Arena PE ou Castelão, o 8º palco da Copa América de 2019. Resposta em dezembro

Estádios Arena Pernambuco e Castelão. Fotos: divulgação

O Brasil receberá a Copa América após trinta anos. Em 2019, o torneio volta ao país reformulado, ampliado. Serão 16 países, sendo os dez filiados da Conmebol e mais seis convidados, com possibilidade de seleções da Concacaf, como de praxe, mas também da Europa e da Ásia (que teve o Japão na disputa em 1999). Segundo reportagem do globoesporte.com, oito estádios devem ser selecionados, todos no “Padrão Fifa”, através do caderno de encargos mais atual. Sete já estariam definidos, com a última vaga sendo disputada por Recife e Fortaleza, com a Arena Pernambuco e o Castelão.

No caso local, o pedido foi protocolado pela FPF à confederação sul-americana, via CBF, em 20 de janeiro. Segundo Evandro Carvalho, o processo ainda será formalizado, aguardando ainda a formação do comitê organizador da copa. O mandatário da federação trata a capacidade (45 mil x 63 mil) como o único ponto contrário em relação à candidatura cearense.

“Pela capacidade de público, já não poderíamos receber a Seleção, que só deve ir a estádios acima de 50 mil lugares, mas estamos dentro do padrão de estrutura do torneio. E como deverá ter seleções de outros continentes, a nossa posição é estratégica, tanto em voos quanto em rede hoteleira.”

Segundo o GE, haveria “favoritismo claro” para o Castelão. Ao blog, Evandro discordou, dizendo que a “situação é a mesma”. Até mesmo pelo know-how, uma vez que os dois empreendimentos receberam, recentemente, jogos da Copa das Confederações, Mundial e Eliminatórias de 2018. A resposta, de acordo com ele, deve ser dada até o fim de 2017. O blog também entrou em contato com a administração da Arena, que deixou o caso nas mãos da FPF.

“A Arena de Pernambuco sempre busca receber os maiores eventos possíveis, dentro ou fora do cunho esportivo. (…) Em relação à Copa América, que será realizada no Brasil 2019, a Arena informa que, possíveis negociações para sedes visando esta ou outra competição, são realizadas entre as Federações e Confederações envolvidas no processo. (…)”

Palcos da Copa América no Brasil

1919  – Laranjeiras (RJ, 7 jogos) 

1922 – Laranjeiras (RJ, 11 jogos) 

1949 – São Januário (RJ, 13 jogos), Pacaembu (SP, 12 jogos), General Severiano (RJ, 2 jogos), Vila Belmiro (SP, 1 jogo) e Otacílio Negrão (MG, 1 jogo) 

1989 – Serra Dourada (GO, 10 jogos), Fonte Nova (BA, 8 jogos), Maracanã (RJ, 6 jogos) e Arruda (PE, 2 jogos)

2019 – Maracanã (RJ), Mineirão (MG), Arena Corinthians (SP), Allianz Parque (SP), Beira-Rio (RS), Mané Garrincha (DF), Fonte Nova (BA) e mais um

Copa América aberta a todos os latinos, com Portugal, Espanha, França, Itália…

Mapa da União Latina (países amarelos)

Em 45 edições, ao longo de um século de história, 18 países já participaram da Copa América. Nem todos sul-americanos, no berço do torneio. Além dos dez filiados à Conmebol, também disputaram sete membros da Concacaf, representando as Américas Central e do Norte, e um da AFC, a confederação asiática. Pois é, o Japão jogou nas canchas sudacas em 1999. Portanto, há precedentes para convites. Daí, a compreensão da declaração do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, no primeiro balanço de sua gestão. Embalado pelos números da edição especial centenária, nos Estados Unidos, com público médio de 46.432 e alcance de 1,5 bilhão de telespectadores acumulados, o dirigente enxerga a participação de países europeus.

“Eu não me limito a pensar da Copa de uma América só com a Concacaf . Sonho, por que não, com uma Copa América com os países latinos como a França, Itália, Espanha , Portugal. Poderíamos fazer um copa distinta.”

