As novas cotas da Copa do Brasil de 2017, com até R$ 12,8 milhões para o campeão

As novas cotas da Copa do Brasil de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Com a Copa do Brasil de 2017 já em andamento, a CBF anunciou um aumento de R$ 17 milhões nas cotas de participação previamente divulgadas. O montante foi distribuído da primeira fase até a semifinal, com acréscimos variando entre 19% e 20%. O reajuste, obtido pela entidade através de fornecedores, alcançou todos os 91 participantes da edição vigente, dos 80 times que largaram no primeiro mata-mata (com repasses diferenciados de acordo com o ranking nacional) aos 11 pré-classificados às oitavas de final.

O valor exato, fase por fase, foi informado por Wellington Campos, repórter da rádio mineira Itatiaia. A partir disso, vamos ao quadro comparativo com os valores anteriores. Curiosamente, as novas cotas são próximas àquelas simuladas por Douglas Batista, em postagem anterior no blog.

Inicialmente, considerando todas as oito etapas do torneio e o grupo 1 nas duas primeiras fases, o campeão poderia arrecadar até R$ 11,68 milhões. Agora, pode chegar a R$ 12,8 milhões, com um aumento absoluto de 9,5%. Os clubes em disputa a partir das oitavas, incluindo o Santa Cruz, como atual campeão nordestino, podem ganhar até 9,745 milhões de reais, ou 6,7% a mais que a meta anterior (de 9,13 mi). Entre os clubes pernambucanos, por sinal, a mudança na Copa do Brasil resultou numa injeção imediata de R$ 580 mil.

Abaixo, os novos ganhos dos quatro representantes do estado no torneio.
R$ 1,93 milhão – Sport, até a 3ª fase (+310 mil)
R$ 1,05 milhão – Santa Cruz, a partir das oitavas (+170 mil)
R$ 300 mil  – Náutico – R$ 297 mil, eliminado, na 1ª fase (+50 mil)
R$ 300 mil – Salgueiro – R$ 297 mil, eliminado, na 1ª fase (+50 mil)

Confira as cotas originais da Copa do Brasil, de 2012 a 2017, clicando aqui.

A simulação das novas cotas da Copa do Brasil, com aporte extra de R$ 17 milhões

Simulação das novas cotas da Copa do Brasil 2017. Crédito: Douglas Batista/divulgação (@dbatistadacruz)

Com a Copa do Brasil de 2017 já na terceira fase, a CBF anunciou um aumento nas cotas de participação no torneio. Em nota enviada a todas as federações estaduais, a entidade justificou o adicional após “intensas negociações com fornecedores”, como destaca a ESPN. O acréscimo foi de R$ 17 milhões, sendo proporcional em todas as fases, com 91 clubes envolvidos. Porém, a circular não detalhou o quanto isso representa especificamente. Vamos lá…

O recifense Douglas Batista calculou a premiação total, fase por fase (quadro acima). Com isso, o novo aporte corresponde a um aumento de 19,1% sobre o valor bruto até então, passando R$ 89 mi para R$ 106 milhões. Considerando todas as oito etapas e o grupo 1 nas duas primeiras (com valores diferenciados aos times de melhor ranking nacional), o campeão poderia arrecadar até R$ 11,68 milhões. Agora, pode chegar a R$ 13.916.963.

Onze clubes vão largar somente nas oitavas de final (incluindo o Santa Cruz, como atual campeão nordestino). Para esse bolo, o título subiu de 9,13 mi para 10,87 milhões de reais. O anúncio mudou diretamente os ganhos dos quatro representantes pernambucanos no torneio vigente. De cara, R$ 571 mil a mais.

R$ 1,929 milhão – Sport, até a 3ª fase (+309 mil)
R$ 1,048 milhão – Santa Cruz, a partir das oitavas (+168 mil)
R$ 297 mil  – Náutico – R$ 297 mil, eliminado, na 1ª fase (+47 mil)
R$ 297 mil – Salgueiro – R$ 297 mil, eliminado, na 1ª fase (+47 mil)

Confira as cotas originais da Copa do Brasil, de 2012 a 2017, clicando aqui.

