A seleção do blog para a votação do Campeonato Brasileiro de 2016

A seleção do blog de Cassio Zirpoli para a premiação oficial da CBF sobre o Brasileirão 2016

Apesar de o Campeonato Brasileiro ter sido criado em 1971, a CBF só foi organizar uma festa com os melhores da competição em 2005, quando o argentino Carlos Tévez, do Corinthians, foi eleito o craque, com folga. Para o Prêmio Brasileirão 2016, a entidade que comanda o futebol nacional habilitou 12 mil profissionais de imprensa de todo o país para a votação. Incluindo o blog, que apresenta aqui o registro do voto computado através de e-mail.

A votação vai até o dia 29 de novembro, com a cerimônia marcada para o dia 1º de dezembro, na sede da confederação, no Rio – portanto, antes da última rodada. Até hoje, na premiação oficial, apenas um jogador atuando em Pernambuco foi eleito. Vestindo a camisa do Náutico, o uruguaio Acosta fez 19 gols na edição de 2007, compondo o ataque. Por sinal, apesar das diversas formações possíveis, a eleição ainda segue a escalação padrão, 4-4-2.

Vamos aos votos do blog…

Dos onze titulares, dez estão presentes no G4. A exceção é Diego Souza, que, apesar de atuar como meia, chega à reta final como vice-artilheiro (13 gols).

Seleção
Vanderlei (Santos); Jean (Palmeiras), Vítor Hugo (Palmeiras), Réver (Flamengo) e Fábio Santos (Atlético-MG); Renato (Santos), Tchê Tchê (Palmeiras), Moisés (Palmeiras) e Diego Souza (Sport); Robinho (Atlético-MG) e Gabriel Jesus (Palmeiras)

Craque – Gabriel Jesus (Palmeiras)
Revelação – Vitor Bueno (Santos) 

Técnico – Cuca (Palmeiras)
Técnico revelação – Jair Ventura (Botafogo)

Classificação da Série A 2016 – 36ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 36 rodadas. Crédito: Superesportes

A 36ª rodada do Brasileirão foi encerrada na noite desta segunda-feira, com o jogo entre Corinthians e Internacional. Em São Paulo, o mandante visava o G6, enquanto o visitante lutava para sair do Z4. Muita gente de olho, sobretudo o Sport. Para os leoninos, o resultado acabou sendo excelente, Timão 1 x 0. Agora, para ficar, sem depender de resultados de terceiros, o Leão precisa de uma vitória. Enfrentará dois rebaixados (América e Figueirense), num bom cenário, sem falsa modéstia. Detalhe: mesmo que perca os dois jogos, o time pernambucano só seria rebaixado caso o Colorado vença seus dois compromissos, bem mais complicados (Cruzeiro e Fluminense). 

Para terminar o ano com um mínima de tranquilidade, resta melhorar o seu futebol, pois na derrota do Sport para o Atlético-PR faltou bastante. Também no domingo, o já rebaixado Santa Cruz empatou com o Atlético-MG, num cenário corriqueiro em sua campanha – ataque funcionando e defesa farrapando.

As maiores probabilidades de rebaixamento após 36 rodadas

As probabilidades de campanha para evitar o rebaixamento no Brasileirão 2016 após 36 rodadas

As projeções de sucesso nas pontuações finais para evitar o rebaixamento

As probabilidades de campanha para evitar o rebaixamento no Brasileirão 2016 após 36 rodadas

Para o título
O Palmeiras é o virtual campeão. Precisa de 1 ponto. Mesmo que perca nas últimas duas rodadas, só será vice caso o Santos ganhe as duas.

Para o rebaixamento
América, Santa e Figueirense estão rebaixados. Para a última vaga, três concorrentes: Inter, Vitória e Sport. Mirando o Vitória, o time gaúcho terá que terminar com um ponto a mais, devido ao saldo de gols. Mirando o Sport, o time gaúcho teria que vencer as duas e torcer para o leão não ganhar de ninguém. Ou seja, a chance do primeiro rebaixamento do Inter é enorme..

