Cobrança de escanteio de Timbó no travessão de Machowski, aos 34/1T
O primeiro duelo entre tricolores e alvirrubros no ano, numa série que irá se estender ao Brasileiro, acabou num empate sem gols. No primeiro tempo, boa disputa e Náutico superior, mas com um gol mal anulado do Santa Cruz. No segundo tempo, dois times protocolares até o apito final. Concorda? Então, ouça a análise do 45 minutos sobre o clássico válido pela 7ª rodada do Estadual. Estou neste podcast com João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro.
O primeiro Clássico das Emoções de 2018 terminou num empate em 0 x 0, embora a rede alvirrubra tenha balançado. Num sábado chuvoso, o jogo no Arruda foi visto por apenas 6.015 torcedores, ainda assim a maior presença do Campeonato Pernambucano, o que expõe o interesse até o momento. E esse público saiu frustrado pelo desempenho das equipes no segundo tempo, numa pegada bem à parte sobre o que se espera de uma partida deste porte.
Se no segundo tempo faltou ímpeto, o primeiro foi bem animado, com o Náutico criando as melhores chances – e não só através de contragolpes, como vinha sendo a sua característica. Mais competitivo, o visitante teve pelo menos três boas oportunidades (Medina num rebote cara a cara, Wallace num cruzamento em ótima condição e Camutanga numa cabeçada). Tiago Machowski, que voltou ao gol coral, se manteve com principal nome do time na temporada. Defensivamente, o timbu se mostrava seguro, com o Santa Cruz forçando pela ponta direita, com Augusto, que enfim teve boa atuação – como já ficou claro no texto, esta análise se refere basicamente ao 1T.
O que marcou a primeira etapa – e o próprio resultado – foi o último lance. Num cruzamento na área, Augusto ganhou do zagueiro e marcou, com a arbitragem assinalando impedimento, errôneo. Nem estava adiantado – o centroavante Vinícius, sim, mas sem participação direta – e nem cometeu falta. Falha grave do auxiliar Cleberson Nascimento Leite, corroborado pelo árbitro Luiz Sobral. Na volta do intervalo, o ritmo caiu drasticamente. Tanto no número de finalizações efetivas (apenas 2!) quanto na imposição das equipes, com muita marcação no meio campo e poucas jogadas verticalizadas. O empate parecia suficiente para ambos neste momento, considerando a agenda cheia (com jogos na terça-feira) e a situação na tabela do Estadual, que classifica 8 dos 11 clubes participantes. Ainda assim, ficou a polêmica…
Santa Cruz x Náutico (todos os mandos) 520 jogos 201 vitórias tricolores (38,6%) 151 empates (29,0%) 167 vitórias alvirrubras (32,1%) 1 placar desconhecido
A Copa do Nordeste de 2019 terá 20 clubes, dos quais onze através do Ranking da CBF, com a lista já definida, além dos nove campeões estaduais de 2018. É o mesmo formato estrutural adotado nesta temporada, mas com ajustes na origem das vagas e na primeira fase, a chamada seletiva. Na primeira versão, os quatro mata-matas foram espaçados, perdidos no calendário, a ponto de o Náutico jogar uma partida oficial em 8 de janeiro, no meio da pré-temporada nacional. Agora, as partidas preliminares estão programadas entre os dias 18 e 26 de abril, logo após as finais dos torneios locais – curiosamente, a seletiva acontecerá antes do desfecho do Nordestão de 2018. Esses confrontos serão sorteados em dois potes através do ranking. No caso de Pernambuco, o estado tem direito a três vagas (status compartilhado com a Bahia), sendo duas já na fase de grupos (o melhor rankeado e o campeão estadual) e uma na seletiva (o segundo melhor rankeado). Devido ao imbróglio local, a partir da polêmica decisão do Sport, existem duas óticas para esta terceira vaga, com dez cenários ao todo – sendo o Santa o único onipresente. Vamos lá…
As 4 possibilidades sem a desistência do Sport Com duas vagas via ranking, o estado já tem Sport (15º no Ranking da CBF) e Santa Cruz (25º) assegurados na próxima Lampions League, para a fase de grupos e para a seletiva, respectivamente. Logo, a terceira vaga é disputada pelos outros nove clubes que disputam o Pernambucano de 2018. O campeão entra na fase de grupos. Caso Sport ou Santa ganhem a disputa do futebol local, o Náutico herdaria a segunda vaga via ranking (é o 32º).