Naturalmente, Dominguez citou as seleções mais tradicionais. No entanto, a ideia “latina” ampliaria bastante as possibilidades. Na União Latina, criada em 1954 e sediada em Paris, existem 36 países membros (imagens do post), além de observadores como Argentina e México, já inseridos no contexto da Copa América. Todos possuem línguas (castelhano, francês, italiano, português, romeno e catalão) e/ou culturas de origem latina, a condição básica de adesão. Especificamente entre as opções citadas pelo mandatário, qual seria a mais atrativa para o torneio? A próxima edição será no Brasil. Até segunda ordem, deve seguir o modelo regular, de 2015, com doze países…

Próximas edições da Copa América
2019 – Brasil
2023 – Equador
2027 – Uruguai (a confirmar)
2031 – Bolívia (a confirmar)

Membros da União Latina

Brasil, enfim campeão de tudo no futebol

Seleção Brasileira, campeã de tudo. Arte: Fred Figueiroa/DP

A espera foi grande, de quase um século, mas a Seleção Brasileira enfim alcançou o status de “campeã de tudo”, ao ganhar a medalha de ouro na Olimpíada. Desde a pioneira participação do país no torneio de futebol, em 1952, o time verde e amarelo sempre havia ficado no meio do caminho.

A restrição nas convocações, entre atletas amadores e profissionais, com ou sem passagem na seleção principal e até limite de idade, sempre atrapalhou a montagem dos grupos. Os resultados mais antigos, aliás, foram horríveis, como eliminações na primeira fase. Evoluindo nos Jogos, a Canarinha bateu trave em três oportunidades, com a prata. A obsessão durou até a glória no Maracanã. Foi o 18º título oficial do Brasil, sendo 5 da Copa do Mundo, 4 da Copa das Confederações, 8 da Copa América e 1 dos Jogos Olímpicos, no Rio.

Hoje, falta apenas Eurocopa.

Brincadeira à parte, só poderia participar como convidado, claro. Porém, se o Japão disputou a Copa América nesta condição, em 1999, impossível não é…

Até segunda ordem, o torneio europeu não dá espaço a isso. Ainda.

Linha do tempo das principais conquistas
1919 – Copa América (Brasil)
1922 – Copa América (Brasil)
1949 – Copa América (Brasil)
1958 – Copa do mundo (Suécia)
1962 – Copa do Mundo (Chile)
1970 – Copa do Mundo (México)
1989 – Copa América (Brasil)
1994 – Copa do Mundo (Estados Unidos)
1997 – Copa América (Bolívia)
1997 – Copa das Confederações (Arábia Saudita)
1999 – Copa América (Paraguai)
2002 – Copa do Mundo (Japão e Coreia do Sul)
2004 – Copa América (Peru)
2005 – Copa das Confederações (Alemanha)
2007 – Copa América (Venezuela)
2009 – Copa das Confederações (África do Sul)
2013 – Copa das Confederações (Brasil)
2016 – Jogos Olímpicos (Brasil)

Espera até o primeiro título*
3 anos – Copa América (1916-1919)
5 anos – Copa das Confederações (1992-1997)
28 anos – Copa do Mundo (1930-1958)
96 anos – Jogos Olímpicos (1920-2016)
*Desde a criação da Confederação Brasileira de Desportos, atual CBF, em 1914 

O Brasil é a terceira seleção a conquistar os quatro maiores títulos do futebol, reconhecidos pela Fifa: mundial, intercontinental, olímpico e continental. Antes, apenas França e Argentina. Os Bleus têm 1 Copa do Mundo, 2 Copas das Confederações, 1 Ouro e 2 Eurocopas. Completaram o ciclo em 2001. Já os hermanos, que fecharam a lista em 2004, na Olimpíada de Atenas, ganharam 2 Copas do Mundo, 1 Copa das Confederações, 2 Ouros e 14 Copas Américas. Ao Brasil, uma diferença. É o único que venceu tudo no Século XXI.