Sport – soma 43 pontos em 35 jogos (39,8%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 3 pontos em 2 rodadas
…ou 50.0%% de aproveitamento
Simulação mínima: 1v-0e-1d

A 37ª rodada dos representantes pernambucanos

26/11 (19h00) – América x Sport (Independência)
Histórico em Belo Horizonte pela elite: 2 jogos e 2 derrotas leoninas

27/11 (18h30) – Santa Cruz x Grêmio (Arruda)
Histórico no Recife pela elite: 3 vitórias corais, 3 empates e 3 derrotas

Os copos colecionáveis se espalham no futebol brasileiro. Já presentes no Recife

Copos colecionáveis. Crédito: M&L Sport Innovation/facebook (divulgação)

Mania na Copa do Mundo, os copinhos colecionáveis, exclusivos em cada jogo do torneio, voltaram nos Jogos do Rio de Janeiro, com modelos de todos os esportes presentes. Na compra de cerveja ou refrigerante, uma lembrança do evento, com torcedores colecionando os copos. Na Olimpíada, aliás, foram 42 tipos diferentes, cada um custando R$ 13. Ou seja, a coleção completa saiu por R$ 546. Com dois fortes exemplos, em 2014 e 2016, esse mercado passou a mirar nos clubes de futebol, que licenciaram colecionáveis de norte a sul.

Como no Mundial, existem copos exclusivos para cada jogo, em “lembranças oficiais” de rodadas do Brasileirão e de fases decisivas de outros campeonatos. Até a Seleção Brasileira entrou na onda, com copos nas Eliminatórias. Porém, também foram criadas versões a partir da história de cada clube. Aí, são incontáveis caminhos. Acima, alguns exemplos, como o título mundial do Inter, em 2006, o aniversário de 113 anos do Grêmio, e o tri do Palmeiras na Copa do Brasil. No Recife, alvirrubros, tricolores e rubro-negros já contam com seus primeiros modelos, lançados em situações (e objetivos) bem distintos.

Qual partida e/ou título você gostaria ver em um colecionável do seu clube?

Colecionável para ajudar os Aflitos
O Náutico lançou o primeiro modelo no jogo contra o Atlético-GO, em 28 de outubro. Na Arena Pernambuco, o copo de 550 ml saiu por R$ 20, o mais caro no Recife. Parte da arrecadação da primeira edição colecionável, produzida pela Gift Way, foi destinada à reforma dos Aflitos, através da campanha “Voltando pra casa”, estampada no copo.

Copo colecionável do Náutico. Crédito: divulgação

Copo mais barato e sustentabilidade no Arruda
No Nordeste, o pioneirismo coube ao Santa, que iniciou a comercialização, via Meu Copo Eco, contra o Flu, em 21 de agosto, no Arruda. Modelo mais barato no Trio de Ferro (R$ 5), o colecionável coral foi lançado com a curiosa opção de devolução, visando a sustentabilidade – o copo reutilizável evita, em tese, quatro copos descartáveis no chão. Na estreia da Sula foi apresentado outro modelo.

Copo colecionável do Santa Cruz. Crédito: divulgação

Estrelas douradas nos copos da Ilha
O Sport lançou logo dois modelos de uma vez, ambos por R$ 10. Baseado em seus principais títulos, “87 é nosso” e “2008 também”, os copos começaram a ser vendidos na Ilha do Retiro em 5 de outubro. No duelo contra o São Paulo. Os modelos foram produzidos pela M&L Sport Innovation, que já havia licenciado modelos de Grêmio, Cruzeiro, Palmeiras, Atlético-PR e Bahia.

Copo colecionável do Sport. Crédito: divulgação

A evolução da venda online, chegando a 70% na Ilha em 2016. 100% ao alcance?

Ingresso vendido pela internet para Sport x Cruzeiro, pela 35ª rodada da Série A 2016. Imagem: Sport/site oficial

Dos 21 mil ingressos vendidos (público geral) e reservados (sócios) de forma antecipada para Sport x Cruzeiro, pela 35ª rodada do Brasileirão, mais de 14 mil foram solicitados pela internet. Com 70% de ação online, o Sport registrou um recorde particular que expõe um novo momento no futebol pernambucano. Quatro meses atrás, também na Ilha, o jogo entre leoninos e palmeirenses teve 26 mil pessoas, com 15% de venda online. Até então, era o recorde. Essa ascensão da venda digital, em detrimento da venda física, é uma realidade.

