Os pernambucanos jogaram no sábado, em horários simultâneos, pela 27ª rodada da Série B. De volta ao Lacerdão, uma semana após a “estreia”, desta vez o alvirrubro alcançou o resultado positivo – e a sobrevida. Lá em Porto Alegre, o tricolor não foi páreo para o líder, voltando ao Z4. O 45 minutos comentou as duas partidas em gravações exclusivas, nas questões técnica e tática, além de análises individuais. Ao todo, 53 minutos de podcast.
O Internacional é a principal atração da Série B de 2017. À parte do clássico local, os maiores públicos de Santa (25 mil) e Náutico (13 mil) foram diante do colorado. Por isso, somando ao embalo da primeira partida do alvirrubro em Caruaru, com grande mobilização, a presença alvirrubra foi representativa. Entretanto, com mais três jogos por disputar na cidade, ficou a expectativa sobre o desempenho seguinte. E aí entra, no futebol, o importante fator psicológico. Com as derrotas para Inter e Paraná, no meio de semana, o jogo seguinte, contra o Boa, acabou minado. E os números mostram isso. Abaixo, cenários semelhantes em fotos dos repórteres João de Andrade e Luís Prates.
Há um meio termo entre os jogos, considerando um rival de menor apelo?
Náutico 0 x 1 Internacional (23/09) Público: 13.409 pessoas Renda: R$ 264.765
Há uma semana, o Lacerdão foi tomado por 13 mil torcedores, na estreia do Náutico no estádio nesta Série B. De lá para cá, a esperança foi arrefecida pela série de três derrotas seguidas, com apenas 2 mil alvirrubros na segunda apresentação em Caruaru. Na prática, era a última chance de seguir na briga. Fazer o dever de casa até o fim da competição é a matemática básica. Para isso, independe da dificuldade da partida. Como era o caso do Boa Esporte, há quatro jogos sem perder e na parte de cima da tabela.
Cabia ao Náutico fazer um jogo mais estudado e aproveitar as poucas oportunidades, entendendo a limitação (e condição) do time, que entrara ainda mais pressionado devido às vitórias de Figueirense e Goiás – idem com o Santa, que acabaria derrota em Porto Alegre. E para quem pegou a BR-232, desta vez, o sorriso se manteve até o apito final. O Náutico venceu por 2 x 0, com direito a um improvável e emocionante roteiro no finzinho.
O alvirrubro começou tentando impor velocidade, mas o gramado logo deixou claro que não seria simples. O jogo só desafogou aos 19 minutos, quando o camisa 9 do visitante, Casagrande, cortou a bola com o braço. Pênalti. Novo camisa 9 do Náutico, Rafael Oliveira deslocou o goleiro e marcou o seu primeiro gol. Ainda no primeiro tempo ele foi substituído por Dico, também oriundo do Botafogo de João Pessoa. Rafael sofreu uma lesão no joelho direito e fará exame para avaliar a gravidade – reflexo direto do gramado duro.
No segundo tempo, o Boa foi mais organizado e dominou o jogo, com o timbu se restringindo a poucos contra-ataques. Num deles, aos 33, Gilmar perdeu grande chance. O castigo veio no minuto seguinte, num pênalti para o adversário, também por mão na bola. Destaque contra o Inter, mesmo na derrota, o jovem goleiro Jefferson transformou o bom rendimento em pontos ao espalmar a cobrança de Felipe. Aos 44, em novo contragolpe, Dico passou pelo marcador e bateu com muita força, golaço. Gol de quem não desiste…
Timbu como mandante sob o comando de Roberto Fernandes (4v-0e-1d) 19ª) Náutico 1 x 0 Luverdense (Arena PE) 21ª) Náutico 2 x 0 Figueirense (Arena PE) 23ª) Náutico 1 x 0 Brasil (Arena PE) 25ª) Náutico 0 x 1 Internacional (Lacerdão) 27ª) Náutico 2 x 0 Boa Esporte (Lacerdão)
A saída da Arena Pernambuco foi forçada. A administração do estádio, hoje nas mãos do governo do estado, reservou o empreendimento para dois eventos religiosos, à parte do calendário do futebol. Com isso, o Náutico seria obrigado a atuar em outro local em três partidas da Série B de 2017. Com os Aflitos em reforma e os campos da Ilha do Retiro e do Arruda no limite de uso, o clube acabou deslocando até Caruaru, a 130 km de distância.
O estádio foi cedido pelo Central, com direito à seguinte mensagem: “No ninho patativa sempre cabe mais um! Chega pra cá, Náutico! O timba é bem vindo ao nosso alçapão para seguir na Série B!”
Com o imprevisto em São Lourenço, o alvirrubro também não deixou barato, levando o jogo com o Inter para o Lacerdão – inicialmente, a data não coincidiria com os eventos marcados na arena. E logo iniciou uma campanha de marketing puxando pelo viés regional da Capital do Agreste: “Caruaru, a nova casa do Timbu”. Durante a semana, o jogo foi apresentado como uma mudanças de ares do Náutico, cuja sequência na Série B passa por um bom desempenho em Caruaru. Aqui, uma compilação das imagens compartilhadas nos perfis oficiais, incluindo até uma escalação com bonecos de barro e a convocação para a “Avenida Alvirrubra”, na recepção do time.
