A vitória do Sport sobre o Joinville, somada ao empate da Ponte Preta (0 x 0 com o Goiás) e à derrota do Atlético-PR (2 x 1 para o Grêmio) deixou o Leão numa posição ainda mais favorável no Brasileirão. Agora, está a apenas um ponto do líder, o São Paulo. Subiu do 4º para o 3º lugar, empatado com o vice-líder Furacão, atrás no número de vitórias (5 x 4). Para manter a já histórica arrancada, o Rubro-negro terá que superar o Vasco, em péssima fase desde o título carioca. Estatisticamente, porém, o time cruz-maltino é o maior algoz do Sport em jogos em Pernambuco. Em 12 partidas pela Série A, aqui, o mandante ganhou apenas uma vez, em 1995. Na Ilha, 1 x 0, gol de Marcelo Rocha.
A 8ª rodada do representante pernambucano
20/06 (16h30) – Sport x Vasco (Arena Pernambuco)
Histórico no Recife pela elite: 1 vitória do Sport, 5 empates e 6 derrotas.
A maior invencibilidade da história do Campeonato Brasileiro é bem difícil de ser superada. Na atual configuração da competição, um clube precisaria ser campeão invicto, após 38 rodadas, e ainda se manter longe das derrotas por mais cinco jogos no ano seguinte, por exemplo. Haja futebol. Entre as edições de 1977 e 1978, quando terminou em 5º e 9º, respectivamente, o Botafogo estabeleceu a maior série invicta registrada numa Série A, com 25 vitórias e 17 empates, somando inacreditáveis 42 jogos.
Praticamente no mesmo período, o Santa Cruz registrou a maior sequência nordestina, e a segunda no geral, com 35 partidas. Aquele timaço tricolor, com Givanildo, Betinho e Carlos Alberto Barbosa, parou apenas nas quartas de final de 1978, com duas derrotas para o Inter. Curiosamente, as cinco maiores sequências ocorreram na década de 1970, marcada por edições inchadas, com até 94 participantes, tendo inúmeros grupos até as fases decisivas.
Com a implantação do sistema de pontos corridos, aumentando bastante o nível técnico da competição, as marcas caíram bastante. Desde 2003, a melhor estatística pertence ao Corinthians, que chegou a 19 partidas sem derrota em duas oportunidades. Na primeira série, somou os últimos nove jogos de 2010 aos dez primeiros de 2011, quando tornou-se campeão pela 5ª vez. Na segunda sequência, em 2017, passou invicto no primeiro turno inteiro.
Confira as maiores invencibilidades, somando todos os torneios, clicando aqui.
Atualizado até 19 de agosto de 2017
Maiores invencibilidades na Série A – geral 1º) Botafogo – 42 partidas (16/10/1977 a 16/07/1978) 2º) Santa Cruz – 35 partidas (07/12/1977 a 23/07/1978) 3º) Palmeiras – 26 partidas (13/12/1972 a 18/11/1973) 4º) Internacional – 23 partidas (06/08/1978 a 23/12/1979) 5º) Atlético-MG – 22 partidas (16/10/1977 a 29/03/1978) 6º) Cruzeiro – 21 partidas (20/09/1987 a 25/09/1988) 7º) Grêmio – 19 partidas (04/06/1978 a 03/10/1979) 7º) Corinthians – 19 partidas (17/10/2010 a 20/07/2011) 7º) Corinthians – 19 partidas (13/05/2017 a 05/08/2017) 10º) América-MG – 18 partidas (20/10/1973 a 20/1/1974) 10º) Bangu – 18 partidas (24/03/1985 a 31/07/1985) 10º) Atlético-PR – 18 partidas (28/07/2004 a 17/10/2004) 10º) São Paulo – 18 partidas (20/08/2008 a 07/12/2008) 10º) Sport – 18 partidas (02/11/2014 a 05/07/2015)
Maiores invencibilidades na Série A – pontos corridos 1º) Corinthians – 19 partidas (17/10/2010 a 20/07/2011) 1º) Corinthians – 19 partidas (13/05/2017 a 05/08/2017) 3º) Atlético-PR – 18 partidas (28/07/2004 a 17/10/2004) 3º) São Paulo – 18 partidas (20/08/2008 a 07/12/2008) 3º) Sport – 18 partidas (02/11/2014 a 05/07/2015) 6º) Corinthians – 17 partidas (27/06/2015 a 13/09/2015) 7º) Goiás – 16 partidas (09/07/2003 a 21/09/2003) 7º) São Paulo – 16 partidas (22/07/2007 a 30/09/2007) 7º) Flamengo – 16 partidas (21/05/2011 a 14/08/2011)
Maiores invencibilidades na Série A – Pernambuco (geral) Santa Cruz – 35 jogos (1977/1978) Sport – 18 jogos (2014/2015) Náutico – 10 jogos (1983) Central – 5 jogos (1979)
O empate do Sport diante do Fluminense, no Maracanã, manteve o clube pernambucano no G4. Por sinal, o Leão é o único time que ficou entre os quatro melhores nas seis primeiras rodadas do Brasileirão, em seu melhor início de competição na história dos pontos corridos. Agora, o Rubro-negro terá dois jogos seguidos em casa, aumentando a chance de seguir na dianteira da competição. Paralelamente a isso, cabe à diretoria utilizar parte dos R$ 5 milhões recebidos na venda de Joelinton para reforçar o time, consciente de que é preciso ter elenco para suportar a demanda técnica.
