De forma pra lá de aleatória, o Google integrou o Pac-Man ao Google Maps. Na ideia, é possível transformar qualquer mapa digitalizado pelo site em labirintos do famoso game do Atari, criado em 1980. Em Pernambuco, ao abrir o aplicativo/página, você pode jogar no seu próprio bairro. Basta clicar no ícone do Pac-Man para “transformar” o cenário – canto inferior no desktop e lado direito no mobile. Trazendo isso para o futebol, o blog registrou os mapas do Pac-Man nos principais estádios pernambucanos.
No Grande Recife, Arruda e Aflitos, pela quantidade de ruas próximas, ficaram com os “labirintos” mais extensos. Há também as versões no Lacerdão e no Cornélio de Barros, embora os estádios não tenham sido ilustrados pelo site.
No game, você tem cinco vidas. O objetivo é “comer” as pastilhas nas ruas, obviamente tendo que fugir dos quatro fantasmas clássicos…
Os clássicos mais populares dos principais centros futebolísticos da região compõem a semifinal da Copa do Nordeste de 2017. De um lado, o Clássico das Multidões. Do outro, o Ba-Vi. Já está assegurada a decisão Pernambuco x Bahia, que não ocorre há 16 anos. Com Sport, Santa Cruz, Bahia e Vitória envolvidos, a reta final traz uma carga pesada de tradição. São dez títulos entre os 13 torneios oficiais desde 1994. Nas arquibancadas, os confrontos têm a atenção direta de 9.891.907 torcedores. Gente demais, numa projeção a partir da último levantamento nacional, do Paraná Pesquisa. São 4,12 milhões de aficionados no clássico recifense e 5,77 milhões no clássico soteropolitano.
Torcida nacional
11º) Bahia – 2,0% (4.121.628) 14º) Sport – 1,3% (2.679.058) 16º) Vitória – 0,8% (1.648.651) 19º) Santa Cruz – 0,7% (1.442.570)
Títulos do Nordestão
4 – Vitória (7 finais)
3 – Sport (4 finais)
2 – Bahia (5 finais)
1 – Santa (1 final)
Enquanto o Santa tenta manter a orelhuda dourada no Arruda, os outros três, presentes na Série A desta temporada, querem matar logo a saudade da taça, de 3 anos no Sport, 7 no Vitória e 15 no Bahia. Caso o Leão da Ilha avance, repetirá a final. Seja contra o Bahia (foi vice em 2001), seja contra o Vitória (foi campeão em 2000). Em caso de classificação da cobra coral, a decisão seria inédita – até hoje, o clube só fez semifinais contra os dois rivais baianos.
Em relação à premiação, cada clube já acumulou R$ 1,6 milhão em cotas, somando a fase de grupos, as quartas de final e a semi. Agora, a premiação oferece mais R$ 550 mil ao vice e R$ 1,25 milhão para o grande campeão, além da pré-classificação às oitavas da Copa do Brasil de 2018.
Qual será a final da Copa do Nordeste de 2017?
Sport x Bahia (35%, 1.514 Votes)
Sport x Vitória (31%, 1.325 Votes)
Santa Cruz x Bahia (22%, 944 Votes)
Santa Cruz x Vitória (12%, 526 Votes)
Total Voters: 4.308
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Sport x Santa Cruz
Mais uma semifinal das multidões. Em 2014, disputaram uma vaga na mesma condição, com a volta no Mundão. Nesta edição, o Sport investiu bastante, com direito à aquisição de André por R$ 5,2 milhões. O “time principal” atuou poucas vezes, hora com a lesão de Rithely, hora com a convocação de Diego Souza. Agora, de comando novo, chega completo. No Santa, com uma campanha até melhor, a crítica vai para o excesso de precaução de Eutrópio, com seguidas atuações quase sem atacar – com a bola parada de Anderson Salles decidindo. Defende-se bem, mas não se impõe à frente, com Pitbull disputando jogadas praticamente sozinho. Ataque contra defesa?
