Calendário recifense de 48 a 80 jogos

Calendário

O calendário de jogos oficiais dos grandes clubes pernambucanos será intenso em 2015. Contudo, as agendas são bem distintas, de 48 a 80 partidas.

A agenda mínima seria a do Santa, com 48 jogos, contando apenas com o Pernambucano e a Série B. Reflexo da 4ª colocação no último Estadual, quando perdeu para o Salgueiro as vagas na Copa do Brasil e Nordestão. Caso avance no hexagonal do Pernambucano, o Tricolor faria mais quatro partidas, e só.

Já Náutico e Sport têm números parecidos na quantidade de partidas. A diferença é a pré-vaga do Leão na Sul-Americana. Porém, o próprio Timbu poderia igualar, desde que conquiste a copa regional, que dá vaga à Sula.

Confira as projeções de campanhas mínimas e máximas de cada um.

Náutico
Mínimo: 56 jogos
Estadual (10), regional (6), Copa do Brasil (2) e Série B (38)

Máximo: 78 jogos*
Estadual (14), regional (12), Copa do Brasil (14) e Série B (38)
* O número pode chegar a 80 jogos, caso conquista a vaga na Sul-Americana

Santa Cruz
Mínimo: 48 jogos
Estadual (10) e Série B (38)

Máximo: 52 jogos,
Estadual (14) e Série B (38)

Sport
Mínimo: 58 jogos
Estadual (10), regional (6), Copa do Brasil (2), Série A (38) e Sul-Americana (2)

Máximo: 80 jogos
Estadual (14), regional (12), Copa do Brasil (6), Série A (38) e Sul-Americana (10)

As bolas oficiais da temporada brasileira

Um calendário de bola cheia em 2015. Não teremos uma Copa do Mundo, infelizmente, mas a disputa entre seleções não passará em branco, uma vez que há a Copa América agendada para o Chile. Além disso, há campeonatos estaduais, regionais, nacionais e continentais. À parte dos regulamentos bem distintos, cada um conta com uma bola diferente, sobretudo visualmente.

Em relação aos modelos das pelotas, dois se destacam a partir do viés local. Um deles será utilizado nos gramados no Pernambucano e no Nordestão. Em ambos torneios, a bola ficou a cargo da marca Penalty, com a S11 Campo Pró. Trata-se de um tipo formado por apenas oito gomos.

O outro modelo, também oficial da Fifa, engloba vários torneios. A Série A e a Copa do Brasil contarão com o mesmo visual. Um colorido diferente da Ordem 2, da Nike, será aplicado na Libertadores (e demais torneios de clubes da Conmebol) e também na supracitada Copa América. Essa bola conta com “12 painés soldados por fusão num sistema de revestimento com três camadas”.

No fim das contas, o que vale é a qualidade técnica… ou não?

Para sair um pouco dos estádios da América, vale conferir ainda a bola que será usada exclusivamente na final da Uefa Champions League 2014/2015, em Berlim. Novamente produzida pela Adidas.

Campeonato Pernambucano (Penalty)

Bola oficial do Campeonato Pernambucano de 2015. Crédito: Penalty/divulgação

Copa do Nordeste (Penalty)

Bola oficial da Copa do Nordeste de 2015. Crédito: Esporte Interativo/youtube

Série A e Copa do Brasil (Nike)

Bola oficial da Série A e da Copa do Brasil de 2015. Crédito: Nike/divulgação

Taça Libertadores e Copa Sul-Americana (Nike)

Bola oficial da Libertadores de 2015. Crédito: Nike/divulgação

Copa América (Nike)

Bola oficial da Copa América de 2015. Crédito: Nike/divulgação

Final da Liga dos Campeões da Uefa (Adidas)

Bola oficial da final da Liga dos Campeões 2014-2015. Crédito: Adidas/divulgação

Final da Copa do Brasil sem gol qualificado

Copa do Brasil. Foto: Rafael Ribeiro / CBF

O “gol qualificado” foi instituído na Copa do Brasil já em sua primeira edição, em 1989. Ou seja, em caso de igualdade no número de pontos e no saldo de gols, o critério seguinte no confronto seria o maior número de gols marcados na casa do adversário. Só em caso de novo empate a disputa iria para os pênaltis.

