A tabela definitiva da Copa do Nordeste de 2018, com 16 times na fase de grupos

Os grupos da Copa do Nordeste de 2018. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A fase preliminar da Copa do Nordeste de 2018 começou ainda no ano passado, em 15 de agosto, acabando apenas em 13 de janeiro, a três dias do início da fase principal do torneio, que distribui R$ 22,4 milhões em cotas. Esta edição marca a reforma promovida pela Liga do Nordeste junto à CBF, após três temporadas com o mesmo formato. Logo, a fase de grupos foi reduzida de 20 para 16 times, com o número de jogos caindo de 60 para 48, visando uma maior competitividade – daí a necessidade de criar uma seletiva.

Com a definição de todos os participantes, confira a tabela definitiva da etapa, que classificará os dois melhores colocados de cada chave às quartas de final, além das observações iniciais do blog sobre a 15ª edição da Lampions.

Grupo A
Santa Cruz (3º lugar no Pernambucano 2017) – R$ 1 milhão de cota
CRB (1º em AL) – R$ 850 mil
Confiança (1º em SE) – R$ 775 mil
Treze (2º na PB) – R$ 750 mil (somando a seletiva)

Sem dúvida, este é o grupo mais equilibrado desta edição, embora aparente ser tecnicamente nivelado por baixo, sendo o CRB o time de divisão nacional mais elevada – está na Série B. Mesmo na condição de cabeça de chave, o tricolor pernambucano, campeão em 2016, entra com um elenco reformulado e uma folha na casa de R$ 250 mil, patamar semelhante ao dos adversários. A chave também conta com as menores distâncias entre as sedes.

Pitaco do blog sobre os classificados: CRB (1º) e Santa Cruz (2º)

Tabela do grupo A

16/01 (19h00) – Treze x CRB (Amigão)
16/01 (21h45) – Confiança x Santa Cruz (Batistão)
01/02 (19h00) – CRB x Confiança (Rei Pelé)
06/02 (21h45) – Santa Cruz x Treze (a definir)
15/02 (19h00) – Confiança x Treze (Batistão)
20/02 (20h45) – Santa Cruz x CRB (Arruda)
10/03 (16h00) – CRB x Santa Cruz (Rei Pelé)
12/03 (19h15) – Treze x Confiança (PV)
20/03 (19h00) – Confiança x CRB (Batistão)
22/03 (19h00) – Treze x Santa Cruz (PV)
29/03 (21h15) – CRB x Treze (Rei Pelé)
29/03 (21h15) – Santa Cruz x Confiança (Arruda)

Grupo B
Vitória (1º lugar no Baiano 2017) – R$ 1 milhão de cota
ABC (1º no RN) – R$ 850 mil
Ferroviário-CE (2º no CE) – R$ 775 mil
Globo-RN (2º no RN) – R$ 750 mil (somando a seletiva)

Tentando aumentar o seu recorde, de quatro conquistas, o Vitória entra com mudanças em relação ao que disputou o Brasileiro, dispensando alguns medalhões e vendendo David (R$ 8 milhões). Como terminou em 16º na Série A nos últimos dois anos, a medida é compreensível. Na briga pela segunda vaga, o ABC tem mais lastro (técnico e financeiro), apesar do descenso à terceirona – Ferrim (de volta após 19 anos) e Globo correm bem por fora.

Pitaco do blog sobre os classificados: Vitória (1º) e ABC (2º)

Tabela do grupo B

16/01 (21h45) – Globo x Vitória (Manoel Barretto)
17/01 (19h00) – Ferroviário x ABC (Presidente Vargas)
31/01 (19h00) – ABC x Globo (Frasqueirão)
01/02 (21h15) – Vitória x Ferroviário (Barradão)
10/02 (16h00) – ABC x Vitória (Frasqueirao)
21/02 (18h00) – Ferroviário x Globo (Presidente Vargas)
10/03 (18h15) – Globo x Ferroviário (Manoel Barretto)
11/03 (19h00) – Vitória x ABC (Barradão)
20/03 (22h00) – Globo x ABC (Manoel Barretto)
21/03 (19h00) – Ferroviário x Vitória (Presidente Vargas)
27/03 (22h00) – Vitória x Globo (Barradão)
27/03 (22h00) – ABC x Ferroviário (Frasqueirão)

Grupo C
Bahia (2º lugar no Baiano 2017) – R$ 1 milhão de cota
Botafogo (1º na PB) – R$ 850 mil
Altos (1º no PI) – R$ 775 mil
Náutico-PE (4º em PE) – R$ 750 mil (somando a seletiva)

Com o maior orçamento da região em 2018, R$ 119 milhões, o Bahia entra como franco favorito ao título regional – com o tetra, se igualaria ao rival. O tricolor vendeu algumas de suas principais peças (Jean e Juninho Capixaba) e juntou a mais dinheiro, com a formação em andamento. Na briga pela segunda vaga, uma possível disputa polarizada entre Botafogo e Náutico, futuros adversários na Série C. O time paraibano trouxe algumas peças de maior experiência e técnica, como o meia Marcos Aurélio.