Mark González, o primeiro jogador do Sport campeão da Copa América

Mark González, campeão da Copa América de 2016. Foto: instagram (markgonzalez11)

O meia Mark González volta ao Recife com a medalha dourada no peito. Convocado às pressas para substituir o lesionado Matías Fernández, o jogador acabou ganhando espaço na delegação chilena durante a vitoriosa campanha na Copa América Centenário, entrando em campo nas quartas e na semifinal. Na primeira apresentação, no antológico 7 x 0 da La Roja sobre os mexicanos, ainda participou diretamente, com uma assistência. A foto com a taça, num registro do instagram do atleta, comprova que a viagem aos EUA valeu a pena.

Apesar de ainda não ter deslanchado no Sport, Mark já estabeleceu um marco em 2016. Tornou-se o primeiro jogador de um clube pernambucano a conquistar a Copa América. Até hoje, a única participação local havia sido 1959, com Pernambuco representando o Brasil e ficando em 3º lugar. Em outros torneios com seleções adultas, este é o segundo título, 40 anos após Givanildo Oliveira, então no Santa Cruz, vencer o Torneio Bicentenário dos Estados Unidos. Relembrando outras participações, o volante Leomar parou na semi da Copa das Confederações em 2001, enquanto o alvirrubro Nado (1966) e o tricolor Nunes (1978) acabaram cortados do Mundial. À parte disso, apenas amistosos.

Quis o destino que o primeiro fosse justamente de outra bandeira…

Sobre Mark González…

No Chile (2003-2016)
55 partidas, 6 gols

No Sport (2016)
12 jogos, nenhum gol

Mark González durante a viagem na Copa América 2016, nos EUA. Foto: instagram (markgonzalez11)

Chile supera a Argentina de novo e é bi da Copa América em menos de um ano

Copa América Centenário 2016, final: Argentina (2) 0 x 0 (4) Chile. Foto: Conmebol/site oficial

Faz nem um ano que o Chile ganhou o seu primeiro título da Copa América. Aconteceu em 4 de julho de 2015. Passados 359 dias, o bi. Novamente diante da Argentina, outra vez numa final sem gols, decidida nos pênaltis. Sob olhares de 82 mil torcedores no Metlife Stadium, nos States, os chilenos mantiveram a aura de sua melhor geração futebolística. Time copeiro, de um senso coletivo de altíssimo nível. La Roja mereceu, passando o mata-mata da Copa América Centenário sem sofrer gols, contra mexicanos, colombianos e argentinos. Após um século de mãos vazias, duas taças em menos de uma temporada?

A proeza, acredite, não é inédita. O Uruguai foi o primeiro a levantar a taça sul-americana duas vezes em menos de um ano, em 02/12/1923 e 02/11/1924. Duas décadas depois, o bi dos argentinos, em 25/02/1945 e 10/02/1946. Falando em Argentina, o país mantém a seca de títulos desde 1993. E ainda viu o seu principal jogador, o melhor do mundo, Lionel Messi, isolar a sua cobrança.

Copa América Centenário 2016, final: Argentina (2) 0 x 0 (4) Chile. Foto: Conmebol/twitter (@conmebol)

Na véspera da final, houve uma confusão sobre o peso da Copa América Centenário, mas a situação foi esclarecida pela Conmebol, contabilizando o torneio como a 45ª edição. Contudo, o caráter especial do torneio em conjunto com a Concacaf fez com que a antecessora, a Copa América de 2015, presente no calendário regular, fosse o classificatório à Copa das Confederações de 2017, mantendo o status de “campeão vigente” até 2019, no Brasil – com os dois títulos chilenos, francamente, a resolução tornou-se indiferente.

Em 2019 o Brasil organizará o torneio pela quinta vez, após um hiato de três décadas. Até lá, o jejum das maiores potências do continente vai aumentando…

Ano do último título sul-americano e o tempo de jejum (total de títulos)
2016 – Chile, atual campeão (2)
2011 – Uruguai, 5 anos (15)
2007 – Brasil, 9 anos (8)
2001 – Colômbia, 15 anos (1)
1993 – Argentina, 23 anos (14)
1979 – Paraguai, 37 anos (2)
1975 – Peru, 41 anos (2)
1963 – Bolívia, 53 anos (1)

Copa América Centenário 2016, final: Argentina (2) 0 x 0 (4) Chile. Foto: Conmebol/site oficial

