Com 10.164 torcedores, a 3ª rodada do Pernambucano 2018 foi a melhor em termos de público até aqui. O que não significa muita coisa. Pelo contrário. Com um índice de 2 mil torcedores, incluindo dois jogos no Recife, sendo um deles o Clássico dos Clássicos, o meio de semana manteve o mau início nas arquibancadas. Ainda mais numa comparação com um campeonato de porte menor, como o Paraense, no qual o Remo levou 32.670 torcedores na estreia contra o Bragantino, com R$ 780.125 de bilheteria. Dados superiores ao Estadual inteiro, já com 15 jogos – por sinal, apenas dois, ambos com mando do Santa, chegaram a 4 mil espectadores. Sobre arrecadação, ao menos a FPF segue fazendo o seu caixa. Com uma taxa de 8% sobre a renda bruta de todas as partidas da competição, a federação já embolsou R$ 40.245.
Abaixo, os rankings de público e renda, com ordem através das médias
Os 10 maiores públicos 4.292 – Santa Cruz 1 x 1 Vitória (Arruda, 18/01 – 1ª rodada) 4.035 – Santa Cruz 1 x 1 Central (Arruda, 25/01 – 3ª rodada) 3.685 – Náutico 3 x 0 Sport (Arena PE, 24/01 – 3ª rodada) 3.389 – Sport 2 x 0 Afogados (Ilha do Retiro, 20/01 – 2ª rodada) 3.000 – Flamengo 0 x 0 Sport (Áureo Bradley, 17/01 – 1ª rodada) 2.147 – Central 3 x 0 Náutico (Lacerdão, 21/01 – 2ª rodada) 1.824 – América 2 x 0 Santa Cruz (Ademir Cunha, 21/01 – 2ª rodada) 1.200 – Afogados 1 x 1 Central (Vianão, 17/01 – 1ª rodada) 1.159 – Salgueiro 1 x América (Cornélio de Barros, 24/01 – 3ª rodada) 929 – Náutico 3 x 2 América (Arena PE, 19/01 – 1ª rodada)
Situação rara no Estadual. Nenhuma penalidade assinalada e nenhum cartão vermelho distribuído pela arbitragem. Portanto, naturalmente, o levantamento do blog nesta terceira rodada do Campeonato Pernambucano de 2018 mantém os dados da rodada anterior. Com a ressalva sobre o pênalti para o Central não marcado pelo árbitro Gleydson Leite. Após o empate com o tricolor, o perfil oficial da patativa questionou o lance no Arruda.
Vamos às listas de pênaltis e expulsões após 15 partidas realizadas.
Pênaltis a favor (1) 1 pênalti – Central Sem penalidade – Afogados, América, Belo Jardim, Flamengo, Náutico, Pesqueira, Salgueiro, Santa Cruz, Sport e Vitória
Pênaltis cometidos (1) 1 pênalti – Afogados Sem penalidade – América, Belo Jardim, Central, Flamengo, Náutico, Pesqueira, Salgueiro, Santa Cruz, Sport e Vitória
A 3ª rodada do Campeonato Pernambucano de 2018 foi bem movimentada, com doze gols, incluindo uma goleada no clássico, que valeu a liderança ao timbu. Por sinal, dos dez times que entraram em campo, só o favorito ($) Sport não fez gol. Outra característica desta rodada foi o G4 povoado de clubes intermediários, com os três (Central, Vitória e América) pontuando como visitantes. Já na segunda metade da tabela, a mesma situação das rodadas anteriores, com os critérios de cartões vermelhos e amarelos decidindo as posições. Portanto, Salgueiro à frente do Flamengo pelo número de vermelhos (0 x 1) e o Santa em vantagem sobre o Afogados pelo critério seguinte – ambos têm um vermelho, com o corais tendo menos amarelos (4 x 5).
Com o Fla de folga, a rodada levou apenas 10.164 torcedores aos estádios, com média de 2.032, péssima, mas ainda assim superior à rodada passada. Quanto à artilharia, Caxito (América), Thomas Anderson (Vitória), Willian Gaúcho e Wallace Pernambucano (ambos do Náutico) lideram com 2 gols.