Pitaco do blog sobre os classificados: Bahia (1º) e Botafogo (2º)

Tabela do grupo C

17/01 (19h00) – Náutico x Altos (Arena PE)
18/01 (21h15) – Bahia x Botafogo (Fonte Nova)
30/01 (21h45) – Altos x Bahia (a definir)
08/02 (19h00) – Botafogo x Náutico (Almeidão)
22/02 (18h00) – Botafogo x Altos (Almeidão)
22/02 (20h15) – Bahia x Náutico (Fonte Nova)
10/03 (16h00) – Náutico x Bahia (Arena PE)
12/03 (21h30) – Altos x Botafogo (a definir)
20/03 (22h00) – Bahia x Altos (Fonte Nova)
22/03 (21h15) – Náutico x Botafogo (Arena PE)
27/03 (22h00) – Altos x Náutico (a definir)
27/03 (22h00) – Botafogo x Bahia (Almeidão)

Grupo D
Ceará (1º lugar no Cearense 2017) – R$ 1 milhão de cota
Sampaio Corrêa (1º no MA) – R$ 850 mil
Salgueiro (2º em PE) – R$ 775 mil
CSA-AL (2º em AL) – R$ 750 mil (somando a seletiva)

De volta ao Brasileirão, o Vozão só deve investir pesado neste ano a partir de abril, no início do nacional. Ainda assim deve ter, no mínimo, a terceira maior folha desta Lampions, com o reforço de nomes como Felipe Azevedo (atacante) e Juninho (volante). Ao carcará, com boa sequência de participações, a missão é difícil após a drástica mudança do elenco – manteve a base por anos. Com dois acessos seguidos, o CSA aparece bem cotado.

Pitaco do blog sobre os classificados: Ceará (1º) e CSA (2º)

Tabela do grupo D

16/01 (21h45) – Salgueiro x Ceará (Cornélio de Barros)
18/01 (21h15) – CSA x Sampaio Corrêa (Rei Pelé)
30/01 (21h45) – Ceará x CSA (Castelão-CE)
07/02 (19h00) – Sampaio Corrêa x Salgueiro (Castelão-MA)
15/02 (21h15) – CSA x Salgueiro (Rei Pelé)
20/02 (21h00) – Sampaio Corrêa x Ceará (Castelão-MA)
10/03 (16h00) – Ceará x Sampaio Corrêa (Castelão-CE)
10/03 (20h30) – Salgueiro x CSA (Cornélio de Barros)
20/03 (22h00) – CSA x Ceará (Rei Pelé)
22/03 (19h00) – Salgueiro x Sampaio Corrêa (Cornélio de Barros)
29/03 (19h00) – Ceará x Salgueiro (Castelão-CE)
29/03 (19h00) – Sampaio Corrêa x CSA (Castelão-MA)

Com 8 jogos, preliminar do Nordestão de 2018 registra média de 2,1 mil torcedores

Copa do Nordeste 2018, seletiva: Náutico (5) 0 x 0 (4) Itabaiana. Foto: Itabaiana/instagram (@aitabaianaoficial)

A Copa do Nordeste foi reformulada, com a fase de grupos caindo de 20 para 16 times, após as duas edições seguidas com média de público abaixo de 6 mil espectadores. Tentanto elevar o número de partidas envolvendo as forças tradicionais da região, a Liga do Nordeste encaminhou à CBF, após uma assembleia, a ideia de uma seletiva com oito times. Ou seja, quatro mata-matas e eliminação direta, projetando emoção. No entanto, ao menos focando o torneio de 2018, a nova etapa não colaborou para o incremento, deixando claro como um calendário ruim (e esse foi) atrapalha.

Os oito jogos preliminares foram assistidos in loco por 17 mil torcedores, com a maior assistência justamente na última partida, na Arena Pernambuco. Ainda assim, menos de 5 mil torcedores viram a classificação do Náutico na disputa de pênaltis. Na média, pouco mais de 2 mi. Na bilheteria, idem. Em 2017, a média geral foi de R$ 113 mil, turbinada, naturalmente, pela fase final. Em 2018, a preliminar inteira arrecadou R$ 186 mil, com índice de R$ 23 mil.

Ao todo, a 15ª edição do Nordestão terá 70 jogos, 4 a menos que a anterior.

Os maiores públicos da fase preliminar da Lampions
4.805 pessoas – Náutico 0 x 0 Itabaiana (13/01/2018)
4.357 pessoas – Treze 1 x 0 Cordino (11/01/2018)
3.757 pessoas – CSA 4 x 0 Parnahyba (22/08/2017)
1.114 pessoas – Parnahyba 0 x 1 CSA (15/08/2017)
1.094 pessoas – Itabaiana 0 x 0 Náutico (08/01/2018)
947 pessoas – Globo 2 x 0 Fluminense (24/08/2017)
785 pessoas – Fluminense 1 x 1 Globo (16/08/2017)
206 pessoas – Cordino 1 x 1 Treze (04/01/2018)

Público total: 17.065 torcedores; média: 2.133

Classificados à fase de grupos: Treze (A), Globo (B), Náutico (C) e CSA (D)

Jefferson decide nos pênaltis e Náutico elimina a Itabaiana, faturando R$ 500 mil

Copa do Nordeste 2018, seletiva: Náutico x Itabaiana. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Lá, 0 x 0. Cá, 0 x 0. Foram dois jogos ruins entre Náutico e Itabaiana, embora na Arena Pernambuco a peleja tenha tido alguma emoção, graças à performance do goleiro alvirrubro Jefferson, que fez três boas defesas, uma delas à queima roupa, evitando uma surpresa sergipana – ofensivamente, a despeito de um abafa nos minutos finais, o timbu foi inoperante, com o técnico Roberto Fernandes perdendo a voz de tanto reclamar.

