproduções do documento emitido pela federação pernambucana de futebol, cada partida é precificada de uma forma, inclusive pelo nível dos árbitros escalados. Logo, os valores da final podem chegar a 11 mil reais de diferença sobre os do turno, de R$ 2,7 mil a R$ 13,7 mil – no caso dos assistentes, a cota equivale a 60% do valor pago ao árbitro, com o 4º árbitro tendo 30% no mesmo modelo. Em comparação com o ano passado, um aumento de 2,9%. Não para aí. Também há a despesa com diárias para os árbitros, com valores pré-determinados pela cidade da partida, tendo o Recife como marco zero (e R$ 40). A diária mais alta é a de Salgueiro, R$ 210.

A responsabilidade de pagamento do mandante, detalhada no artigo 19 no regulamento do Estadual, não é regra geral. Num viés local, basta dizer que na Copa do Nordeste as taxas de arbitragem são pagas pela CBF. No estado, os valores foram estipulados pela diretoria de competições da federação e pela comissão de arbitragem. No documento de 2 de janeiro, as assinaturas dos respectivos diretores, Murilo Falcão e Emerson Sobral.

Na nova fórmula, cada time joga 5 vezes como mandante e 5 como visitante no turno. Descontando os 3 clássicos, o quadro abaixo vale para 12 jogos

As taxas de arbitragem para os jogos com mando dos grandes (no turno) do Estadual 2018. Crédito: FPF/reprodução

O quadro mais barato contempla 8 times, à parte do Trio de Ferro. A escala vale inclusive para confrontos contra os próprios grandes. Ao todo, 40 partidas

As taxas de arbitragem para os jogos com mando dos intermediários (no turno) do Estadual 2018. Crédito: FPF/reprodução

MLS mostra a intensidade do jogo na pele do árbitro, mas foi esperta no áudio…

Vídeo gravado pelo árbitro da MLS

Durante o tour nos Estados Unidos, visando a temporada 2017/2018, Real Madrid enfrentou o “all-star team” da Major League Soccer. Até aí ok, assim como o resultado, com uma vitória merengue nos pênaltis após o 1 x 1.

Ocorre que o árbitro da partida disputada no Soldier Field, em Chicago, utilizou uma microcâmera presa no peito do uniforme. Nove dias após o amistoso, a MLS divulgou um vídeo com a intensidade da disputa na visão do juiz Allen Chapman, mesmo sendo uma peleja de pré-temporada.

Apesar da interessante edição de 3 minutos, o vídeo não traz os diálogos durante a partida, com uma trilha sonora de fundo. E trata-se de uma parte essencial sobre o trabalho da arbitragem, como a história ensina (a seguir).

Voltando 35 anos no tempo, chegamos a um episódio polêmico no futebol brasileiro, quando o árbitro José Roberto Wright entrou em campo com um microfone sem fio escondido em seu padrão. Ele havia topado a ideia de participar de uma reportagem do programa Esporte Espetacular, da Globo. O objetivo era mostrar a pressão sobre o árbitro (ou quase isso).

E não era num jogo qualquer, mas na decisão da Taça Guanabara de 1982. O Flamengo venceu o Vasco por 1 x 0, mas com a repercussão toda voltada sobre os diálogos, pelo uso indevido da imagem e pela suposta perseguição ao meia Giovane, do time cruz-maltino. Relembre e tire as suas conclusões.

Obs. Fica claro o motivo da trilha sonora no vídeo lá em Chicago…

Por unanimidade, o TJD veta impugnação da final e confirma título de 2017 ao Sport

Tribunal

O resultado era previsto. Mesmo que o Tribunal de Justiça Desportiva, o TJD, votasse a favor da impugnação da finalíssima do Campeonato Pernambucano, vencida pelo Sport por 1 x 0, é difícil imaginar que a instância superior, o STJD, aceitasse a resolução. Afinal, a jurisprudência teria efeito dominó, tornando qualquer (suposto) erro em base para anulação de jogos de futebol.

Por este viés jurídico e pela imprecisão da imagens da tevê para definir o erro na saída de bola no Cornélio de Barros, os oito auditores presentes (Vitor Fretas, Claudio Pessanha, João Firmino, Thales Cabral, Hilton Galvão, Carlos Gil, Gilmara Leal e Felipe Tadeu) negaram a petição de Luciano Rocha, o goleiro reserva do Salgueiro. Ele havia entrado na justiça em 6 de julho alegando um “erro de direito”. No julgamento, a sua tese foi sustentada pelo tiro de meta marcado pelo árbitro Wilton Sampaio, após sinalização do auxiliar Marcelo Van Gasse, em vez do prosseguimento da jogada, que terminaria num gol do carcará – lembrando que o artigo 84 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva prevê a anulação (em qualquer fase) em erros de direito. Porém, foi considerado “erro de fato”, ou interpretação equivocada do lance.