Pesqueira 1 x 2 Vitória – O time de Vitória de Santo Antão segue invicto após três apresentações. Agora, finalmente saiu o primeiro triunfo, construído no 1T. Já o Pesqueira larga muito mal. A possibilidade de G8 evita o desespero
Salgueiro 1 x 1 América – Com 20 minutos os gols já haviam sido marcados. O Mequinha chega a 3 jogos pesados com bom (e surpreendente) desempenho, pontuando em 2. Já o atual vice atual com 2 empates
Afogados 1 x 1 Belo Jardim – A coruja teve que se contentar com mais um empate no Vianão, embora desta vez tenha reagido na partida. Já o calango chegou ao terceiro empate, se mantendo como um dos invictos
Náutico 3 x 0 Sport – Três dias após ser goleado em Caruaru, o timbu devolveu o placar no maior rival, na primeira goleada em 26 anos. A aplicação tática num intervalo tão curto surpreendeu. E foi determinante na arena
Santa Cruz 1 x 1 Central – O tricolor começou melhor, mas não suportou (outra vez) o ritmo até o fim. Já a patativa engata uma sequência de boas atuações, pontuando e se mantendo no G4, o seu objetivo
Destaque – Wallace Pernambucano. O meia de 30 anos foi escalado como centroavante e no seu primeiro clássico marcou 2 gols de ‘atacante’
Carcaça – Pedro Castro. Três atuações ruins seguidas do leonino. No clássico errou feio no 2º gol, além da recomposição, perdendo a corrida para Wallace
Próxima rodada (Santa Cruz folga) 28/01 (16h00) – Vitória x Náutico (Arena Pernambuco) – Globo 28/01 (16h00) – América x Afogados (Ademir Cunha) – FPF/internet 28/01 (16h00) – Central x Flamengo (Lacerdão) 28/01 (16h00) – Belo Jardim x Salgueiro (Joaquim de Brito) 29/01 (20h00) – Sport x Pesqueira (Ilha do Retiro) – Premiere
A classificação após 3 rodadas (verde = quartas; vermelho = descenso).
A 49ª edição da Copa São Paulo de Futebol Júnior acabou com mais uma festa do Flamengo no Pacaembu, a terceira na década (2011, 2016 e 2018). Na final, o rubro-negro carioca fez 1 x 0 no São Paulo. Contextualizando a copinha com o futebol local, a participação acabou ainda na segunda fase, quando o Sport foi eliminado pelo Corinthians. Lembrando que este torneio marcou a menor representatividade pernambucana nos últimos cinco anos, com apenas três times. Ainda assim, com dez jogos ao todo, foi possível pinçar alguns nomes para os times principais. América e Náutico divulgaram a lista de atletas que passam a treinar integralmente com os profissionais. No caso do leão, ao contrário de 2017, quando anunciou logo, a avaliação irá ocorrer de forma gradativa, com alguns juniores praticando, oportunamente, alguma atividade com os profissionais, sob o comando do técnico Nelsinho.
América (fase de grupos) Atual vice-campeão estadual da categoria, o Mequinha disputou a copinha pela segunda vez. Estreou vencendo o dono da casa, o José Bonifácio, por 3 x 2 (Cid 2x, Rômulo 1x). Empatou com o Figueirense, num placar interessante, mas acabou goleado pelo Mirassol. Terminou em 3º lugar no grupo 3.
Alviverde na Copinha: 1 vitória, 1 empate e 1 derrota; 3 GP e 6 GC
Integrados em 2018: 6 atletas. Lista: Raphael (goleiro, 19 anos), Rômulo Rocha (LE, 19), Gabriel (zagueiro, 19), Alemão (zagueiro, 19), Matheus Sacramento (meia, 19) e Ramildo (atacante, 19) Integrados em 2017: não participou
Torneios do time profissional: Estadual
Náutico (fase de grupos) Na estreia, contra a Linense, o timbu teve bastante volume ofensivo, mas desperdiçou diversas oportunidades. Ao contrário de 2017, com Erick e Gerônimo, o ataque foi o calo na campanha. Apenas 2 gols, marcados só na última rodada, com o time já eliminado. Terminou em 3º lugar no grupo 7.
