O tour da Taça do Nordeste cresceu. Nas três primeiras temporadas, o troféu era levado para locais de grande circulação nas capitais, mas com a montagem de um ambiente relativamente simples. Ampliando a importante ferramenta de divulgação, em 2016 o cenário passou a “viajar”, através de um caminhão customizado para os eventos oficiais da Lampions League. Numa passagem de seis dias no Recife, o troféu circulou no Arruda, no centro do Recife e na Ilha do Retiro, aproveitando as duas partidas seguidas na cidade, Santa Cruz x Bahia e Sport x Fortaleza, num trabalho de marketing integrado com os clubes. Com direito à hashtag #tourdataça para o compartilhamento nas redes sociais.
Ao todo, o percurso terá 5.205 quilômetros, passando pelos nove estados da região, de 31 de janeiro a 17 de março. Além da exposição da orelhuda em um púlpito, com a presença do mascote Zeca Brito, os visitantes podem responder a um quiz do torneio e até participar de um “gritômetro”. Pesando oito quilos, de aço fundido banhado a ouro, a taça terá o seu destino definitivo conhecido em 1º de maio, data da finalíssima. Em 2014, o troféu voltou para Pernambuco após o giro junto aos torcedores. Já passou da hora de uma nova taça na terrinha…
Nome oficial, Gigante da Ilha do Retiro. Apelido, Nordestão. A reconstrução da Ilha foi apresentada no 65º aniversário do clube. Uma sessão no conselho deliberativo, em 13 de maio de 1970, lançou a campanha. Não seria uma reforma do estádio, então com 30 mil lugares. A Ilha seria realmente demolida, como frisa a reportagem do Diario de Pernambuco. Parte do empreendimento seria bancado pela venda de cadeiras, sendo 80 cruzeiros para “cadeiras perpétuas hereditárias” e 40 cruzeiros para “cadeiras cativas individuais”.
A campanha era baseada no slogan “sombra e água fresca no futebol”, uma vez que o anel superior seria coberto, sendo tomado em sua maioria por cadeiras metálicas, anatômicas. Além do esboço do estádio, duas imagens de divulgação foram publicadas durante semanas no jornal. Numa delas, um torcedor sendo servido por um garçom. Uísque com bastante gelo. A outra chamava a atenção para a capacidade, com 130.000 lugares. Sim, o número está correto. O Nordestão seria um dos dez maiores estádios de futebol do mundo.
Apesar da boa vontade da torcida adquirindo alguns assentos no período, marcado pela seca de títulos, o projeto foi modificado pouco tempo depois. Em 6 de agosto de 1971 o Sport levou a ideia para a ilha de Joana Bezerra, onde hoje existe o Fórum Rodolfo Aureliano. Na época, a maior parte do terreno pertencia ao clube. Em relação à denominação, nada de Nordestão. Desta vez o nome seria Estádio Presidente Médici. A megalomania tomou novos rumos, com a capacidade subindo para 140 mil lugares! Inferior apenas ao Maracanã.
O fato de o Arruda, em seus primeiros módulos, ter sido escolhido pelo governo do estado para receber um investimento público visando a sede local na Copa da Independência do Brasil, com 20 países, em 1972, atrapalhou o sonho rubro-negro. Assim, em 1974, outro projeto foi deixado de lado, com o clube vendendo a área para pagar dívidas. Quarenta anos depois, o Leão voltou a imaginar um novo estádio, desta vez a Arena Sport. Capacidade mais modesta, mas moderno além da conta, com um investimento de R$ 750 milhões. Também parado. E a velha Ilha do Retiro continua sendo a casa leonina, desde 1937…
O gol de Danyel, aos 13 minutos do segundo tempo, encobrindo o goleiro Danilo Fernandes, derrubou um dos maiores tabus do futebol pernambucano. O lance deu a vitória ao América sobre o Sport, o que não acontecia desde 1º de março de 1973. Isso mesmo, 43 anos! A sequência marcava 70 vitórias leoninas e 6 empates no confronto, conhecido no passado como Clássico dos Campeões. Fazendo valer a sua camisa com seis estrelas, o Mequinha venceu na Ilha do Retiro por 1 x 0, no mesmo palco do último triunfo até então.
