Setorização dos assentos na Copa do Mundo à brasileira

Setorização dos estádios na Copa do Mundo de 2014. Crédito: Fifa/youtube/reprodução

Algo bastante questionado na Copa das Confederações no Brasil foi a setorização dos ingressos nos seis estádios. Os bilhetes mais caros ficaram atrás dos gols. Segundo a Fifa, na ocasião, tratava-se do padrão europeu…

A resposta não convenceu os brasileiros, habituados a assistir aos jogos de futebol nas laterais dos campos, como espaços mais nobres.

Para a Copa do Mudo de 2014 o pleito acabou aceito pela Fifa, que anunciou o programa oficial de ingressos, mudando as localizações das 4 categorias.

Acima, o novo formato do Maracanã. Abaixo, a distribuição de assentos durante a Copa das Confederações de 2013, nos quais verde e amarelo eram categorias diferentes, apesar de ambos terem sido posicionados atrás dos gols, assim como os ingressos azuis e vermelhos, nas laterais, mas com preços distintos.

Além disso, a Fifa, através de Thierry Weil, o diretor de marketing da entidade, garantiu algo básico, mas ausente no evento teste…

“Ao comprar o ingresso, saberá onde sentar. Saberá que pode se sentar atrás do gol, questionar se quer essa categoria ou não.”

Maracanã na Copa das Confederações

O aguardado duelo entre os dois ícones do futebol mundial

Brasil x Espanha

A disputa entre brasileiros e espanhóis não é das mais tradicionais no futebol.

Até hoje foram apenas oito partidas. A última delas em 1999!

Nesse intervalo, a Fúria evoluiu o seu jogo, criou uma nova maneira de controlar a bola e se impôs no mundo.

A própria Seleção viu a necessidade de se adaptar a este novo tempo.

Mas um duelo entre ambos foi inviabilizado por inúmeras circunstâncias, como eliminação deles lá e eliminação nossa acolá.

Mas chegou a hora de um confronto de grande porte. Um verdadeiro teste.

Entre o maior campeão mundial, conhecido pela escola tradicionalíssima, mas em busca de um recomeço, e o atual campeão do mundo, a nova inspiração.

Domingo, Maracanã. Brasil x Espanha, pela taça da Copa das Confederações.

Ao Brasil, com uma jovem equipe em formação, vale o tetra e a volta da soberania. À Espanha, pronta há três temporadas, um troféu inédito.

Habilidade, posse de bola, tradição, confiança etc. Futebol em alto nível.

Para o time verde e amarelo, independentemente do resultado, ficará a lição para a Copa do Mundo do ano que vem.

Seja lá qual for o resultado, o jogo será bem estudado para um possível jogo ainda mais importante em 2014. Por Felipão e Del Bosque…

Dois dígitos no placar da Fifa, de El Salvador ao Taiti

Copa das Confederações 2013, 1ª fase: Espanha 10x0 Taiti. Foto: Laurence Griffiths/Fifa

No Maracanã a diferença técnica era abissal, inacreditável.

Espanha, campeã do mundo e bicampeã europeia. Número 1 no ranking mundial. Aula de futebol a cada apresentação.

Taiti, amadorismo num país minúsculo. Campeão da Oceania, mas em 138º no ranking. Ambos participantes da Copa das Confederações de 2013, no Brasil.

Nunca uma fase final de um torneio senior da Fifa havia colocado frente a frente em campo um contexto assim. A goleada no renovado Maracanã era absolutamente previsível. A dúvida era o resultado final. De quanto seria?

No bolão da redação do Diario de Pernambuco, por exemplo, o pitaco do blog foi um modesto “9 x 0”. Houve aposta com até doze gols espanhóis…

Copa das Confederações 2013, 1ª fase: Espanha 10x0 Taiti. Foto: Alex Livesey/Fifa e Copa do Mundo de 1982: Hungria 10x1 El Salvador

Mesmo atuando com o time reserva e sem pressa alguma para atacar, o time dirigido por Vicente Del Bosque goleou como se esperava, por 10 x 0.

Foi o maior placar já visto num torneio profissional de seleções da Fifa.

Superou o jogo Hungria 10 x 1 El Salvador, na Copa do Mundo de 1982.

Ordem dos tentos húngaros: 4, 11, 23, 50, 54, 69, 70, 72, 76 e 83.
Melhor arranque: 4 gols em 8 minutos.

Ordem dos tentos espanhóis: 5, 31, 33, 39, 49, 57, 64, 66, 78 e 89.
Melhor arranque: 3 gols em 9 minutos.

A diferença acabou sendo o gol salvadorenho anotado por Luis Ramirez…

Copa do Mundo de 1982: Hungria 10x1 El Salvador

Miniaturas das arenas das Confederações

Miniatura das seis arenas da Copa das Confederações 2013. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

As seis arenas da Copa das Confederações ganharam versões em miniaturas. Em vez de quase 200 metros decomprimento, 15 centímetros. Arena Pernambuco, Maracanã, Mineirão, Fonte Nova, Castelão e Mané Garrincha foram redimensionados na China. A Bley e Brollo Limitada confeccionou as seis peças, que chegam nas prateleiras por R$ 115, cada. Em 2014, os demais estão também deverão ganhar miniaturas.