Com o resultado no tribunal, instalado dentro da sede da FPF, na Boa Vista, o título estadual de 2017 foi confirmado para o leão. Foi a segunda vez em uma década que o TJD local julgou um caso do tipo. Em 2007, chegou a modificar o resultado do jogo entre Central e Vera Cruz, de 2 x 1 para a 2 x 2, numa decisão bem polêmica – posteriormente anulada, por unanimidade, no STJD.

O título está decidido… Mas a bola saiu ou não após o escanteio?

Lista de campeões pernambucanos (1915-2017)
41 – Sport
29 – Santa Cruz
21 – Náutico
6 – América
3 – Torre
2 – Tramways
1 – Flamengo do Recife

Obs. Cabe recurso no STJD, onde a chance de reversão é irrisória.

Emerson Sobral, de árbitro recordista de mata-matas e geladeiras a diretor da Ceaf

Emerson Sobral como árbitro e dirigente. Fotos: Ricardo Fernandes/DP e FPF/divulgação

A formação de Emerson Sobral na arbitragem ocorreu em 1995. Trabalhou no futebol pernambucano, onde chegou a obter a categoria “CBF”, deixando o quadro em 2017, já aos 43 anos. Na verdade, ocorreu uma transferência, assumindo imediatamente a Comissão Estadual de Arbitragem de Futebol, a Ceaf-PE, no lugar de Salmo Valentim. Como se sabe, o quadro local não é dos melhores – na visão do blog -, com um número elevado de lambanças. E Emerson Sobral está intimamente ligado a isso. Embora seja o recordista de jogos na fase decisiva do Campeonato Pernambucano, com sete aparições entre semifinais e finais (apitou a decisão de 2015), o agora dirigente também acumulou o maior número de punições por erros cometidos. Nesta década, foi três vezes para a “geladeira” (abaixo), sendo duas no cenário local e uma no Brasileirão. Com essa experiência, terá bastante trabalho a partir de agora.

“Participamos de um dos estaduais reconhecidamente mais difíceis do país pela sua tradição e competitividade e tudo isso nos coloca como sendo um dos melhores quadros de árbitros do Brasil.”

18/01/2012 (punido no Estadual)
Afastado ao errar em dois jogos. No 1º, deixou de expulsar o zagueiro André Oliveira, do Santa. No 2º, não marcou um pênalti em cima de Rogério, do Náutico, e depois assinalou um pênalti inexistente sobre o mesmo jogador.

24/03/2013 (punido no Estadual)
No jogo Ypiranga 2 x 2 Sport, na oitava rodada do segundo turno, assinalou um pênalti polêmico para a Máquina de Costura e marcou uma falta inexistente aos 44 do 2º tempo, no lance que acabou saindo o último gol.

02/09/2015 (punido na Série A)
Na partida entre Ponte Preta e Cruzeiro, pelo Brasileirão, em Campinas, deixou de marcar dois pênaltis, um para cada time. No caso do time mineiro, marcou a falta fora da área. No lance da Macaca, sequer assinalou falta.

Número de jogos de Sobral no Pernambucano (e o % sobre o torneio)
2014 – 16 jogos (11,4% de 140)
2015 – 14 jogos (11,2% de 124)
2016 – 11 jogos (11,4% de 96)
2017 – 11 jogos (11,5% de 95)

Ranking de jogos no mata-mata do Pernambucano (desde 2010)
7 partidas – Emerson Sobral (PE)
6 partidas – Sebastião Rufino Filho (PE)
4 partidas – Nielson Nogueira (PE)
3 partidas – Gilberto Castro Júnior (PE) e Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ / PE) e Wilton Sampaio (Fifa-GO)

Confira a lista completa de árbitros no mata-mata local clicando aqui.