Argentina e Chile decidem novamente a Copa América, na 19ª final em 100 anos

A decisão da Copa América de 2016, Argentina x Chile. Crédito: Conmebol/twitter (@conmebol)

Separados pela Cordilheira dos Andes, argentinos e chilenos encaram um cenário inédito no futebol do continente, decidindo a Copa América em dois anos seguidos. Após a inédia conquista de La Roja em 2015, em casa, um novo confronto entre Messi, Vidal, Higuaín e Alexis Sánchez, agora em campo neutro. Bem longe, nos Estados Unidos, que recebem o torneio pela primeira vez, numa composição especial com dez seleções filiadas à Conmebol e seis à Concacaf.

Em 45 edições, esta é a 19ª final. Inicialmente chamado de Campeonato Sul-Americano, o torneio já teve inúmeros formatos. Começou com turno único, tendo uma decisão (“jogo desempate”) em caso de igualdade na pontuação. Assim, a primeira final ocorreu nas Laranjeiras, em 1919, no duelo entre brasileiros e uruguaios. Este clássico, aliás, é o mais recorrente, com quatro finais ao longo de um século. Em apenas três casos a decisão ocorreu em mais de um jogo, entre 1975 e 1983, com o formato sem sede fixa, em jogos de ida e volta. Em caso de empate, disputava-se um terceiro jogo em campo neutro.

Alguns jogos históricos, com status de final, na verdade aconteceram na última rodada de quadrangulares decisivos, como em 1989, com 132 mil pessoas no Maracanã assistindo ao gol de Romário sobre a Celeste. A partir de 1993, todas as edições tiveram fase de grupos, quartas, semi e final. Até hoje, considerando decisões de fato e de direito, foram onze confrontos distintos valendo a taça.

As finais da Copa América
1ª) 1919 – Brasil 1 x 0 Uruguai (Rio de Janeiro)
2ª) 1922 – Brasil 3 x 0 Paraguai (Rio de Janeiro)
3ª) 1937 – Argentina 2 x 0 Brasil (Buenos Aires)
4ª) 1949 – Brasil 7 x 0 Paraguai (Rio de Janeiro)
5ª) 1953 – Paraguai 3 x 2 Brasil (Lima)
6ª) 1975 – Peru x Colômbia: 0 x 1 (Bogotá), 2 x 0 (Lima) e 1 x 0 (Caracas)
7ª) 1979 – Paraguai x Chile: 3 x 0 (Assunção), 0 x 1 (Santiago) e 0 x 0 (B. Aires)
8ª) 1983 – Uruguai x Brasil: 2 x 0 (Montevidéu) e 1 x 1 (Salvador)
9ª) 1987 – Uruguai 1 x 0 Chile (Buenos Aires)
10ª) 1993 – Argentina 2 x 1 México (Guayaquil)
11ª) 1995 – Uruguai (5) 1 x 1 (3) Brasil (Montevidéu)
12ª) 1997 – Brasil 3 x 1 Bolívia (La Paz)
13ª) 1999 – Brasil 3 x 0 Uruguai (Assunção)
14ª) 2001 – Colômbia 1 x 0 México (Bogotá)
15ª) 2004 – Brasil (4) 2 x 2 (2) Argentina (Lima)
16ª) 2007 – Brasil 3 x 0 Argentina (Maracaibo)
17ª) 2011 – Uruguai 3 x 0 Paraguai (Buenos Aires)
18ª) 2015 – Chile (4) 0 x 0 (1) Argentina (Santiago)
19ª) 2016 – Argentina x Chile (Nova Jersey)

Finais mais repetidas
4 – Brasil x Uruguai
3 – Brasil x Paraguai e Brasil x Argentina
2 – Argentina x Chile
1 – Peru x Colômbia, Paraguai x Chile , Uruguai x Chile, Argentina x México, Brasil x Bolívia, Colômbia x México e Uruguai x Paraguai

O mata-mata da Copa América Centenário

Quartas de final da Copa América de 2016. Crédito: Conmebol/twitter

A primeira fase da Copa América Centenário teve 24 partidas, com a pujante média de 41 mil torcedores. A maior surpresa foi negativa, a eliminação precoce do Brasil em um grupo com Equador, Peru e Haiti. A Seleção, aliás, só conseguiu vencer a fraquíssima equipe haitiana. A campanha ridícula – foi a primeira vez que o país não ficou entre os oito melhores em 35 participações – resultou na saída de Dunga do comando técnico. Já a outra favorita de sempre, a Argentina, cumpriu bem o seu papel, ganhando os três jogos. Entre os 16 participantes, apenas os hermanos conseguiram a campanha perfeita.