Cenário 1 – Náutico campeão estadual Vagas no NE: Náutico (grupos), Sport (grupos) e Santa (seletiva)
Cenário 2 – Santa Cruz campeão estadual Vagas no NE: Santa (grupos), Sport (grupos) e Náutico (seletiva)
Cenário 3 – Sport campeão estadual Vagas no NE: Sport (grupos), Santa (grupos) e Náutico (seletiva)
Cenário 4 – Clube intermediário* campeão estadual Vagas no NE: Intermediário* (grupos), Sport (grupos) e Santa (seletiva)
As 6 possibilidades em caso de nova desistência do Sport Como o Sport desistiu de participar do Nordestão de 2018, há a possibilidade de o clube protocolar um novo pedido de ausência para 2019. Sendo assim, o Santa (15º) se classificaria via ranking, para a fase de grupos. Em caso de título do leão, o vice-campeão influenciaria nas demais composições, pois este time seria o ‘representante do Estadual’. Caso Santa ou Náutico ganhem a competição local, o Salgueiro herdaria a segunda vaga via ranking (é o 51º).
Cenário 5 – Náutico campeão estadual Vagas no NE: Náutico (grupos), Santa (grupos) e Salgueiro (seletiva)
Cenário 6 – Santa Cruz campeão estadual Vagas no NE: Santa (grupos), Náutico (grupos) e Salgueiro (seletiva)
Cenário 7 – Sport campeão estadual, Náutico vice Vagas no NE: Náutico (grupos), Santa (grupos) e Salgueiro (seletiva)
Cenário 8 – Sport campeão estadual, Santa vice Vagas no NE: Santa (grupos), Náutico (grupos) e Salgueiro (seletiva)
Cenário 9 – Sport campeão estadual, clube intermediário* vice Vagas no NE: Intermediário* (grupos), Santa (grupos) e Náutico (seletiva)
Cenário 10 – Clube intermediário* campeão estadual Vagas no NE: Intermediário* (grupos), Santa (grupos) e Náutico (seletiva)
Com muita entrega em campo e uma ótima atuação do goleiro Bruno, o Náutico venceu o Fluminense por 1 x 0, em Feira de Santana, e abocanhou a terceira cota na Copa do Brasil, desta vez de R$ 1,4 milhão – num mata-mata, jamais havia recebido tanto por um confronto. Exatamente por isso, o jogo era tão importante para o clube, que havia estimado um orçamento de apenas R$ 14 milhões para o ano inteiro. Agora, enfim, começa a ganhar fôlego. Tanto para manter a equipe quanto para pensar em reforços visando a Série C.
Para chegar a este novo contexto, o timbu lutou demais no interior baiano. Jogou ao seu estilo, apertando a marcação e buscando os contragolpes – para conseguir uma finalização isolada ou ao menos ter a oportunidade na bola parada, como foi o caso do único gol da partida. Através de Wallace Pernambucano, sempre ele. O meia (ou centroavante?) chegou a 6 gols em 9 jogos no ano, marcando em todas as competições (Estadual, Nordestão e Copa do Brasil). Num escanteio fechadinho, aos 28/1T, o jogador de 1,84m subiu e desviou de cabeça. Colocou a disputa, em jogo único, numa situação mais favorável, revertendo parte da pressão da torcida da casa.