Como mudou tão rápido? No caso rubro-negro, o momento atual para os associados adimplentes, com acesso liberado. Desde que seja feita a reserva, cuja ação, chamada de “check-in”, ocorre inicialmente, durante dois dias, pela web. E assim foram três partidas seguidas (Vitória, Ponte Preta e Cruzeiro) com mais de 20 mil pessoas garantidas com antecedência. Com o ingresso pago, mesmo para o sócio, o percentual seria menor? Possivelmente. Mas o X da questão nesta postagem é a quantidade de gente em condições de compras online (desktop ou smartphones), evitando filas e correria de última hora. Ganha o torcedor (comodidade) e o clube (receita prévia), além de inibir o cambismo.

Ainda no Recife, em conjunto com a Arena Pernambuco, o Náutico também vem condicionando o seu torcedor à compra antecipada sem a necessidade de comparecimento na bilheteria. No mesmo palco em São Lourenço, o confronto entre Brasil e Uruguai, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, foi visto por 45 mil espectadores, com 100% de venda online, em questão de horas. Há tecnologia, há público e, pelo visto, há também um crescente engajamento…

Percentual de ingressos vendidos/reservados pela internet na Ilha

70%, Sport x Cruzeiro (14,8 mil ingressos, em 16/11/2016)
15%, Sport x Palmeiras (3,1 mil ingressos, em 06/07/2016)

6%, média do clube em 2015

Classificação da Série A 2016 – 34ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 34 rodadas. Crédito: Superesportes

Santa e Sport venceram numa mesma rodada pela segunda vez neste Brasileirão. Curiosamente, contra os mesmos adversários, América e Grêmio, como já havia ocorrido no primeiro turno. Agora, os corais bateram o Coelho no Arruda e os leoninos golearam o tricolor gaúcho em Porto Alegre.

No caso tricolor, em termos de tabela, o resultado serviu apenas para largar a lanterna. No caso leonino, numa disputa viva contra o descenso, a vitória abriu cinco pontos sobre o Z4. Por sinal, nesta 34ª rodada, o Internacional foi o grande derrotado. Perdeu do Palmeiras no Allianz Parque. Revés na conta. Porém, os três concorrentes, Vitória, Coritiba e Sport, venceram, mesmo diantante de adversários brigando por Libertadores.

As dez maiores probabilidades de rebaixamento após 34 rodadas

As probabilidades de rebaixamento na Série A 2016 após 34 rodadas

Sport – soma 43 pontos em 34 jogos (42,2%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 3 pontos em 4 rodadas
…ou 25,0% de aproveitamento
Simulações mínimas: 1v-0e-3d e 0v-3e-1d

Para chegar a 44 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 1 ponto em 4 rodadas
…ou 8,3% de aproveitamento
Simulação mínima: 0v-1e-3d

Permanência: 98.0% (Infobola)

Santa Cruz – soma 27 pontos em 34 jogos (26,4%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura): não é mais possível
Para chegar a 44 pontos (rendimento atual do 16º): não é mais possível
Única possibilidade: vencer os quatro jogos, chegar a 39 pontos e torcer para que o Vitória perca os seus quatro jogos e que o Inter não some dois pontos

Permanência: 1.0% (Infobola) 

A 35ª rodada dos representantes pernambucanos 

16/11 (20h00) – Coritiba x Santa Cruz (Couto Pereira, Curitiba)
Histórico no Paraná pela elite: 1 vitória coral, nenhum empate e 2 derrotas

16/11 (20h45) – Sport x Cruzeiro (Ilha do Retiro)
Histórico no Recife pela elite: 7 vitórias leoninas, 7 empates e 5 derrotas

Forbes aponta os 50 clubes mais valiosos da América, com o Sport fechando a lista

A revista Forbes, uma das mais conceituadas em economia no mundo, costuma aventurar-se no âmbito esportivo, com listas de atletas mais bem pagos, clubes mais ricos, maiores audiências etc. Desta vez, a Forbes focou o mercado das Américas, apontando os 50 clubes valiosos. O ranking avaliou as 16 principais ligas dos três continentes, com mais de 150 clubes envolvidos.