A 7ª rodada do representante pernambucano
13/06 (21h00) – Sport x Joinville (Ilha do Retiro)
Histórico no Recife pela elite: 1 vitória do Sport, nenhum empates e nenhuma derrota.
Caiu mais um invicto do Brasileirão. A vitória do Sport sobre o Goiás na Ilha, nos descontos, tirou o alviverde do G4. Melhor para o Leão, claro, que se manteve na zona nobre da competição, ainda invicto, mesma situação vivida pela Ponte Preta, que ocupa a vice-liderança por ter um gol a mais no saldo. À frente, apenas o Atlético Paranaense, único com quatro vitórias até aqui. Diga-se de passagem, o Furacão já foi duas vezes à Libertadores na era dos pontos corridos, terminando em 2º em 2004 e em 3º em 2013. Sabe o caminho das pedras.
A 6ª rodada do representante pernambucano
07/06 (19h30) – Fluminense x Sport (Maracanã)
Histórico no Rio pela elite: 4 vitórias do Sport, 3 empates e 11 derrotas.
O Atlético Paranaense anunciou a conclusão da instalação do teto retrátil na Arena da Baixada. O estádio em Curitiba, que recebeu quatro jogos na Copa do Mundo de 2014, é o primeiro da América Latina a contar com o sistema.
Inicialmente, o teto retrátil era uma promessa para o Mundial, mas com o atraso – visto em quase todas as obras do torneio – acabou sendo deixado de lado. Mesmo sem a vitrine do torneio, e caro, seguiu como um objetivo final do projeto. Agora real, o sistema de movimentação, através de dois módulos de aço galvanizado, dura 25 minutos para operar.
Com esta notícia, lembrei logo da fachada de LED na Arena Pernambuco, também apresentada como um grande diferencial em relação às demais arenas brasileiras. Infelizmente, no empreendimento em São Lourenço o “plus” parece mesmo esquecido, com ou sem Copa. O consórcio alega que “A iluminação de LEDnão estava prevista no projeto inicial e não foi licitada. Dessa forma, estão sendo realizados estudos de viabilização técnica e financeira”.
Saiba mais sobre o polêmico LED na arena pernambucana aqui.
A execução no Paraná mostra que a obra original não deveria ser abandonada.
O futebol brasileiro em 2014 pertence ao estado de Minas Gerais. Os dois gigantes de BH faturaram os dois principais títulos nacionais da temporada. Na Série A, o compacto e bem armado Cruzeiro voltou a ser campeão. Na Copa do Brasil, o Atlético mostrou-se copeiro mais uma vez, como na Libertadores. Na decisão, bateu justamente o arquirrival, no maior clássico mineiro da história.
Com as duas principais taças do país definidas, hora de atualizar o tradicional levantamento do blog com os maiores campeões nacionais de elite, numa atualização que já dura seis anos. Com o tri da Série A, o Cruzeiro – maior vencedor fora do eixo Rio-SP – empatou com o Corinthians, com oito troféus cada. Dividem a 4ª colocação da lista. Já o Galo voltou a erguer um troféu nacional após 43 anos. Foi a sua segunda conquista.
Como de praxe, as competições levadas em consideração foram a Taça Brasil (1959/1968), o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967/1970), a Série A (1971/2014), a Copa do Brasil (1989/2014) e a Copa dos Campeões (2000/2002). Todos esses campeonatos têm em comum as vagas nas Taça Libertadores da América (saiba mais aqui).