Agora, após 26 edições, a CBF alterou o regulamento. A entidade tirou o valor do gol fora de casa, mas somente na decisão, que corresponde à sétima fase do torneio. O objetivo é “aumentar a emoção” da final, sobretudo para a tv.

Como curiosidade, vale dizer que cinco finais poderiam ter tido um desfecho diferente caso a regra tivesse sido implantada desde o início. Assim, teriam sido estendidas às penalidades – o que, diga-se, jamais aconteceu.

Em 11 de junho de 2008, por exemplo, Sport e Corinthians teriam cobrado pênaltis na Ilha do Retiro. O “gol do título”, apelido dado por Carlinhos Bala ao tento de Enilton aos 45 do segundo tempo no jogo de ida, no Morumbi, não teria pesado ao Leão de forma direta para a taça. No caso, só igualaria o saldo.

1991 – Criciúma x Grêmio (0 x 0 e 1 x 1)
1992 – Internacional x Fluminense (1 x 0 e 1 x 2)
1997 – Grêmio x Flamengo (0 x 0 e 2 x 2)
2008 – Sport x Corinthians (2 x 0 e 1 x 3)
2011 – Vasco x Coritiba (1 x 0 e 2 x 3)

Em todos os casos, o título foi obtido com um golzinho a mais fora de casa. Eis os campeões: Criciúma, Inter, Grêmio, Sport e Vasco.

Apesar da mudança, ela não é inédita no futebol. O mesmo já ocorre na Taça Libertadores e na Copa Sul-Americana, sem o gol qualificado somente nas finais. Contudo, nas duas disputas a igualdade após os 180  minutos leva a uma prorrogação de 30 minutos. Só depois vem a série de pênaltis.

Você é a favor da mudança no regulamento? A CBF acertou ao retirar o gol qualificado da final ou deveria ter feito em todas as fases do torneio?

Pernambucanos derrubaram 81 times e caíram 63 vezes na copa nacional

Copa do Brasil. Foto: Rafael Ribeiro / CBF

As estreias pernambucanas na Copa do Brasil de 2015 estão definidas.

Sport x Cene-MS, Náutico x Brasília e Salgueiro x Piauí. O Santa Cruz, 4º lugar no Estadual, acabou mesmo de fora (veja aqui).

Até hoje, os clubes pernambucanos já disputaram 144 confrontos na história da Copa do Brasil, iniciada em 1989. Confira abaixo o retrospecto completo dos times locais, com sucesso e decepção a cada 180 minutos de bola rolando.

O atual troféu, inspirado na Liga dos Campeões da Uefa, foi instituído há dois anos. Reveja os outros oito modelos de taças de 1989 a 2012.

Sport – 20 participações (156 pontos, 54,1%)
96 jogos (152 GPC e 98 GC, +54)
44 vitórias
24 empates
28 derrotas
32 classificações e 19 eliminações (62,7% de aproveitamento nos confrontos)

Título – 2008
Vice – 1989
Semifinal – 1992 e 2003
Quartas de final – 1998
Oitavas de final – 1991, 1993, 2007 e 2010
16 avos de final – 1995, 1997, 1999, 2001, 2002, 2004, 2012
32 avos de final – 2000, 2011, 2013 e 2014
Eliminações na 1ª fase: 2000 e 2011

Náutico – 19 participações (128 pts, 52,0%)
82 jogos (128 GP e 107 GC, +21)
37 vitórias
17 empates
28 derrotas
24 classificações e 19 eliminações (55,8% de apt. nos confrontos)