O alviverde, que teve direito a Carlinhos Bala em campo, arrancou da melhor forma possível no hexagonal do Estadual, diante de um adversário enfraquecido por um estádio vazio. Um reflexo direto da incompreensível faixa de preço estipulada pela direção num jogo às 21h30 e com transmissão aberta na tevê. Arquibancada a R$ 60 para não sócios no dia da partida? R$ 20 para sócio, mesmo com a compra antecipada? Valores desproporcionais ao jogo.
O rubro-negro foi merecidamente vaiado pelos poucos presentes. Outra vez sem criatividade e vacilando muito nas conclusões. Só Túlio de Melo cabeceou quatro vezes, duas pra fora e duas nas mãos de Delone. Foi o segundo revés seguido do Sport, na lanterna. Para uma classificação, com 4 vagas para 6 times, ainda não preocupa. O futebol, sim. O time não perdia na Ilha desde outubro de 2014, quando foi superado por outro alviverde, o Goiás, na Série A, e pelo mesmo placar. Caiu uma invencibilidade de 30 jogos. O América foi gigante.
A partir de agora, os principais estádios do Brasil têm uma avaliação oficial, através do Ministério do Esporte. A pasta criou o Sistema de Classificação de Estádios (Sisbrace), numa parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro. Como ocorre em hotéis, de uma a cinco estrelas, as praças esportivas foram avaliadas de uma a cinco bolas. Durante dois anos, foram detalhados 155 estádios em 129 cidades do país, sendo 8 em Pernambuco, com cinco na região metropolitana, um em Caruaru, um em Salgueiro e um em Petrolina.
A análise levou em conta segurança, conforto, acessibilidade e vigilância sanitária. No cenário local, sem surpresa, a Arena Pernambuco foi a única com a nota máxima (apenas 13 estádios do país conseguiram cinco bolas). Apesar da capacidade de público inferior (32 mil x 60 mil), a Ilha do Retiro ficou à frente do Arruda, que acabou penalizado pela higiene.
A classificação no catálogo de 2015 tem validade de 36 meses. Para 2016, o estudo deve contemplar mais 140 estádios. Segundo o comunicado do ministério, “uma nova avaliação pode ser solicitada pelos gestores dos estádios antes do término do período, a fim de que seja verificado o atendimento às exigências e sempre que o responsável pelo estádio entender que melhorias e adequações realizadas justificam o pedido”.
A construção do anel superior do Arruda durou quase dois anos. A reabertura aconteceu em 1º de agosto de 1982, num quadrangular amistoso, de portões abertos, com o Mundão tomado por 86.738 torcedores dos principais times pernambucanos. Num formato curto, com jogos de 40 minutos, o Náutico e Central eliminaram Sport e Santa e decidiram o Torneio Reabertura do Arruda na mesma tarde. Deu Timbu. Aquele dia marcou uma mudança no patamar no futebol do estado, com borderôs acima de 50 mil espectadores.
Na versão anterior do José do Rego Maciel, com o anel inferior, apenas três partidas haviam alcançado a marca. Depois do Colosso foram mais 34 partidas. Entupida de gente, a Ilha do Retiro também passou de 50 mil pessoas, com três jogos em 1998, na entrada de torcida sem controle algum de segurança, na época do Vale Lazer. A partir da pesquisa de Carlos Celso Cordeiro e do acervo do Diario de Pernambuco, o blog levantou todos os jogos com mais de 50 mil torcedores no Recife, incluindo a Seleção Brasileira.
Ao todo, com o público total, 40 jogos ultrapassaram a marca, sendo 22 clássicos. Sem surpresa, o Clássico das Multidões domina a lista, com 13 partidas. Já o recorde de público é imbatível. Na arrancada do tetracampeonato mundial, quase 97 mil pessoas assistiram in loco à goleada do Brasil sobre a Bolívia, em 1993. Pelas normas de segurança, o Arruda jamais chegará a algo próximo, pois a limitação atual é de 60.044 pessoas.