Abaixo, a projeção de cotas somando todos os clubes, fase por fase.

Simulação das novas cotas da Copa do Brasil 2017. Crédito: Douglas Batista/divulgação (@dbatistadacruz)

Sport segue com o patrocínio da Caixa pelo 4º ano. Agora com até R$ 7,8 milhões

Camisa do Sport com a Caixa em 2017. Foto: Sport/instagram (@sportrecife)

A Caixa Econômica Federal é a patrocinadora-master do Sport desde 2014. E continuará sendo ao longo de 2017, após a publicação do novo contrato no Diário Oficial da União (registro abaixo). Num primeiro olhar, o novo acordo prevê um considerável aumento de 30%. Afinal, o extrato aponta um aporte de até R$ 7,8 milhões. Nas três temporadas anteriores, o investimento foi de R$ 6 milhões. A explicação está no rendimento do time, literalmente. Daí o “até”.

Neste ano, a instituição financeira adotou um modelo de bonificação por títulos. Foi a forma encontrada para contrapor aos inúmeros pedidos de aumento por parte dos clubes – todos com valores congelados. O Flamengo, por exemplo, ganhará os mesmos 25 milhões de reais, mas agora pode chegar até 30 mi em caso de título mundial. No caso do rubro-negro pernambucano, a diferença de R$ 1,8 milhão está em três conquistas possíveis: Série A, Copa do Brasil e Nordestão. Na terceira a opção, a chance de acréscimo é razoavelmente viável.

Bonificação da Caixa por títulos em 2017
R$ 2,0 milhões – Mundial
R$ 1,5 milhão – Taça Libertadores
R$ 1,0 milhão – Série A
R$ 500 mil – Copa do Brasil
R$ 500 mil – Série B
R$ 300 mil – Copa do Nordeste
R$ 200 mil – Copa Verde

O Leão é o 10º clube com contrato chancelado nesta temporada, sendo o quarto nordestino, após Ceará, CRB e Náutico. No mesmo patamar do Sport, o Bahia também celebrou a renovação, mas o contrato ainda não saiu no registro oficial.

Contratos já publicados no Diário Oficial: Flamengo (até R$ 30 mi, somando bonificação por títulos), Atlético-MG (até 16 mi), Cruzeiro (até 12,5 mi), Sport (até 7,8 mi), Náutico (até 3,7 mi), Ceará (até 3,4 mi), Figueirense (até 3,4 mi), Paysandu (até 3,2 mi), América-MG (até 3,0 mi) e CRB (até 1,5 mi)

Registro do Diário Oficial da União sobre o patrocínio do Sport com a Caixa em 2017

Náutico acerta renovação de patrocínio com a Caixa, com até R$ 3,7 milhões

Camisa do Náutico com a Caixa em 2017. Foto: Náutico/instagram (@nauticope)

O Náutico passou a estampar a marca da Caixa Econômica Federal na área nobre de seu uniforme em setembro de 2016. Na ocasião, o alvirrubro tornou-se o 17º clube patrocinado pela instituição bancária. Contudo, o contrato foi curto, de apenas quatro meses, com aproximadamente R$ 300 mil mensais. Agora, um novo acordo com a Caixa. Duradouro. O extrato saiu no Diário Oficial da União (abaixo), com aporte de até R$ 3,7 milhões em 2017. Porém, o valor considera possíveis bonificações, como R$ 500 mil pela Série B e Copa do Brasil e R$ 300 mil pelo Nordestão, no novo modelo adotado pelo banco. Logo, 2,4 mi líquidos.

A Caixa deve seguir como a maior patrocinadora do futebol brasileiro. Em 2016 o banco patrocinou 21 clubes, com períodos de 2 a 12 meses. Nesta temporada, ainda que as equipes mantenham a marca “master”, o anúncio oficial vem a conta-gotas. Com as certidões negativas regularizadas (exigência da Caixa), o Náutico é apenas o 9º confirmado, o terceiro nordestino. Também na segundona, o Ceará receberá no máximo R$ 3,4 mi, uma vez que ficou de fora da Lampions.

