O Sport se classificou à semifinal do Nordestão ao vencer o Campinense nos pênaltis. A série acabou na quarta cobrança paraibana, através de Joécio. Pressionado, depois da defesa de Magrão no chute anterior, o zagueiro encheu o pé e isolou a bola. No lance, lá nas sociais, um torcedor rubro-negro preferiu ficar de costas para o lance, só para gravar a classificação como Jason, o famoso serial killer dos cinemas (12 filmes!), também conhecido por “nunca morrer”. No leão, esta brincadeira começou no acesso em 2011.
Assista à íntegra do vídeo, cuja máscara é bem honesta…
Diante de Magrão e com a secada de Jason, o cobrador do Campinense não teve chances kkkkkkkkkkkkkkkkkkk pic.twitter.com/ULht66gtpv
Magrão e Diego Souza são, possivelmente, os dois principais ídolos rubro-negros na atualidade. O camisa 1 pela história, agora construída em 628 jogos, marca recorde no Sport. E o camisa 87 pela sequência de golaços e pela representatividade do clube, até na Seleção. Num confronto dificílimo, com oito gols e reviravoltas, ambos decidiram, com o leão enfim eliminando o Campinense. O time paraibano, algoz em duas oportunidades, foi valente. Com a sua torcida marcando presença, lutou o quanto pôde. Chegou a buscar um gol em um momento no qual ia sendo eliminado no tempo normal. Saiu de cabeça erguida. Quanto ao Sport, a pressão da arquibancada que os jogadores queriam e a intensidade em campo que a torcida cobrava.
Com apenas 17 minutos, o time de Ney Franco já revertera o placar de Campina Grande, com gols de Rogério e Diego Souza, ambos com assistência de Rithely – que havia dito que a equipe teria que jogar o que não havia jogado no ano, dito e feito. A formação em si foi distinta, com três volantes (Rithely livre) e dois jovens (Evandro e Fabrício). Mansur não tinha mais espaço. Já Everton Felipe tornou-se uma arma na segunda etapa, útil.
Após sofrer dois gols, o Campinense promoveu duas mudanças. Ney da Matta, certamente, cogitara a possibilidade de um mau início. Encorpou o seu time, que passou a buscar muito a jogada na ponta direita, em cima de Evandro, que sentiu o jogo. Com apenas 3 minutos após o intervalo a Raposa diminuiu. Jogada bem trabalhada, ampliando o terreno que o Sport teria que percorrer em busca de vaga. Aí, entrou em ação Diego Souza. O primeiro gol já havia sido bonito, pela linha de passe. No segundo, em um rebote, finalizou de bicicleta. Golaço, 3 x 1. Igualou o confronto e incendiou a Ilha, vivendo o seu maior público em 2017, com 19 mil pessoas. Por pouco não virou a necessária goleada, mas Glédson fez duas grandes defesas.
Nos pênaltis, cobranças certeiras dos leoninos e Magrão outra vez fazendo a sua parte. Em disputas do tipo, o goleiro sempre defendeu, até mesmo quando o time acabou eliminado. No chute de Thiago Orobó, o 3º, espalmou a bola no canto esquerdo. Foi a 26ª penalidade defendida pelo goleiro no clube. Desta vez, somada à bike de DS87, valeu a semifinal da Lampions…
Campanhas do Sport na volta do Nordestão (entre parênteses, a premiação) 2013 – Quartas de final (R$ 300 mil) 2014 – Campeão (R$ 1,9 milhão) 2015 – Semifinal (R$ 890 mil) 2016 – Semifinal (R$ 1,385 milhão) 2017 – Semifinal (R$ 1,6 milhão, ainda em disputa*)
“A gente tem que jogar tudo o que não jogou desde o começo do ano.”
A declaração de Rithely, o único leonino a falar com a imprensa na saída do campo do Amigão, deixa claro que o aproveitamento do Sport, de 70% no ano, não era sinônimo de bom futebol. Resultados construídos diante de equipes inexpressivas, quase sempre via qualidade individual. À medida em que adversários mais qualificados batessem de frente, antes mesmo da Série A, esse cenário ficaria mais nítido. A falta de organização, de preenchimento de espaço, de intensidade na marcação e transição ofensiva cobraria seu preço.