O camisa 9 seria substituído no 2T, após um mal estar, mas já havia feito a sua parte. Na noite, a grande bronca foi o time não conseguir segurar a bola em nenhum momento. No primeiro tempo, a posse foi de 33%. No segundo, a margem não mudou tanto, com o time pernambucano finalizando poucas vezes. Para ser bem preciso, foram apenas 3. Já o Flu tentou 22! Para brecar tantas chances, destaque para Bruno (três grandes defesas, se redimindo da atuação há uma semana), Breno Calixto (incansável) e Camutanga (seguro, mesmo amarelado). A classificação alvirrubra foi copeira. E milionária…
Cotas do Náutico na Copa do Brasil 1ª fase – R$ 500 mil (vs Cordino-MA) 2ª fase – R$ 600 mil (vs Fluminense-BA) 3ª fase – R$ 1,4 milhão (vs Cuiabá-MT ou Aparecidense-GO) 4ª fase – R$ 1,8 milhão?
Flu de Feira x Náutico (todos os mandos) 12 jogos 8 vitórias alvirrubras (66,6%) 2 empates (16,6%) 2 vitórias baianas (16,6%)
A 6ª rodada do Pernambucano de 2018 registrou o pior público até o momento – pela agenda das rodadas restantes, será difícil bater esta marca. Foram apenas 3.947 torcedores, com a média não chegando sequer a 1.000 espectadores. Sendo bem preciso: 789 testemunhas por jogo. Na cidade de Pesqueira, onde o Belo Jardim vem mandando os seus jogos, devido ao veto ao estádio Sesc-Mendonção, a última apresentação reuniu a atenção de apenas 88 torcedores, com apenas 49 pagantes – renda bruta de R$ 700, com prejuízo de R$ 3,8 mil. Foi, disparado, o pior público do campeonato.
A situação só não foi pior porque a última partida, realizada na Quarta-feira de Cinzas, encheu. Em Afogados da Ingazeira, o Vianão recebeu o seu maior público (2 mil pessoas), ocupando as arquibancadas tubulares e justificando o status de Jogo do Ano, lançado pelo próprio mandante. A bilheteria pagou 61% da folha do clube (de R$ 70 mil). Esta foi a primeira vez em que a coruja recebeu um grande da capital. No caso, o Santa. Ainda sobre arrecadação, vale lembrar que a FPF tem direito a 8% da renda bruta de qualquer jogo. Logo, já abocanhou R$ 69.149, dado superior à renda de 6 dos 11 clubes.
Abaixo, os rankings de público e renda, com ordem através das médias
Os 10 maiores públicos 4.292 – Santa Cruz 1 x 1 Vitória (Arruda, 18/01 – 1ª rodada) 4.035 – Santa Cruz 1 x 1 Central (Arruda, 25/01 – 3ª rodada) 3.724 – Sport 2 x 0 Pesqueira (Ilha do Retiro, 29/01 – 4ª rodada) 3.685 – Náutico 3 x 0 Sport (Arena PE, 24/01 – 3ª rodada) 3.601 – Central 1 x 1 Sport (Lacerdão, 03/02 – 5ª rodada) 3.389 – Sport 2 x 0 Afogados (Ilha do Retiro, 20/01 – 2ª rodada) 3.000 – Flamengo 0 x 0 Sport (Áureo Bradley, 17/01 – 1ª rodada) 2.147 – Central 3 x 0 Náutico (Lacerdão, 21/01 – 2ª rodada) 2.066 – Afogados 0 x 1 Santa Cruz (Vianão, 15/02 – 6ª rodada) 1.861 – Central 0 x 0 Flamengo (Lacerdão, 28/01 – 4ª rodada)
O primeiro gol da 6ª rodada do Pernambucano 2018 saiu numa cobrança de pênalti, com o meia alvirrubro Júnior Timbó (acima) convertendo na Arena Pernambuco, abrindo a goleada sobre o Salgueiro. Em Pesqueira, o atacante Thomás Anderson (abaixo) empatou o jogo para a Acadêmica Vitória, diante do Belo Jardim, ampliando a sua artilharia na competição, agora com 6 gols marcados – na média, um por rodada. Além duas duas penalidades, a rodada também ficou marcada, em termos de arbitragem, pelas quatro expulsões, movimentando bastante as listas atualizadas pelo blog.