Semifinal – 1990
Quartas de final – 2007
Oitavas de final – 1989, 1993, 2003, 2006, 2008, 2009 e 2011
16 avos de final – 1992, 1995, 2000, 2002, 2005, 2010 e 2012
32 avos de final – 2001 e 2014
64 avos de final – 2013
Eliminações na 1ª fase: 1992, 2001 e 2013

Santa Cruz – 21 participações (112 pts, 47,8%)
78 jogos (105 GP e 101 GC, +4)
32 vitórias
16 empates
30 derrotas
20 classificações e 21 eliminações (48,7% de apt. nos confrontos)

Oitavas de final – 1990, 1991, 1994, 1997, 2004, 2005 e 2010
16 avos de final – 1996, 2001, 2002, 2006, 2011 e 2014
32 avos de final – 1999, 2000, 2003, 2007, 2008, 2009, 2012 e 2013
Eliminações na 1ª fase: 1999, 2003, 2007, 2008, 2009 e 2012

Salgueiro – 1 participação (9 pts, 37,5%)
8 jogos (8 GP e 9 GC, -1)
1 vitória
6 empates
1 derrota
3 classificações e 1 eliminação (75% de apt. nos confrontos)

Oitavas de final – 2013

Central – 2 participações (6 pts, 33,3%)
6 jogos (4 GP e 9 GC, -5)
1 vitória
3 empates
2 derrotas
2 classificações e 2 eliminações (50% de apt. nos confrontos)

16 avos de final – 2008 e 2009

Porto – 1 participação (0 pt, 0%)
2 jogos (0 GP e 3 GC, -3)
2 derrotas
1 eliminação e nenhuma classificação (0% de apt. nos confrontos)

32 avos de final – 1999
Eliminações na 1ª fase: 1999

Pernambuco – 64 participações (411 pts, 50,3%)
272 jogos (397 GP e 327 GC, +70)
115 vitórias
66 empates
91 derrotas
81 classificações e 63 eliminações (56,2% de apt. nos confrontos)

Título – 2008
Vice – 1989
Semifinal – 1990, 1992 e 2003
Quartas de final – 1998 e 2007
Oitavas de final – 1989, 1990, 1991 (2), 1993 (2), 1994, 1997, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2010 (2), 2011 e 2013
16 avos de final – 1992, 1995 (2), 1996, 1997, 1999, 2000, 2001 (2), 2002 (3), 2004, 2005, 2006, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012 (2) e 2014
32 avos de final – 1999 (2), 2000 (2), 2001, 2003, 2007, 2008, 2009, 2011, 2012, 2013 (2) e 2014 (2)
64 avos de final – 2013
Eliminações na 1ª fase: 1992, 1999 (2), 2000, 2001, 2003, 2007, 2008, 2009, 2011, 2012 e 2013

Vice-campeonato estadual, torneio seletivo, ranking nacional e a confusão das vagas na Copa do Brasil

Copa do Brasil. Foto: Rafael Ribeiro / CBF

Pernambuco terá apenas três representantes na Copa do Brasil de 2015.

Sport (campeão), Náutico (vice) e Salgueiro (3º lugar) se classificaram através do campeonato estadual de 2014.

Havia a expectativa de que o Santa também conseguisse a sua vaga, mas através do ranking da CBF. O Tricolor seria o último dos dez times agraciados pela lista. Para isso, o Vitória teria que entrar como vice-campeão baiano.

Mas acabou não sendo o caso…

Espertamente, a federação baiana distribuiu as duas vagas obrigatórias na competição local usando o próprio ranking da CBF a seu favor. Vamos explicar.

Com Bahia e Vitória bem colocados no novo ranking, a necessidade de entrar via Estadual é baixa. Então, não haveria motivo, em tese, para a FBF dar uma vaga ao vice – só o lugar do campeão é obrigatório, enxerga a entidade.

Assim, a federação da Boa Terra deu uma vaga ao melhor time da primeira fase, a Jacuipense, valorizando a disputa sem os grandes. Um detalhe polêmico: o regulamento da Copa do Brasil aponta que os estados com duas ou mais vagas precisam classificar os campeões e vices-campeões (!!!).