Encerrando os jogos de ida das quartas de final da Copa do Nordeste, o Leão foi batido pelo Campinense por 3 x 1. O único visitante derrotado. O algoz paraibano, que já tirou o rubro-negro do torneio em 2013 e 2016, leva uma boa vantagem para a Ilha, teve uma entrega impressionante. Com uma receita muito inferior (R$ 250 mil/mês) e remontagens anuais, a Raposa se mostrou copeira como sempre, jogando nos erros de um time que erra bastante.
Sob o olhar do estreante Ney Franco, o Sport se apresentou pior no primeiro tempo, quando sofreu dois gols enquanto caía um dilúvio. No primeiro, erro de Mansur – o pior em campo, escalado após o veto médico a Mena. No segundo, um erro infantil na saída com Samuel Xavier. E olhe que Magrão trabalhou bastante, com direito a uma defesa espetacular numa cabeçada. Porém, com os laterais perdidos e um ataque inoperante (André isolado, Rogério fominha e Everton Felipe errando), a situação seria mesmo difícil. De volta da Seleção, Diego Souza, novamente na meia, pouco fez.
No segundo tempo, o Leão melhorou, até pelo campo dado pelo Campinense. Em vantagem, focou na marcação e nos contragolpes. Depois de tentar bastante, mas sem levar tanto perigo a Glédson, o visitante marcou com Juninho, que acabara de entrar na vaga de André. Deu um carrinho num chute de Rogério. Aos 36 minutos, pela noite ruim, já seria satisfatório. Seria. O alívio durou dois minutos, com Reinaldo Alagoano fazendo o terceiro após um corte mal feito de Ronaldo Alves . Na Ilha, o 2 x 0 reverte, mas Ney Franco terá apenas dois treinos para fazer a torcida confiar na possibilidade…
Em abril, o Sport entrará em campo por quatro competições distintas. Todas oficiais, nos âmbitos estadual, regional, nacional e internacional. Calendário apertadíssimo, sem lacunas. Não por acaso, Sport x Danubio, na estreia leonina na Copa Sul-Americana, foi marcada para o dia 06/04. Um dia antes, entraria em campo pelo Estadual, contra o Salgueiro. Ambos na Ilha do Retiro.
Como o rubro-negro também joga em casa pelo Nordestão no domingo que abre esta semana, dia 2, parecia óbvia a remarcação para a terça. Embora num ritmo frenético, com jogos no domingo, terça e quinta, haveria um mínimo de “folga” – não há datas vagas no mês. E o que fez a FPF? Sem alarde, remanejou a partida para a segunda-feira! Ou seja, manteve o calendário com jogos em dias consecutivos. Em vez de quarta/quinta, domingo/segunda.
02/04 (16h00) – Sport x Campinense (Nordestão, Ilha) 03/04 (20h00) – Sport x Salgueiro (Estadual, Ilha) 06/04 (19h15) – Sport x Danubio (Sul-Americana, Ilha)
De acordo com o Regulamento Geral de Competições da CBF, na versão 2017, o intervalo mínimo entre os jogos de um mesmo clube é de 60 horas – no caso supracitado serão 26 horas. Porém, de pouco vale. Há um parágrafo, o 2º do artigo 25, só para validar qualquer situação. Trecho a seguir.
“Em casos excepcionais, a diretoria de competições, de forma fundamentada e amparada em autorização médica, poderá autorizar a participação de atletas sem a observância do intervalo mínimo aludido no caput deste artigo”.
Ainda que “legalmente” seja possível, moralmente não é. O que impressiona é a dificuldade para corrigir o próprio calendário – especificamente, a FPF. De fato, o meio da semana está cheio, com quatro jogos no Recife, sendo dois do Sport, além de Náutico e Santa (com mando do Belo Jardim) na quarta. Como a PM não libera dois jogos na capital, a ordem poderia ser a seguinte:
2ª feira – Náutico x Central, PE (não jogam no fim de semana pelo regional) 3ª feira – Sport x Salgueiro, PE 4ª feira – Belo Jardim x Santa Cruz, PE (pré-definido na Globo) 5ª feira – Sport x Danubio, Sula (pré-definido na Fox)
Mas a FPF parece se importar pouco com a valorização do seu torneio…
O caminho está traçado até o troféu dourado da Copa do Nordeste de 2017. O chaveamento com os oito classificados foi definido na sede da CBF, no Rio, através de um sorteio dirigido, transmitido na tevê. E Sport e Santa ficaram do mesmo lado, com Bahia e Vitória do outro. Logo, poderemos ter o Clássico das Multidões numa semifinal, como em 2014, e o Ba-Vi na outra. PE x BA na finalíssima? Calma. Para isso, o quarteto precisa confirmar o favoritismo nas quartas, naturalmente. Neste mata-mata, com cinco ex-campeões, o sistema de classificação é o mesmo adotado na Copa do Brasil. Quem fizer mais pontos nos 180 minutos, passa. Em caso de igualdade, vem saldo de gols, maior número de gols na casa do rival e, por último, pênaltis.
