Na Ilha, a fraca apresentação diante dos reservas do Sport causou desconforto nos alvirrubros quanto ao jogo de domingo, também pelo hexagonal estadual, quando o centenário rival teria força máxima – incluindo o meia Diego Souza, convocado para as Eliminatórias da Copa. Em campo, embora o visitante tenha controlado o primeiro tempo, as mudanças e orientações dos técnicos foram decisivas para o confronto, a favor do Náutico, com Milton Cruz utilizando os espaços deixados por Daniel Paulista. A vitória timbu, por 2 x 1, derrubou a invencibilidade leonina de onze partidas oficiais na temporada.
No primeiro tempo, o leão teve mais intensidade ofensiva, sobretudo pela direita, há tempos o escape. Após a convocação, DS87 acabou jogando próximo ao estilo que Tite espera na Seleção, fazendo o pivô. Assim, quase não avançou carregando a bola, como em seus melhores momentos. Mas não foi o “9”, com Leandro Pereira cumprindo a função. Porém, o centroavante de fato desperdiçou duas ótimas chances (em cruzamentos), mandando a primeira na trave e furando na segunda. O suficiente para Tiago Cardoso chamar a atenção da defesa, com dificuldades para sair jogando, principalmente João Ananias.
Ao menos o também volante Rodrigo Souza apresentou um futebol melhor que seus últimos (e indefensáveis) jogos. Bronca era chegar à meta de Magrão, com a maioria das jogadas passando por Erick, bem marcado – embora Mansur tenha sido amarelado com 24 segundos (!). No reinício, o Náutico já assustou com Alison. Essa fome seria determinante, enquanto o Sport manteria a sua cadenciada (displicente?) forma de jogar. De fato, o Náutico acelerou. Roubava a bola e atacava. Na primeira, Dudu iniciou a jogada e tocou para Erick, que serviu Marco Antônio. De fora da área, o meia marcou um belo gol.
Em desvantagem, Daniel Paulista acionou André. Saiu Rithely, machucado. Isso mesmo, um ataque povoado (apesar de Diego ter sido recuado) e um rombo no meio, que não seria consertado. Com o presente, Milton orientou a sua equipe para os espaços que o visitante deixaria (e deixaria mesmo). Dez minutos depois, o Alvirrubro ampliou, com Erick, de cabeça – a promessa já havia feito no clássico anterior. Mesmo no sufoco, o Sport diminuiu aos 24, com Ronaldo Alves. Só não mudou a desorganização e as bolas alçadas. Já o Náutico valorizou a posse, a vantagem. E saboreou um triunfo nas mãos do treinador.