Segue o caso com a terceira vaga baiana, sequer utilizada no estadual. Foi para um torneio seletivo, fato que também ocorre no Ceará. Por aqui, seria algo como a Copa Pernambuco valer um lugar na Copa do Brasil, o que nunca ocorreu.

Assim, o estado da Bahia conseguiu emplacar quatro clubes entre os 86 participantes do mata-mata nacional, sendo um deles pelo ranking.

E a FPF seguiu com três, também porque o Tricolor está numa colocação ruim no ranking nacional. Afinal, ficou atrás até do ASA…

As participações dos times pernambucanos na Copa do Brasil (1989/2015):

Santa Cruz e Sport – 21
Náutico – 20
Central e Salgueiro  – 2
Porto – 1

1,2 milhão de torcedores e renda de R$ 25,1 milhões nos jogos oficiais na RMR

Torcidas de Sport, Santa Cruz e Náutico

O ano de 2014 de Náutico, Santa e Sport teve 96 partidas, considerando todos os jogos oficiais com o mando de campo do trio em duelos nos Aflitos, Arena Pernambuco, Arruda, Ilha do Retiro e até no Lacerdão. Para o levantamento – o segundo produzido pelo blog -, foram analisados os borderôs disponíveis nos sites da federações responsáveis, com dados sobre público e arrecadação.

Ao todo, os grandes clubes arrecadaram R$ 25.109.612 na bilheteria. O montante foi R$ 1.245.521 superior ao do ano passado. Curiosamente, o público de 1.209.409 torcedores foi inferior, com uma diferença de 313 mil pessoas. Além das campanhas decepcionantes de alvirrubros e tricolores na Série B, isso também foi reflexo do novo patamar nos valores dos ingressos, sobretudo na Arena, que recebeu 43 jogos. Ingressos mais caros até mesmo naqueles pagos pelo governo do do estado no Todos com a Nota. Em vez de R$ 10, como ocorre nos estádios particulares durante o Brasileiro, o TCN pagou R$ 25 na Arena.

Essa manobra foi feita para ajudar a bancar o estádio da Copa, que divide as receitas com os clubes. Por isso, não é possível dizer ao pé da letra quanto um clube arrecadou – somente com os balanços que serão publicados até abril de 2015. Então, é mais certo dizer que tal time gerou um valor “x” de receita, pois a renda também é repartida com o consórcio que opera o estádio.

Em relação aos dados separados entre os times, uma mudança no primeiro lugar. O Sport teve um leve aumento no índice, passando de 15.783 para 16.705 pessoas, mas foi suficiente para passar o Santa, com uma queda brusca de 23.912 para 12.839 espectadores. Ao Tricolor, pesou o fraco futebol em campo e até mesmo os três jogos em Caruaru numa punição por causa de briga de torcida. Os corais ainda jogaram três partidas com portões fechados, mas tais apresentações não entraram na conta, claro.

Já o Náutico atuou a temporada quase inteira na Arena – só fez uma partida foi no Eládio de Barros -, baixando a sua média de público, com 6,5 mil, contra 9,8 mil do ano anterior. A bilheria, porém, subiu, chegando a quase R$ 7 milhões.

Para rever o levantamento de 2013, clique aqui.

Sport
34 jogos (27 na Ilha e 7 na Arena)
568.000 torcedores
Público médio de 16.705
46,78%  de ocupação
R$ 11.065.652
Renda média de R$ 325.460

Estadual – 7 jogos – 118.823 pessoas (16.974) – R$ 1.809.957 (R$ 258.565)
Nordestão – 6 jogos – 93.708 pessoas (15.618) – R$ 1.275.000 (R$ 212.500)
Copa do Brasil – 1 jogo – 1.276 pessoas – R$ 18.135
Série A – 19 jogos – 348.168 pessoas (18.324) – R$ 7.881.200 (R$ 414.800)
Sul-Americana – 1 jogo – 6.025 pessoas – R$ 81.360