Datas: 26/04 (Ilha do Retiro, 19h45) e 30/04 (Arruda, 16h) Santa Cruz: 19 pontos, 6 vitórias, 1 empate e 1 derrota; 11 GP e 2 GC Sport: 16 pontos, 5 vitórias, 1 empate e 2 derrotas; 16 GP e 9 GC Em mata-matas no torneio: Sport 1 x 0 Santa (semi de 2014)
Bahia x Vitória
Sem dúvida alguma, um dos Ba-Vis mais importantes dos últimos tempos. Após as três finais regionais, sendo a última em 2002, com triunfo tricolor, poucos duelos tiveram tanto destaque. Exceção feita à inauguração da Fonte Nova, com goleada leonina por 5 x 1. Nesta chave, ambos chegam com força. Venceram lá e lô nas quartas. No Baêa, a boa fase de Régis, artilheiro do time no ano (7 gols), ajuda a dividir as atenções com o Brocador e outras peças, como o polivalente Juninho. No rival, Argel mantém a estrutura tática de um time pegador, rápido. No ataque, Kieza e David se destacam, com a equipe precisando de mais intensidade em Cleiton e Gabriel Xavier.
Datas: 27/04 (Barradão, 20h30) e 30/04 (Fonte Nova, 16h) Bahia: 20 pontos, 6 vitórias e 2 empates; 18 GP e 2 GC Vitória: 19 pontos, 6 vitórias, 1 empate e 1 derrota; 14 GPC e 9 GC Em mata-matas no torneio: Vitória 2 x 1 Bahia (finais em 1997, 1999 e 2002)
Pitaco do blog sobre a decisão: Sport x Vitória…
A análise do podcast 45 minutos sobre as semifinais nordestinas
Após 81 jogos realizados, de um total de 95, finalmente a arrecadação do Campeonato Pernambucano ultrapassou a barreira de R$ 1 milhão. Hoje, esta cifra é até comum em partidas únicas nos principais centros do futebol nacional. E também há exemplos no próprio histórico local, onde onze jogos envolvendo o Trio de Ferro já tiveram bilheterias milionárias. No Estadual de 2017, isso representa uma média de R$ 15 mil. Descontando as taxas de arbitragem, segurança, aluguel de campo, entre outros, sobra pouco. A própria FPF vem sendo sentindo no bolso. Como a federação tem direito a 8% da renda bruta de todas as partidas, a entidade só arrecadou R$ 88.879.
Arrecadação do Estadual na era do hexagonal* 2014 – R$ 9.391.936 (média de R$ 67.085, em 140 jogos) 2015 – R$ 7.656,893 (média de R$ 63.280, em 121 jogos) 2016 – R$ 4.737.772 (média de R$ 52.063, em 91 jogos) 2017 – R$ 1.110.998 (média de R$ 15.219, em 73 jogos)
* Excluindo os jogos de portões fechados
Em relação ao público, o índice melhorou um pouquinho, de 1,2 mil para 1,3 mil, por causa do segundo Clássico das Multidões. Mesmo esvaziados, no Arruda e na Ilha do Retiro, foram os únicos jogos acima de dez mil pessoas. Em ambos, a presença foi turbinada pelas torcidas organizadas, mesmo sem as camisas, suspensas (!). Basta ver a ocupação nas duas gerais.
Hoje, a média seria a pior da história, desde que a FPF passou a contabilizar esses dados em 1990. Para não ficar atrás da edição de 1997, com 2.080, é preciso somar ao menos 83.203 pessoas nos 14 jogos restantes, sendo oito em mata-matas – com isso, terminaria com 2.081. Possível.
Os 5 maiores públicos no Pernambucano 2017 12.408 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (Arruda, 18/02) 10.221 – Sport 1 x 1 Santa Cruz (Ilha, 26/03) 6.419 – Náutico 2 x 1 Sport (Arena, 05/03) 5.015 – Santa Cruz 1 x 2 Salgueiro (Arruda, 02/03) 4.622 – Náutico 1 x 1 Santa Cruz (Arena, 29/01)
Dados até a 8ª rodada do hexagonal do título e a 10ª rodada da permanência:
1º) Santa Cruz (4 jogos como mandante, no Arruda)
Público: 22.801 torcedores
Média de 5.700
Renda: R$ 225.130
Média de R$ 56.282
2º) Sport (4 jogos como mandante, na Ilha do Retiro) Público: 19.687 torcedores Média de 4.921 Renda: R$ 308.240
Média de R$ 77.060
3º) Náutico (4 jogos como mandante, na Arena Pernambuco) Público: 13.917 torcedores Média de 3.479 Renda: R$ 220.085
Média de R$ 55.021
4º) Salgueiro (7 jogos como mandante, no Cornélio de Barros) Público: 15.840 torcedores Média de 2.262 Renda: R$ 76.671 Média de R$ 10.953