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+ de 90.000 1º) 96.990 – Brasil 6 x 0 Bolívia (29/08/1993, Eliminatórias) 2º) 90.400 – Brasil 2 x 0 Argentina (23/03/1994, amistoso)
De 80 mil a 90 mil 3º) 80.203 – Náutico 0 x 2 Sport (15/03/1998, Estadual)
De 70 mil a 80 mil 4º) 78.391 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (21/02/1999, Estadual) 5º) 76.800 – Brasil 2 x 0 Paraguai (09/07/1989, Copa América) 6º) 76.636 – Santa Cruz 1 x 1 Náutico (18/12/1983, Estadual) 7º) 75.135 – Santa Cruz 1 x 2 Sport (03/05/1998, Estadual) 8º) 74.280 – Santa Cruz 2 x 0 Sport (18/07/1993, Estadual) 9º) 71.243 – Santa Cruz 2 x 1 Náutico (28/07/1993, Estadual) 10º) 70.003 – Santa Cruz 0 x 2 Náutico (11/07/2001, Estadual)
De 60 mil a 70 mil 11º) 67.421 – Santa Cruz 0 x 1 Sport (20/05/1990, Estadual) 12º) 65.901 – Santa Cruz 1 x 2 Náutico (08/02/1998, Estadual) 13º) 65.023 – Santa Cruz 2 x 1 Portuguesa (26/11/2005, Série B) 14º) 62.711 – Santa Cruz 2 x 0 Náutico (01/08/1976, Estadual) 15º) 62.243 – Santa Cruz 0 x 1 Sport (15/05/2011, Estadual) 16º) 62.185 – Santa Cruz 0 x 0 Flamengo (04/06/1972, amistoso) 17º) 61.449 – Santa Cruz 0 x 0 Sport (11/07/1993, Estadual) 18º) 60.040 – Santa Cruz 2 x 1 Betim (03/11/2013, Série C)
De 50 mil a 60 mil 19º) 59.966 – Santa Cruz 0 x 0 Treze (16/10/2011, Série D) 20º) 59.946 – Brasil 2 x 0 Uruguai (02/05/1985, amistoso) 21º) 59.732 – Brasil 1 x 1 Suíça (19/05/1982, amistoso) 22º) 58.860 – Santa Cruz 0 x 1 Sport (27/05/1990, Estadual) 23º) 58.190 – Santa Cruz 1 x 1 Náutico (11/12/1983, Estadual) 24º) 56.875 – Sport 2 x 0 Porto (07/06/1998, Estadual)* 25º) 55.252 – Brasil 2 x 1 Paraguai (10/06/2009, Eliminatórias) 26º) 55.028 – Santa Cruz 3 x 2 Volta Redonda (06/10/1998, Série B) 27º) 55.009 – Santa Cruz 2 x 1 Goiás (20/11/1999, Série B) 28º) 54.815 – Santa Cruz 0 x 2 Tupi (20/11/2011, Série D) 29º) 54.742 – Santa Cruz 1 x 0 Sport (16/05/1999, Estadual) 30º) 54.510 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (19/05/1999, Estadual) 31º) 54.249 – Brasil 4 x 2 Iugoslávia (30/04/1986, amistoso) 32º) 53.416 – Santa Cruz 2 x 0 Náutico (01/12/1985, Estadual) 33º) 53.033 – Sport 0 x 2 Corinthians (12/09/1998, Série A)* 34º) 52.824 – Santa Cruz 2 x 2 Palmeiras (04/05/1980, Série A) 35º) 51.192 – Santa Cruz 0 x 0 Sport (03/12/1983, Estadual) 36º) 50.879 – Santa Cruz 4 x 3 Guarany (05/09/2010, Série D) 37º) 50.778 – Náutico 0 x 0 Sport (07/12/1983, Estadual) 38º) 50.664 – Santa Cruz 2 x 2 Sport (06/05/1979, Estadual) 39º) 50.136 – Santa Cruz 3 x 2 Sport (14/05/2000, Estadual) 40º) 50.106 – Sport 4 x 1 Santa Cruz (29/03/1998, Estadual)*
*Jogos na Ilha do Retiro. Os demais ocorreram no Arruda
Total de jogos 29 – Santa Cruz 17 – Sport 9 – Náutico 7 – Brasil
Estádios 37 – Arruda 3 – Ilha do Retiro
Clássicos 13 – Clássico das Multidões 7 – Clássico das Emoções 2 – Clássico dos Clássicos
Jogos com torcida única 9 – Santa Cruz 2 – Sport
De 80 mil a 90 mil 1 – Náutico e Sport
De 70 mil a 80 mil 6 – Santa Cruz 3 – Náutico e Sport
De 60 mil a 70 mil 8 – Santa Cruz 3 – Sport 2 – Náutico
De 50 mil a 60 mil 15 – Santa Cruz 10 – Sport 3 – Náutico
Portões abertos 86.738 – Torneio Reabertura do Arruda 70.000 – Santa Cruz 0 x 2 Sport (20/02/1994, Estadual)** 50.000 – Santa Cruz 2 x 1 América (05/07/1981, Estadual) 50.000 – Sport 3 x 1 Central (01/05/1989, Estadual)*
**Rodada dupla (na preliminar, Casa Caiada 10 x 1 Ferroviário)
Obs. Santa Cruz 0 x 0 Paysandu, em 31 de outubro de 1998, pela Série B, teve uma estimativa acima de 60 mil pessoas, porém, o borderô não foi divulgado.