Sport x Campinense Nos dois anos anteriores, o Leão da Ilha investiu mais a partir de abril/maio, visando o Brasileirão. Desta vez, a montagem do elenco foi em janeiro, com direito à aquisição de André por R$ 5,2 milhões, na maior compra do futebol nordestino. O elenco é qualificado, sobretudo ofensivamente, porém, ainda não rendeu o esperado, com atuações irregulares mesmo em uma chave fraca, como a C. Sem espaço para erros, agora encara um velho algoz, o Campinense, que trocou de técnico logo após a 1ª fase. Nesta volta oficial da Lampions, a Raposa já eliminou o Sport duas vezes, nas quartas em 2013 e na semi em 2016. É o confronto mais difícil. Datas: 30/03 (Amigão, 21h15) e 02/04 (Ilha do Retiro, 16h)
Santa Cruz x Itabaiana A reformulação no Arruda foi completa. Do time campeão da Lampions em 2016, apenas o laterais Vítor (direito) e Tiago Costa (esquerdo) seguem no clube. Com Vinícius Eutrópio à frente deste processo, o time surpreendeu, com a terceira melhor campanha na fase de grupos. Sofreu apenas dois gols, mesmo sem a definição de uma dupla de zaga, com Anderson Salles ganhando a oportunidade nas últimas apresentações. Após avançar no grupo da morte, o tricolor acabou pegando a maior surpresa entre os classificados às quartas. É a primeira vez que o Itabaiana chega nesta etapa. Datas: 29/03 (Etelvino Mendonça, 21h45) e 01/04 (Arruda, 16h)
Vitória x River Maior campeão, com quatro títulos, o rubro-negro baiano investiu pesado no elenco para reconquistar o Nordestão após sete anos. Apesar disso, o time de Argel enfrentou lesões, como a do meia Dátolo, e a falta de encaixe das principais peças ofensivas, como André Lima. Por pouco ficou de fora do pote 1 no sorteio, mas conseguiu liderar o grupo E após vitórias suadas nas duas últimas rodadas. Nas quartas, terá a viagem mais longa, com 995 km. Pega o River, o primeiro time dos estados integrados em 2015 (PI e MA). O clube de Teresina vem jogando no acanhado Lindolfo Monteiro, em vez do Albertão, dando força ao seu mando de campo. Datas: 29/03 (Lindolfo Monteiro, 19h15) e 01/04 (Barradão, 18h15)
Bahia x Sergipe Já são 15 anos sem o título nordestino, mas o Baêa vem tentando. Tanto em 2016 quanto em 2017 fez a melhor campanha na fase de grupos. Neste ano, sequer sofreu gols. A defesa, aliás, vem sendo o foco do técnico Guto Ferreira, até pelo desempenho irregular da equipe como visitante desde a Série B, mesmo com o acesso. Na frente, os destaques são Régis, emprestado pelo Sport, e o Brocador, ambos com 4 gols. Nas quartas, irá reeditar um confronto ocorrido na Copa do Brasil deste ano. Na primeira fase, o Bahia fez 2 x 0 no Sergipe, em pleno Batistão. De lá para cá, o alvirrubro reagiu, tendo hoje o artilheiro do regional, Hiago, com 5 gols. Datas: 29/03 (Batistão, 21h45) e 02/04 (Fonte Nova, 16h)
A vantagem no mando de campo nas fases seguintes será definida de acordo com a pontuação geral, somando a fase de grupos e os mata-matas. Vale lembrar que o campeão receberá R$ 2,85 milhões, na soma de todas as cotas, além de obter a vaga às oitavas da Copa do Brasil de 2018
Pitacos na semifinal: Sport x Santa Cruz e Bahia x Vitória (alguma surpresa?).