O torneio especial de 2016, nos Estados Unidos, correspondendo à 45ª edição da história, já tem o mata-mata definido. Grandes nomes do futebol seguem na disputa, como Lionel Messi, James Rodríguez, Arturo Vidal, Di María, Guerrero, Agüero, Alexis Sánchez, Chicharito. Afunilando cada vez mais, até a decisão no Metlife, em Nova Jersey, no dia 26 de junho.

Estados Unidos/Equador x Argentina/Venezuela
Peru/Colômbia x México/Chile

Pitacos para a semifinal?
Para o blog, EUA x Argentina e Colômbia x Chile…

Entre os oito classificados, o número de semifinais/participações (1916-2015):
Argentina – 33 semifinais/40 participações (82,5%), com 14 títulos
Chile – 20/33 (60,6%), com 1 título
Peru – 15/30 (50,0%), com 1 título
Colômbia – 7/20 (35,0%), com 1 título
México – 5/9 (55,5%), com 2 vices
Equador – 2/26 (7,6%)
Estados Unidos – 1/3 (33,3%)
Venezuela – 1/16 (6,2%)

O desabafo de Rivaldo pelo vazio na camisa 10 da Seleção Brasileira

Os camisas 10 da Seleção Brasileira. Crédito: Rivaldo/instagram (RIVALDOOFICIAL)

O pernambucano Rivaldo foi um dos maiores jogadores a vestir a camisa 10 da Seleção Brasileira após Pelé, e olhe que a concorrência foi grande. Mas os números explicam. O meia-atacante revelado no Santa foi eleito o melhor jogador do mundo em 1999, já no Barça, campeão mundial com a Canarinha em 2002 e autor de 37 gols em 74 jogos em uma década defendendo o país. Com esse retrospecto, o craque desabafou em sua rede social após o empate em 0 x 0 entre Brasil e Equador, na primeira rodada da Copa América de 2016.

O comentário, ilustrado por Rivaldo com a presença de Pelé, Rivelino, Zico, Ronaldinho, Kaká e o próprio, foi iniciado a partir do fato de Lucas Lima, o 10 do time atual, ser banco. Não pelo jogador, mas pelo expressivo número (hoje relegado), que historicamente se traduz como ponto alto da criatividade. Vale lembrar que nesta geração o número cabe a Neymar, que não foi chamado para poder ser utilizado nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

“Ontem, senti uma grande tristeza quando assisti ao jogo do Brasil e vi que o camisa 10 estava no banco de reservas. Antes, esta camisa era uma referência para nossa Seleção. Já que Neymar, o nosso camisa 10, não está na Copa América, a camisa 10 ficou com Lucas Lima, um ótimo jogador, que só teve oportunidade aos 40 minutos do segundo tempo. Na minha opinião, Lucas Lima ou Ganso merecem ter mais oportunidades. Se não tiver um 10 em campo, o primeiro a ser sacrificado vai ser o Jonas, que não vai ter oportunidades de gol porque a bola não chega.”

Concorda com a análise de Rivaldo sobre o atual momento da Seleção?

Dunga e Taffarel de volta ao Rose Bowl

Tetracampeões em 1994, Gilmar, Taffarel e Dunga caminham no Rose Bowl em 2016. Crédito: Rafael Ribeiro/CBF

Nostalgia pura a passagem de Dunga, 52 anos, o técnico da Seleção Brasileira, e Taffarel, 50, o preparador de goleiros da equipe, no gramado do Rose Bowl, palco da final da Copa do Mundo de 1994. Se no presente o trabalho da comissão é contestado, há 22 anos a idolatria foi construída, com ambos entre os principais nomes do tetra, encerrando um longo jejum no futebol do país.