Uma árbitra no comando do Clássico das Multidões, 24 anos após Maria Edilene

Debora Cecília, árbitra da FPF em 2017. Foto: ANAF/divulgação

Em 8 de novembro de 1992, na Ilha do Retiro, Maria Edilene Siqueira foi selecionada para apitar Sport x Santa Cruz, válido pela última rodada da 1ª fase do 2º turno. Era o primeiro clássico comandado por uma mulher no futebol pernambucano. Os corais venceram por 1 x 0, e a “juíza” não admitiu indisciplina, expulsando o tricolor Malhado. Já no quatro da Fifa, chegou a apitar nos Mundiais femininos de 1995 e 1999. Edilene ainda apitou outros três clássicos, sendo também assistente diversas vezes até 1999.

Desde então, a reinserção feminina no quadro de arbitragem da FPF foi lenta, sendo retomada na primeira divisão estadual em 2011, com Ana Karina, então com 31 anos. Ela apitou Ypiranga 2 x 1 América. Em 2015, um novo passo, com a escalação de um trio feminino: a árbitra Ana Karina e as assistentes Fernanda Colombo e Karla Renata. Curiosamente, outro América x Ypiranga, desta vez nos Aflitos e com vitória alviverde por 1 x 0.

Dois anos depois, um passo maior. Deborah Cecília, de 32 anos, foi sorteada para o Clássico das Multidões. No mesmo cenário da estreia de Maria Edilene. No Estadual de 2017, ela havia trabalhado em cinco jogos, sem os grandes clubes. Como o duelo na 8ª rodada do hexagonal não tem caráter decisivo, rivalidade à parte, é uma boa oportunidade para testes. Boa sorte a Deborah, a única mulher entre os 17 árbitros do quadro atual da federação.

Maria Edilene
08/11/1992 – Sport 0 x 1 Santa Cruz (PE)
22/04/1993 – Sport 0 x 0 Santa Cruz (PE)

24/04/1994 – Santa Cruz 1 x 1 Náutico (PE)
12/03/1995 – Náutico 3 x 2 Sport (PE)

Deborah Cecília
25/03/2017 – Sport x Santa Cruz (PE)

Confira um balanço sobre as taxas de arbitragem no estado clicando aqui.

Maria Edilene, árbitra da FPF na década de 1990. Foto: Arquivo/DP

O relatório da FPF sobre a arbitragem no primeiro Clássico dos Clássicos de 2017

Pernambucano 2017, 5ª rodada: Sport 1x1 Náutico. Foto: Paulo Paiva/DP

Assim como aconteceu no clássico entre Santa e Sport, no Arruda, a FPF produziu um relatório sobre o trabalho da equipe de arbitragem no Clássico dos Clássicos, na Ilha. O empate em 1 x 1 entre Sport e Náutico, pela 5ª rodada do campeonato estadual, foi classificado como “nível médio de dificuldade” e justificado pelas “decisões difíceis que ocorreram no jogo”. Na visão do blog, o árbitro, de fato, acertou os quatro lances polêmicos (dois gols anulados por impedimento e dois pênaltis marcados). Por sinal, a federação conferiu até notas para a escala. Abaixo, a íntegra do relatório e as obervações minuto a minuto.

José Woshington (árbitro): 8,50
Elan Vieira (assistente 1): 8,90
Ricardo Chianca (assistente 2): 9,00
Gleydson Leite (4º árbitro): 8,90

1° tempo
02′ Falta da equipe visitante. Demorou um pouco a apitar
06′ Gol marcado com o uso da mão pelo jogador Nº 77 da equipe do Náutico, punido corretamente com o cartão amarelo. O árbitro deveria ter buscado uma melhor colocação para ver o lance. Houve trabalho de equipe
09′ Impedimento do ataque da equipe mandante – AA1 
14′ Lance ajustado de impedimento, AA1 deixou seguir
22′ Cartão amarelo para o nº 07 do Náutico, por calçar o adversário
29′ Pênalti para equipe do Náutico. Sem cartão, falta imprudente
30′ Gol de pênalti para equipe do Náutico
32′ Boa interpretação de não falta na área do Sport
39′ Gol do Sport. Normal. Jogador do Sport que marca o gol tira a camisa e é punido com cartão amarelo
42′ Cartão amarelo para o jogador nº 33 do Sport, por calço temerário
44′ Impedimento do ataque do Náutico – AA2.
46′ Falta a favor do Náutico. Encerra o primeiro tempo sem permitir a cobrança, pois já havia ultrapassado o 1 min de acréscimo  

2° tempo
09′ Impedimento muito ajustado do ataque do Sport
12′ Jogador Nº 10 do Náutico sofre falta, no mínimo, temerária e o árbitro não marca, concede apenas tiro de canto a favor do Náutico. Jogador do Náutico recebe atendimento médico e continua jogando.
43′ Pênalti ajustado por mão na bola a favor do Sport. O jogador do Náutico assumiu o risco ao abrir os braços em uma bola chutada contra sua meta.
46′ Cartão amarelo para Nº 30 do Sport, por calço temerário
47′ Deixou de marcar falta clara no goleiro do Sport, logo em seguida terminou. 