Abaixo, o debate do podcast 45 minutos sobre o chaveamento.
Encerrada a primeira fase da Copa do Nordeste de 2017. Na 6ª rodada, os três pernambucanos jogaram simultaneamente, às 21h45, com destinos distintos. No Ceará, o alvirrubro aplicou a maior goleada da história do torneio, mas acabou eliminado. No Maranhão, o rubro-negro, já classificado, perdeu a chance de terminar com a melhor campanha geral. No Arruda, o tricolor não só conquistou a vaga às quartas como terminou no pote 1 para o sorteio do chaveamento. O 45 minutos analisou os jogos em gravações exclusivas, focando o desempenho e as perspectivas para as próximas apresentações.
Neste podcast, estou com Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça!
O pote 1 para o sorteio das quartas de final da Copa do Nordeste terá os três clubes presentes no Brasileirão e o atual campeão regional. Ou seja, as principais forças confirmaram o favoritismo. Assim, Bahia, Sport, Vitória e Santa evitaram confrontos de peso na próxima fase e ainda vão decidir os respectivos confrontos em seus domínios. Pelo segundo ano seguido o Baêa termina a 1ª fase com a melhor campanha. Desta vez, contou com a derrota do Sport para o eliminado Sampaio, passando na última rodada, 14 x 13.
Após três anos o Trio de Ferro disputou a fase de grupos. Faltou pouco para a tripla classificação. Por um ponto, o Náutico ficou de fora do mata-mata. Sport e Santa Cruz avançaram liderando os seus grupos e embolsaram R$ 450 mil – já haviam recebido uma cota de R$ 600 mil pela participação na primeira fase.
O sorteio das quartas de final, com a definição do caminho até a decisão, será na sede da CBF, no Rio, às 11h desta sexta-feira. Eis os potes do sorteio:
Pote 1: Bahia, Sport, Santa Cruz e Vitória (todos campeões) Pote 2: Itabaiana, River, Campinense e Sergipe (um campeão)
Os clubes classificados às quartas do Nordestão (2013-2017):
2013 ABC, ASA, Campinense, Ceará, Fortaleza, Santa Cruz, Sport e Vitória
2014 América-RN, Ceará, CRB, CSA, Guarany-CE, Santa Cruz, Sport e Vitória
2015 América-RN, Bahia, Campinense, Ceará, Fortaleza, Salgueiro, Sport e Vitória
2016 Bahia, Campinense, Ceará, CRB, Fortaleza, Salgueiro, Santa Cruz e Sport
2017 Bahia, Campinense, Itabaiana, River, Santa Cruz, Sergipe, Sport e Vitória
Número de classificações às quartas (2013-2017):
5 – Sport (100%)
4 – Campinense, Ceará, Santa Cruz e Vitória 3 – Bahia e Fortaleza 2 – América-RN, CRB e Salgueiro 1 – ABC, ASA, CSA, Guarany-CE, Itabaiana, Sergipe e River
Um simples empate e o Santa Cruz seguiria em busca do bicampeonato nordestino. Uma vitória e a situação nas quartas de final seria um pouco melhor, decidindo em casa. Ou seja, era inegável o caráter decisivo contra o Campinense, num repeteco da última decisão. E o time paraibano, ano a ano, vai se mostrando um adversário complicado na Lampions. Já classificado, não deixou por menos, endurecendo o confronto e exigindo muita aplicação do tricolor. A vitória veio, suada, por 1 x 0. Em uma partida de poucas oportunidades reais de gol, em ambos os lados, o mandante marcou forte no meio-campo, jogando com o regulamento debaixo do braço.
Era uma noite na qual não cabia vacilo. Quando a partida no Arruda começou, o outro jogo do grupo, em Horizonte, já estava com 7min26s. E com apenas 14 o Náutico já fazia o placar necessário, marcando quatro gols. O gol da vitória foi marcado por Anderson Salles, grata surpresa na bola parada. Cobrou uma falta no travessão e depois converteu bem o pênalti sofrido por Éverton Santos – ter um jogador assim é essencial em mata-matas. No segundo tempo, com a Raposa buscando o empate, que a deixaria na liderança, o zagueiro foi novamente decisivo, salvando uma bola em cima da linha. Foi o nome da noite, confirmando a sua vaga numa defesa ainda observada pelo técnico Vinícius Eutrópio.