De Guilherme de Aquino, na introdução do futebol no Recife, passando por nomes como Ademir Menezes, Raúl Betancor, Dadá, Roberto Coração de Leão, Leonardo, Durval e Magrão, o Sport escreveu mais de um século de história no futebol. Sobretudo, em sua casa, a Ilha do Retiro, quase octogenária, de uma tradição incomparável para a sua torcida. Mergulhando no acervo de Carlos Celso Cordeiro, vamos a um apanhado de números dão consistência à história do Leão, com o retrospecto geral do clube no Campeonato Pernambucano, no Brasileirão e na Copa do Brasil, além do rendimento leonino atuando na Ilha do Retiro, os maiores artilheiros, quem mais vestiu a camisa rubro-negra e os maiores públicos.
Primeiro jogo: Sport 2 x 2 Englis Eleven, em 22/06/1905, no Derby.
Série A 1971-2015 (ranking: 17º) 819 jogos (941 GP, 987 GC, -46) 280 vitórias (34,18%) 232 empates (28,32%) 307 derrotas (37,48%) 34 participações 1 título em 1987
Copa do Brasil 1989-2015 102 jogos (163 GPC e 106 GC, +57) 48 vitórias (47,05%) 24 empates (23,52%) 30 derrotas (29,41%) 21 participações 1 título em 2008
Histórico em decisões no Estadual Sport 12 x 11 Santa Cruz Sport 11 x 6 Náutico
Sport na Ilha do Retiro (1937/2016) 2.081 jogos 1.284 vitórias (61,70%) 453 empates (21,76%) 344 derrotas (16,53%)
Clássico das Multidões (1916-2015) 544 jogos 227 vitórias do Sport 153 empates 164 vitórias do Santa
Clássico dos Clássicos (1909-2015)* 542 jogos 208 vitórias do Sport 154 empates 179 vitórias do Náutico *Um jogo disputado em 29 de março de 1931, no Torneio Abrigo Terezinha de Jesus, possui resultado desconhecido.
Maiores públicos Clássico 80.203 – Náutico 0 x 2 Sport, no Arruda (Estadual, 15/03/1998)
Outros adversários (torcida única) 56.875 – Sport 2 x 0 Porto, na Ilha (Estadual, 07/06/1998)
A sexta atualização do Cadastro Nacional de Estádios foi divulgada pela CBF, desta vez com 790 palcos registrados, oito a mais que a última publicação oficial. De acordo com o documento de 97 páginas, 420 estádios têm lotação máxima de 5 mil espectadores, enquanto 11 podem receber mais de 50 mil. Considerando as praças esportivas listadas nas 27 unidades da federação, 241 estão no Nordeste, sendo 39 particulares, 3 federais, 17 estaduais e 182 municipais. Na região, 162 palcos têm iluminação, o que corresponde a 67%.
Em Pernambuco (lista abaixo) são 39 estádios reconhecidos, sendo a Arena Pernambuco o mais recente – o 40º deveria ser o Grito da República, em Olinda, cuja obra está atrasada há dois anos. São 36 locais com refletores e 3 sem sistema de iluminação, mesmo número da última atualização.
Dos doze estádios inscritos no Campeonato Pernambucano de 2016, apenas três têm a mesma capacidade de público tanto no catálogo da confederação quanto nos quatro laudos exigidos e cadastrados pela FPF (engenharia, vigilância sanitária, segurança e bombeiros). Arruda, Ilha e Carneirão vivem uma situação inversa, pois poderiam receber mais gente segundo a CBF.