Então capitão, numa patente justa, Dunga marcou o terceiro gol da série, que terminaria no chute isolado por Baggio, enquanto Taffarel, dono absoluto da camisa 1, defendeu a cobrança de Massaro, diante de 94.194 torcedores.

Nesse tempo todo, o Brasil só voltou a Pasadena uma vez, num amistoso conta os donos da casa, há quinze anos. O destino recolocou a Seleção no estádio na estreia da edição centenária da Copa América, em 2016. Na véspera da partida, a dupla fez um passeio no gramado (novo), também na companhia de Gilmar Rinaldi, terceiro goleiro do tetra. Lembranças de quem fez história. Assista.

Jogos da seleção principal no Rose Bowl
13/07/1994 – Brasil 1 x 0 Suécia (semifinal da Copa do Mundo)
17/07/1994 – Brasil (3) 0 x 0 (2) Itália (final da Copa do Mundo)
03/03/2001 – Brasil 2 x 1 Estados Unidos (amistoso)
04/06/2016 – Brasil x Equador (estreia da Copa América)

Copa América Centenário, um torneio de futebol em estádios de futebol americano

Estádios da Copa América Centenário 2016. Crédito: Conmebol/site oficial

Recebendo a Copa América pela primeira vez, os Estados Unidos indicaram dez estádios para a edição especial de 2016, centenária. Nenhum foi construído para o evento, ou mesmo reformado. As últimas modernizações ocorreram entre 2002 e 2014. Por sinal, todos os palcos foram concebidos, originalmente, para o futebol americano, sendo oito na NFL e dois para a liga universitária, poderosa no país. Hoje, apenas um serve para o futebol tradicional (“soccer”), com o Orlando City, time do brasileiro Kaká, dono do maior contrato da liga.

Em relação à capacidade, números bem acima da exigência na Copa do Mundo, por exemplo. No torneio da Fifa, os dados vão de 40 mil (primeira fase) a 65 mil (final). Na 45ª edição do torneio continental, as arenas vão de 61.500 a 82.500, com o ponto alto em Nova Jersey, em 26 de junho. Tamanho gigantismo se explica na assistência, com um milhão de ingressos vendidos.

Em 1994, no Mundial realizado nos EUA, o cenário já havia sido idêntico, com nove estádios de futebol americano. Hoje, a impressão é de que o país poderia receber duas Copas do Mundo de uma vez. Afinal, existem 31 estádios na NFL (Giants e Jets dividem um deles), preenchendo com sobras as normas técnicas do caderno de encargos distribuído pela Fifa para qualquer país interessado na Copa. E olhe que ainda seria possível contar com vários da liga universitária – o da Universidade de Michigan pode receber até 109.901 pessoas.

Eis os palcos da Copa América Centenário…

Levi’s Stadium (Santa Clara, Califórnia)
Capacidade: 68.500
Time: San Francisco 49ers (NFL)

Soldier Field (Chicago, Illinois)
Capacidade: 61.500
Time: Chicago Bears (NFL)

Rose Bowl (Pasadena, Califórnia)
Capacidade: 92.500
Time: Ucla (liga universitária de futebol americano)

Phoenix Stadium (Glendale, Arizona)
Capacidade: 63.400
Time: Arizona Cardinals (NFL)

Gillette Stadium (Foxboro, Massachussetts)
Capacidade: 68.800
Time: New England Patriots (NFL)

NRG Stadium (Houston, Texas)
Capacidade: 71.795
Time: Houston texas (NFL)

Camping World* (Orlando, Florida)
Capacidade: 65.000
Time: Orlando City (MLS)
* Antigo Citrus Bowl, sede da Universidade Central da Flórida de 1979 a 2006.

Linconl Field (Filadélfia, Pensivania)
Capacidade: 69.175
Time: Philadelphia Eagles (NFL)

Century Link Field (Seattle, Washington)
Capacidade: 67.000
Time: Seattle Seahawks (NFL)

Metlife (East Rutherford, Nova Jersey)
Capacidade: 82.500
Time: New York Giants e New York Jets (ambos da NFL)