Alvirrubro na Copinha: 1 vitórias, 1 empate e 1 derrota; 2 GP e 2 GC
Integrados em 2018: 8 atletas. Lista: Otávio (zagueiro, 19), Richard (zagueiro, 19), Willian Gaúcho (volante, 19), Léo Couto (volante, 19), Tharcísio (atacante, 19), Sérgio (goleiro, 20), Kevin (LE, 20) e Luís Henrique (Meia, 20) Integrados em 2017: 4 atletas
Torneios do time profissional: Estadual, Nordestão, Copa do Brasil e Série C
Sport (2ª fase; 32 avos de final) O leão passou da fase de grupos pela 5ª vez seguida, mas caiu logo no primeiro mata-mata. Após um péssimo 1T, o time de Júnior Câmara dominou o Corinthians no 2T, chegando ao empate. Acabou caindo nos pênaltis. O meia João Erick e o atacante Miakel foram os artilheiros da campanha, com 2 gols.
Rubro-negro na Copinha: 2 vitórias, 1 empate e 1 derrota; 6 GP e 3 GC
Integrados em 2018: os atletas (ainda amadores) serão avaliados no ano Integrados em 2017: 7 atletas
Torneios do time profissional: Estadual, Copa do Brasil e Série A
A arrancada de Wallace Pernambucano, ganhando de Pedro Castro, no 2º gol
Desde o Estadual de 1992 o Náutico não aplicava um chocolate no Sport. Na Arena Pernambuco, no chamado ‘Clássico do Abismo’, o timbu fez 3 x 0. Num jogo de muitas nuances, de ambos os lados, o resultado derrubou com sobras o favoritismo do time rubro-negro – que ainda não convenceu nesta temporada, diga-se. Aqui, a análise do 45 Minutos, com mais de uma hora falando do jogo, dos times, dos destaques e das consequências. Ouça!
No aquecimento da rivalidade, este capítulo foi chamado de ‘Clássico do Abismo’, contextualizando a enorme diferença entre as folhas de Náutico e Sport, cerca de 17x. R$ 3,4 milhões x R$ 200 mil, A x C. Realmente, é uma distância financeira (e, consequentemente, técnica) considerável, mas se não houver organização, entrega e foco, isso não se traduz em campo. E por mais clichê que seja, a atmosfera de um clássico importa para qualquer jogo, como provou o time alvirrubro. Vindo de um duro revés em Caruaru e remontado às pressas, o timbu construiu uma goleada com muita aplicação, com dois gols do meia Wallace Pernambucano, numa cabeçada após escanteio e num contragolpe, e outro de Tharcysio, o substituto do próprio ‘falso 9’ da noite.
O timbu não goleava o rival centenário desde 6 de dezembro de 1992. No Arruda, também pelo Estadual, o Náutico aplicou 4 x 1. Época de Paulo Leme, Bizu e Nivaldo. Desta vez, um categórico 3 x 0. Os gols no primeiro tempo não foram acaso. Embora tenha tido apenas 36% de posse, o time de Roberto Fernandes encaixou melhor as jogadas, se aproveitando da recorrente lentidão do adversário, errando fundamentos básicos. Sobre a escalação, o treinador sacou o centroavante Daniel Bueno, pouco participativo, formando um time mais pegador, com Negretti e Josa tendo boas atuações. Na frente, o improvisado Wallace foi eficiente demais. A partida ainda estava esquentando quando o Náutico abriu o placar, num escanteio cobrado por Medina, aos 11. Eram sete leoninos na área, mas o camisa 9 entrou de forma fulminante.
Sem conseguir produzir uma jogada decente – abusando da bola aérea, a velha mania -, o leão acabou punido numa saída errada. Aos 40, Pedro Castro errou o passe e o contragolpe veio a galope. Num pique surpreendente, de 40 metros, Wallace ganhou do próprio volante e tocou na saída de Magrão. No intervalo, Nelsinho promoveu duas mudanças, acionando o atacante Juninho e o lateral-direito Raul Prata, tirando Thomás e Felipe Rodrigues. A melhora ocorreu num espaço curto de tempo, mas não o suficiente para achar espaço na povoada área alvirrubra, com o time consciente da vantagem. Forçando a ligação direta, o Sport não ofereceu perigo a Jefferson. Todo à frente, ainda viu o garoto Tharcysio fechar o já histórico placar na Arena Pernambuco. Se no domingo Roberto Fernandes não foi bem, no clássico ele alimentou uma estatística particular contra o Sport. São 8 jogos, 4V, 3E e 1D.