Contratos já publicados no Diário Oficial: Flamengo (até R$ 30 mi, somando bonificação por títulos), Atlético-MG (até 16 mi), Cruzeiro (até 12,5 mi), Náutico (até 3,7 mi), Ceará (até 3,4 mi), Figueirense (até 3,4 mi), Paysandu (até 3,2 mi), América-MG (até 3,0 mi) e CRB (até 1,5 mi)

Próximos nordestinos na lista: Sport e Vitória

Registro do Diário Oficial da União sobre o patrocínio do Náutico com a Caixa em 2017

As cotas da Sul-Americana de 2017, com até US$ 3,925 milhões para o campeão

A evolução das cotas de campanhas finais (somando todas as fases) da Copa Sul-Americana. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A Conmebol congelou a premiação da Copa Sul-Americana de 2017, em decisão tomada no conselho executivo realizado em dezembro, em Luque. Portanto, as cotas são as mesmas de 2016. Ainda assim, para os seis times brasileiros classificados, a campanha pode render mais. Explica-se: com a reformulação da competição, acabou a “fase nacional”, que no chaveamento correspondia à segunda fase. Ou seja, os brazucas agora largam nas mesmas condições de todos os outros países – o mesmo ocorreu com os argentinos. Por outro lado, em vez de 10 jogos para levantar a taça, agora são 12 apresentações.

A evolução das cotas de campanhas finais (somando todas as fases) da Copa Sul-Americana. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Nos quadros acima, a evolução das premiações (em dólar) nas campanhas finais desde 2013, quando o Sport estreou – agora, já vai na 5ª participação consecutiva. Neste ano, avançar duas fases significa quase US$ 1 milhão.

Embora as verbas individuais sejam as mesmas da edição passada, vencida pela Chape, no geral o montante aumentou 11%, chegando a 35,4 milhões. Afinal, são sete equipes a mais, com 54 ao todo. No novo formato, são 44 clubes na primeira fase. Avançam 22, que se somam a 10 eliminados da Libertadores vigente. Logo, os outros oito brasileiros na Liberta ainda podem disputar a Sula. No caso, com cotas a partir da segunda fase (diferença de 250 mil dólares).

Abaixo, os valores de cada mata-mata da Sula e a cotação atual na moeda brasileira. Lembrando que a premiação é paga pela simples participação.

Cotas de cada fase (US$ 1 = R$ 3,14)
1ª fase – US$ 250 mil (R$ 785.650)
2ª fase – US$ 300 mil (R$ 942.780)
Oitavas – US$ 375 mil (R$ 1.178.475)
Quartas – US$ 450 mil (R$ 1.414.170)
Semifinal – US$ 550 mil (R$ 1.728.430)
Vice – US$ 1 milhão (R$ 3.142.600)
Campeão – US$ 2 milhões (R$ 6.285.200)

Total para o campeão (todas as fases): US$ 3,925 milhões (R$ 12.334.705)
Total para o campeão (a partir da 2ª fase): US$ 3,675 milhões (R$ 11.549.055)

Brasileiros na 1ª fase
Sport x Danubio (Uruguai)
Corinthians x Universidad de Chile (Chile)
São Paulo x Defensa y Justicia (Argentina)
Cruzeiro x Nacional (Paraguai)
Fluminense x Liverpool (Uruguai)
Ponte Preta x Gimnasia y Esgrima (Argentina)

Os patrocínios privados e estatais dos clubes da Série A de 2017, via Ibope

Patrocinadores dos clubes da Série A de 2017. Fonte: Ibope-Repucom

A dois meses do início do Campeonato Brasileiro de 2017, o Ibope-Repucom fez um levantamento com todos os patrocinadores fixos dos vinte clubes da elite. Ao todo, são 38 marcas estampadas nos uniformes (master, manga, ombro e barra) e 8 fornecedoras de material esportivo, considerando o critério do instituto: “A análise abrange apenas patrocínios de camisa, sem patrocínios pontuais”.

A marca mais presente é, de forma disparada, a da Caixa Econômica Federal, exposta em 16 clubes, incluindo os três nordestinos. Sport, Bahia e Vitória devem ganhar na faixa de R$ 6 milhões/ano, o mesmo montante desde 2014. Entre os patrocinados da Caixa, quatro só contam com a instituição bancária na camisa – o Flu também tem uma marca, a Frescatto, mas com o master vago.