Abaixo, as listas de pênaltis e expulsões após 30 partidas realizadas.
Pênaltis a favor (8) 2 pênaltis – Náutico e Vitória (perdeu 1) 1 pênalti – Afogados, América, Central e Salgueiro (perdeu 1) Sem penalidade – Belo Jardim, Flamengo, Pesqueira, Santa Cruz e Sport
Pênaltis cometidos (8) 2 pênaltis – América (defendeu 1), Belo Jardim (defendeu 1) e Vitória 1 pênalti – Afogados e Salgueiro Sem penalidade – Central, Flamengo, Náutico, Pesqueira, Santa Cruz e Sport
A 6ª rodada do Campeonato Pernambucano de 2018 começou no dia 6 e só acabou no dia 14 de fevereiro. Desmembrada, com um enorme carnaval no meio, a rodada marcou o pior público até o momento. Com o Sport de folga, os cinco jogos levaram apenas 3.947 torcedores aos estádios, com média 789 pessoas, disparada a pior da competição (semelhante ao nível da Série A2). Em reação aos resultados, além do retorno do timbu à ponta, destaque para a vitória tricolor, com o time, o maior campeão estadual da década, saindo do Z2 direto para o G8. Por sinal, um hipotético confronto nas quartas de final, hoje, marca o Clássico das Multidões. Quanto à artilharia, Thomas Anderson (Vitória) a ampliou a liderança isolada, agora com 6 gols.
Náutico 4 x 0 Salgueiro – Os dois times escalaram vários reservas, priorizando o Nordestão na semana. Na Arena, a formação timbu foi bem superior, com a base encaminhando a maior goleada do competição
Belo Jardim 2 x 2 Vitória – O calango chegou a virar a partida, mas cedeu o empate ao time de Vitória de Santão, que segue invicto, embora tenha perdido a liderança. O jogo registrou o pior público do Estadual: 88 pessoas
Flamengo 0 x 1 Pesqueira – O time Arcoverde perdeu a segunda seguida em casa, pelo mesmo placar. Em ambos os casos, para clubes que ainda não haviam vencido na competição. A consequência? Caiu para a lanterna isolada
América 0 x 1 Central – Após três empates consecutivos, a patativa voltou a vencer. Com o primeiro resultado positivo fora de casa, se manteve no G4 e ampliou a invencibilidade no ano para 8 jogos – 6 no Estadual e 2 amistosos
Afogados 0 x 1 Santa Cruz – Os corais jogaram desfalcados – de Tiago Machowski, destaque até aqui -, mas finalmente venceram. O sufoco no sertão foi enorme, mas o tricolor contou, também, com a má pontaria da coruja
Destaque – Rafael Assis. Após um bom tempo, o atacante fez a sua estreia pelo Náutico, entrando no 2T e dando duas assistências para gols
Carcaça – O borderô do Belo Jardim. Jogando pela 3ª vez como mandante, outra vez a 37 km de sua cidade, o time levou apenas 88 torcedores ao jogo
Próxima rodada (Vitória folga) – atualizada em 16/02 17/02 (18h30) – Santa Cruz x Náutico (Arruda) – Premiere 17/02 (20h00) – Afogados x Pesqueira (Vianão) 18/02 (16h00) – Central x Belo Jardim (Lacerdão) – FPF/internet 18/02 (17h00) – Sport x América (Ilha do Retiro) – Globo 18/02 (20h00) – Salgueiro x Flamengo (Cornélio de Barros)
A classificação após 6 rodadas (verde = quartas; vermelho = descenso).