Santa Cruz
31 jogos (22 no Arruda, 6 na Arena e 3 no Lacerdão)
398.018 torcedores
Público médio de 12.839
24,02% de ocupação
R$ 7.131.055
Renda média de 230.034

Estadual – 7 jogos – 109.983 pessoas (15.711) – R$ 1.749.552 (R$ 249.936)
Nordestão – 5 jogos – 41.765 pessoas (8.353) – R$ 784.610 (R$ 156.922)
Copa do Brasil – 1 jogo – 9.750 pessoas – R$ 93.465
Série B – 18 jogos – 236.520 pessoas (13.140) – R$ 4.503.428 (R$ 250.190)

Náutico
31 jogos (30 na Arena e 1 nos Aflitos)
243.391 torcedores
Público médio de 7.851
17,27% de ocupação
R$ 6.912.905
Renda média de R$ 222.996

Estadual – 7 jogos – 87.766 pessoas (12.538) – R$ 2.173.905 (R$ 310.557)
Nordestão – 3 jogos – 28.716 pessoas (9.572) – R$ 763.275 (R$ 254.425)
Copa do Brasil – 2 jogos – 1.851 pessoas (925) – R$ 26.720 (R$ 13.360)
Série B – 19 jogos – 125.058 pessoas (6.582) – R$ 3.949.005 (R$ 207.842)

Total
96 jogos (43 na Arena, 27 na Ilha, 22 no Arruda, 3 no Lacerdão e 1 nos Aflitos)
1.209.409 torcedores
Público médio de 12.598
28,25% de ocupação
R$ 25.109.612
Renda média de R$ 261.558
Torneios: Estadual, Nordestão, Copa do Brasil, Sul-Americana e Séries A e B.

87 estrelas douradas nacionais

Campeões nacionais de elite no Brasil de 1959 a 2014. Arte: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

O futebol brasileiro em 2014 pertence ao estado de Minas Gerais. Os dois gigantes de BH faturaram os dois principais títulos nacionais da temporada. Na Série A, o compacto e bem armado Cruzeiro voltou a ser campeão. Na Copa do Brasil, o Atlético mostrou-se copeiro mais uma vez, como na Libertadores. Na decisão, bateu justamente o arquirrival, no maior clássico mineiro da história.

Com as duas principais taças do país definidas, hora de atualizar o tradicional levantamento do blog com os maiores campeões nacionais de elite, numa atualização que já dura seis anos. Com o tri da Série A, o Cruzeiro – maior vencedor fora do eixo Rio-SP – empatou com o Corinthians, com oito troféus cada. Dividem a 4ª colocação da lista. Já o Galo voltou a erguer um troféu nacional após 43 anos. Foi a sua segunda conquista.

Como de praxe, as competições levadas em consideração foram a Taça Brasil (1959/1968), o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967/1970), a Série A (1971/2014), a Copa do Brasil (1989/2014) e a Copa dos Campeões (2000/2002). Todos esses campeonatos têm em comum as vagas nas Taça Libertadores da América (saiba mais aqui).

Portanto, existem 22 campeões nos 87 torneios organizados pela CBF e por sua precursora, a CBD. Antes de qualquer discussão sobre o Brasileiro de 1987, vale ressaltar que a lista aponta os vencedores reconhecidos pela entidade que organiza o futebol brasileiro.

As variadas conquistas foram somadas sem distinção. O blog entende que as competições têm pesos bem diferentes, obviamente, mas a diferença nas posições envolvendo clubes com o mesmo número de títulos foi estabelecida pelo último troféu, com vantagem para o mais antigo.