5º) Central (7 jogos como mandante; 3 no Antônio Inácio, 2 no Lacerdão, 1 na Arena e 1 no Carneirão) Público: 7.957 torcedores Média de 1.136 Renda: R$ 114.460 Média de R$ 16.351
6º) Belo Jardim (7 jogos como mandante; 5 no Antônio Inácio e 2 no Arruda) Público: 2.202 torcedores Média de 314 Renda: R$ 20.597 Média de R$ 2.942
Geral – 73* jogos (1ª fase, hexagonal do título e hexagonal da permanência) Público total: 97.844 Média: 1.340 pessoas Arrecadação: R$ 1.110.998 Média: R$ 15.219 * Mais 8 jogos ocorreram de portões fechados
Fase principal – 24 jogos (hexagonal do título e mata-mata) Público total: 71.509 Média: 2.979 pessoas Arrecadação total: R$ 881.842 Média: R$ 36.743
Com as quartas de final do Nordestão pela frente, a decisão de poupar o time no Pernambucano era natural, necessário até. Para evitar mais desgaste e lesões num calendário apertado ou até mesmo para manter o foco da equipe. No cenário local, o clássico pouco definiria. Virtualmente classificado, teria como objetivo apenas a luta pelo mando de campo. Então, uma formação 100% reserva. Pois a descrição não cabe ao Sport, cujo discurso do então candidato Arnaldo Barros apontava até a utilização do Sub 20 no Estadual. Foi o Santa Cruz, que não havia dado um pio sobre o assunto, que mandou o time suplente à Ilha, consciente de que o resultado, neste domingo, era indiferente ao planejamento. O rival escalou os principais jogadores à disposição, excluindo Diego Souza e Mena, nas Eliminatórias, e Rithely, machucado.
No Sport, com atuações ruins em sequência, Daniel Paulista esclareceu que o revezamento, formulado há semanas, apontava três jogos com o titular e um com o reserva. A conta não bate, uma vez que após o Campinense o Leão terá o Danubio, pela Sula. Tentando justificar o injustificável, anulando qualquer reclamação posterior sobre cansaço, a verdade é que, creio, o técnico rubro-negro tentou se preservar na função. Visão baseada em resultados (contra times tecnicamente bem inferiores), não em futebol jogado.
Tentando vencer o primeiro clássico em 2017, Daniel foi para tentar atropelar o Santa e fazer as pazes com a torcida. Assim como no Arruda, o Sport foi melhor. E assim como no Arruda, o Santa se superou, mesmo inoperante ofensivamente, com o atacante Julio Sheik perdido como meia. Após as vaias dos 10.221 torcedores no primeiro tempo, num jogo desnecessariamente pilhado, mas controlado pela árbitra Deborah Cecília, o Leão seguiu criando oportunidades, mas longe da meta de Jacksson, o estreante goleiro de 22 anos. Rogério foi durante todo o jogo o escape, ganhando em velocidade e finalizando. Quase sempre mal. Até deu uma bela bicicleta, mas só na 8ª tentativa, aos 23 minutos da etapa final, acertou. Recebeu de Juninho, que acabara de entrar, e anotou o seu 7º gol no ano. É o artilheiro do time.
A vantagem, pelo desempenho dos dois times, era bem justa (quase tardia). Porém, a falta de articulação no meio do Sport acabou penalizada. Limitando-se a marcar, o Santa se arriscou um pouco mais, chamando faltas próximas à área. Num duelo de disparidade técnica (e hoje havia bastante), a bola parada poderia ser salvadora. Mas sem Anderson Salles, um dos poupados. Com a bola à disposição para um novo cobrador, o também estreante Pereira empatou. O meia mandou no canto direito de Magrão, aos 37. A partir dali, a partida não andou mais, com o 1 x 1 definitivo. Ao time reserva do Santa, os méritos pelo esforço. A Daniel, o todo o ônus do tropeço.
Após 78 das 95 das partidas programadas para o Campeonato Pernambucano de 2017, a média de público segue a pior desde que a FPF passou a contabilizar o dado, há 27 anos. A cada jogo, apenas 1.227 torcedores, considerando os duelos com borderô, pois oito ocorreram de portões fechados. Em 1997, ainda a pior edição em termos de presença na arquibancada, o índice foi de 2.080 – aquele fundo do poço acabou gerando a intervenção do governo do estado, com ingressos subsidiados.