Sobre as fabricantes, a Umbro tomou a dianteira da Adidas (7 x 5), com a Nike, outra gigante global, representada apenas pelo Corinthians – que, coincidência ou não, detém o maior acordo anual. Já o Leão da Ilha  segue com a Adidas pelo 4º ano, mas com a cifra ainda não detalhada no balanço financeiro. Enquanto Timão, Fla e São Paulo ganham mais das fabricantes que dos patrocinadores regulares, o Palmeiras vai totalmente na contramão, com a Crefisa valendo quase 4x a verba da Adidas. No atual campeão brasileiro, a empresa (de uma conselheira do alviverde) paga por espaços na parte frontal, costas e ombros.

A seguir, os valores dos contratos já divulgados (ou estimados) na imprensa…

Maiores contratos com fornecedoras de material esportivo em 2017:
1º) R$ 40,0 milhões/ano – Corinthians/Nike (2016-2025)
2º) R$ 35,0 milhões/ano – Flamengo/Adidas (2013-2022)

3º) R$ 27,0 milhões/ano – São Paulo/Under Armour (2015-2019)
4º) R$ 20,0 milhões/ano – Palmeiras/Adidas (2017-2018)
5º) R$ 17,0 milhões/ano – Grêmio/Umbro (2015-2018)
6º) R$ 14,5 milhões/ano – Vasco/Umbro (2014-2017)
7º) R$ 13,0 milhões/ano – Botafogo/Topper (2016-2018)
7º) R$ 13,0 milhões/ano – Atlético-MG/Topper (2017-2020)
9º) R$ 10,0 milhões/ano – Cruzeiro/Umbro (2016-2019)

Nº de clubes por fornecedoras de material esportivo:
7 – Umbro
5 – Adidas
2 – Topper e Under
1 – Numer, Nike, Kappa e Puma

Maiores contratos de patrocínio-master em 2017:
1º) R$ 72,0 milhões – Palmeiras (Crefisa – privado)
2º) R$ 30,0 milhões – Corinthians (Caixa)
3º) R$ 25,0 milhões – Flamengo (Caixa)*
4º) R$ 15,7 milhões – São Paulo (Prevent Senior – privado)
5º) R$ 15,0 milhões – Santos (Caixa)
6º) R$ 12,9 milhões – Grêmio (Banrisul)
7º) R$ 12,5 milhões – Cruzeiro (Caixa)
7º) R$ 12,5 milhões – Atlético-MG (Caixa)
9º) R$ 9,0 milhões – Vasco (Caixa)
* O contrato prevê até mais R$ 5 milhões por desempenho esportivo

Nº de clubes por patrocínio-master:*
16 – Caixa Econômica
1 – Banrisul, Crefisa e Prevent Senior
* O Fluminense é o único com o espaço vago

Confira o levantamento do Ibope-Repucom numa resolução melhor aqui.

Patrocinadores dos clubes da Série A de 2017. Fonte: Ibope-Repucom

A proposta original de cotas da Série B, com 60% fixo e 40% variável. Foi alterada

As propostas de cotas da Série B de 2017

A cota de transmissão da Série B de 2017 foi dividida em um novo formato, através de um critério técnico, como publicou o site da CBF:

“Sobre a divisão de cotas da Série B 2017, foi apresentada uma nova proposta, devidamente aprovada. Com exceção de Internacional e Goiás, os 18 clubes participantes da competição terão: 60% do valor dividido de forma igualitária; 40% do valor dividido de acordo com a classificação do último campeonato.”

O blog já havia divulgado as novas cifras da segundona, mas teve acesso à proposta original, que mostra que a divisão poderia ser bem diferente. Tudo a partir do valor absoluto, de R$ 93,8 milhões. Montante pago em 2016 e 2017.

Acima, a reprodução do quadro. Abaixo, as observações originais.