Confira um post sobre os modelos dos Aflitos e da Ilha do Retiro aqui.

Arena Pernambuco

Miniatura da Arena Pernambuco, em São Lourenço. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Maracanã

Miniatura do Maracanã, no Rio de Janeiro. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Mineirão

Miniatura do Mineirão, em Belo Horizonte. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Fonte Nova

Miniatura da Fonte Nova, em Salvador. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Castelão

Miniatura do Castelão, em Fortaleza. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Mané Garrincha

Miniatura do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Os maiores artilheiros dos grandes palcos

Bita (Náutico), Baiano(Santa Cruz) e Traçaia (Sport), os maiores artilheiros dos Aflitos, Arruda e Ilha do Retiro

O Brasil vive um período de grande transição nos estádios de futebol. São novos palcos surgindo, com os mais altos padrões, e outros passando por reformas, numa remodelagem completa. Como consequência, os estádios tradicionais, mas obsoletos, vão sendo aposentados.

Neste 2 de junho de 2013, dois exemplos. O Maracanã, a um custo bilionário, reabre as portas para mais uma Copa do Mundo em sua história.

No Recife, o Náutico se despede dos Aflitos, uma vez que sua nova casa será a moderna a Arena Pernambuco. Outros clubes do país deverão passar por isso. O Grêmio, por exemplo, também trocou o velho Olímpico por uma nova arena.

Mas a história escrita nos gramados não poderá ser apagada, jamais.

Sobretudo os gols… Dezenas, centenas, milhares.

Portanto, eis a lista com os maiores artilheiros dos principais estádios pernambucanos e do Maracanã. Protagonistas em suas épocas.

Aflitos – Bita, com 126 gols entre 1962 e 1968, pelo Náutico.

Arruda – Baiano, com 128 gols na década de 1980, sendo 70 pelo Náutico, 56 pelo Santa Cruz, 1 pelo Sport e 1 pelo Central. O maior artilheiro coral no Mundão é Betinho, com 98 gol na década de 1970.

Ilha do Retiro – Traçaia, com 114 gols entre 1953 e 1963, pelo Sport.

Maracanã – Zico, com 333 gols em 435 partidas nas décadas de 1970 e 1980, pelo Flamengo e pela Seleção Brasileira.

A ordem de grandeza das seis arenas das confederações chega a R$ 4,616 bilhões

Estádios da Copa das Confederações 2013: Arena Pernambuco, Maracanã, Castelão, Fonte Nova, Mané Garrincha e Mineirão

As seis arenas selecionadas para a Copa das Confederações custaram R$ 4,616 bilhões. O valor total é 33,1% maior que a previsão inicial das obras de construção e reforma. Há três anos a projeção era de R$ 3,467 bilhões. Numa conta simples, basta ver o gasto médio por assento – somados, os seis palcos têm 374.594 lugares. O índice por cadeira subiu de R$ 9.255 para R$ 12.322.

O cálculo pôde ser efetuado após a Secopa divulgar que a “ordem de grandeza” do custo final da Arena Pernambuco, considerando o gasto extra para antecipar a obra em oito meses, deve alcançar R$ 650 milhões. Isso corresponde a um aumento de 22,1% sobre o valor original de R$ 532 milhões, com base de maio de 2009, quando o projeto foi lançado.

O Castelão foi o único empreendimento a respeitar o orçamento original, sem aditivos. Curiosamente, também foi o primeiro a ser aberto. Já o Maracanã teve nada menos que dez ativos. As seis arenas foram inauguradas em 2013.

Castelão (Fortaleza) – 64.165 lugares
Orçamento previsto: R$ 518 milhões (R$ 8.072 por assento)
Custo final: não houve aditivos

Fonte Nova (Salvador) – 50.433 lugares
Orçamento previsto: R$ 591,7 milhões (R$ 11.732 por assento)
Custo final: R$ 689,4 milhões (R$ 13.669 por assento)
Aumento: 16,5%

Arena Pernambuco (Recife) – 46.214 lugares
Orçamento previsto: R$ 532 milhões (R$ 11.511 por assento)
Custo final: R$ 650 milhões (R$ 14.065 por assento)
Aumento: 22,1%

Estádio Mané Garrincha (Brasília) – 70.042 lugares
Orçamento previsto: R$ 800 milhões (R$ 11.421 por assento)
Custo final: R$ 1,015 bilhão (R$ 14.491 por assento)
Aumento: 26,8%

Mineirão (Mineirão) – 66.805 lugares
Orçamento previsto: R$ 426 milhões (R$ 6.376 por assento)
Custo final: R$ 695 milhões (R$ 10.403 por assento)
Aumento: 63,1%

Maracanã (Rio de Janeiro) – 76.935 lugares
Orçamento previsto: R$ 600 milhões (R$ 7.798 por assento)
Custo final: R$ 1,049 bilhão (R$ 13.634 por assento)
Aumento: 74,8%

Arena em São Lourenço sonhando com decisões internacionais, sem pressa

Jornal italiano Il Tempo, de 26 de abril de 2013

A Supercopa da Itália foi disputada pela primeira vez no exterior em 1993.