Para que esta edição não “supere” o recorde negativo, os 17 jogos restantes terão que somar ao menos 95.130 pessoas – com isso, a média chegaria a 2.081. Até aqui, foram 85 mil pessoas. Logo, os mata-matas serão decisivos para impulsionar a assistência, até porque todos vêm deixando a desejar no hexagonal. Só um jogo passou de 10 mil pessoas, o Clássico das Multidões, e no último domingo, no encerramento da 7ª rodada da fase principal, apenas 437 pessoas foram ao Arruda para ver Belo Jardim 0 x 1 Sport, com mando agrestino. Como os poucos rubro-negros presentes ficaram posicionados atrás da barra à esquerda das cabines, a transmissão, em sinal aberto na tevê, exibiu o concreto vazio. Péssimo para a imagem do campeonato.
Em relação à arrecadação, a FPF tem direito a 8% da renda bruta de todos os jogos. Logo, do apurado de R$ 943 mil, a federação já arrecadou R$ 75.443.
Dados até a 7ª rodada do hexagonal do título e a 10ª rodada da permanência:
1º) Santa Cruz (4 jogos como mandante, no Arruda)
Público: 22.801 torcedores
Média de 5.700
Renda: R$ 225.130
Média de R$ 56.282
2º) Náutico (3 jogos como mandante, na Arena Pernambuco) Público: 12.410 torcedores Média de 4.136 Renda: R$ 212.970
Média de R$ 70.990
3º) Sport (3 jogos como mandante, na Ilha do Retiro) Público: 9.466 torcedores Média de 3.155 Renda: R$ 148.885
Média de R$ 49.628
4º) Salgueiro (7 jogos como mandante, no Cornélio de Barros) Público: 15.840 torcedores Média de 2.262 Renda: R$ 76.671 Média de R$ 10.953
5º) Central (6 jogos como mandante; 2 no Lacerdão, 2 no Antônio Inácio, 1 na Arena e 1 no Carneirão) Público: 7.758 torcedores Média de 1.293 Renda: R$ 112.970 Média de R$ 18.828
6º) Belo Jardim (7 jogos como mandante; 5 no Antônio Inácio e 2 no Arruda) Público: 2.202 torcedores Média de 314 Renda: R$ 20.597 Média de R$ 2.942
Geral – 70* jogos (1ª fase, hexagonal do título e hexagonal da permanência) Público total: 85.917 Média: 1.227 pessoas Arrecadação: R$ 943.038 Média: R$ 13.471 * Mais 8 jogos ocorreram de portões fechados
Fase principal – 21 jogos (hexagonal do título e mata-mata) Público total: 59.582 Média: 2.837 pessoas Arrecadação total: R$ 713.882 Média: R$ 33.994
Nove edições após o título da Copa do Brasil, finalmente o Sport voltou a avançar em três mata-matas. Com mais uma vitória sobre o Boavista, o Leão chegou à 4ª fase do torneio, que no novo formato corresponde aos 16 avos de final, cujo adversário será decidido em sorteio. Em mais uma noite às moscas na Ilha neste ano, com apenas 2.014 espectadores, um jogo morno. Embora Daniel Paulista tenha escalado força máxima, exceção feita a Rithely, ainda vetado, o time entrou numa rotação baixa diante do time fluminense, formado por reservas. O 0 x 3 em Saquarema praticamente decidiu o confronto, refletindo bastante duelo no Recife. Faltou futebol, competitividade.
A gol da vitória leonina, por 1 x 0, foi de Diego Souza. Recebeu de André, livre de marcação na área, e bateu cruzado. Chegou a 5 gols em partidas oficiais em 2017, se igualando a André e Rogério, os goleadores da equipe. Foi o seu último ato antes da apresentação à Seleção Brasileira, onde participará dos jogos contra Uruguai e Paraguai, pelas Eliminatórias. Com Tite, será atacante.
Voltando à Copa do Brasil, o Leão já soma R$ 2,83 milhões em cotas de participação, já considerando o novo repasse e a ampliação das cotas anunciada pela CBF. Como comparação, a premiação absoluta pelo título da Lampions League é de R$ 2,85 milhões. Na próxima fase, já valendo uma cota milionária, a tendência é ter pela frente um adversário de peso, como São Paulo, Cruzeiro ou Fluminense, por exemplo. Precisará acelerar.
Cotas do Sport na Copa do Brasil 1ª fase – R$ 525 mil (vs CSA – AL) 2ª fase – R$ 595 mil (vs Sete de Setembro – MS) 3ª fase – R$ 810 mil (vs Boavista – RJ)
4ª fase – R$ 900 mil (a definir)
Oitavas – R$ 1,05 milhão?