Segundo a revista, “o ranking é elaborado a partir de quatro quesitos: os valores dos jogadores que pertencem a cada clube (não estão inclusos os atletas emprestados), as receitas com direitos de transmissão na televisão, o custo do estádio (caso pertença ao clube) e o valor da marca do clube”.

Número de clubes por país
17 – Estados Unidos
13 – Brasil
11 – México
4 – Argentina
3 – Canadá
1 – Colômbia
1 – Chile

A força da Major League Soccer. Além da maior média de público (acima de 21 mil torcedores), conta com 20 clubes no estudo, com pleno domínio norte-americano, com 17 equipes. Os canadenses, que também jogam a MLS (como ocorre na NBA), são representados por três equipes. O futebol brasileiro vem logo depois, mas com a vantagem de ocupar todo o pódio Historicamente, os times brasileiros já levavam vantagem em relação aos valores dos direitos econômicos dos jogadores – descontando as estrelas negociadas com os EUA.

Para a lista de 2016, o país acabou beneficiado também pelo “fator arena” (pós-Copa 2014), com os donos das novas e modernas Arena Corinthians, Allianz Parque e Arena do Grêmio no pódio. Talvez por não contar um estádio e o ter um centro de treinamento ainda sendo aparelhado, o Flamengo apareça apenas em 27º lugar, mesmo tendo a maior cota de tevê do Brasil. Entre os treze brasileiros cistados, apenas um nordestino, o Sport, que fecha o Top 50 do continente. A Forbes não detalhou o quadro pernambucano. Também surpreende a presença do América Mineiro, à frente. Neste caso, a posse da Arena Independência (utilizada inclusive pelos rivais Cruzeiro e Atlético) parece decisiva.

Justificavas da revista para (algumas) posições polêmicas
Argentinos – crise econômica, problemas de corrupção e disputas políticas
Santos – apesar da grande história, segue sem renovação em suas instalações

Abaixo, os 50 clubes listados, com os valores em dólar, a moeda utilizada pela revista, e em real, com a cotação de 7 de novembro (R$ 3,19 = US$ 1,00).

Os 50 clubes mais valiosos da América em 2016, segundo a revista Forbes

A premiação oficial do Brasileirão de 2011 a 2016, do campeão ao 16º colocado

Troféu do Campeonato Brasileiro da Série A. Foto: CBF/divulgação

A premiação oficial do Campeonato Brasileiro dobrou entre 2014 e 2016. Passou de R$ 30 milhões para R$ 60 milhões (quadro abaixo). Antes, o valor total esteve congelado durante três anos. A receita passou a ganhar fôlego sobretudo na edição vigente, com 67,5% de aumento, com verbas milionárias para 13 times.

Repassada pela CBF e bancada pela Rede Globo, a detentora dos direitos de transmissão da competição (de forma exclusiva até 2018), a premiação contempla do campeão ao 16º lugar, o primeiro time acima da zona de rebaixamento. Ou seja, a simples permanência na elite já vale R$ 700 mil na conta em dezembro, com evolução gradativa colocação por colocação.

Evolução da premiação total da Série A
2016/2015 – 67,5%
2015/2014 – 19,3%
2014/2013 – 0%
2013/2012 – 0%
2012/2011 – 7,1%
2011/2010 – 0% 

Os seis primeiros colocados (consequentemente, os classificados à Taça Libertadores da América, após a nova composição “G6”) recebem 78% de toda a premiação (ou R$ 44,7 mi). O grande campeão nacional de 2016 receberá R$ 7 milhões a mais que o Corinthians, o vencedor da última competição. 

Pernambucanos que receberam premiações
2015 – Sport/6º (R$ 1,4 milhão)
2014 – Sport/11º (R$ 600 mil)
2012 – Náutico/12º (R$ 500 mil)

Obs. Na caixa de comentários, veja as premiações dos clubes de 2010 a 2015.

Premiação oficial do Brasileirão (2016-2011). Arte: Cassio Zirpoli/DP (via infogram)

Probabilidades de título, Libertadores e permanência a 5 rodadas do fim da Série A

Faltando apenas cinco rodadas para o encerramento do Brasileirão, o blog traz as probabilidades calculadas por duas fontes tradicionais no quesito. O Infobola, com dados de Tristão Garcia, professor de engenharia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), através do seu departamento de matemática. O Chance de Gol, outro canal popular em probabilidades, não atualizou os seus dados até agora.