A diferença na capacidade do catálogo em relação aos laudos do Estadual: +9.462 – Arruda (Recife)
-1.545 – Arena Pernambuco (São Lourenço)
+5.548 – Ilha do Retiro (Recife)
-518 – Lacerdão (Caruaru)
-500 – Ademir Cunha (Paulista)
zero – Cornélio de Barros (Salgueiro)
+911 – Carneirão (Vitória)
-1.307 – Antônio Inácio (Caruaru)
zero – Mendonção (Belo Jardim)
zero – Nildo Pereira (Serra Talhada)
-100 – Paulo Petribú (Carpina)
-1.661 – Joaquim de Britto (Pesqueira)
Os doze estádios inscritos no Campeonato Pernambucano de 2016 foram liberados após a atualização dos quatro laudos técnicos exigidos pela FPF, de engenharia, segurança, bombeiros e vigilância sanitária. Os documentos publicados no site da federação apontam as capacidades de público de cada um, com números distintos em relação às medidas oficiais das estruturas.
No Recife, por exemplo, a pedido do Ministério Público em novembro, Arruda e Ilha do Retiro perderam 9.462 e 5.548 lugares, respectivamente. Ou seja, no máximo 50 mil torcedores no Mundão, que já recebeu 96 mil, e 27 mil na casa leonina, cujo recorde é superior ao dobro da atual capacidade. A própria Arena Pernambuco está “menor”. No laudo de 69 páginas, disparado o mais detalhado, o conhecido dado de 46.214 assentos sofreu uma redução de 369. Assim, estão à disposição 37.852 lugares para o público geral na arena, descontando camarotes, cadeiras vips e área de imprensa, o que corresponde a 83% do total. Entre as avaliações para o Estadual surpreende o número autorizado para o Antônio Inácio, cuja lotação histórica é de seis mil espectadores.
Ainda em Caruaru, o Lacerdão ganhou 518 lugares em relação ao último cadastro nacional de estádios, da CBF. Já o palco de Pesqueira só tem 2.761 assentos nos dois lances de concreto, mas recebeu arquibancadas móveis, com 700 lugares, o suficiente para alcançar a capacidade mínima estipulada pela FPF, de três mil lugares na primeira fase e nos hexagonais. Somente na semifinal e na decisão a exigência aumenta, chegando a dez mil. Dos doze, apenas o Ademir Cunha foi vetado na primeira rodada pela falta de documentos.
A capacidade máxima no Estadual 2016: 50.582 – Arruda (Recife) 45.845 – Arena Pernambuco (São Lourenço) 27.435 – Ilha do Retiro (Recife) 19.996 – Lacerdão (Caruaru) 12.500 – Ademir Cunha (Paulista)
12.070 – Cornélio de Barros (Salgueiro) 10.000 – Carneirão (Vitória) 7.307 – Antônio Inácio (Caruaru) 7.050 – Mendonção (Belo Jardim) 5.000 – Nildo Pereira (Serra Talhada) 3.600 – Paulo Petribú (Carpina) 3.461 – Joaquim de Britto (Pesqueira)
Confira os detalhes sobre a capacidade mínima nos torneios do país aqui.
Todos os campos das Séries A e B deverão ter as mesmas dimensões a partir de 2016, utilizando o padrão adotado pela Fifa na Copa do Mundo, com 105 metros de comprimento por 68 metros de largura. A decisão havia sido anunciada por Manoel Flores, o diretor de competições da CBF, em 8 de dezembro, após o encerramento da última temporada do futebol nacional.
Com a decisão – que tem uma certa lógica -, mudança teria que ser executada no máximo até maio, no início do Brasileirão. No Recife, dos três campos inscritos na competição, somente a Arena Pernambuco tinha o tamanho oficial. Mando do Náutico e de alguns jogos de Sport e Santa Cruz. Entretanto, os rivais das multidões também precisavam mudar as pinturas das linhas da Ilha e do Arruda. A mudança ocorreu simultaneamente e ambos terão o padrão unificado já a partir do Campeonato Pernambucano, incluindo novas traves, removíveis. Ao todo, na elite, sete estádios tinham essa necessidade de adaptação.
Tamanhos anteriores: 8.268 m² (109,95m x 75,20m) – Ilha do Retiro 7.350 m² (105m x 70m) – Arruda
Levando em conta que a área total no Padrão Fifa é de 7.140 metros quadrados, a redução foi de 1.128 m² para os rubro-negros e 210 m² aos corais. Pelas marcas das bandeirinhas nas primeiras fotos, a diferença no campo de jogo é considerável. O objetivo agora é melhorar a qualidade do piso, com ambos em recuperação desde dezembro, com o uso de herbicidas e inseticidas.