Os regulamentos oficiais das três principais divisões do Campeonato Brasileiro foram publicados pela CBF. As normas envolvem 60 clubes em 2018, com algumas mudanças organizacionais, à parte da competitividade no futebol, naturalmente. Abaixo, as principais diferenças observadas pelo blog. Caso queira conferir os regulamentos, eis os links: Série A, Série B e Série C.
Série A Nº de clubes: 20* (sendo 4 nordestinos) Nº de jogos: 38 (para todos os times) Duração da competição: de 14/04 a 02/12 Preço mínimo do ingresso: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia) Capacidade mínima do estádio: 12.000 lugares Limite de jogadores inscritos: não tem Prazo de inscrição de jogadores: até 04/09 Limite de jogos para transferência dentro da divisão: 6 por jogador Passagens e hospedagens: cada clube é responsável por sua despesa
* América-MG, Atlético-MG, Atlético-PR, Bahia, Botafogo, Ceará, Corinthians, Chapecoense, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Paraná, Santos, São Paulo, Sport, Vasco e Vitória
Série B Nº de clubes: 20** (sendo 4 nordestinos) Nº de jogos: 38 (para todos os times) Duração da competição: de 13/04 a 24/11 Preço mínimo do ingresso: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) Capacidade mínima do estádio: 10.000 lugares Limite de jogadores inscritos: 40 atletas Prazo de inscrição de jogadores: até 10/09 Limite de jogos para transferência dentro da divisão: 6 por jogador Passagens e hospedagens: CBF banca até 30 pessoas a cada jogo fora
** Atlético-GO, Avaí, Boa Esporte, Brasil-RS, Coritiba, CRB, Criciúma, CSA, Fortaleza, Figueirense, Goiás, Guarani, Juventude, Londrina, Oeste, Paysandu, Ponte Preta, Sampaio Corrêa, São Bento-SP e Vila Nova
Série C Nº de clubes: 20*** (sendo 8 nordestinos) Nº de jogos: de 18 (para todos os times) a 24 (para os finalistas) Duração da competição: de 14/04 a 23/09 Preço mínimo do ingresso: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia) Capacidade mínima do estádio: não tem (apenas na final, com 10.000) Limite de jogadores inscritos: 35 atletas (sendo 5 do Sub 23) Prazo de inscrição de jogadores: até 15/06 Limite de jogos para transferência dentro da divisão: 3 por jogador Passagens e hospedagens: CBF banca até 30 pessoas a cada jogo fora
***ABC, Atlético-AC, Botafogo-PB, Botafogo-SP, Bragantino, Confiança, Cuiabá, Globo-RN, Joinville, Juazeirense, Luverdense, Náutico, Operário-PR, Remo, Salgueiro, Santa Cruz, Tombense-MG, Tupi, Volta Redonda e Ypiranga-RS
A grande novidade no Pernambucano de 2018 foi, na verdade, uma velha novidade, com a presença dos grandes clubes da capital no interior. Embora este campeonato registre um índice fraco em termos de público (média de 1.562 em 29 partidas), os jogos com Náutico, Santa e Sport como visitantes vêm dando uma resposta levemente melhor. Considerando apenas as disputas entre times intermediários (e são 8), a média é de 623. Dos 15 jogos neste contexto, apenas três passaram de mil espectadores. Ao receber o trio de ferro, porém, o índice salta em 241%, chegando a 2.130. Sobre a renda, o aumento é ainda maior, de 662% – além da presença maior, há uma majoração nos ingressos, com Fla x Sport tendo a maior bilheteria.
Por isso, é compreensível a divulgação de Afogados x Santa Cruz, por parte do mandante. Simplesmente, tradado como o Jogo do Ano em Afogados da Ingazeira, a 386 quilômetros do Recife. Fundado em 2013 e disputando a elite local pela segunda vez, o clube sertanejo recebe pela primeira vez uma das principais forças do estado. Nos jogos anteriores pelo Estadual, contra Central e Belo Jardim, a diretoria da coruja cobrou o preço único de R$ 20. Agora, valores entre R$ 25 (à vista) ou R$ 30 (cartão de crédito), com o Vianão ampliado com arquibancadas tubulares, saindo de 1.735 para 3.000.
Intermediários x Trio de Ferro (7 jogos) Público total: 14.914 (média de 2.130 pessoas) Renda total: R$ 435.049 (média de 62.149 reais)
Intermediários x Intermediários (15 jogos) Público total: 9.348 (média de 623) Renda total: R$ 122.207 (média de 8.147 reais)
Jogos intermediários x grandes (realizados) 17/01 – Flamengo 0 x 0 Sport (Arcoverde, 3.000 pessoas e R$ 173.500) 21/01 – América 2 x 0 Santa Cruz (Paulista, 1.824 pessoas e R$ 19.560) 21/02 – Central 3 x 0 Náutico (Caruaru, 2.147 pessoas e R$ 47.435) 28/01 – Vitória 1 x 1 Náutico (São Lourenço, 1.592 pessoas e R$ 32.850) 03/02 – Central 1 x 1 Sport (Caruaru, 3.601 pessoas e R$ 116.680) 03/02 – Salgueiro 1 x 1 Santa Cruz (Salgueiro, 1.393 pessoas e R$ 9.054) 03/02 – Pesqueira 1 x 1 Náutico (Pesqueira, 1.357 pessoas e R$ 35.970)
Jogos intermediários x grandes (a disputar) 14/02 – Afogados x Santa Cruz (Afogados da Ingazeira) 21/02 – Flamengo x Santa Cruz (Arcoverde) 21/02 – Belo Jardim x Sport (Belo Jardim) 04/03 – Salgueiro x Sport (Salgueiro) 07/03 – Belo Jardim x Náutico (Belo Jardim)
Após o tropeço na estreia do grupo C da Copa do Nordeste, o jogo no Almeidão era essencial para manter a campanha acessível. O Náutico até abriu o placar, numa cabeçada de Wallace Pernambucano, aos 5 minutos, mas sofreu a virada ainda no primeiro tempo, em dois escanteios, com falhas da defesa. O Botafogo chegou à vitória, e à liderança, numa cabeçada do zagueiro Gladstone, ex-Náutico, aos 8, com Camutanga deixando o adversário subir sozinho, e num gol olímpico do meia Marcos Aurélio, ex-Sport, aos 46, contando com a falha do goleiro Bruno, que socou a bola para dentro.
Entre os lances, o timbu chegou a acertar a trave numa cobrança de falta de Wallace, o melhor do time, disparado. No segundo tempo, o camisa 9, que chegou a cinco gols no ano, criou quase todas as boas jogadas, conseguindo avançar ao campo ofensivo com força e técnica. Porém, embora pressionado pelo placar, o timbu não teve uma grande chance. Já o alvinegro, que contou com boa presença de sua torcida, atuou de forma precavida – o Belo ainda armou bons contragolpes, mas também não foi efetivo, com o 2 x 1 mantido.
A partida que encerrou a segunda rodada na competição deixou o time pernambucano em 3º lugar na chave (Botafogo 6 pontos, Bahia 3, Náutico 1 e Altos 1). Agora, o timbu parte para dois difíceis compromissos contra o tricolor de aço, na Fonte Nova (22/02) e na Arena PE (10/03). Provavelmente, só um bom desempenho nesses dois confrontos poderá manter o Náutico na briga por um lugar nas quartas de final. Vai em uma corrente contra a história, tentando evitar mais uma eliminação na fase de grupos, como aconteceu nas participações anteriores nesta volta do regional (2014, 2015 e 2017).
Histórico de Botafogo-PB x Náutico (todos os mandos) 49 jogos 23 vitórias alvirrubras (46,9%) 11 empates (22,4%) 15 vitórias paraibanas (30,6%)