Com a classificação atualizada após 33 rodadas, vamos aos três principais pontos para definição da Série A 2016: chances de título (nas mãos do Palmeiras), de vaga na Libertadores (anteriormente, os sites calculavam o “G4”, mas se adaptaram ao “G6” após a ampliação oficializada pela Conmebol) e permanência na elite (ainda sem clubes matematicamente rebaixados).

Na briga para evitar o descenso, o Sport ganhou fôlego após vencer a Ponte e contar com tropeços dos concorrentes diretos, oscilando agora entre 90% e 92%. Quase lá. Já o Santa, em último lugar, aparece com no máximo 1%. 

Em relação à disputa pela Liberta, o Leão aparece com o 14º (e último) percentual de chance, ainda que seja irrisório (0,004%). De forma, também há chance de o G6 virar G7 após a Copa do Brasil, cuja final reúne Grêmio e Galo. Além de um possível título da Chapecoense na Sula, que abriria outra vaga. Apenas curiosidade, pois a luta é a do parágrafo anterior…

Os públicos internacionais no Recife, com 19 partidas oficiais entre 1968 e 2016

Sul-Americana 2016, oitavas: Santa Cruz 3 x 1 Independiente Medellín. Foto: Wellington Araújo/CBN Recife 105.7 FM

Com a participação do Santa Cruz na Sul-Americana de 2016, o Trio de Ferro completou o ciclo de disputas internacionais, com ao menos uma para cada rival pernambucano. Entretanto, até hoje, uma série de campanhas fracas, com um brilhareco em 2009. Com isso, a ocupação nas arquibancadas seguiu o mesmo ritmo, como comprova o primeiro jogo de um torneio interclubes da Conmebol no Arruda. O retrospecto no Grande Recife conta com 19 jogos, incluindo quatro clássicos, mas nenhum borderô chegou sequer a 30 mil espectadores. No geral, uma média de 13 mil pessoas, que cai consideravelmente no recorte da Sula, com times locais presentes em quatro temporadas consecutivas.

Eis os públicos oficiais de todos os jogos internacionais oficiais no Recife

Taça Libertadores da América (3 participações)
21/01/1968 – Náutico 1 x 3 Palmeiras – 8.004 (Ilha)
11/02/1968 – Náutico 1 x 0 Deportivo Gailicia (VEN) – 7.302 (Ilha)
14/02/1968 – Náutico 3 x 2 Deportivo Portugués (VEN) – 6.513 (Ilha)
02/07/1988 – Sport 0 x 1 Guarani – 27.860 (Ilha)
16/08/1988 – Sport 5 x 0 Alianza (PER) – 15.213 (Ilha)
23/08/1988 – Sport 0 x 0 Universitario (PER) – 22.628 (Ilha)
04/04/2009 – Sport 2 x 0 LDU (EQU) – 20.184 (Ilha)
08/04/2009 – Sport 0 x 2 Palmeiras – 19.386 (Ilha)
22/04/2009 – Sport 2 x 1 Colo Colo (CHI) – 20.050 (Ilha)
12/05/2009 – Sport (1) 1 x 0 (3) Palmeiras – 28.487 (Ilha)

Total – 175.627 torcedores em 10 jogos (média de 17.562)
Sport – 153.808 pessoas em 7 jogos (21.972)
Náutico – 21.819 pessoas em 3 jogos (7.273)

Copa Sul-Americana (6 participações)
20/08/2013 – Sport 2 x 0 Náutico – 16.125 (Ilha)
28/08/2013 – Náutico (1) 2 x 0 (3) Sport – 8.320 (Arena PE)
23/10/2013 – Sport 1 x 2 Libertad (PAR) – 17.575 (Arena PE)
28/08/2014 – Sport 0 x 1 Vitória – 6.025 (Ilha)
27/08/2015 – Sport 4 x 1 Bahia – 8.201 (Ilha)
23/09/2015 – Sport 1 x 1 Huracán (ARG) – 7.726 (Ilha)
24/08/2016 – Santa Cruz 0 x 0 Sport – 5.517 (Arena PE)
31/08/2016 – Sport 0 x 1 Santa Cruz – 6.570 (Arena PE)
28/09/2016 – Santa Cruz 3 x 1 Independiente (COL) – 5.474 (Arruda)