Já que o tempo normal não foi suficiente, Náutico e Itabaiana encararam as penalidades, encerrando a fase preliminar da Lampions League 2018. Uma série valendo um adicional de R$ 500 mil à cota! Ao mandante, o repasse seria o desafogo nas finanças neste início de temporada, com pelo menos duas folhas quitadas. Portanto, a esperança estava nas mãos de Jefferson, de 24 anos. Cria da casa, ele encara a sua primeira temporada começando como titular. E assumiu a responsabilidade, defendendo duas cobranças (5 x 4 no placar), para a alegria dos quase cinco mil torcedores, conscientes da limitação técnica, mas com um motivo para festejar neste início de ano.

Copa do Nordeste 2018, seletiva: Náutico x Itabaiana. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Passada a seletiva, a equipe entra no grupo C, com Bahia, Botafogo-PB e Altos-PI. Quatro times, duas vagas. E o Náutico precisa melhorar, técnica e taticamente. Nas três participações anteriores nesta nova fase do regional, desde 2013, o clube não conseguiu passar da fase de grupos.

Náutico na fase de grupos do Nordestão
2014 – 6 pontos (1V, 3E e 2D. 3º lugar)
2015 – 8 pontos (2V, 2E e 2D; 2º lugar)
2017 – 10 pontos (3V, 1E e 2D; 3º lugar)

Campanha timbu na volta do Nordestão (entre parênteses, a cota final)
2013 – não participou
2014 – Fase de grupos (R$ 350 mil)
2015 – Fase de grupos (R$ 365 mil)
2016 – não participou
2017 – Fase de grupos (R$ 600 mil)
2018 – Fase de grupos (R$ 750 mil), em andamento

Total de cotas: R$ 2,065 milhões

Copa do Nordeste 2018, seletiva: Náutico x Itabaiana. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Pernambucano 2018 na Globo: “Até que enfim vão começar os Estaduais”

Rembrant Júnior e Cabral Neto no comercial da Globo para o Pernambucano 2018

Em 2018, a Globo chega a 19 anos seguidos transmitindo o Campeonato Pernambucano. Por sinal, esta temporada marca o encerramento do contrato de TV firmado em 2015 – R$ 3,73 milhões/ano. Na 1ª fase, a emissora tem onze jogos garantidos na grade, sendo um por rodada e já selecionados – entre os grandes, 7 do Sport, 4 do Santa e 2 Náutico. Claro, também estão previstos alguns jogos das quartas e da semifinal, além da decisão, em ida e volta. Marcando a largada, o canal lançou um comercial com o narrador e o comentarista da casa, Rembrandt Júnior e Cabral Neto. Assista à peça abaixo.

“A emoção vai voltar aos estádios e a paixão vai entrar em campo. É o Campeonato Pernambucano 2018 chegando na Globo. Aqui é emoção. A emoção de abrir a temporada do ano da Copa”

No futebol local, o foco diferenciado no Estadual também está atrelado ao fato de a Globo Nordeste não ter os direitos do Nordestão, exibido no canal de 2013 a 2017 – agora presente na TV Jornal, a concorrente afiliada ao SBT.

Jogos com exibição programada na Globo Nordeste
17/01 (21h30) – Flamengo x Sport (Áureo Bradley)
21/01 (16h00) – América x Santa Cruz (Ademir Cunha)
24/01 (21h30) – Náutico x Sport (Arena PE)
28/01 (16h00) – Vitória x Náutico (Arena PE*)
04/02 (16h00) – Central x Sport (Lacerdão)
07/02 (21h30) – Afogados x Santa Cruz (Vianão)
18/02 (16h00) – Sport x América (Ilha do Retiro)
21/02 (21h45) – Belo Jardim x Sport (Mendonção)
25/02 (16h00) – Santa Cruz x Pesqueira (Arruda)
04/03 (16h00) – Salgueiro x Sport (Cornélio de Barros)
07/03 (21h45) – Sport x Santa Cruz (Ilha do Retiro)
* A confirmar

Ranking Feminino da CBF em 2017 com Vitória (2º), Sport (22º) e Náutico (30º)

Ranking Nacional Feminino de 2017, com pontuação válida para 2018. Crédito: CBF/reprodução

A CBF divulgou a 6ª versão do ranking de clubes do futebol feminino, cuja lógica é a mesma do masculino, pontuando as últimas cinco temporadas, com pesos distintos, com vantagem para os anos mais recentes. A lista conta com 82 clubes – ou 138 a menos que a lista masculina. É interessante ressaltar a diferença uma vez que a confederação brasileira criou a Licença de Clubes, um documento que chancela as participações dos clubes em competições oficiais – com prazos escalonados, sendo o primeiro na Série A, em 2018. No Trio de Ferro, apenas o Santa Cruz ainda não atende à exigência, com o Sport presente na 1ª divisão feminina de 2018 e o Náutico na 2ª divisão. No entanto, voltando ao ranking feminino, a melhor posição é a da Acadêmica Vitória, vice-líder há quatro temporadas, sempre atrás do São José, de São Paulo.