No fim das contas, o Santa saiu com todos os objetivos alcançados, ficando no pote 1 do primeiro mata-mata e evitando confrontos contra Bahia, Vitória e Sport. Ah, ganhou mais R$ 450 mil, um verba importante para otimizar a folha.
Santa Cruz na fase de grupos 2013 – 15 pontos (5v-0e-1d, 1º) 2014 – 11 pontos (3v-2e-1d, 2º) 2016 – 10 pontos (3v-1e-2d, 2º) 2017 – 13 pontos (4v-1e-1d, 1º)
Campanhas do Santa na volta do Nordestão (entre parênteses, a premiação) 2013 – Quartas de final (R$ 300 mil) 2014 – Semifinal (R$ 850 mil) 2015 – não participou 2016 – Campeão (R$ 2,385 milhões) 2017 – Mata-mata… (R$ 1,05 milhão até as quartas*)
Em 3 de novembro de 2013, num jogo complicado, valendo o acesso à segunda divisão, Flávio Caça-Rato marcou o gol da vitória coral, balançando o Arruda. Na ocasião, com 60.040 torcedores presentes. Lotação máxima, proporcionando a maior bilheteria do futebol pernambucano, com R$ 1.392.610. Hoje, na condição de atual campeão estadual e regional, o Santa Cruz vem registrando borderôs bem aquém de seu histórico recente. Nos seis primeiros jogos oficiais no Arruda em 2017, incluindo dois clássicos, foram 33 mil pessoas girando as catracas. Na média, 5,5 mil espectadores, ou 10% da capacidade atual do Mundão.
Por isso, a campanha do tricolor convocando o torcedor, na véspera do confronto decisivo contra o Campinense, em busca da vaga às quartas de final da Copa do Nordeste. O apelo é direto: “sai do sofá, vem pro Arruda”.
A iniciativa faz sentido, pois os seis jogos do clube como mandante foram transmitidos pela tevê para o Recife, entre Globo (2), Esporte Interativo (2) e Premiere (2). Essa comodidade é recorrente em clubes de massa, sempre com essa contrapartida – ao menos neste período de transição sobre a forma de acompanhamento do time de coração. Por sinal, essa convocação do Santa poderia ser muito bem aplicada aos rivais, com estádios tão esvaziados quanto.
À parte do que também afasta o torcedor (violência, transporte, horários e preço), a experiência de um jogo de futebol dentro do estádio é inigualável…
Os 6 jogos do Santa mandante (Estadual + Nordestão)
Público: 33.099 torcedores
Média de 5.516
Renda: R$ 313.510
Média de R$ 52.251
O Náutico fez uma apresentação medíocre na Arena. Jogou de forma desordenada, afobada e errou demais nas finalizações, numa noite em que só a vitória o manteria em condições normais de classificação no Nordestão. Empacou. O empate em 0 x 0 com o Campinense deixou o timbu com quatro pontos, restando apenas dois jogos. Além de vencer os dois, incluindo um clássico, precisa secar adversários do seu grupo e dos outros para terminar a fase como um dos três melhores vice-líderes. Ou seja, saiu do controle.
Estreando o técnico Milton Cruz, o time mostrou vontade, só. Insuficiente para superar um adversário arrumado – embora tecnicamente esteja na Série D. Por sinal, a Raposa impressiona pela competitividade no regional. Desde a volta, em 2013, foram três participações, avançando em todas. E foi longe, com um título e um vice. Em 2017, já encaminha mais um mata-mata. Bem postado na defesa, o visitante tentou se impor nos contragolpes, mas sem se expor, consciente do resultado já interessante – e a numerosa torcida paraibana comemorou o empate em São Lourenço. Com a intermediária ofensiva preenchida, o Alvirrubro encontrou dificuldades para criar (com volantes!), mas até conseguiu finalizar, com chutes de primeira, de longe. Sempre com pressa. Quase sempre pra fora.
O resumo está no último lance de perigo, aos 45 minutos. Com dois jogadores brigando pela bola na área, Páscoa acabou pegando o rebote. Estava em ótima condição, mas mandou pra fora. E reduziu ainda mais a esperança de um time que vem na contramão. Encaminhando a 3ª eliminação precoce seguida.