Árbitro
Fez uma ótima arbitragem, teve o total controle disciplinar da partida e acertou nas decisões técnicas.  

Árbitro Assistente 1
Também realizou um ótimo trabalho. Acertou os lances da regra 11 e ajudou o árbitro na marcação de faltas em sua proximidade. 

Árbitro Assistente 2
Esteve sempre bem posicionado, ajudou na marcação de faltas e no lance de mão do atacante do Náutico. Marcou dois (2) impedimentos no jogo, sendo o segundo aos 9 min do 2º tempo, um lance muito ajustado.

Quarto Árbitro
Realizou com competência as funções de 4º árbitro.  

Ao final da partida, não houve contestações por parte das equipes.

Pernambucano 2017, 5ª rodada: Sport 1x1 Náutico. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

O relatório da FPF sobre a arbitragem no primeiro Clássico das Multidões de 2017

Pernambucano 2017, 4ª rodada: Santa Cruz 1 x 1 Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Em termos de classificação à semifinal do campeonato estadual, o primeiro Clássico das Multidões de 2017 pouco acrescentou. No entanto, na maior rivalidade de Pernambuco, em um jogo com 12.408 torcedores no Arruda e centenas de milhares assistindo na televisão, as polêmicas dominaram, até pela falta de futebol de ambos os times. Na manhã seguinte ao empate, a FPF fez um balanço da arbitragem, através do delegado especial da comissão nacional da CBF, Nilson Monção, com o auxílio de Erick Bandeira. A atuação da arbitragem foi considerada “boa”, mesmo com 6 (seis!) observações.

A seguir, em itálico, a íntegra do texto enviado aos presidentes Alírio Moraes, do Santa Cruz, e Arnaldo Barros, do Sport:

Caro presidente, bom dia. Dentro da nova diretriz vigente com audiência pública ou sorteio para a indicação dos árbitros no Pernambucano A1 – 2017, também disponibilizaremos o relatório dos delegados e assessores da arbitragem. O relatório é elaborado até 4 horas após o término do jogo e, para esse jogo entre o Santa x Sport (Arruda, 18/02/2017 às 16:30h), solicitamos a observação do Delegado Especial da Comissão Nacional da CBF, Monção. Para seu conhecimento estamos encaminhando o relatório elaborado pelo mesmo e com o auxílio do Erick Bandeira. 

Santa Cruz 1 x 1 Sport
Árbitro: Sebastião Rufino Filho
Assistente 1: Marlon Rafael
Assistente 2: Bruno Chaves

1º tempo
Aos 45 segundos, cartão amarelo p/ Sport.
4′ Dúvida na vantagem ou não, apito fraco
7′ Mal posicionado, bola bate no árbitro e gera ataque do Santa Cruz
8′ Copo arremessado no campo
13′ Cartão amarelo p/ o Santa Cruz
15′ Mão na bola sem cartão
19′ Marca falta equivocadamente, jogador do santa vai sozinho.
21′ Cartão amarelo para o Santa Cruz, que poderia ter sido evitado. Jogador joga a bola para cima de forma não acintosa
23′ Impedimento ajustado, corretamente marcado pelo AA2
25′ Controlou uma situação de princípio de conflito
27′ Pedra arremessada no campo
28′ Fez boa advertência verbal em dois jogadores… Preventiva
32′ Boa interpretação, não houve falta dentro das área penal
33′ Cartão amarelo bem aplicado para jogador do Santa Cruz
38′ Cartão amarelo bem aplicado para jogador do Sport
40′ Gol do Sport… Normal
44′ AA1 ajuda, marcando falta
Deu 2 min de acréscimo. Pela quantidade de paralisações, poderia ter sido mais…