1) 60% do valor dividido de forma igualitária
2) 40% do valor dividido de acordo com a classificação do último campeonato
3) Garantia de cota mínima para clubes remanescentes da Série B 2016, equivalente ao valor que seria reebido pelo critério igualitário
4) Garantia de cota mínima para os clubes que ascenderam da Série C equivalente a 80% da cota mínima citada no item anterior

Com as observações 3 e 4 (não citadas no site da CBF, mas incluídas na decisão para dar mais equilíbrio às cotas no contrato vigente) e considerando a cota passada (R$ 5,2 milhões), os repasses de todos os clubes foram alterados. O Santa Cruz, por exemplo, receberá R$ 1 milhão a mais no novo formato. Sem as ressalvas, o aumento seria de 1,6 mi. Já o Náutico, que vai ganhar 600 mil reais a mais teria direito ao dobro deste valor. A expectativa é que o formato proporcional passe a valer em 2018, no novo contrato de tevê, mais robusto.

As maiores diferenças na proposta original em relação às cotas de 2017:

Para menos
R$ 673.918 (-9,5%) – Figueirense
R$ 652.022 (-9,5%) – Santa Cruz
R$ 632.124 (-9,5%) – América-MG
R$ 611.228 (-9,5%) – Náutico
R$ 590.331 (-9,5%) – Londrina

Para mais
R$ 987.369 (+23,3%) – Oeste
R$ 822.807 (+24,5%) – Juventude
R$ 767.954 (+17,2%) – Paraná
R$ 603.391 (+16,9%) – ABC
R$ 548.538 (+11,7%) – Paysandu

Com nota de concorrente, Globo fica livre na disputa pra manter o Estadual até 2022

Possível duelo pela transmissão do Pernambucano a partir de 2019: Rede Globo x Esporte Interativo. Arte: Cassio Zirpoli/DP

O encontro entre os dirigentes dos grandes clubes pernambucanos durante os conselhos técnicos do Campeonato Brasileiro, no Rio, serviu também para formalizar a união do trio de ferro na negociação dos direitos de transmissão do Estadual, visando o período de 2019 a 2022. A ideia é multiplicar o montante de R$ 3,84 milhões por edição (até 2018). Na ocasião, haveria até concorrência.

Além da Globo Nordeste, que exibe o torneio desde 2000, haveria outro canal visando a tevê por assinatura. Ao blog, em maio de 2016, o Esporte Interativo admitiu o interesse. Em reserva, o discurso era de “respeitar os contratos”, aguardando o início da licitação (que nem começou). Entretanto, a repercussão dos dirigentes locais, em fevereiro, resultou numa posição diferente da emissora.

A assessoria do EI entrou em contato com o blog e enviou a seguinte nota:

“Diante das notícias publicadas nos últimos dias, o Esporte Interativo informa que não fez nenhuma proposta pelos direitos do Campeonato Pernambucano, nem pela competição inteira nem para clubes específicos. O Esporte Interativo está satisfeito com os direitos dos estaduais que detém atualmente no Nordeste.”

Hoje, o canal tem os direitos de sete estaduais: SE, AL, PB, RN, CE, MA e PI.

Apurando dos dois lados (canal e clubes), houve, sim, o contato. A dúvida está relacionada à conversa, entre sondagem (dos clubes) ou negociação. Outra interpretação estaria no Paulistão e no Carioca de 2017, nos quais, após a concorrência, os clubes melhoraram bastante os contratos com a Globo, para R$ 160 mi e R$ 120 mi. Ou seja, seria uma nova disputa com vencedor certo?

Teoricamente sem “leilão”, Sport, Santa e Náutico devem buscar mais receita a partir do produto, cuja audiência média é de 700 mil telespectadores no Recife.

Já o Esporte Interativo segue satisfeito sem os dois principais estaduais do NE.

Meritocracia nas novas cotas da Série B. Só para 18 clubes, Inter e Goiás à parte

As cotas da Série B de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A distribuição das cotas de transmissão da Série B de 2017 foram modificadas, após votação no conselho técnico, no Rio, com a presença dos vinte clubes. Até então, o valor era igual entre todos sem contrato fixo com a Globo (casos de Inter e Goiás neste ano). Agora, passa a ser calculado de acordo com a classificação na campanha anterior no Brasileiro. Lampejo de meritocracia.