Com a forte demanda do carnaval pernambucano, seja nas ladeiras de Olinda ou no Recife Antigo, evita-se jogos de futebol de grande porte na capital durante a Quarta-feira de Cinzas. Com o apertado calendário de 2017, não só teve jogo como um clássico, o primeiro duelo entre rubro-negros e alvirrubros. Além da ressaca momesca, é preciso considerar que o Sport escalou um time reserva e o Náutico estava em péssima fase, quase fora do Nordestão. Na Ilha, o reflexo disso tudo, com apenas 3.430 espectadores, no menor público do Clássico dos Clássicos neste século. E o desinteresse se estendeu à televisão.
A transmissão na Globo Nordeste registrou uma audiência aquém, com 21,4 pontos no Grande Recife. Bem abaixo do índice da competição (28 pontos, dados de 2016), ainda mais considerando que, embora atrapalhe o torcedor in loco, o jogo das 21h45 na quarta-feira é o pico de audiência televisiva.
A audiência do 1 x 1 foi informada por Vinícius Paiva, do blog Teoria dos Jogos. A partir deste dado, chega-se à quantidade de telespectadores, 519.812. Apesar da robusta escala, houve uma queda de 25,7% sobre a média do torneio, de 700 mil, via Ibope. Para se ter ideia, o clássico anterior, Santa 1 x 1 Sport, teve 753 mil telespectadores, com 31 pontos. De fato, era um jogo de maior apelo, mas ocorreu num sábado à tarde, horário com menos aparelhos ligados.
A data pode atrapalhar, mas tecnicamente o jogo precisa ser cativante…
As 10 maiores audiências no Estadual desde 2010*
1.153.620 – Sport 1 x 0 Náutico (05/05/2010) – final (volta, abaixo)** 1.050.763 – Sport 1 (5) x (3) 0 Santa Cruz (13/04/2014) – semifinal (volta) 1.040.976 – Santa Cruz 0 x 1 Sport (15/05/2011) – final (volta) 988.773 – Náutico 0 x 1 Sport (23/04/2014) – final (volta)** 969.817 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (26/03/2014) – hexagonal 961.620 – Sport 2 x 0 Náutico (16/04/2014) – final (ida)** 942.762 – Sport 0 x 2 Santa Cruz (08/05/2011) – final (ida) 887.984 – Náutico 1 x 0 Santa Cruz (28/04/2010) – semifinal (volta) 863.818 – Santa Cruz 0 x 0 Sport (06/05/2012) – final (ida) 853.000 – Sport 2 x 1 Santa Cruz (21/02/2016) – hexagonal
* Número de telespectadores considerando os jogos já divulgados pela emissora. Entre os não revelados, destaque para as decisões de 2013 e 2016
** Jogos realizados na noite de quarta-feira, pico de audiência no futebol
Após 69% das partidas programadas para o Campeonato Pernambucano de 2017, ou 66 de 95, a média de público segue a pior desde que a FPF passou a contabilizar o dado, em 1990. São apenas 1,1 mil pessoas por jogo, com apenas um borderô registrando mais de 10 mil espectadores, justamente a partida de maior apelo, o Clássico das Multidões. Na 5ª rodada da fase principal foi realizado o terceiro clássico da competição, desta vez Sport 1 x 1 Náutico, com apenas 3.430 torcedores na Ilha. Foi o menor público no Clássico dos Clássicos neste século! Colocando mais gente no dia seguinte, com 5.015 pessoas no Arruda, o Santa se mantém à frente no ranking de público do Estadual. Qual é o principal motivo para o público baixo? Violência, horários, transmissões na tevê, excesso de jogos inúteis para a classificação, nível técnico etc. Comente.
Em relação à arrecadação, a FPF tem direito a 8% da renda bruta de todos os jogos. Logo, do apurado de R$ 738 mil, a federação já arrecadou R$ 59.051.