Confira os critérios de pontuação do ranking feminino clicando aqui.

Líderes do ranking
2012 – 6.100 pontos (São Francisco-BA)
2013 – 9.800 pontos (São José-SP)
2014 – 12.560 pontos (São José-SP)
2015 – 14.520 pontos (São José-SP)
2016 – 15.440 pontos (São José-SP)
2017 – 13.040 pontos (São José-SP)

Top Ten do Nordeste em 2017 (lista válida para 2018)
1º) Vitória-PE (11.882 pontos; 2º lugar geral)
2º) São Francisco-BA (11.594 pts; 3º)
3º) Caucaia-CE (7.872 pts; 11º)
4º) Viana-MA (6.780 pts; 15º)
5º) Tiradentes-PI (6.136 pts; 17º)
6º) Vitória-BA (4.444 pts; 21º)
7º) Sport-PE (4.264 pts; 22º)
8º) Botafogo-PB (4.256 pts; 23º)
9º) União-AL (3.020 pts; 28º)
10º) Náutico-PE (2.792 pts; 30º)

A evolução no ranking das principais forças pernambucanas:

Vitória
2012 – 3º (5.370), campeão PE
2013 – 3º (9.200), Série A1 (5º) e campeão PE
2014 – 2º (11.768), Série A1 (7º) e campeão PE
2015 – 2º (13.070), Série A1 (14º) e campeão PE
2016 – 2º (13.752), Série A1 (10º) e campeão PE
2017 – 2º (11.882), Série A1 (13º) e vice PE

Sport
2012 – 37º (880), vice PE
2013 – 22º (2.200), vice PE
2014 – 15º (4.760), Série A1 (19º) e vice PE
2015 – 20º (3.728)
2016 – 27º (2.696)
2017 – 22º (4.264), Série A1 (9º) e campeão PE

Náutico
2012 – não aparece na lista
2013 – não aparece na lista
2014 – 27º (2.280), Série A1 (17º)
2015 – 28º (2.324), vice PE
2016 – 31º (2.268)
2017 – 30º (2.792), Série A2 (15º)

Leia sobre a decisão do último título pernambucano da categoria aqui.

Evandro Carvalho: “Nós temos estádios no interior em ótimas condições”

Evandro Carvalho, o presidente da FPF em 2018. Foto: FPF/site oficial

Ao site da FPF, o presidente da entidade, Evandro Carvalho, deu um depoimento sobre a expectativa para o Campeonato Pernambucano de 2018, programado entre 17 de janeiro e 8 de abril, com 63 partidas.

A seguir, as aspas do dirigente e em negrito as observações do blog.

“Tenho certeza de que esta será uma das edições mais emocionantes do campeonato. Primeiro porque nós conseguimos restabelecer e restaurar, devido a nova interpretação da legislação, a disponibilidade de datas.”
A tal interpretação da legislação foi a única saída para possibilitar jogos com intervalos abaixo de 66 horas, o recomendado pela CBF. Como consequência forçou o calendário. O blog já detalhou a agenda do Trio de Ferro, com apresentações em menos de 24 horas ou até duas partidas – de torneios diferentes – agendadas para o mesmo dia! 

“Então, poderemos fazer um campeonato com datas que permite que o Trio de Ferro visite o interior, que essas equipes joguem com as cidades do interior do estado. Segundo, nós temos uma dado importantíssimo e que orgulha o nosso Pernambucano, nós temos estádios no interior em ótimas condições.
Ao menos os times da capital voltam, de fato, a pegar a BR-232, mas o otimismo do dirigente acerca dos campos soa exagerado. O Vitória, por exemplo, não jogará no Carneirão, em péssimo estado – deve mandar seus jogos na Arena Pernambuco. O Belo Jardim corre contra o tempo para deixar o Mendonção em condições, o que não conseguiu em 2017. Nos demais palcos no interior (5), pequenas reformas e gramados irrigados entre outubro e janeiro.

E terceiro, nós temos um modelo de competição inusitado – nós teremos uma única partida nas quartas de final e nas semifinais. Então, um clube grande que não for bem pode perder a chance de ir para a final.”
Pela primeira vez na história o torneio local terá a fase quartas de final. Embora a fórmula com mais disputas eliminatórias possa ser uma alternativa para os Estaduais, por outro a edição de 2018 classificará 8 dos 11 participantes. É muita coisa, podendo comprometer a intensidade das equipes nas 11 rodadas do turno – a vantagem seria terminar no G4, restando, na prática, uma vaga.

Asa Branca 5 e a evolução das bolas e fornecedoras oficiais do Nordestão

A bola do Nordestão 2018. Foto: Esporte Interativo/divulgação

“Made in Nordeste”
“O Nordeste merece”
“Sangue tipo NE” 

A cada ano a Copa do Nordeste ganha um novo slogan, estampado na bola oficial da competição. Em 2018, na 5ª versão da bola Asa Branca, a Topper utilizou a base do design anterior, nas cores branco e azul, mas com a nova identidade visual dos textos presentes, com o destaque sanguíneo.