Neste novo formato, em vez de R$ 5,2 milhões, que seria o repasse a 18 clubes, a cifra tem oito níveis, de R$ 6,4 mi, ao time de melhor campanha entre os rebaixados na Série A, a R$ 4,1 mi para quem subiu da terceirona. Com isso, os pernambucanos acabaram beneficiados. O Santa terá a 2ª maior verba dos não cotistas, com R$ 1 milhão a mais do que se imaginava, e o Náutico, quinto colocado na última segundona, terá a 4ª verba, ou R$ 600 mil a mais. Os seis primeiros colocados (neste contexto) ficaram num degrau acima, com os demais remanescentes (oito times) recebendo a base anterior, de R$ 5,2 mil.

O pleito foi articulado por Santa, América e Figueirense, que descenderam da A. Justamente pela queda brusca nas suas receitas – em 2016, cada um recebeu R$ 23 milhões da televisão. A partir de agora, a “zona da marola” da Série B passa ter algum sentido de competitividade, pois a colocação final tornou-se determinante para a receita na temporada seguinte (em caso de permanência).

Cotas da Série B de 2017 (entre parênteses, a campanha em 2016)*:
1) R$ 6,4 milhões – Figueirense (18º na A)
2) R$ 6,2 milhões – Santa Cruz (19º na A)
3) R$ 6,0 milhões – América-MG (20º na A)
4) R$ 5,8 milhões – Náutico (5º na B)
5) R$ 5,6 milhões – Londrina (6º na B)
6) R$ 5,4 milhões – CRB (7º na B)
7) R$ 5,2 milhões – Ceará (8º), Vila Nova (9º), Luverdense (10º), Criciúma (11º), Brasil (12º), Paysandu (13º), Paraná (15º) e Oeste (16º)
8) R$ 4,1 milhões – Boa (C), Guarani (C), ABC (C) e Juventude (C)
* Apenas os clubes sem contrato fixo de TV

O contrato atual engloba as cinco plataformas possíveis: tevê aberta, tevê fechada, pay-per-view, sinal internacional e internet. Somando os 18 clubes, 93,4 milhões de reais. Ainda assim, a briga pelo acesso é inglória, pois Inter e Goiás, somados, vão receber mais, com R$ 60 mi e R$ 35 mi, respectivamente.

Sport, Santa Cruz e Náutico se unem em negociação por contrato de TV no PE

Os dirigentes de Sport, Santa Cruz e Náutico em encontro no Rio de Janeiro. Foto: Santa Cruz/twitter (@santacruzfc)

Os dirigentes de Sport, Santa e Náutico foram ao Rio de Janeiro para participar do conselho técnico do Campeonato Brasileiro, da Série A no dia 20/02 e da Série B no dia 21/02. Ambos na sede da CBF. Lá, Arnaldo Barros, mandatário leonino, Constantino Júnior e Toninho Monteiro, vice-presidentes do tricolor e do alvirrubro, respectivamente, mantêm encontros sobre um tema local.

Na noite de segunda, os clubes acabaram divulgando tuitadas em conjunto. A foto do encontro (também com a presença de Joaquim Costa, diretor de marketing alvirrubro) foi acompanhada da seguinte mensagem:

“Náutico, Santa Cruz e Sport estão unidos em busca de melhores condições para o futebol de Pernambuco.
#PernambucoForte
#UnidosPorPernambuco”

União importante, no dia seguinte à atitude histórica da dupla Atletiba.

Ainda que a tal condição não tenha sido exposta, parece óbvia pelo atual debate no país, sobre as cotas dos campeonatos estaduais. Ainda mais com a situação do Pernambucano, com R$ 3,84 milhões por ano (menos do que o Madureira ganha no Carioca, por exemplo), mas com o contrato encerrando em 2018.

E a discussão pelo novo acordo de transmissão na tevê, visando o período 2019-2022, já começou, com canais interessados (sim, no plural).

Ver a cúpula do Trio de Ferro numa rara (mas necessária) articulação em bloco já sinaliza a possibilidade de uma receita mais condizente com o produto local, cuja audiência média na televisão, considerando apenas o Grande Recife, chega a 700 mil pessoas. Público, tem.