Portanto, existem 22 campeões nos 87 torneios organizados pela CBF e por sua precursora, a CBD. Antes de qualquer discussão sobre o Brasileiro de 1987, vale ressaltar que a lista aponta os vencedores reconhecidos pela entidade que organiza o futebol brasileiro.
As variadas conquistas foram somadas sem distinção. O blog entende que as competições têm pesos bem diferentes, obviamente, mas a diferença nas posições envolvendo clubes com o mesmo número de títulos foi estabelecida pelo último troféu, com vantagem para o mais antigo.
11 – Palmeiras (A: 1972, 1973, 1993 e 1994; R: 1967 e 1969; CB: 1998 e 2012; TB: 1960 e 1967; C: 2000)
9 – Santos (A: 2002 e 2004; R: 1968; CB: 2010; TB: 1961, 1962, 1963, 1964 e 1965)
9 – Flamengo (A: 1980, 1982, 1983, 1992 e 2009; CB: 1990, 2006 e 2013; C: 2001)
8 – Corinthians (A: 1990, 1998, 1999, 2005 e 2011; CB: 1995, 2002 e 2009)
8 – Cruzeiro (A: 2003, 2013 e 2014; CB: 1993, 1996, 2000 e 2003; TB: 1966)
6 – Grêmio (A: 1981 e 1996; CB: 1989, 1994, 1997 e 2001)
6 – São Paulo (A: 1977, 1986, 1991, 2006, 2007 e 2008)
5 – Vasco (A: 1974, 1989, 1997 e 2000; CB: 2011)
5 – Fluminense (A: 1984, 2010 e 2012; R: 1970; CB: 2007)
4 – Internacional (A: 1975, 1976 e 1979; CB: 1992)
2 – Bahia (A: 1988; TB: 1959)
2 – Botafogo (A: 1995; TB: 1968)
2 – Sport (A: 1987; CB: 2008)
2 – Atlético-MG (A: 1971; CB: 2014)
1 – Guarani (A: 1978)
1 – Coritiba (A: 1985)
1 – Criciúma (CB: 1991)
1 – Juventude (CB: 1999)
1 – Atlético-PR (A: 2001)
1 – Paysandu (C: 2002)
1 – Santo André (CB: 2004)
1 – Paulista (CB: 2005)
Legenda: Série A (A), T. Roberto Gomes Pedrosa (R), Copa do Brasil (CB), Taça Brasil (TB), Copa dos Campeões (C).
Entre tantas competições e tantos clubes distintos, como mensurar o nível do desempenho? Uma consultoria criou um índice que compara os resultados dos times nas competições oficiais num ano e o gasto no mesmo período.
O índice de eficiência na gestão, elaborado pela Pluri Consultoria, distribuiu os pontos dos torneios com clubes brasileiros. Veja aqui.
O Pernambucano, por exemplo, está junto de Bahia, Paraná e Santa Catarina.
Sem surpresa, o Atlético Mineiro, campeão da Taça Libertadores, ficou na liderança de 2013, com 1,95. Foi seguido pelo Atlético Paranaense, que com 81 milhões de reais em receitas foi vice-campeão da Copa do Brasil e 3º lugar na Série A. Fechando o pódio, o Cruzeiro, campeão brasileiro.
A surpresa vem na 4ª colocação, com o Santa. E faz sentido. Com um faturamento de apenas R$ 14 milhões – numa queixa do presidente Antônio Luiz Neto -, o Tricolor foi campeão estadual e brasileiro da Série C. Índice de 1,06.
Nos anos anteriores, também foi campeão estadual, o clube ficou em 10º (2012), 9º (2011). Em relação aos rivais, o Leão apareceu em 11º lugar, com o acesso à elite e o vice local, enquanto o Timbu ficou em 27º, com um índice negativo (-0,2), resultado direto do rebaixamento e da ausência na final estadual.
A consultoria tem levantamentos desde 2008. O maior índice já alcançado num ano foi do Sport em 2008 (títulos da Copa do Brasil e do Pernambucano), com 6,26. Na ocasião, a receita do clube foi de R$ 19 milhões, 1/3 da atual.
Confira o estudo completo sobre o índice de gestão aqui.
A Série B é conhecida pelo seu equilíbrio técnico. Jogos de muita força, com algum lampejo de técnica sendo decisivo nas partidas. Não por acaso, é comum um time ficar entre o acesso e o descenso faltando dez rodadas.
Num campeonato no qual os jogos parecem iguais, técnica e fisicamente, vale enxergar com mais cuidado os números de cada um.