A resposta foi ótima, com 9 mil ingressos vendidos antecipadamente, sendo 60% (5.400) em Caruaru e 40% (3.600) no Recife. Por sinal, de acordo com a última pesquisa de torcida no município, o timbu teria ao menos 17.806 torcedores lá, fora as cidades vizinhas. Ou seja, há público. E há demanda…
Os mandos de campo do Timbu no Lacerdão pela Série B 25ª) Náutico x Internacional (23/09) 27ª) Náutico x Boa (30/09) 29ª) Náutico x Guarani (14/10) 31ª) Náutico x ABC (21/10)
Nenhuma vitória pernambucana na 16ª rodada das Séries A e B. Na sexta, atuando novamente na arena, o tricolor cedeu o empate, se distanciando do G4 da segundona. No sábado, no interior paranaense, o alvirrubro ficou num empate sem gols, que pouco ajudou na indigesta briga pela permanência. No domingo, numa arena lotada, o leão perdeu o segundo jogo como mandante na elite, desta vez diante do atual campeão brasileiro. O 45 minutos comentou os três jogos em gravações exclusivas, nas questões técnica e tática, além de análises individuais. Ao todo, 122 minutos de podcast. Ouça!
O Santa Cruz jogou muito mal contra o Boa Esporte. Até chegou a abrir o placar, levando a vantagem até a metade do segundo tempo, mas o tricolor não merecia melhor sorte na Arena Pernambuco, com o 1 x 1 travando a reação. O time quase não assustou o goleiro Fabrício, ao contrário de Júlio César, que agradeceu aos céus após a terceira bola em sua trave.
Abrindo a 16ª rodada, o time pernambucano tinha a possibilidade de dormir no G4, pressionando os adversários no complemento. Em tese, o adversário era interessante, mesmo vindo de um resultado positivo. E ficou mesmo nisso, “em tese”. Na prática, o time mineiro foi superior, antes e depois de tomar o gol – que saiu num raro momento de lucidez da equipe coral. Aos 26 do primeiro tempo, proporcionou um lance incrível. Num cruzamento da direita, Diones (livre) cabeceou na trave. Na sequência, Jaime afastou mal e Eduardinho pegou a sobra na meia lua. Sem marcação, soltou uma bomba, no travessão. O bombardeio tirou a torcida coral do sério, com o volante Wellington Cézar (que nem foi o protagonista da bobagem) sendo o alvo.
O gol do Santa, pouco antes do intervalo, foi à parte do que vinha jogando. Tiago Costa cruzou, Bueno ajeitou e João Paulo marcou de cabeça. Aos poucos, o meia vai se firmando na equipe, embora, numa nota geral, também tenha sido irregular desta vez. Para que o gol desse tranquilidade na etapa complementar, o time precisaria melhorar também. Não aconteceu, com um futebol lento e insistente na bola aérea – já com Pitbull em campo. Quem apareceu foi Reis, atacante rival. Numa cobrança de falta, bola no travessão. Na segunda tentativa, tirou tinta da trave. Na terceira, num escanteio, colocou na cabeça de Thaciano, que empatou aos 25. A partir dali, não houve uma finalização efetiva do Santa, com vaias pelo tropeço e pelo desempenho…
Os 5 jogos sob o comando de Givanildo Oliveira* 07/07 – Santa Cruz 3 x 0 Brasil 11/07 – Luverdense 2 x 2 Santa Cruz 15/07 – Náutico 0 x 0 Santa Cruz 18/07 – Santa Cruz 1 x 0 Vila Nova 21/07 – Santa Cruz 1 x 1 Boa * 60% de aproveitamento (2V-3E-0D)
Na 8ª rodada das Séries A e B, nenhuma vitória do Trio de Ferro. No sábado, dois jogos pela segundona. Num gramado em péssimas condições no Arruda, tricolores e colorados encontraram dificuldades para jogar bola. No interior mineiro, o timbu deu sequência à péssima campanha, já com reversão complicada. No domingo, o clássico entre os leões nordestinos, com atuação lamentável do pernambucano, sofrendo o primeiro revés como mandante. O podcast 45 minutos analisou as três partidas em gravações exclusivas, tanto na questão técnica quanto tática, além de análises individuais. Ouça!
No Arruda, o Santa Cruz empatou com o Inter e se manteve no G4 da segunda divisão, deixando justamente o adversário colorada na colocação seguinte. Em Varginha, o Náutico perdeu do Boa Esporte e afundou na lanterna do Brasileiro, já com cinco pontos de diferença sobre o penúltimo colocado. Após oito rodadas, o líder Juventude é o único invicto e o timbu é o único time sem vitória. Na próxima rodada, mais uma “terça-feira cheia”.