Em 2013, quando a Lampions voltou ao calendário nacional, a bola oficial foi produzida pela Nike, com a mesma versão utilizada nas demais competições organizadas pela CBF. A partir do ano seguinte, a Liga do Nordeste passou a negociar com as fabricantes, visando um modelo exclusivo. Daí o nome Asa Branca, eleito numa votação popular que ainda teve Maria Bonita e Arretada como opções. Do contrato firmado com a Penalty saíram três versões, fabricadas em Itabuna, no interior baiano. Em 2016, entretanto, a Asa Branca 3 acabou saindo de cena, mesmo após a apresentação oficial. Com um “contrato mais vantajoso”, como limitou-se a dizer a liga na ocasião, a Umbro ocupou o lugar. Porém, com uma bola genérica, sem traços regionais. Em 2017, a situação foi amarrada de uma forma melhor, com a Topper.

A produção é estimada em cerca de 420 bolas, visando 62 partidas, a partir da fase de grupos, em 16/01 – na seletiva foi um modelo da Nike. Na decisão, em 10/07, será feita uma versão especial, com os escudos dos finalistas.

Representantes pernambucanos: Salgueiro, Santa Cruz e Náutico.

Abaixo, relembre todas as bolas oficiais do Nordestão. Qual a mais bonita?

2013 – Strike (Nike)

2014 – Asa Branca I (Penalty)

2015 – Asa Branca II (Penalty)

2016 – Asa Branca III (Penalty, cancelada)

2016 – Neo (Umbro)

2017 – Asa Branca IV (Topper)

2018 – Asa Branca V (Topper)

Os calendários de Náutico, Santa e Sport até o Brasileiro, com intervalos mínimos

Artigo do regulamento do Campeonato Pernambucano de 2018. Crédito: FPF/reprodução

Em 2017, o Sport disputou dois jogos num intervalo de apenas 26 horas, 40 a menos da recomendação da CBF. Na ocasião, os jogos contra Campinense (Nordestão) e Salgueiro (Estadual) só aconteceram após um acordo com o clube, que aceitou escalar times distintos – contra o carcará, foram utilizados 14 atletas abaixo de 20 anos, entre titulares e reservas. Aquele cenário esdrúxulo, reflexo dos cinco torneios simultâneos com a presença do rubro-negro, será repetido em 2018. E numa escala ainda maior. Com o calendário apertado por causa da Copa do Mundo, a FPF, a Liga do Nordeste e a CBF tiveram que costurar uma agenda com partidas bem próximas. Algumas no mesmo dia. Um nó difícil de ser desatado, apesar da exceção criada pela federação pernambucana para autorizar sequências do tipo – trecho acima. Que não esperem uma elevação do nível técnico do futebol…

A seguir, os calendários do Trio de Ferro até o início do Campeonato Brasileiro, com a cor amarela marcando jogos com menos de 50 horas de intervalo e a cor vermelha marcando as piores possibilidades nos calendários de cada time, com menos 24 horas ou até jogos na mesma data.

Náutico (12 a 28 jogos em 94 dias; média de até 1 jogo/3,3 dias)
08/01 (20h00) – Itabaiana 0 x 0 Náutico (Etelvino Mendonça)
13/01 (16h00) – Náutico x Itabaiana (Arena PE) – Nordestão
17/01 (19h00) – Náutico x Altos (Arena PE) – Nordestão*
19/01 (20h00) – Náutico x América (Arena PE) – Estadual
21/01 (16h00) – Central x Náutico (Lacerdão) – Estadual
24/01 (21h30) – Náutico x Sport (Arena PE) – Estadual
28/01 (16h00) – Vitória x Náutico (a definir) – Estadual
31/01 (20h30) – Cordino-MA x Náutico (a definir) – Copa do Brasil
03/02 (20h00) – Pesqueira x Náutico (Joaquim de Brito) – Estadual
06/02 (20h00) – Náutico x Salgueiro (Arena PE) – Estadual
08/02 (21h15) – Botafogo x Náutico (Almeidão) – Nordestão*
14/02– Copa do Brasil (2ª fase)
17/02 (18h30) – Santa Cruz x Náutico (Arruda) – Estadual
20/02 (20h00) – Náutico x Afogados (Arena PE) – Estadual
22/02 (20h15) – Bahia x Náutico (Fonte Nova) – Nordestão*
26/02 (20h00) – Náutico x Flamengo (Arena PE) – Estadual
28/02 – Copa do Brasil (3ª fase, ida)
07/03 (20h00) – Belo Jardim x Náutico (Mendonção) – Estadual
10/03 (15h00) – Náutico x Bahia (Fonte Nova) – Nordestão*
11/03 – Estadual (quartas de final)
14/03 – Copa do Brasil (3ª fase, volta)
18/03 – Estadual (semifinal)
22/03 (20h15) – Náutico x Botafogo (Arena PE) – Nordestão *
27/03 (21h00) – Altos x Náutico (a definir) – Nordestão*
01/04 – Estadual (final, ida)
04/04 – Copa do Brasil (4ª fase, ida)
08/04 – Estadual (final, volta)
11/04 – Copa do Brasil (4ª fase, volta), ou 18/04
15/04 – Série C (estreia)
* Se passar da fase preliminar do Nordestão