Clássico dos Clássicos na Arena Pernambuco 10 jogos (9 mandos alvirrubros e 1 rubro-negro) 4 vitórias do Náutico (40%) 2 empates (2%) 4 vitórias do Sport (40%)
116.495 torcedores nos 10 clássicos, média de 11.649
Neste ano, quatro bolas distintas serão usadas nas competições oficiais envolvendo clubes pernambucanos. Náutico, Salgueiro e Santa Cruz vão utilizar os quatro modelos, com Estadual (S11), Nordestão (Asa Branca 5), Copa do Brasil (CBF Ordem V) e Série C (Maestro Pro). No caso do Sport, a pelota do Brasileirão é a mesma da copa nacional. Portanto, como o clube está ausente da Lampions, jogará com três tipos de bolas oficiais em 2018.
Cada entidade firmou um contrato distinto com uma fornecedora. A FPF fechou com a Penalty pela 11ª temporada consecutiva, enquanto a Liga do Nordeste manteve pelo segundo ano o acordo com a Topper. Já a CBF tem dois contratos em vigor. Um para as três divisões inferiores do Brasileiro e outro para os torneios de elite – coincidentemente, com a mesma empresa que produz os uniformes da Seleção desde 1996. Devido ao apertado calendário oficial, em abril pode haver um revezamento entre todas as bolas divulgadas, com datas para torneios estaduais, regionais e nacionais. Será que esse revezamento a cada 3/4 dias atrapalha? Bronca para os goleiros. O Clássico das Emoções, por exemplo, pode chegar aos quatro tipos.
Campeonato Brasileiro (Série A) e Copa do Brasil Bola: CBF Ordem V, da Nike
Materiais: 40% couro sintético, 30% borracha, 20% poliuretano e 10% algodão Preço: R$ 599
Clubes: Sport (Série A e Copa, de 39 a 52 jogos); Santa Cruz (Copa, de 1 a 14), Náutico (Copa, de 1 a 14) e Salgueiro (Copa, de 1 a 14)
Descrição: “Seus cortes Nike Aerowtrac criam um voo preciso nos lançamentos. A estampa de movimento, em cores fortes, ajuda a rastrear a bola de acordo com o caminho que estiver percorrendo”
Campeonato Brasileiro (Séries B, C e D) Bola: Maestro Pro, da Topper Materiais: laminado de microfibra Preço: R$ 299 Clubes: Náutico, Salgueiro e Santa (Série C, de 18 a 24 jogos); Belo Jardim, Central e Flamengo (Série D, de 6 a 16)
Descrição: “Um dos diferenciais é a textura similar a de uma bola de golf, em formato de cavidades redondas que reduzem o atrito com o ar e facilitam os chutes de longa distância”
Copa do Nordeste Bola: Asa Branca 5, da Topper Materiais: laminado de microfibra Preço: não divulgado Clubes: Náutico (de 2 a 14 jogos), Salgueiro (de 2 a 12) e Santa (de 2 a 12)
Descrição: “O forro com fios de nylon em sistema radial garante esfericidade perfeita e a câmara de ar desenvolvida em borracha butílica garante a retenção de ar e manutenção da pressão por mais tempo”
Campeonato Pernambucano Bola: S11, da Penalty
Material: Laminado em poliuretano Preço: R$ 199
Clubes: Afogados, América, Belo Jardim, Central, Flamengo, Náutico, Pesqueira, Salgueiro, Santa Cruz, Sport e Vitória (de 10 a 14 jogos, todos)
Descrição: “Impermeável, a bola tem tecnologia Termotec, que permite ser usada em condições de chuva intensa, garantindo precisão e leveza na hora do chute. Além disso, o Miolo Slip System facilita a introdução da agulha”
Em 1919, a Liga Pernambucana de Desportos Terrestres (LPDT), a precursora da FPF, instituiu o “Torneio Initium”, como forma de confraternização entre os clubes filiados no início da temporada. A ideia começava a ganhar corpo no país, com o Rio de Janeiro realizando desde 1916. No tal ‘festival da liga’, os times seriam apresentados ao público, um a um, num campo de futebol. Após o desfile, com direito à escolha da melhor apresentação, um rápido torneio jogado em uma tarde, envolvendo todos as equipes da primeira divisão. Como? Reduzindo o tempo da partida de 90 para apenas 20 minutos.