11 – Palmeiras (A: 1972, 1973, 1993 e 1994; R: 1967 e 1969; CB: 1998 e 2012; TB: 1960 e 1967; C: 2000)
9 – Santos (A: 2002 e 2004; R: 1968; CB: 2010; TB: 1961, 1962, 1963, 1964 e 1965)
9 – Flamengo (A: 1980, 1982, 1983, 1992 e 2009; CB: 1990, 2006 e 2013; C: 2001)
8 – Corinthians (A: 1990, 1998, 1999, 2005 e 2011; CB: 1995, 2002 e 2009)
8 – Cruzeiro (A: 2003, 2013 e 2014; CB: 1993, 1996, 2000 e 2003; TB: 1966)
6 – Grêmio (A: 1981 e 1996; CB: 1989, 1994, 1997 e 2001)
6 – São Paulo (A: 1977, 1986, 1991, 2006, 2007 e 2008)
5 – Vasco (A: 1974, 1989, 1997 e 2000; CB: 2011)
5 – Fluminense (A: 1984, 2010 e 2012; R: 1970; CB: 2007)
4 – Internacional (A: 1975, 1976 e 1979; CB: 1992)
2 – Bahia (A: 1988; TB: 1959)
2 – Botafogo (A: 1995; TB: 1968)
2 – Sport (A: 1987; CB: 2008)
2 – Atlético-MG (A: 1971; CB: 2014)
1 – Guarani (A: 1978)
1 – Coritiba (A: 1985)
1 – Criciúma (CB: 1991)
1 – Juventude (CB: 1999)
1 – Atlético-PR (A: 2001)
1 – Paysandu (C: 2002)
1 – Santo André (CB: 2004)
1 – Paulista (CB: 2005)

Legenda: Série A (A), T. Roberto Gomes Pedrosa (R), Copa do Brasil (CB), Taça Brasil (TB), Copa dos Campeões (C).

Entre os quatro melhores da Copa do Brasil

Copa do Brasil. Foto: CBF/divulgação

O G4 da Copa do Brasil é um reduto para poucos clubes…

O segundo torneio mais importante do país foi criado em 1989 e desde então foi ampliado várias vezes. Inicialmente, com 32 times, cada time precisava avançar três fases para alcançar a semifinal. Em 2013 o número de mata-matas para chegar à mesma etapa subiu para cinco, devido aos 87 participantes.

Chegar entre os quatro melhores da Copa do Brasil não é um trabalho nada fácil, mas com um bom rendimento de grandes clubes (Grêmio, Flamengo, Cruzeiro…). Por outro lado, é um terreno fértil para surpresas, do naipe de Linhares, 15 de Campo Bom e gente que chegou até mais longe, como Santo André e Paulista, campeões.

Até hoje, 32 times alcançaram a semi. A lista inclui dois clubes pernambucanos, com o Sport disputando em quatro oportunidades (1989/Goiás, 1992/Fluminense, 2003/Flamengo e 2008/Vasco) e o Náutico uma vez (1990/Flamengo).

Das cinco semifinais pernambucanas, duas resultaram em classificações. Contudo, isso é tema para outra postagem…

As semifinais da Copa do Brasil de 2014:

Cruzeiro x Santos
Atlético-MG x Flamengo

Post atualizado em 15 de outubro de 2014

Eis o número de semifinais de cada um. Entre parênteses, os títulos conquistados.

Ranking de clubes
11 – Grêmio (4) e Flamengo (3)
8 – Vasco (1)
7 – Cruzeiro (4)
6 – Corinthians (3) e Palmeiras (2)
5 – Coritiba
4 – Fluminense (1), Sport (1), Santos (1) e Goiás
3 – Internacional (1), Botafogo, Ceará, São Paulo e Atlético-MG
2 – Criciúma (1), Brasiliense e Vitória
1 – Juventude (1), Paulista (1), Santo André (1), Figueirense, Atlético-PR, Atlético-GO, Avaí, Ipatinga, Linhares, Náutico, Ponte Preta, Remo e 15 de Novembro

Ranking de estados
26 – Rio de Janeiro (5)
22 – São Paulo (8)
16 – Rio Grande do Sul (6)
11 – Minas Gerais (4)
6 – Paraná
5 – Pernambuco (1) e Goiás
4 – Santa Catarina (1)
3 – Ceará
2 – Bahia e Distrito Federal
1 – Espírito Santo e Pará

Índice de eficiência na gestão com retratos distintos em Pernambuco

Ranking de gestão no futebol brasileiro em 2013. Crédito: Pluri Consultoria

Entre tantas competições e tantos clubes distintos, como mensurar o nível do desempenho? Uma consultoria criou um índice que compara os resultados dos times nas competições oficiais num ano e o gasto no mesmo período.