China, Estados Unidos e Líbia já sediaram a disputa entre o campeão italiano e ganhador da Copa Itália. Ao todo, seis supercopas fora do País da Bota.

A partir desta temporada a Supercopa da Espanha também adotará o caminho. A federação espanhola aceitou a proposta de US$ 39,5 milhões por sete anos. Os jogos serão realizados no Ninho do Pássaro, em Pequim.

Agora, por um motivo insólito, a decisão da Copa Itália, com o clássico romano entre Lazio e Roma, poderá acontecer fora do país. Seria inédito.

Questão de segurança pública, após os últimos episódios no Stadio Olimpico.

O jornal italiano Il Tempo noticia que China, Estados Unidos e Brasil podem ser o destino. Pequim, Rio de Janeiro, São Paulo e… Recife, na Arena Pernambuco.

Difícil de acreditar, ainda mais com a data da decisão, 26 de maio, dois dias após a entrega da operação da arena em São Lourenço à Fifa.

Se não há uma data disponível nem para a final do Estadual, quanto mais para essa decisão? Por mais que o evento realmente seja diferenciado, atrativo.

Tudo indica que não será desta vez, mas, ainda que involuntariamente, o Il Tempo abriu os olhos para uma possibilidade interessante. E rentável.

Arena Pernambuco abrigando jogos oficiais de outros países, com decisões de copas? Quem sabe no futuro. Infraestrutura existe.

Roma x Lazio

O Maracanã volta a impressionar do alto

Maracanã em 2013, sendo preparado para a Copa do Mundo de 2014. Crédito: Odebrecht/divulgação

Um gigante de concreto difícil de ignorar.

A cada voo no Rio de Janeiro o velho Maracanã está ali, bem visível da janela.

Se destaca das demais construções vizinhas. Virou um cartão-postal lá do céu mesmo. Seu formato tornou-se referência em estádios de futebol.

Os registros aéreos datam desde 1950, quando foi inaugurado com 183.354 lugares, segundo o cronograma de obras para o Mundial daquele ano.

Foram utilizados 500 mil sacos de cimento e 10 mil toneladas de ferro.

Em mais uma investida rumo à Copa do Mundo, a de 2014, veio o orçamento de R$ 1 bilhão para remodelar o maior estádio do país, agora com 78.639 lugares.

Após meses com a carcaça exposta, eis a nova cobertura com as membranas tensionadas esticando as lonas produzidas com teflon e fibra de vidro.

Com 68,4 metros de comprimento, a cobertura é bem maior que a antiga armação de concreto. Reconduziu os olhares das alturas ao Maraca.

Esta segunda versão, próxima dos 100%, deverá consumir 140 toneladas de ferro e 8,6 toneladas de cimento.

Seria mesmo difícil ignorar tanto concreto assim no horizonte…

Maracanã em 1950. Crédito: site História do Rio

Campeão brasileiro leva menos gente a campo que o Pior Time do Mundo

Borderô de Íbis x Pesqueira na Série A2 do Pernambucano de 2012. Crédito: FPF/divulgação

O Maracanã encontra-se num sono profundo com a quase bilionária reforma visando a Copa das Confederações e a Copa do Mundo.

O Engenhão, então elevado ao status de casa do futebol carioca, acaba de ser interditado pela prefeitura do Rio de Janeiro após um problema na cobertura.

Um vexame, considerando que o estádio foi inaugurado há apenas seis anos e será, em tese, o palco do atletismo nos Jogos Olímpicos de 2016.

Assim, o futebol carioca parte para Volta Redonda, no interior. Ou então em estádios mais modestos na capital.

A rejeição do torcedor carioca, no entanto, parece enorme neste cenário. Não só ao campeonato estadual com 16 clubes como nos estádios menos nobres.

Atual campeão brasileiro, o Fluminense conseguiu a proeza de atuar com apenas 703 pagantes na vitória sobre o Macaé, por 3 x 1.

O jogo foi em São Januário, bem na Cidade Maravilhosa…

Acredite, o Íbis leva mais gente. Acima, o borderô da estreia do Pássaro Preto na segunda divisão do Pernambucano de 2012, no Ademir Cunha, com 782.

Por sinal, os 215 jogos da última Série A2 tiveram 201.598 torcedores no borderô, proporcionando uma média de 937 (veja aqui).

Uma índice acima do badalado Flu, campeão do Brasil…

Borderô de Fluminense 3x1 Macaé no Carioca 2013