Na primeira edição, numa época em que os times adotavam a formação 2-3-5, participaram América, Torre, Flamengo do Recife, Náutico, Santa Cruz e Sport. Com o goleiro Ilo Just sendo apontado como o destaque, o tricolor faturou o primeiro Torneio Início do futebol local. Ao todo, seriam 63 edições, com dez campeões distintos. Através do acervo do Diario de Pernambuco, o blog traz algumas curiosidades sobre a competição oficial, extinta em 1981.
Ao fim dos 16 tópicos, a lista completa de campeões e vices.
Em tempo: não há previsão da FPF sobre uma reedição. Fica a história…
1) O Torneio Início ocorria integralmente em um estádio, de 3h a 6h de duração. Ao longo dos anos, passou pelos principais campos do Recife, como Avenida Malaquias, Jaqueira, Aflitos, Ilha do Retiro e Arruda.
2) A pioneira edição estava agendada para o antigo estádio do Sport, o Campo da Avenida Malaquias, mas a liga não concordou com o pedido do leão sobre a entrada franca para os seus associados. Então, o torneio acabou sendo levado para os Aflitos, já em posse do Náutico.
3) O formato consistia em eliminatórias com jogos únicos, boa parte a partir das quartas de final. Devido ao número flutuante de participantes, em alguns anos teve time largando já na semifinal.
4) O tempo de jogo seguia a regra básica de 20 minutos (dois tempos de 10), mas houve evolução. No fim dos anos 1940, a final tinha 30 minutos. Nos anos 1950, a decisão passou a ter 40. Não parou aí. Em 1967 (abaixo), houve uma prorrogação de 20 minutos, com a final chegando a uma hora!
5) Sobre o critério de desempate, recorrente devido ao pouco tempo de jogo, nas duas primeiras décadas avançava o clube com mais escanteios a favor (!). Em 1948 já havia a disputa de pênaltis, mas com uma particularidade: cada time indicava um jogador, responsável pelas 5 cobranças.
6) O torneio passou a ser organizado pela federação em parceria com a Associação de Cronistas Desportivos (ACDP). Havia troféu para o campeão, para o vice e para o melhor desfile, além de homenagens pontuais. Também havia Torneio Início para a divisão suburbana e para o campeonato juvenil
7) Em 1943, Náutico e Santa Cruz não participaram – os jogadores ainda estavam de férias. Com isso, o América avançou de forma automática para a final. Descansado, enfrentou o Ferroviário (então chamado de ‘Great Western’), que já havia jogado 2x. E deu Mequinha, campeão com uma peleja.
8) O Íbis, o pior time do mundo, já fez a festa na abertura do futebol pernambucano. Não uma, mas duas vezes. Nas finais de 1948 e 1950 (acima), o pássaro preto bateu Náutico e Santa nos pênaltis.
9) Em 1961 (abaixo) e 1970, o Trio de Ferro caiu ainda nas quartas de final, nas maiores zebras do torneio.
10) Em 1973 e 1980, Central e Náutico ganharam as respectivas disputas com a seguinte proeza: não marcaram gols no tempo normal. Ambos empataram os três jogos em 0 x 0, definindo nos pênaltis até a taça. Por outro lado, o timbu também detém o recorde de gols numa final: 5 x 1 em 1944.
11) A última edição (abaixo) foi realizada no Arruda, em 1981, com apenas 5.002 pagantes. Em 14 de abril de 1982, o então presidente da FPF, Dilson Cavalcanti, apresentou a proposta de extinção no conselho arbitral. Os clubes deixaram a decisão com a FPF, que acabou (no Rio terminara em 1977).
12) E foi justamente na derradeira edição que ocorreu a única final entre dois times do interior, envolvendo as cidades de Caruaru e Serra Talhada.
13) Em 19 temporadas o campeão do Torneio Início também venceu o Campeonato Pernambucano. Eis a quantidade de ‘dobradinhas’: Sport 7, Santa 6, Náutico 4, América 1 e Torre 1. Entre 1930 e 1945 (16 anos), nenhum campeão do Torneio Início conquistou o Estadual do mesmo ano.
14) Ao todo, 17 times disputaram a final do Torneio Início, com dez levando a taça – dois do interior, ambos de Caruaru (Central e Atlético). Os sete vices: Flamengo (4), Santo Amaro (2), Tramways (2), Portela (2), Encruzilhada (1), Asas (1) e Comercial (1), todos extintos.