Santa Cruz (17 a 26 jogos em 86 dia; média de até 1 jogo/3,3 dias)
16/01 (22h00) – Confiança x Santa Cruz (Batistão) – Nordestão
18/01 (20h00) – Santa Cruz x Vitória (Arruda) – Estadual
21/01 (16h00) – América x Santa Cruz (Ademir Cunha) – Estadual
25/01 (20h00) – Santa Cruz x Central (Arruda) – Estadual
31/01 (21h30) – Flu-BA x Santa Cruz (Joia) – Copa do Brasil
03/02 (20h00) – Salgueiro x Santa Cruz (Cornélio de Barros) – Estadual
06/02 (22h00) – Santa Cruz x Treze/Cordino (Arruda) – Nordestão
07/02 (21h30) – Afogados x Santa Cruz (Vianão) – Estadual
14/02 – Copa do Brasil (2ª fase)
17/02 (18h30) – Santa Cruz x Náutico (Arruda) – Estadual
20/02 (21h00) – Santa Cruz x CRB (Arruda) – Nordestão
21/02 (20h00) – Flamengo x Santa Cruz (Áureo Bradley) – Estadual
25/02 (16h00) – Santa Cruz x Pesqueira (Arruda) – Estadual
28/02 – Copa do Brasil (3ª fase, ida)
04/03 (16h00) – Santa Cruz x Belo Jardim (Arruda) – Estadual
07/03 (21h45) – Sport x Santa Cruz (Ilha do Retiro) – Estadual
10/03 (15h00) – CRB x Santa Cruz (Rei Pelé) – Nordestão
11/03 – Estadual (quartas de final)
14/03 – Copa do Brasil (3ª fase, volta)
18/03 – Estadual (semifinal, ida)
22/03 (18h00) – Treze/Cordino x Santa Cruz (a definir) – Nordestão
29/03 (20h15) – Santa Cruz x Confiança (Arruda) – Nordestão
01/04 – Estadual (final, ida)
04/04 – Copa do Brasil (4ª fase, ida)
08/04 – Estadual (final, volta)
11/04 – Copa do Brasil (4ª fase, volta), ou 18/04
15/04 – Série C (estreia)

Sport (11 a 20 jogos em 85 dias; média de até 1 jogo/4,2 dias)
17/01 (21h30) – Flamengo x Sport (Áureo Bradley) – Estadual
20/01 (18h30) – Sport x Afogados (Ilha do Retiro) – Estadual
24/01 (21h30) – Náutico x Sport (Arena PE) – Estadual
28/01 (16h00) – Sport x Pesqueira (Ilha do Retiro) – Estadual
04/02 (16h00) – Central x Sport (Lacerdão) – Estadual
07/02 (18h30) – Santos-AP x Sport (Zerão) – Copa do Brasil
18/02 (16h00) – Sport x América (Ilha do Retiro) – Estadual
21/02 (21h45) – Belo Jardim x Sport (Mendonção) – Estadual
21/02 – Copa do Brasil (2ª fase)
24/02 (18h30) – Sport x Vitória (Ilha do Retiro) – Estadual
28/02 – Copa do Brasil (3ª fase, ida)
04/03 (16h00) – Salgueiro x Sport (Cornélio de Barros) – Estadual
07/03 (21h45) – Sport x Santa Cruz (Ilha do Retiro) – Estadual
11/03 – Estadual (quartas de final)
14/03 – Copa do Brasil (3ª fase, volta)
18/03 – Estadual (semifinal)
01/04 – Estadual (final, ida)
04/04 – Copa do Brasil (4ª fase, ida)
08/04 – Estadual (final, volta)
11/04 – Copa do Brasil (4ª fase, volta), ou 18/04
15/04 – Série A (estreia)

Os orçamentos do G7 do Nordeste em 2018, com previsão de R$ 437 milhões

As projeções orçamentárias dos maiores clubes do Nordeste em 2018. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A cada ano, as direções executivas dos clubes de futebol precisam aprovar os orçamentos previstos junto aos respectivos conselhos deliberativos. Trata-se de uma estrutura histórica dos times tradicionais do país. No balanço, entram receitas e despesas, projetando cenários com superávit ou até mesmo déficit. Os cálculos para o faturamento contam cotas de televisão, renda dos jogos, patrocínios, mensalidade de sócios etc. São muitas variáveis, incluindo premiações em competições e negociação de jogadores. Mas, ainda assim, é preciso estabelecer um norte para a gestão seguinte. Portanto, considerando as estimativas dos sete maiores clubes da região, chega-se a R$ 437.813.882, com 75,4% concentrado no trio de cotistas da TV. Se os dados finais desta temporada serão maiores ou menores do que as previsões, saberemos apenas em abril de 2019, na divulgação dos sete balanços fiscais.

Em tempo: no Rio, os conselheiros do Flamengo aprovaram R$ 477 milhões.