Total – 81.533 torcedores em 9 jogos (média de 9.059)
Sport – 62.222 pessoas em 6 jogos (10.370)
Santa – 10.991 pessoas em 2 jogos (5.495)
Náutico – 8.320 pessoas em 1 jogo (8.320)

Libertadores + Sul-Americana (9 participações)
Total – 257.160 torcedores em 19 jogos (média de 13.534)

Sport – 216.030 pessoas em 13 jogos (16.617)
Náutico – 30.139 pessoas em 4 jogos (7.534)
Santa – 10.991 pessoas em 2 jogos (5.495)

Libertadores e Sula simultâneas, com mudança à vista no calendário da CBF

Reunião da Conmebol para decidir o formato dos torneios continentais de 2017. Crédito: Conmebol/twitter (@conmebol)

A Conmebol reformulou os formatos e períodos de disputa de Taça Libertadores e da Copa Sul-Americana, numa mudança que será refletida no futebol brasileiro, cujo calendário oficial já foi divulgado pela CBF. Na sede da entidade, em Assunção, foi decidida (texto abaixo, em espanhol) a ampliação de Liberta, que agora irá de fevereiro a novembro, com 15 semanas a mais de duração (42 ao todo). Ou seja, a definição do representante no Mundial de Clubes acontecerá faltando um mês para o torneio da Fifa. Já a Sula finalmente acontecerá de forma paralela ao principal torneio interclubes do continente, durante seis meses, sendo finalizada em dezembro – como já ocorre. Iniciando antes, a Libertadores emulará a transição da Champions League para a Liga Europa, com os dez eliminados de melhor campanha, antes das oitavas de final, sendo incorporados à Sul-Americana. A partir de agora, então, um clube poderá chegar no fim do ano disputando o Brasileiro, a Copa do Brasil e um torneio internacional. Somente!

Segundo Alejandro Domínguez, o presidente da Conmebol, “as mudanças nos torneios de clubes da Conmebol surgem a partir de uma análise técnica e rigorosa das necessidades e características da América do Sul”.

Com a mudança, deve acabar, aleluia, a escolha dos brasileiros entre seguir na Copa do Brasil e disputar a Sula, que ocorrem juntas a partir das oitavas.

“Os clubes não deveriam ter que decidir entre competir o torneio nacional e o continental”, comentou Domínguez. A declaração parece direcionada à CBF, a única a praticar tal norma. Ou então aos times mistos escalados na Sula…

Com isso, as seis vagas da Sula oriundas do Brasileiro (as demais são via Nordestão e Copa Verde) tendem a ser diretas, do 7º ao 12º lugar, sem a necessidade de uma “fila de espera”, como ocorreu de 2013 a 2016 – com queixa recorrente no blog. Caberá à confederação brasileira, portanto, readequar o seu calendário, possivelmente por completo. De antemão, duas alternativas:

1) Qualquer clube poderia disputar a Copa do Brasil simultaneamente à Libertadores ou à Sul-Americana. Com as decisões em períodos próximos, as datas seriam revistas. Em vez de 3 ou 4 datas por fase, apenas 2, no limite. 

2) Os clubes seriam obrigados a fazer uma escolha prévia, entre a copa nacional e o torneio internacional, sem a necessidade de ir a campo e “perder” para confirmar a vaga. Porém, seguindo a afirmação de Domínguez, essa parece ser a vertente mais fraca.

No viés pernambucano, hoje, o Trio de Ferro precisa ficar atento. O Santa Cruz, na condição de campeão regional, já tem a pré-vaga (ou vaga?) para a Sula de 2017. Já o Sport deve buscar o 12º lugar na Série A para ficar na mesma situação. E o Náutico, caso suba, ficaria numa hipotética fila, aguardando desistências (caso os clubes tenham que optar, conforme a segunda alternativa). Complicado? Demais. É o saldo da mistura entre Conmebol e CBF.

Decisão da Conmebol sobre a Libertadores e a Sul-Americana de 2017