15) O histórico do Torneio Início traz uma lista de campeões bem mais equilibrada que a do Estadual, inclusive sobre finais disputadas: Sport 27 (18 títulos, 66% de aproveitamento), Santa 25 (12 títulos, 48%), Náutico 24 (14 títulos, 58%) e América 18 (11 títulos, 61%),
16) Em 21 oportunidades (apenas 1/3) um clássico decidiu o título, sendo 10 Clássicos das Multidões (Sport 6 x 4 Santa), 7 Clássicos das Emoções (Náutico 4 x 3 Santa) e 4 Clássicos dos Clássicos (Náutico 2 x 2 Sport).
O primeiro clássico pernambucano foi disputado em 25 de julho de 1909, no antigo campo do British Club, com o Náutico vencendo o Sport por 3 x 1. Desde então, com o Santa entrando na disputa pouco tempo depois, a história do futebol local foi escrita em 1,6 mil clássicos. Frise-se que esses jogos só ganharam esta alcunha após a popularidade e o nível técnico ascendentes sobre os demais times da cidade – os tradicionais apelidos dos clássicos surgiram entre 1943 e 1953. Essa popularidade se refletiu ao longo dos anos em arquibancadas repletas, em lembranças de milhões de torcedores. Aflitos entupido, Ilha apinhada, Arruda lotado. Várias e várias vezes. Nostalgia à parte, nem sempre foi assim. Os clássicos também já foram disputados às moscas, em amistosos ou até mesmo em torneios oficiais – inclusive na era profissional. A partir da pesquisa de Carlos Celso Cordeiro, eis um balanço sobre os menores e maiores públicos dos três duelos pernambucanos.
Desde já, algumas ressalvas. Cerca de 1/3 dos clássicos não tiveram públicos divulgados (ou contabilizados), prática comum até os anos 1950. Sobre os critérios distintos ao longo dos anos, em relação à divulgação do borderô, o blog considerou o ‘público total’, com a soma entre pagantes e não pagantes – ocorre que nos anos 80, por exemplo, os jornais tinham como hábito informar apenas os pagantes. De toda forma, é possível relembrar as multidões.
Dados atualizados até 23 de janeiro de 2018
Clássico dos Clássicos Menor: 1.697 – Sport 0 x 1 Náutico (07/09/1969), Ilha do Retiro (amistoso) Maior: 80.203 – Náutico 0 x 2 Sport (15/03/1998), Arruda (Estadual)
No século XXI Menor: 3.430 – Sport 1 x 1 Náutico (01/03/2017), Ilha do Retiro (Estadual) Maior: 32.826 – Sport 1 x 0 Náutico (05/05/2010), Ilha do Retiro (Estadual)
Clássico das Multidões Menor: 1.712 – Santa Cruz 2 x 2 Sport (07/12/1997), Arruda (amistoso) Maior: 78.391 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (21/02/1999), Arruda (Estadual)
No século XXI Menor: 5.517 – Santa Cruz 0 x 0 Sport (24/08/2016), Arena PE (Sula) maior: 62.243 – Santa Cruz 0 x 1 Sport (15/05/2011), Arruda (Estadual)
Clássico das Emoções Menor: 1.160 – Náutico 4 x 2 Santa Cruz (16/12/1962), Aflitos (amistoso) Maior: 76.636 – Santa Cruz 1 x 1 Náutico (18/12/1983, Arruda (Estadual)
No século XXI Menor: 2.238 – Náutico 1 x 1 Santa Cruz (10/07/2010), Aflitos (Nordestão) Maior: 70.003 – Santa Cruz 0 x 2 Náutico (11/07/2001), Arruda (Estadual)
Os 5 menores públicos nos clássicos (geral) 1.160 – Náutico 4 x 2 Santa Cruz (16/12/1962), Aflitos (amistoso) 1.697 – Sport 0 x 1 Náutico (07/09/1969), Ilha do Retiro (amistoso) 1.712 – Santa Cruz 2 x 2 Sport (07/12/1997), Arruda (amistoso) 1.747 – Náutico 0 x 1 Sport (06/06/1976), Aflitos (Estadual) 1.905 – Náutico 1 x 1 Sport (16/06/2000), Aflitos (Estadual)