O índice de eficiência na gestão, elaborado pela Pluri Consultoria, distribuiu os pontos dos torneios com clubes brasileiros. Veja aqui.

O Pernambucano, por exemplo, está junto de Bahia, Paraná e Santa Catarina.

Sem surpresa, o Atlético Mineiro, campeão da Taça Libertadores, ficou na liderança de 2013, com 1,95. Foi seguido pelo Atlético Paranaense, que com 81 milhões de reais em receitas foi vice-campeão da Copa do Brasil e 3º lugar na Série A. Fechando o pódio, o Cruzeiro, campeão brasileiro.

A surpresa vem na 4ª colocação, com o Santa. E faz sentido. Com um faturamento de apenas R$ 14 milhões – numa queixa do presidente Antônio Luiz Neto -, o Tricolor foi campeão estadual e brasileiro da Série C. Índice de 1,06.

Nos anos anteriores, também foi campeão estadual, o clube ficou em 10º (2012), 9º (2011). Em relação aos rivais, o Leão apareceu em 11º lugar, com o acesso à elite e o vice local, enquanto o Timbu ficou em 27º, com um índice negativo (-0,2), resultado direto do rebaixamento e da ausência na final estadual.

A consultoria tem levantamentos desde 2008. O maior índice já alcançado num ano foi do Sport em 2008 (títulos da Copa do Brasil e do Pernambucano), com 6,26. Na ocasião, a receita do clube foi de R$ 19 milhões, 1/3 da atual.

Confira o estudo completo sobre o índice de gestão aqui.

A palavra estava na garganta. Ao ser dita, que exista uma punição real ao racismo

A palavra é clara, a identificação é simples.

Separada por uma grade, a poucos metros do campo, uma torcedora gremista gritava “macaco” para o goleiro santista, Aranha.

O goleiro avisou, mas o árbitro fez vista grossa e até repreendeu o atleta. E os xingamentos continuaram na geral.

As câmeras de tevê captaram outros torcedores no mesmo setor imitando macacos.

E assim voltamos à estaca zero.

Relembrando alguns textos já publicado no blog sobre o assunto, já passamos das bananas arremessadas em campo, com uma senhora resposta do jogador brasileiro, ao racismo nas redes sociais e campanhas de conscientização.

A incrível resposta de Daniel Alves ao racismo

A necessidade de impor uma punição ao racismo no futebol brasileiro

Perdendo a compostura em castellano por causa de futebol 

Apesar disso tudo, o cenário não parece mudar, nem no exterior nem aqui, até porque já está bem enraizado em alguns…

A punição de mando de campo ao clube não basta, a proibição no estádio (bebidas e bandeiras) também não.

Pois, desta forma, as partidas vão se moldando à violência e seguimos empurrando o problema para debaixo do tapete.

A solução não é simples, mas é incrível que até hoje o infrator tenha penas tão brandas, como se o crime dentro de um estádio de futebol tivesse um peso menor do que nas ruas. Como se tivesse uma liberdade de 90 minutos para apresentar o pior de si.

É óbvio que não tem. Se não há controle, isso, sim, precisa ser melhorado. Investigação e punição, nas esferas cível e penal.

A palavra dita pela torcedora estava na garganta dela faz tempo… presa.

Afinal, esse processo é bem mais longo. É cultural, infelizmente.

Ao ser proferida a palavra, que aguente as consequências. Aliás, que as consequências existam.