Outros estádios do Brasileirão fora dos padrões: 7.869,7 m² (108,25m x 72,7m) – Morumbi (São Paulo) 7.848 m² (109m x 72m) – Couto Pereira (Coritiba) 7.437,7 m² (105,8m x 70,3m) – Vila Belmiro (Santos) 7.350 m² (105m x 70m) – Barradão (Vitória) 7.350 m² (105m x 70m) – Orlando Scarpelli (Figueirense)
A Ilha do Retiro pode receber qualquer partida oficial de uma competição ao alcance do Sport? Não. E o Arruda, no caso do Santa? Pode. A leitura é bem simples. Não se trata de infraestrutura, modernidade ou nível do gramado, mas basicamente a capacidade de público. Da segunda divisão pernambucana à Libertadores, há uma exigência de capacidade mínima nos locais dos jogos.
O cenário mais simples é o da primeira fase da Série A2, sem quantidade mínima ou necessidade de um sistema de iluminação. Depois, o torneio “cresce”, demandando praças com três mil lugares e refletores a partir da semi, valendo o acesso. Já o contexto mais exclusivo está na finalíssima da Libertadores, acima de 40 mil assentos. No estado, Arruda e Arena poderiam receber a decisão tranquilamente. Ou seja, a Ilha seria palco, no máximo, até a semifinal, tanto da Liberta quanto da Sula – até 2001, a capacidade era de 45 mil espectadores, mas foi reduzida após as novas normas de segurança da Fifa.
No interior, só Cornélio de Barros e Lacerdão podem abrigar a decisão da primeirona local. Por sinal, a casa do Salgueiro precisou ser “reavaliada”, pois na aferição da federação em fevereiro de 2013 a estimativa foi de 9.916. Com a inédia classificação à decisão, houve a ampliação para 12 mil. Em relação aos torneios nacionais, os estádios da capital estão plenamente aptos, segundo os regulamentos de 2015, disponíveis nos sites da FPF, CBF e Conmebol.
Como curiosidade, a exigência na Copa do Mundo. Os estádios devem ter ao menos 40 mil cadeiras, subindo para 65 mil no jogo de abertura, a exceção na fase de grupos, nas semifinais e na final. A partir de 2018, na Rússia, a arena da decisão deverá receber ao menos 80 mil torcedores. No Mundial do Brasil, por exemplo, o Maracanã não seria suficiente, pois a versão remodelada tem 78.838 lugares. Em Moscou, a final será no Luzhniki, com 81 mil assentos.
Taça Libertadores da América
1ª fase e 2ª fase – 10 mil
Oitavas e quartas – 20 mil
Semifinal – 30 mil
Final – 40 mil
Copa Sul-Americana
1ª fase, 2ª fase, oitavas e quartas – 10 mil
Semifinal – 20 mil
Final – 40 mil
Série A
Todos os jogos: 15 mil
Série B
Todos os jogos 10 mil
Série C
1ª fase, quartas e semifinal – sem capacidade mínima
Final – 10 mil
Série D
1ª fase e oitavas – sem capaciade mínima
quartas, semifinal e final – 5 mil
Copa do Brasil
1ª fase, 2ª fase, 3ª fase, oitavas e quartas – sem capacidade mínima
Semifinal e final – 15 mil
Copa do Nordeste
1ª fase e quartas – 5 mil
Semifinal e final – 10 mil
Pernambucano (1ª divisão)
1ª fase e hexagonais – 3 mil
Semifinal e final – 10 mil
Pernambucano (2ª divisão)
1ª fase – sem capacidade mínima
Semifinal e final – 3 mil
A capacidade dos estádios pernambucanos (acima de 10 mil lugares)
Arruda – 60.044*
Arena Pernambuco – 46.214
Ilha do Retiro – 32.983*
Aflitos – 22.856**
Lacerdão (Caruaru) – 19.478
Cornélio de Barros (Salgueiro) – 12.480
Carneirão (Vitória) – 10.911
* Por exigência do Ministério Público, foram reduzidos para 50.582 e 27.435. Em caso de melhora nos acessos ao público, volta a limitação antiga.
** Por falta de uso, o Eládio de Barros está sem os laudos técnicos necessários para a realização de jogos profissionais.