Dados até a 5ª rodada do hexagonal do título e a 8ª rodada da permanência:
1º) Santa Cruz (3 jogos como mandante, no Arruda)
Público: 19.577 torcedores
Média de 6.525
Renda: R$ 195.630
Média de R$ 65.210
2º) Sport (3 jogos como mandante, na Ilha do Retiro) Público: 9.466 torcedores Média de 3.155 Renda: R$ 148.885
Média de R$ 49.628
3º) Náutico (2 jogos como mandante, na Arena Pernambuco) Público: 5.991 torcedores Média de 2.995 Renda: R$ 84.055
Média de R$ 42.027
4º) Salgueiro (5 jogos como mandante, no Cornélio de Barros) Público: 11.229 torcedores Média de 2.245 Renda: R$ 54.262 Média de R$ 10.852
5º) Central (6 jogos como mandante; 2 no Lacerdão, 2 no Antônio Inácio, 1 na Arena e 1 no Carneirão) Público: 7.758 torcedores Média de 1.293 Renda: R$ 112.970 Média de R$ 18.828
6º) Belo Jardim (5 jogos como mandante; 4 no Antônio Inácio e 1 no Arruda) Público: 1.576 torcedores Média de 315 Renda: R$ 14.052 Média de R$ 2.810
Geral – 59* jogos (1ª fase, hexagonal do título e hexagonal da permanência) Público total: 69.183 Média: 1.172 pessoas Arrecadação: R$ 738.144 Média: R$ 12.510 * Mais 7 jogos ocorreram de portões fechados
Fase principal – 15 jogos (hexagonal do título e mata-mata) Público total: 44.702 Média: 2.980 pessoas Arrecadação total: R$ 526.513 Média: R$ 35.100
O primeiro confronto entre Sport e Náutico nesta temporada rendeu críticas às atuações dos times. Mesmo com os leoninos usando uma formação reserva e com os alvirrubros, sob novo comando, testando novas peças. O 45 minutos analisou o empate na Ilha, com os desempenhos dos rivais, coletivos e individuais (Erick o melhor? André pressionado?). Também entrou na pauta a atuação da arbitragem, a partir dos lances apresentados na transmissão na televisão. Estou nessa com Celso Ishigami e Fred Figueiroa. Ouça!
Ainda que seja um clichê (dos maiores), a “Quarta-feira de Cinzas” se aplica ao primeiro clássico entre rubro-negros e alvirrubros em 2017. Fim de festa, 21h50, time reserva de um lado, time em péssima fase do outro e transmissão na tevê aberta. Pra quem ignorou tudo e isso foi à Ilha, parabéns. Foram apenas 3.430 pessoas, no menor público num Clássico dos Clássicos neste século – abaixo disso, só em 2000, com 1.905 nos Aflitos. Em campo, nada que subvertesse o cenário desolador de um confronto tão tradicional. O jogo foi fraco, com o Sport tentando se impor fisicamente, tamanha falta de organização dos escalados, e o Náutico, com mudanças pontuais, tentando se recuperar de um péssimo início de ano – até então, apenas 3 vitórias em 9 jogos.
Os alvirrubros, com foco maior no Estadual, até começaram melhor, com boas oportunidades nos primeiros dez minutos. Erick, pela ponta direita, ganhou quase toda para o também jovem Caio, lateral-esquerdo. O atacante timbu driblou, cruzou e chutou. Se apresentou pro jogo (um dos poucos), ganhando o direito, inclusive, de cobrar a penalidade aos 29 minutos, após um carrinho pra lá de infantil de Rodrigo, o volante leonino contratado junto ao Palmeiras. Erick cobrou bem e marcou seu segundo gol como profissional (ambos de pênalti).
A vantagem timbu era justa e caminhava sem aspecto de mudança, até a entrada de Lenis no lugar do machucado (e apagado) Marquinhos. Embora com mais posse de bola (58%!), o mandante pouco produzia, com o meio povoado de volantes sem criatividade. Aos 36, então, o colombiano bagunçou a defesa, com o lance seguindo até o cruzamento para Neto Moura, que dominou, marcou e vibrou além de sua característica. No segundo tempo, o jogo de poucas emoções caiu de vez junto com a chuva (a cara de “Cinzas” só aumentava). A descrição poderia ser quase nula, caso não tivesse sido marcado outro pênalti, desta vez a favor do Leão, aos 42. André, que perdera duas cobranças, foi de novo pra cal. E bateu mal outra vez, com Tiago Cardoso encaixando, 1 x 1.
Por fim, uma rápida análise da arbitragem de José Woshington. Foi uma rara boa atuação no cenário local. E olhe que teve trabalho, com quatro lances capitais. Acertou todos. Dois gol bem anulados do timbu (mão de Giva e impedimento de Erick) e duas penalidades corretas (carrinho de Rodrigo e mão de Manoel, com o braço aberto na direção do chute de Fábio). Um lampejo de positividade em um jogo que não deixará lembranças. Como nenhuma Quarta-feira de Cinzas.