Em 2014, Náutico e Santa Cruz terminaram o turno com 27 pontos, a seis da zona de classificação à elite. No caso tricolor, falta uma partida, que pode fazer com que a campanha seja 27, 28 ou 30 pontos. Historicamente, o último integrante do G4 sempre chegou à metade da competição na casa dos 30 pontos (o que mostra a importância de Santa x Bragantino).
O 4º lugar da segundona na 19ª rodada:
2014 – 33 pontos, 57,8% e 1 ponto de vantagem
2013 – 31 pontos, 54,3% e nenhum ponto de vantagem
2012 – 34 pontos, 59,6% e 1 ponto de vantagem
2011 – 30 pontos, 52,6% e 1 ponto de vantagem
2010 – 31 pontos, 54,3% e nenhum ponto de vantagem
2009 – 33 pontos, 57,8% e 3 pontos de vantagem
2008 – 32 pontos, 56,1% e nenhum ponto de vantagem
2007 – 30 pontos, 52,6% e nenhum ponto de vantagem
2006 – 30 pontos, 52,6% e 1 ponto de vantagem
Por outro lado, nem sempre o 4º colocado conquistou o acesso após as 38 rodadas. É normal o arranque de uma equipe no returno. A recuperação recorde ocorreu logo na primeira edição do atual formato da Série B, com pontos corridos, com o América de Natal saltando do 12º lugar para a primeirona. Havia somado apenas 25 pontos no turno inicial.
O detalhe básico: todas as equipes neste contexto foram superiores no returno.
Lista de times que subiram com a pior campanha na primeira fase:
2013 – Figueirense (8º com 29) / 31 pontos – 60 pts (4º)
2012 – Atlético-PR (6º com 32) / 39 pontos – 71 pts (3º)
2011 – Sport (5º com 29) / 32 pontos – 61 pts (4º)
2010 – América-MG (6º com 30) / 33 pontos – 63 pts (4º)
2009 – Ceará (4º com 33) / 35 pontos – 68 pts (3º)
2008 – Barueri (6º com 30) / 33 pontos – 63 pts (4º)
2007 – Ipatinga (9º com 28) / 39 pontos – 67 pts (2º)
2006 – América-RN (12º com 25) / 36 pontos – 61 pts (4º)
Ano -Time (colocação e pontuação no turno) / pontos no returno – pontuação geral (colocação final)
Confira uma análise do primeiro turno de 2006 a 2014 clicando aqui.
O Sport chegou a ficar seis jogos sem perder. Agora são três rodadas sem vencer. O time ainda mantém uma distância confortável sobre o Z4 (8 pontos), a queda de produção preocupa a médio prazo.
No G4, a composição segue a mesma há várias semanas, mas agora com uma ameaça real, com a evolução do São Paulo no campeonato. Na briga pelo título, polarização entre Cruzeiro e Inter? A conferir.
A 16ª rodada do representante pernambucano
20/08 – Sport x Palmeiras (19h30)
Jogos no Recife pela elite: 5 vitórias leoninas, 4 empates e 7 derrotas.
O Sport foi um time com intensidade no primeiro tempo contra o Atlético-PR. Teve volume de jogo sobretudo quando a bola passou nos pés do seu meio-campista, o estreante Régis, há algum tempo aguardado.
Um jogador rápido e que não parece buscar a obviedade sempre, como os dois pontas escalados, Felipe Azevedo e Érico Júnior. Ambos muito abertos, num esforço gigante para ir até a linha de fundo, mas sem qualidade na hora do último passe para Neto Baiano. Assim, o centroavante pouco fez, só o combate.
O gol paranaense anotado por Cléberson aos 25 minutos, subindo sozinho, não diminuiu o ímpeto da equipe, que empatou aos 40, num rebote de Régis.
Por que o texto se refere apenas ao primeiro tempo até aqui? Foi o único período em que o Leão realmente jogou futebol. Um lampejo de bom futebol.
Na segunda etapa, a partida caiu bastante, sem chances claras, com leoninos acertando os próprios leoninos nas finalizações e com a entrada do improdutivo Zé Mário no lugar do estreante, poupado de um maior desgaste.
Sem a mesma velocidade e criatividade, o jogou travou. Reconheço que o atleta se esforçou nesta noite, mas não foi suficiente. Era a volta da obviedade. O empate em 1 x 1 mantém o time entre os dez primeiros colocados, mas com a gordura sumindo numa dieta veloz. Já são três jogos sem vitória.
Os 14 mil torcedores presentes na Ilha neste domingo saíram pensando a mesma coisa. Quando Diego Souza vai estrear? E que é preciso render…