Resultados da 7ª rodada Criciúma 3 x 2 Guarani Ceará 1 x 1 Luverdense Paraná 1 x 0 Figueirense Goiás 1 x 2 ABC Santa Cruz 0 x 0 Internacional Boa 2 x 1 Náutico Paysandu 0 x 0 Juventude CRB 0 x 3 Londrina Brasil 3 x 0 Vila Nova Oeste 0 x 0 América
Balanço da 7ª rodada 4V dos mandantes (11 GP), 4E e 2V dos visitantes (9 GP)
Agenda da 8ª rodada 20/06 (19h15) – Náutico x Goiás (Arena Pernambuco) 20/06 (19h15) – Juventude x Brasil (Alfredo Jaconi) 20/06 (19h15) – América x Santa Cruz (Independência) 20/06 (20h30) – ABC x CRB (Frasqueirão) 20/06 (20h30) – Figueirense x Luverdense (Orlando Scarpelli) 20/06 (20h30) – Londrina x Criciúma (Estádio do Café) 20/06 (20h30) – Paysandu x Boa (Curuzu) 20/06 (21h30) – Vila Nova x Ceará (Serra Dourada) 20/06 (21h30) – Guarani x Oeste (Brinco de Ouro) 20/06 (21h30) – Internacional x Paraná (Beira-Rio)
Em 24 pontos disputados, o Náutico somou apenas 2. Além dos dois empates, perdeu seis vezes. Hoje, é o único time que ainda não venceu na Série B, afundando na zona de rebaixamento, numa situação já difícil de reverter.
Em Varginha, sob comando interino de Levi Gomes, mais um revés. Outra vez de virada. Se contra o Paraná o segundo gol saiu nos descontos, contra o Boa o resultado também veio de forma dura, com dois gols seguidos no finzinho do primeiro tempo. Após o gol de Aislan, escorando o escanteio cobrado por Giovanni, o time pernambucano cometeu falhas grotescas. Como exemplo, o pênalti aos 42, ‘iniciado’ por Joazi e cometido por Tiago Cardoso. Bizarro. Na sequência, aos 44, um golaço de Rodolfo. O 2 x 1 seria definitivo, tamanha fragilidade do visitante, cuja melhor chance saiu dos pés do estreante Gilmar.
Com isso, o timbu volta ao Recife com apenas 8,3% de aproveitamento no Brasileiro, em seu pior início desde que o formato de 38 rodadas foi implantado. Por sinal, num levantamento considerando as oito primeiras rodadas, o quadro já é muito preocupante. Dos onze lanternas anteriores neste recorte, seis seguiram na posição ao fim da competição e apenas dois clubes escaparam do Z4, com Vila Nova e ABC somando 43 e 44 pontos nas trinta rodadas seguintes, respectivamente. Complicado imaginar uma reação semelhante com o alvirrubro. Boa sorte ao novo técnico, Beto Campos.
O lanterna da Série B após 8 rodadas (e a situação após a 38ª) 2006 – 7 pontos, Vila Nova (20º 42 pts) 2007 – 6 pontos, Ituano (20º, 33 pts) 2008 – 5 pontos, CRB (20º, 24 pts) 2009 – 3 pontos, Campinense (19º, 37 pts) 2010 – 3 pontos, Vila Nova (16º, 46 pts) 2011 – 3 pontos, Duque de Caxias (20º, 17 pts) 2012 – 2 pontos, Barueri (20º, 30 pts) 2013 – 2 pontos, ABC (14º, 46 pts) 2014 – 1 ponto, Vila Nova (19º, 32 pts) 2015 – 3 pontos, Mogi Mirim (20º, 23 pts) 2016 – 3 pontos, Tupi (19º, 30 pts) 2017 – 2 pontos, Náutico
O G4 da Série B se manteve pela terceira rodada seguida, com o Botafogo na ponta, o Papão na vice-liderança a e os baianos se revezando entre 3º e 4º. Neste momento, a melhor situação local para alcançar o quarteto é do Tricolor. O Santa Cruz venceu o Boa, em Varginha, e se manteve a quatro pontos. Porém, buscou o resultado fora de casa, deixando a chance de uma aproximação maior no jogo em casa – o que não vinha acontecendo, sempre pressionado a se aproximar somente nos jogos como visitante. Na Arena Pernambuco, o Náutico empatou com o Atlético-GO e se complicou. A distância para a zona de classificação subiu para oito pontos, com o time saindo momentaneamente da briga real pela vaga na elite.
Com o Serra Dourada reservado para um evento em 4 de setembro, Atlético-GO x Criciúma foi reagendado para 22/09. O resultado não interfere na campanha dos pernambucanos
No G4, um carioca (líder), um paraense e dois baianos.
A 27ª rodada dos representantes pernambucanos
19/09 (16h30) – Santa Cruz x Ceará (Arena Pernambuco)
19/09 (16h30) – Paysandu x Náutico (Mangueirão, Belém)