Os 5 maiores públicos nos clássicos (geral) 80.203 – Náutico 0 x 2 Sport (15/03/1998), Arruda (Estadual) 78.391 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (21/02/1999), Arruda (Estadual) 76.636 – Santa Cruz 1 x 1 Náutico (18/12/1983), Arruda (Estadual) 75.135 – Santa Cruz 1 x 2 Sport (03/05/1998), Arruda (Estadual) 74.280 – Santa Cruz 2 x 0 Sport (18/07/1993), Arruda (Estadual)
As opções, pela ordem: Adriano, César, Josué, Marlon e Sandro; Ailton (atacante), Chiquinho, Juninho Pernambucano, Albérico e Bosco; Ailton (meia), Givaldo, Nildo e Rodolpho; Araújo, Dênis Marques, Kuki, Osmar e Zé do Gol; Carlinhos Bala, Dutra, Lúcio, Russo e Zé do Carmo; Nereu Pinheiro, Dário, Givanildo Oliveira, Lúcio Surubim e Juninho Petrolina
Em 14 de abril, na Arena PE, o Barcelona Legends enfrentará o Pernambuco Legends. Um duelo entre o master do catalão e uma equipe com veteranos de destaque nos clubes locais. Todos aposentados ou quase isso, casos do meia Ailton e do atacante Dênis Marques, até pouco tempo erguendo taças no Sport (NE 2014) e no Santa Cruz (PE 2012 e 2013), respectivamente. À parte da formação espanhola, que cabe ao Barça, o escrete pernambucano tem votação aberta no site do evento – o ex-jogador não precisa ter nascido no estado, mas, no mínimo, se destacado aqui. Para votar, clique aqui.
Ao todo são 27 jogadores, entre 33 anos e 56 anos, sendo Zé do Carmo o mais velho, embora preencha todos os requisitos para fazer parte do ‘Pernanbuco Legends’. Por sinal, eis o resumo oficial sobre a pré-seleção:
“Das lendas e personagens do futebol brasileiro, aqueles que marcaram história em times do estado, nordestinos, do Brasil e no exterior. Sempre com títulos, gols, defesas, raça e muitas memórias. E você que escalará as estrelas da casa. A Seleção de Pernambuco, a Cacareco, mais uma vez representará o Brasil”
Abaixo, as opções de cada setor, com idade e passagens locais. Embora a votação só permita um clique por opção, parece óbvia a escalação de dois zagueiros. Logo, fica a dúvida entre dois meias (4-4-2) ou dois pontas (4-3-3).
Goleiro – Bosco (43 anos; Sport), Albérico (46; Náutico e Sport) ou Rodolpho (36; Náutico)
Lateral-direito – Russo (41; Central, Santa e Sport), Givaldo (47; Náutico e Sport) ou Osmar (35; Santa e Sport)
Zagueiros – César (37; Santa e Sport), Adriano (44; Santa e Sport), Sandro Barbosa (44; Santa e Sport) ou Lúcio Surubim (48; Náutico)
Lateral-esquerdo – Dutra (44; Santa e Sport) ou Lúcio (38; Náutico, Salgueiro e Santa)
Primeiro volante – Josué (38; Porto), Dário (45; Santa e Sport), Zé do Carmo (56; Santa)
Segundo volante – Aílton (33; Central, Náutico e Sport) ou Nildo (42; Náutico, Santa e Sport)
Meio-campo – Juninho Pernambucano (42; Sport), Chiquinho (42; Sport) ou Juninho Petrolina (43; Náutico, Santa e Sport)
Centroavante – Kuki (46; Náutico e Santa), Aílton (44; Santa), Marlon (55; Santa) ou Zé do Gol (42; Santa – observação na caixa de comentários)
Ponta – Araújo (40; Porto, Central e Náutico), Dênis Marques (37; Santa) ou Carlinhos Bala (38; América, Náutico, Santa e Sport)
Treinador – Nereu Pinheiro (68) ou Givanildo Oliveira (69)
Time do blog (4-3-3, mensurando representatividade e destaque local): Bosco; Russo, César, Sandro e Lúcio; Zé do Carmo, Nildo e Juninho Pernambucano; Carlinhos Bala, Dênis Marques e Kuki. Técnico: Givanildo Oliveira
Atualização (27/02): Rivaldo, eleito o melhor do mundo em 1999, confirmou presença e jogará um tempo em cada time. Reforço e adversário de peso…
Qual seria a sua escalação a partir dos ‘convocados’? Comente