2° tempo
No início do 2° tempo, expulsou os dois técnicos. Pelos acontecimentos narrados, sem necessidade
2′ Cartão amarelo por simulação para o N°11 (era o segundo cartão… expulso)
6′ Cartão amarelo para Sport por segurar
10′ Jogador do Santa Cruz chuta sem bola jogador do Sport. Seria cartão amarelo.
12′ Impedimento do ataque do Sport , concluído em gol. Correto
14′ Gol do Santa Cruz. Normal
19′ Defensor do Santa faz falta em atacante do Sport. Ataque promissor, para amarelo e o árbitro não dá. Goleiro do Santa reclama acintosamente e recebe o amarelo
25′ Impedimento bem marcado pelo AA1
30′ Impedimento bem marcado pelo AA1
36′ Impedimento bem marcado pelo AA2
37′ AA2 ajuda marcando falta
40′ Cartão amarelo para jogador do Santa Cruz.
42′ Demorou mais de um minuto para autorizar a cobrança de uma falta
43′ Demorou muito tempo para cobrar um tiro de canto
44′ Jogador do Santa Cruz, n°20 mata jogada de forma temerária e não recebe o cartão amarelo.
45′ Tempo de acréscimo de 4 min, compatível com as paralisações do 2° tempo 

Partida de grau alto de dificuldade, com arbitragem boa, porém necessitando melhorar alguns aspectos, como:

1) Intensidade do som do apito;
2) Interpretação de faltas;
3) Posicionamento;
4) Dinamizar a reposição de bola;
5) Aplicação de alguns cartões;
6) Diferenciar uma reclamação de uma ofensa. 

Assistentes:
Estiveram em ótimo nível. Principalmente o AA2, que marcou corretamente um Impedimento muito ajustado.

4° Árbitro (Luiz Cláudio Sobral):
Foi muito bem no controle das áreas técnicas.

Ao final da partida, não houve contestações das equipes. Deixando o estádio sem nenhum tipo de problema.

Pernambucano 2017, 4ª rodada: Santa Cruz 1 x 1 Sport. Foto: Peu Ricardo/DP

De R$ 900 a R$ 4.210, as taxas de árbitros no Pernambucano 2017. O mandante paga

A taxa de arbitragem na fase final do Campeonato Pernambucano de 2017. Crédito: FPF/reprodução

Além da taxa de 8% sobre a renda bruta dos jogos, a FPF ainda cobra outros encargos aos clubes no Campeonato Pernambucano. Em 2017, os mandantes precisam pagar por inúmeros serviços administrativos para a realização da peleja, ampliados a cada fase. Se na etapa preliminar basta a arbitragem e um delegado de jogo, no mata-mata são dez funções! Árbitro, dois assistentes, 4º árbitro, delegado especial de arbitragem, assessor de arbitragem, delegado do jogo, supervisor de protocolo, assessor de protocolo e fiscal da FPF.

Além disso, cada partida é precificada de uma forma. Logo, os valores da final são bem maiores que os da primeira fase. Somando essas taxas de funções, o gasto vai de R$ 2.725 a R$ 14.957 – no caso dos assistentes, a cota equivale a 75% do valor pago ao árbitro, com o 4º árbitro tendo 35% no mesmo modelo. Em comparação com o ano passado, um aumento de 8,4%. No caso do Árbitro Fifa, R$ 322 a mais. Não para aí. Também há a despesa com diárias para os árbitros. Em vez de estipular metas de distância, como e 2016, desta vez a federação já determinou o valor de cada cidade, com Salgueiro sendo a mais cara, R$ 210.

A responsabilidade de pagamento do mandante não é regra. Num viés local, basta dizer que na Copa do Nordeste as taxas de arbitragem são pagas pela CBF. No estado, os valores foram estipulados pela diretoria de competições da federação e pela comissão de arbitragem. No documento de 4 de janeiro, as assinaturas dos respectivos diretores, Murilo Falcão e Salmo Valentim.

Os “clássicos” envolvem, claro, os jogos entre Náutico, Santa e Sport, com até cinco categorias de árbitro – com os níveis CBF e Fifa sendo mais requisitados.

Taxa de arbitragem do Campeonato Pernambucano em 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

O quadro seguinte é válido no hexagonal do título, nos jogos do Trio de Ferro no Recife diante dos três classificados da fase preliminar. No Arruda, Arena Pernambuco e Ilha do Retiro os jogos já contam com dez funções.

Taxa de arbitragem do Campeonato Pernambucano em 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Os jogos entre clubes intermediários (nove clubes ao todo) têm um preço diferente, necessitando de apenas uma função administrativa. Cenário válido na fase preliminar e hexagonais do título e da permanência. Ou seja, a tabela só mudaria num confronto do tipo a partir da semifinal (o que nunca ocorreu).

Taxa de arbitragem do Campeonato Pernambucano em 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP