As milionárias receitas e dívidas de Sport, Santa Cruz e Náutico de 2011 a 2015

Finanças de Sport, Santa Cruz e Náutico. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Direitos de transmissão, bilheteria, premiações, patrocinadores, quadro de sócios, venda de jogadores, parcelamentos, empréstimos etc. Somando todas as receitas possíveis em 2015, os três grandes clubes do Recife registraram um faturamento de R$ 121 milhões, de acordo com os balanços financeiros apresentados por Náutico, Santa Cruz e Sport em 29 de abril de 2016. Numa primeira análise, um volume considerável de grana. No entanto, a dívida segue aumentando numa velocidade incrível, subindo pelo terceiro ano seguido.

Por uma questão de padronização, o blog usa a expressão “passivo”, somando o circulante e o não circulante – dados presentes em todos os balanços. O passivo não é um “sinônimo” de dívida, pois na questão contábil alguns números entram como receitas futuras, que não podem ser contabilizadas no último balanço. Aconteceu com o Sport em 2015, com R$ 18 milhões da cota de tevê, numa bonificação pela temporada de 2019, já paga pela Globo.

Receita operacional agregada
2011 – R$ 83.296.759
2012 – R$ 134.030.496 (+50.733.737, ou +60%)
2013 – R$ 116.488.865 (-17.541.631, ou -13%)
2014 – R$ 93.257.832 (-23.231.033, ou -19%)
2015 – R$ 121.173.612 (+27.915.780, ou +29%)

Passivo (soma dos passivos circulante e não circulante)
2011 – R$ 177.496.391
2012 – R$ 170.898.306 (-6.598.085, ou -3%)
2013 – R$ 182.045.072 (+11.146.766, ou +6%)
2014 – R$ 283.488.245 (+101.443.173, ou +55%)
2015 – R$ 348.163.829 (+64.675.584, ou +22%)

Curiosidade: caso a receita tivesse sido dividida de forma igualitária, cada um teria recebido no ano passado exatamente R$ 40.391.204.

Confira a íntegra dos balanços financeiros: SportSanta Cruz e Náutico.

Abaixo, um gráfico com a variação das cifras de cada um, de 2011 a 2015.

A 1ª classificação da Segundona 2016

A classificação da Série B 2016 após 1 rodada. Crédito: Superesportes

Campeão carioca invicto, o Vasco entrou na Série B, a terceira de sua história, com a obrigação de subir como campeão. Afinal, só de cota da televisão receberá R$ 100 milhões, com 17 adversários ganhando R$ 5 milhões cada. Disparidade enorme, vista já na estreia. Em São Luís, o cruz-maltino atropelou o Sampaio Corrêa, 4 x 0, com três gols de Nenê, o principal nome da competição.

Enquanto isso, o Náutico foi derrotado na estreia, em Santa Catarina, aparecendo em 15º lugar na primeira atualização da classificação. Outra curiosidade na rodada ocorreu logo na abertura, na noite de sexta-feira, com três vitórias goianas (Vila Nova, Goiás e Atlético).

No G4, um carioca, um goiano, um gaúcho e um baiano.

A 2ª rodada do representante pernambucano
17/05 (21h30) – Náutico x Vila Nova (Arena Pernambuco)

Sem pontaria, Náutico perde em Criciúma com gol impedido. Sem precisar de replay

Série B 2016, 1ª rodada: Criciúma 1x0 Náutico. Foto: Fernando Ribeiro/Futura Press/Folhapress

A arrancada do Náutico na Série B de 2015 foi espetacular, com cinco vitórias e um empate. Pela tabela, não seria fácil repetir o desempenho em 2016. Mas da forma como aconteceu a derrota na estreia, o alvirrubro tem bastante a se lamentar. Começando pela falta de pontaria, com Rafael Coelho sendo um caso à parte. A chance perdida aos 19 minutos, embaixo da barra, fez muita falta.

A outra queixa é além da equipe, com um impedimento clamoroso não assinalado no lance decisivo da tarde no Heriberto Hülse. Gustavo concluiu um cruzamento da direita, aos 6 da etapa completamente, bem adiantado. Nem precisou de replay. Além da vantagem de 1 x 0, que seria definitiva, o lance acabou desestabilizando visitante, completamente acuado. Com mudanças pontuais, o Criciúma fez o básico para largar com três pontos no Brasileiro.

Quanto ao Náutico, o tempo de lamentação é curtíssimo, com o próximo jogo já na terça-feira, retomando a tradicional agenda da segundona. Na Arena, o técnico Alexandre Gallo já poderá contar com os primeiros reforços, como Maylson. Se tem algo que o time aprendeu no último ano, quando ficou a dois pontinhos do acesso, é que a recuperação precisa ser imediata. Numa Série B com Vasco, Bahia e Goiás não haverá espaço para má fase.

Série B 2016, 1ª rodada: Criciúma x Náutico. Foto: Jota Eder/Rádio Eldorado de Criciúma (@jotaeder)

CBF parabeniza o Sport pelos 111 anos e cita clube como a maior torcida do N-NE

Texto da CBF sobre os 111 anos do Sport

A CBF nunca encomendou uma pesquisa de torcida. Por mais que Ibope, Datafolha, Gallup, Pluri, Paraná Pesquisas, entre outros institutos, já tenham lançados inúmeros estudos, desde 1983, a entidade segue à parte do assunto. Talvez para evitar qualquer tipo de controvérsia, nos âmbitos nacional, regional e estadual. Por isso, chama a atenção o texto publicado pela confederação sobre os 111 anos do Sport, completados neste 13 de maio de 2016. Como costuma fazer, não só com clubes tradicionais, a entidade cita títulos e ídolos. Está lá o Campeonato Brasileiro de 1987, sem qualquer menção à polêmica do assunto. Por outro lado, esqueceu dos títulos da Copa do Nordeste de 1994 e 2000, chancelados pela própria. No trecho seguinte vem o verdadeiro vespeiro:

“Considerado o clube de maior torcida da região Norte-Nordeste”

Não há citação sobre qual instituto considera ou desde quando considera. Por sinal, sobre a declaração, é preciso fazer algumas considerações. Começando pelo fato de que o Flamengo é o mais popular nas duas regiões, segundo todos os levantamentos. Porém, levando em conta só os clubes do Norte e Nordeste, de fato o Sport já aparece à frente (Ibope 2010, Pluri 2013 e Paraná 2013), se revezando com o Bahia. Na pesquisa mais recente deu Baêa (Paraná 2016).

Atualização: a polêmica acabou sendo mesmo grande, tanto que horas depois a CBF editou a frase sobre o tamanho da torcida. Ao menos listou o tri regional.

Os melhores nordestinos nas pesquisas nacionais mais recentes:

Paraná 2016
1,8% – Bahia
1,5% – Sport

Ibope 2014
1,7% – Bahia
1,3% – Vitória
1,2% – Sport
1,0% – Santa Cruz
0,8% – Ceará

Datafolha 2014
1,0% – Bahia
1,0% – Vitória
1,0% – Sport

Pluri 2013
1,4% – Sport
1,2% – Bahia
0,8% – Vitória
0,7% – Santa Cruz
0,6% – Náutico

Paraná 2013
1,8% – Sport
1,7% – Bahia
0,7% – Santa Cruz
0,7% – Vitória
0,4% – Náutico

Ibope 2010
1,7% – Sport
1,6% – Bahia
1,2% – Vitória
0,8% – Fortaleza
0,6% – Santa Cruz
0,6% – Ceará

Avaliação do Transfermarkt sobre o valor mercado dos 40 elencos das Séries A e B

Avaliação do Transfermarket sobre as Séries A e B em 2016, em maio (em euros). Crédito: reprodução

Os elencos vão mudar bastante, como já mudaram em relação à última edição. Ainda assim, como curiosidade, eis os valores de mercado dos 40 elencos envolvidos nas Séries A e B de 2016, segundo o site alemão Transfermarkt, especializado em direitos econômicos no futebol desde 2000. A projeção (com algumas cifras polêmicas, como as de Mancha e Vitor) é feita a partir do nível técnico, posição, idade e rendimento recente. Analisando o Trio de Ferro, começo com o Sport. Apesar da debandada, sobretudo no setor ofensivo, o clube aparece com o 12º plantel, estimado em 33 milhões de euros – a moeda utilizada na cotação. Muito? No fim do Brasileirão 2015, quando acabou na 6ª colocação, a projeção era de 38 milhões. Hoje, treze atletas têm os direitos partir de um milhão. Diego Souza é o mais caro do futebol pernambucano, € 5 milhões (R$ 21 milhões!?). O meia de 30 anos aparece em 14º no país (ranking abaixo).

Embora tenha a análise mais baixa na elite, o Santa teve uma valorização de 92% sobre o momento em que conseguiu o acesso. O time é basicamente o mesmo, mas a mudança de patamar turbinou o número, de forma esperada, passando de 6,25 mi para 12 milhões. João Paulo superou Alemão e tornou-se o jogador mais caro do Arruda, subindo de 750 mil para 900 mil em cinco meses (cerca de R$ 3,5 mi). Participando da segunda divisão pela terceira vez seguida, o Náutico é um dos seis clubes da competição com elencos acima de 10 milhões de euros. De acordo com o Transfermarkt, dois nomes tem cotações milionárias (Renan Oliveira e Esquerdinha), o que não havia na última Série B.

Também chama a atenção no Alvirrubro o olhar do mercado sobre João Ananias, mesmo em recuperação de uma cirurgia no joelho. Deve voltar no segundo semestre, ainda com status de terceiro jogador mais valioso dos Aflitos. No Brasil, o São Paulo possui o elenco mais caro, com nomes como Maicon (10 mi) Ganso (9 mi) e Calleri (7,5 mi). Ao todo, 78 milhões. Já o Corinthians, o atual campeão brasileiro, larga em 62 mi. Quando levantou a taça do hexa a avaliação apontava 79 mi. Em dezembro, após o encerramento do Campeonato Brasileiro, o blog fará o comparativo sobre a mutação nos times locais…

Confira o quadro nacional numa resolução maior clicando aqui.

Os 10 atletas mais valorizados nos clubes em 12 de maio de 2016 (em euros):

Sport (elenco com 32 jogadores: € 33,80 milhões)
1º) 5,5 milhões – Diego Souza (meia)
2º) 4 milhões – Rithely (volante)
3º) 3 milhões – Renê (lateral-esquerdo)
4º) 1,75 milhão – Luiz Antônio (volante)
5º) 1,5 milhão – Matheus Ferraz (zagueiro)
5º) 1,5 milhão – Samuel Xavier (lateral-direito)
7º) 1,25 milhão – Túlio de Melo (atacante)
7º) 1,25 milhão – Serginho (volante)
7º) 1,25 milhão – Gabriel Xavier (meia)
10º) 1 milhão – Mark González (meia)
10º) 1 milhão – Neto Moura (meia)
10º) 1 milhão – Vinícius Araújo (atacante)
10º) 1 milhão – Rodrigo Mancha (volante)

Santa Cruz (elenco com 35 jogadores: € 12,05 milhões)
1º) 900 mil – João Paulo (meia)
2º) 750 mil – Uilliran Correia (volante)
3º) 700 mil – Arthur (atacante)
4º) 650 mil – Alemão (zagueiro)
5º) 600 mil – Vítor (lateral-direito)
6º) 550 mil – Lelê (meia)
6º) 550 mil – Daniel Costa (meia)
8º) 500 mil – Tiago Cardoso (goleiro)
8º) 500 mil – Grafite (atacante)
8º) 500 mil – Keno (atacante)
8º) 500 mil – Leandrinho (meia)
8º) 500 mil – Wallyson (atacante)
8º) 500 mil – Bruno Moraes (atacante)
8º) 500 mil – Roberto (lateral-esquerdo) 

Náutico (elenco com 29 jogadores: € 10,95 milhões)
1º) 1,25 milhão – Renan Oliveira (meia)
2º) 1 milhão – Esquerdinha (meia)
3º) 850 mil – João Ananias (volante)
4º) 700 mil – Rafael Coelho (atacante)
4º) 700 mil – Ronaldo Alves (zagueiro)
6º) 600 mil – Rodrigo Souza (volante)
7º) 500 mil – Ygor (meia)
7º) 500 mil – Gastón Filgueira (lateral-esquerdo)
7º) 500 mil – Henrique (lateral-esquerdo)
10º) 450 mil – Júlio César (goleiro)

Os 15 jogadores mais caros inscritos no Brasileiro, todos na Série A:

Os 15 jogadores mais valiosos do Brasileiro 2016, em 12/05/2016. Crédito: Transfermarkt

Termo de Ajustamento de Conduta pelo fim das organizadas, via STJD. Adianta?

Inferno Coral, Torcida Jovem e Fanáutico

As maiores torcidas uniformizadas dos clubes pernambucanos (Jovem, Inferno Coral e Fanáutico) estão vetadas há algum tempo nos estádios, tendo que se submeter a camisas com a palavra “paz” para obter uma autorização parcial. No caso da Jovem, nem isso, pois o Sport cortou relações. Indo além, a FPF firmou um termo um Termo de Ajustamento de Conduta junto ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva, pedindo o fim das facções. Na assinatura, com a presença do procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, os clubes locais se comprometeram com 12 cláusulas. A primeira delas é quase um resumo.

“Os clubes comprometem-se a abolir, extinguir, rescindir, romper, vedar imediatamente qualquer benefício ou custeio direto ou indireto a torcidas organizadas, tais como doação e/ou subsídio de ingressos, custeio de transporte interno ou externo para jogos como mandante ou visitante, reserva de assentos em sua praça de desporto, cessão de espaço dentro de estádios ou de sua sede, hospedagem, repasse de recursos, ou por qualquer outro meio de auxílio, apoio, subvenção ou patrocínio de qualquer natureza, inclusive quanto ao licenciamento ou utilização indevida de suas marcas ou símbolos.”

Para o presidente da FPF, Evandro Carvalho, o termo pode ajudar no controle e enquadramento dos sócios e no monitoramento da chegada e saída dos torcedores nos estádios, assim como  “criminalizar os vândalos”, saindo da esfera esportiva – abaixo, a íntegra do documento. Nesse tempo de violência no Recife, e são quase duas décadas, outros termos de ajustamento foram firmados, com compromissos semelhantes, com as mesmas uniformizadas. Por isso, é sempre bom relembrar o levantamento do Ministério Público de Pernambuco, com dados junto à Polícia Militar, delegacias da capital e Juizado do Torcedor. Foram 800 crimes envolvendo uniformizadas entre 2008 e 2012, num raio de até cinco quilômetros a partir dos estádios. Furto, roubo, lesão corporal, formação de quadrilha. Problema antigo, sempre ascendente…

Os fornecedores de material esportivo dos 40 clubes das Séries A e B de 2016

Ranking das fornecedoras de uniforme na Série A 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP, via Infogram

Somando as duas principais divisões, a Umbro é a marca mais presente no Campeonato Brasileiro de 2016, com seis clubes. O número poderia ser maior caso o Náutico não tivesse rescindido o contrato na véspera da competição, fechando com a Topper, de volta ao mercado. Os 40 times inscritos nas Séries A (gráfico acima) e B (abaixo) estão divididos entre 18 fornecedoras, cinco a mais que 2015. Uma delas pertence ao próprio “patrocinado”. No caso, a Lobo, do Paysandu – na Itália, a Roma já fez o mesmo.

De volta ao Brasileirão, o Santa Cruz já irá mexer com tabuleiro, na ferrenha disputa de mercados. O clube estreia o padrão produzido pela Dry World, substituindo a Penalty. Com isso, a marca canadense sobe para a 3ª colocação no ranking de fornecedoras. A Adidas, que veste o Sport, se mantém à frente na elite, agora de forma isolada. Na última edição, com os mesmos cinco clubes (mas com o Flu no lugar do Coxa), a empresa alemã dividia o posto com a Umbro, que sofreu com as quedas de Vasco e Joinville.

Em relação aos contratos (ao menos aqueles divulgados), o Flamengo segue firme com acordo mais rentável. São R$ 35 milhões anuais, com mais sete temporadas pela frente, expondo o status atual dessas parcerias. Quanto à exposição, as 760 partidas das duas divisões estão na grade da televisão, incluindo o pay-per-view. Logo, o alcance das marcas depende da audiência de cada clube firmado…

As fornecedoras na Série A
Adidas – Coritiba, Flamengo, Palmeiras, Ponte Preta e Sport
Umbro – Atlético-PR, Chapecoense, Grêmio e Cruzeiro
Dry World – Atlético-MG, Fluminense e Santa Cruz
Nike – Corinthians e Internacional
Lupo – América-MG e Figueirense
Kappa – Santos
Puma – Vitória
Topper – Botafogo
Under Armour – São Paulo

As fornecedoras na Série B
Kanxa – Bragantino, Luverdense e Oeste
Kappa – Brasil-RS e Criciúma
Numer – Atlético-GO e Sampaio Corrêa
Penalty – Bahia* e Ceará*
Umbro – Joinville e Vasco
Rinat – CRB e Vila Nova
Fila – Avaí
Dry World – Goiás
Karilu – Londrina
Topper – Náutico
Lobo – Paysandu
Errea – Paraná*
Gsport – Tupi

* Bahia (Umbro), Ceará (Topper) e Paraná (Topper) podem mudar no Brasileiro.

Marcas das Séries A e B
6 Umbro, 5 Adidas, 4 Dry World, 3 Kappa, 3 Kanxa, 2 Nike, 2 Lupo, 2 Numer, 2 Penalty, 2 Rinat, 2 Topper, 1 Puma, 1 Under Armour, 1 Fila, 1 Karilu, 1 Lobo, 1 Errea e 1 Gsport

Maiores contratos
R$ 35 milhões/ano – Flamengo (10 anos, até 2022)
R$ 30 milhões/ano – Corinthians (10 anos, até 2025)
R$ 27 milhões/ano – São Paulo (5 anos, até 2019)
R$ 20 milhões/ano – Atlético-MG (5 anos, até 2021)
R$ 19 milhões/ano – Palmeiras (2 anos, até 2016) 

Ranking das fornecedoras de uniforme na Série B 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP, via Infogram

A evolução das redes sociais de Sport, Santa Cruz e Náutico de 2011 a 2016

Perfis oficiais de Sport, Santa e Náutico no facebook, twitter e instagram em 10/05/2016

Pelo sexto ano o blog atualiza os dados das redes sociais oficiais de Náutico, Santa Cruz e Sport, apresentando um raio x sobre a evolução de usuários de cada um no facebook e no twitter. Neste ano, o instagram também foi adicionado, uma vez que agora os três clubes contam com perfis oficiais ativos. Somando as três redes, o total de torcedores envolvidos é de 3.180.006. Pela quarta vez em seis anos, a atualização de novos membros foi maior na rede de Mark Zuckerberg do que no microblog (438 mil x 283 mil). Naturalmente, há a duplicidade (ou triplicidade) de usuários, com um mesmo torcedor seguindo todas as redes do seu clube. O blog, por exemplo, segue os nove perfis!

Num comparativo entre os perfis alvirrubros, tricolores e rubro-negros, o Sport aparece muito à frente da soma dos rivais, com mais de um milhão nas duas maiores redes. Detém 59% dos usuários no face e 88% no twitter. No último ano essa análise apontava 68% e 91%, respectivamente. A diminuição se deve ao incremento nos perfis do Santa Cruz, que em ano cresceram mais de 100%, com atualização constante – fotos, vídeos, promoções, interações etc. Abaixo, um gráfico com os números oficiais agregados do Trio de Ferro, com dados levantados entre os meses de maio e junho das últimas seis temporadas (na lista de comentários, o quadro completo, com dados destrinchados).

Facebook
2011 – 10.612
2012 – 118.180 (+107.568, ou 1.013%)
2013 – 243.473 (+125.293, ou 106%)
2014 – 825.864 (+582.391, ou 239%)
2015 – 1.259.807 (+433.943, ou 52%)
2016 – 1.697.991 (+438.184, ou 34%)

Twitter
2011 – 34.746
2012 – 118.349 (+83.603, ou 240%)
2013 – 193.647 (+75.298, ou 63%)
2014 – 232.107 (+38.460, ou 19%)
2015 – 938.728 (+706.621, ou 304%)
2016 – 1.222.319 (+283.591, ou 30%)

Instagram
2016 – 259.696

G7 do Nordeste, uma realidade política, econômica e esportiva. Já a caminho

Bahia, Vitória, Náutico, Santa, Sport, Ceará e Fortaleza, o G7 do Nordeste. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Quais são os maiores clubes do Nordeste? Para responder a pergunta é preciso definir um recorte, naturalmente. Vamos lá, enumere sete. Para o tal G7 algum time tomaria o lugar na lista acima? Bahia e Vitória, Náutico, Santa Cruz e Sport, Ceará e Fortaleza. Os clubes mais populares da região, representantes dos três maiores centros de futebol, Salvador, Recife e Fortaleza. Donos de 11 dos 13 títulos regionais e com os melhores resultados nacionais, com histórico de disputa de títulos e eventuais conquistas. A tudo isso, considere também as maiores receitas, com o maior potencial de investimento técnico. Em 2015, os sete balanços somaram uma receita operacional de R$ 311 milhões.

R$ 89.330.000 – Bahia
R$ 87.649.465 – Sport
R$ 52.280.000 – Vitória
R$ 29.590.400 – Ceará
R$ 19.281.315 – Fortaleza
R$ 18.414.086 – Náutico
R$ 15.110.061 – Santa Cruz

Demorou, mas os dirigentes dos sete times se reuniram para uma demanda em bloco, fazendo valer a força de um nicho superior a 13 milhões de torcedores, segundo pesquisa do Ibope de 2014. Em um hotel no Recife, sem alarde, ocorreu um encontro com Arnaldo Barros (vice do Sport), Constantino Júnior (vice do Santa), Kleber Medeiros (vice de marketing do Náutico), Marcelo Sant’Ana (presidente do Bahia), Manoel Matos (vice do Vitória), Evandro Leitão (ex-presidente do Ceará) e Ênio Mourão (vice do Fortaleza).

A reunião não definiu um grupo à parte, como o Clube dos 13, com os times ainda representados pela Liga do Nordeste. O objetivo era propor. Conforme já comentado na imprensa, ocorreu uma articulação para reformular a Copa do Nordeste a partir de 2018. Vários modelos foram especulados, um deles considerando até uma segunda divisão. Ao podcast 45 minutos, Tininho comentou sobre o formato analisado, reforçando a ideia de expansão divisional:

Como é o Nordestão
20 clubes, com cinco grupos de quatro, quartas, semi e final (12 datas)

Como quer o G7
12 clubes, com turno único, semifinal e final (15 datas)

Nota-se um grupo formado por sete clubes querendo enxugar a competição para doze participantes. Logo, apenas cinco vagas ficariam “abertas” aos demais times da região. Ao menos numa primeira edição, composta através de um ranking histórico. Depois, normalizando, teria acesso e descenso anualmente.

O próprio grupo entende que a proposta, repassada à liga, pode ser rechaçada pela CBF, mas já aguarda a contraproposta para firmar uma composição. Questionado se essa postura, a la G12, não daria uma cara de “Copa União”, o dirigente reconheceu a semelhança, mas tratou de indicar a convergência para um critério técnico. O qual poderá englobar os sete maiores times nordestinos…

A experiência de Grafite, o craque do Campeonato Pernambucano de 2016

Grafite, o craque do Estadual 2016, no Troféu Lance Final. Foto: Santa Cruz/twitter (@SCFC_OFICIAL)

Grafite foi eleito o craque do Campeonato Pernambucano de 2016, na festa do Troféu Lance Final, a seleção oficial da competição. O experiente atacante, que já havia liderado o Santa no acesso à Série A e no título do Nordestão, também teve um papel importante no Estadual. Marcou apenas três gols, é verdade, mas o trabalho na frente, quebrando a marcação e abrindo espaço para os companheiros, fomentou inúmeros contragolpes, a marca registrada do time.

Uma curiosidade sobre o camisa 23 é a idade, 37 anos, completados em 2 de abril. Tornou-se o mais veterano a levar o prêmio principal. Superou Marcelinho Paraíba, que em 2012 foi eleito no fim dos seus 36 anos. Estava a apenas cinco dias do aniversário. Por outro lado, Vítor Júnior foi o mais jovem, eleito com apenas 20 anos em 2007 – hoje, tanto tempo depois, ainda não chegou aos 30. Relembrando todos os craques eleitos pela imprensa especializada no Troféu Lance Final, Bala e Kuki são os recordistas, com duas premiações.

Ah, com o Grafa, o Santa Cruz chegou a seis prêmios, liderando o quesito…

2016 – Santa Cruz, Grafite (atacante, 37 anos)
2015 – Santa Cruz, João Paulo (meia, 24 anos)
2014 – Sport, Neto Baiano (atacante, 31 anos)
2013 – Santa Cruz, Dênis Marques (atacante, 32 anos)
2012 – Sport, Marcelinho Paraíba (meia, 36 anos)
2011 – Santa Cruz, Tiago Cardoso (goleiro, 26 anos)
2010 – Sport, Eduardo Ramos (meia, 24 anos)
2009 – Náutico, Gilmar (atacante, 25 anos)
2008 – Sport, Romerito (meia, 33 anos)
2007 – Sport, Vítor Júnior (meia, 20 anos)
2006 – Santa Cruz, Carlinhos Bala (atacante, 26 anos)
2005 – Santa Cruz, Carlinhos Bala (atacante, 25 anos)
2004 – Náutico, Kuki (atacante, 33 anos)
2003 – Náutico, Kuki (atacante, 32 anos) 

Confira todas as seleções oficiais do Estadual, de 2003 a 2016, clicando aqui.