Previsões do G7 em 2018 (atualizadas em 05/03, após aprovação do Vitória):

R$ 119.759.757 – Bahia (aprovado em 20/12/2017)
R$ 108.382.297 – Sport (aprovado em 09/01/2018)
R$ 102.000.000 – Vitória (aprovado em 01/03/2018)
R$ 55.000.000 – Ceará (aprovado em 27/12/2017)
R$ 24.000.000 – Fortaleza (aprovado em 06/12/2017)
R$ 14.671.828 – Náutico (aprovado em 15/01/2018)
R$ 14.000.000 – Santa Cruz (em discussão, com votação até 31/03/2018)

Abaixo, observações e dados sobre cada uma das previsões de orçamento. Curiosamente, os dois clubes com as maiores previsões orçamentárias também consideraram déficit no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro, sendo R$ 15,91 mi no Sport e R$ 14,94 mi no Bahia.

Bahia (119 milhões) – O tricolor soteropolitano deve se manter no patamar entre 110 e 120 milhões de reais pelo terceiro ano seguido. Na previsão de 2018, surpreende o repasse pelos direitos de transmissão na tevê, com R$ 69,1 milhões – incluindo todas as plataformas, com o pay-per-view cada vez mais importante. Com bilheteria, o clube projeta cerca de R$ 16 milhões, valor ainda modesto se comparado a clubes do mesmo porte em outras regiões. Com cinco torneios no ano, o Baêa considerou campanhas bem modestas para a proposta, com quartas de final do Nordestão (basta passar da fase de grupos), oitavas da Copa do Brasil (já estreia nesta fase, diga-se), 16º lugar na Série A (a última posição acima do Z4) e a primeira fase da Sul-Americana (onde enfrenta o Blooming, da Bolívia). O clube também considerou para a receita a venda de jogadores, R$ 7 milhões. Porém, o dado já foi alcançado nas transações de Jean (9 mi), Juninho Capixaba (6 mi) e Rômulo (1 mi).

Sport (108 milhões) – Inicialmente, a proposta do executivo leonino foi rechaçada pelo conselho deliberativo. Previa um déficit de R$ 15 milhões. Numa segunda reunião, o orçamento previa o mesmo saldo negativo, assim como a antecipação de parte da cota de 2019, mas foi aprovado pelos conselheiros. A diferença está na venda de jogadores (Diego Souza e Régis, já confirmados), equalizando a situação caso o time não obtenha resultados significativos nos campeonatos nacionais, as duas únicas fontes de receita via competitividade. E as metas foram bem elevadas durante a apresentação – ainda que as campanhas não sejam determinantes para o dado bruto. O Sport projeta as quartas na Copa do Brasil – ou seja, disputaria seis fases, acumulando R$ 10,8 milhões – e a 6ª colocação na Série A (2,7 mi). Neste século, o clube só alcançou duas vezes as quartas da copa nacional e uma vez o patamar da classificação almejada no Brasileirão. Meta fora da curva.

Vitória (102 milhões*) – No fim de 2017, a direção do leão da barra, encerrando a gestão, apresentou uma previsão de R$ 94 milhões paro ano seguinte, vetada pelo conselho. Embora o clube já tenha arrecadado mais (R$ 111 milhões em 2016), o valor foi considerado fora da realidade na ocasião, a partir dos contratos existentes. Um novo plano orçamentário ficou agendado para março, já com o novo presidente. De forma emergencial, o conselho aprovou um orçamento de R$ 16 milhões para janeiro e fevereiro. Com vendas milionárias (David e Tréllez), o resultado foi enfim aprovado, saltando para R$ 102 mi, como informou o jornal Correio*.

Ceará (55 milhões) – O contrato do vozão com a Rede Globo, visando a Série A, é de R$ 28 milhões, o que corresponde a 50,9% de todo o orçamento anual. Por sinal, o valor é recorde considerando os ‘não cotistas’ da região – com 55 mi, dado apurado pelo jornal O Povo, o clube superaria os 48 milhões faturados pelo Náutico em 2013. Com isso, prevê uma folha de R$ 2,2 milhões no Brasileirão, também recorde no clube.

Fortaleza (24 milhões) – O tricolor alencarino também projeta uma receita recorde, embora seja menos da metade do maior rival, mas sem premiações, pois não tem qualquer benesse do tipo no Estadual e na Série B – seus únicos torneios no ano. Com os 19 jogos como mandante no Brasileiro, projeta a sua maior bilheteria na década, além de receitas mensais extras, segundo o Diário do Nordeste, como o sócio-torcedor (R$ 350 mil), Caixa (R$ 200 mil – ainda não confirmada) e Timemania (R$ 200 mil – apenas para tributos fiscais).

Náutico (14 milhões) – Em dezembro, o alvirrubro aprovou parcialmente o orçamento de 2018, agendando para 15 de janeiro a deliberação completa, com receitas e despesas. Pela apresentação original, a receita ficaria entre 15,0 mi e 16,2 mi, mas o dado aprovado pelo conselho fiscal acabou sendo menor, 14,6 mi. Com a confirmação da agenda do clube (Estadual, Nordestão, Copa do Brasil e Série C), a folha do futebol foi estipulada em R$ 200 mil, a menor do G7 – tendo a possibilidade de um leve aumento na terceirona.

Santa Cruz (14 milhões) – Dois anos após o maior faturamento de sua história (R$ 36 milhões, sendo o 4º da região em 2016), o tricolor projeta o menor orçamento de 2018 entre os principais clubes nordestinos. Contudo, é o único clube cujo valor ainda não foi discutido no conselho. A direção executiva tem o prazo mais longo até a aprovação do CD (fim de março), até mesmo pelo início do novo triênio (2018-2020). Em elaboração, a planilha é baseada nos mesmos números de 2017, tendo como grande variável a campanha na Copa do Brasil, uma vez que no último ano o Santa estreou já nas oitavas (o que corresponde à 5ª fase). A folha deve ficar entre 200 mil e 250 mil reais, a menor do Arruda em cinco anos.

Confira os dados dos balanços fiscais do G7 de 2014 a 2017 clicando aqui.

O balanço dos clássicos na Arena PE de 2013 a 2017, com média de 10 mil pessoas

Náutico 1 x 1 Santa (29/01), Náutico 2 x 1 Sport (05/03) e Náutico 1 x 0 Santa (12/03); Náutico 1 x 1 Sport (23/04), Náutico 1 x 2 Santa (06/05) e Náutico 0 x 0 Santa (15/07). Fotos: Ricardo Fernandes e Paulo Paiva, ambos do DP

Desde abertura oficial da Arena Pernambuco, em junho de 2013, já foram realizados 22 clássicos pernambucanos no local, considerando o período até 2017. Os duelos ocorreram em quatro competições distintas: Pernambucano, Nordestão, Série B e Copa Sul-Americana, com públicos entre 2,5 mil (ou 5,6% de ocupação da capacidade) e 30 mil (65,5%). Precisamente, o borderô registrou a entrada de 235.200 torcedores. Em cinco temporadas de clássicos, portanto, a média é de 10.690 – 23,3% de ocupação. Em relação à bilheteria bruta, os dados são levemente melhores (por causa do preço aplicado no estádio), com R$ 5.145.815, registrando um índice de R$ 233.900.

Para 2018, apenas um clássico está garantido, com mando do Náutico. Jogo válido pelo Estadual, contra o rubro-negro (24/01). Caso avance ao mata-mata local, o timbu deverá continuar na arena. A partir de abril, porém, deve voltar aos Aflitos, com a reforma em andamento. Assim, ocorreriam lá o Clássico das Emoções pela Série C e os possíveis jogos pelo Nordestão e Copa do Brasil. Ou seja, o governo do estado passa a negociar a agenda pontual do empreendimento com o Sport, o Santa e, também, o Náutico.

A seguir, um resumo de cada clássico no local entre 2013 e 2017.

Santa Cruz x Náutico
Com oito gols, o primeiro duelo, vencido pelos corais, é o recorde de tentos na arena, considerando os clássicos. Apesar da média menor em comparação a Náutico x Sport, O Clássico das Emoções tem uma média menor em comparação a Náutico x Sport, mas é o duelo com mais jogos acima de 10 mil espectadores (6). Por outro lado, três partidas não chegaram sequer a 5 mil, incluindo a menor assistência num clássico. Apenas 2.592 pessoas presenciaram a decisão de 3º lugar do Estadual 2017.

11 jogos (10 mandos alvirrubros e 1 tricolor)
4 vitórias do Santa Cruz (36%)
4 empates (36%)
3 vitórias do Náutico (27%)

110.303 torcedores, média de 10.027
R$ 2.310.910 de renda absoluta, média de R$ 210.082

Os clássicos das Emoções na Arena Pernambuco entre 2013 e 2017. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Náutico x Sport
O primeiro clássico da história da Arena foi logo um inédito confronto internacional, pela Copa Sul-Americana de 2013. Apesar da derrota, os leoninos avançaram nos pênaltis. Embora tenha sido mandante só uma vez, o rubro-negro venceu a maioria dos jogos. Sobre os públicos, cinco foram abaixo de 10 mil, com a média se mantendo acima disso graças à final do campeonato estadual 2014, com 30 mil, ainda recorde em clássicos.

9 jogos (8 mandos alvirrubros e 1 rubro-negro)
3 vitórias do Náutico (33%)
2 empates (22%)
4 vitórias do Sport (44%)

112.810 torcedores, média de 12.534
R$ 2.660.980 de renda absoluta, média de R$ 295.664

s clássicos dos Clássicos na Arena Pernambuco entre 2013 e 2017. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Sport x Santa Cruz
O inédito Clássico das Multidões pela Sula, no centenário do confronto, em 2016, acabou ocorrendo integralmente na Arena depois que os dois rivais se acertaram com o governo do estado. Ou seriam os dois jogos ou nenhum. Se salvou apenas a festa tricolor, avançando às oitavas, pois a presença das torcidas foi frustrante nos dois jogos, com os menores públicos do clássico nesta década. Desde então, mais cinco clássicos, nenhum em São Lourenço.

2 jogos (1 mando 1 rubro-negro e 1 tricolor)
0 vitória do Sport (0%)
1 empate (50%)
1 vitória do Santa Cruz (50%)

12.087 torcedores, média de 6.043
R$ 173.925 de renda bruta, média de R$ 86.962

Os clássicos das Multidões na Arena Pernambuco entre 2013 e 2017. Quadro: Cassio Zirpoli/D