A bilheteria móvel do Santa Cruz dialoga com uma parcela considerável da torcida

A bilheteria móvel do Santa Cruz

Em temos de otimização da venda de ingressos para jogos de futebol, com compra online, prioridade aos sócios e vendas em pontos físicos descentralizados, o Santa Cruz recorreu a um formato bem antigo, visando as decisões em abril. O clube disponibilizou dois carros de som, um circulando na zona norte do Recife, e outro se revezando entre Olinda e Paulista. Ao todo, 26 bairros. Locais com histórico de forte presença coral. E aí está ponto-chave desta ideia, o diálogo com uma parcela menos favorecida da torcida.

Considerando o último raio-x da massa tricolor, produzido pelo Ibope, 74% da torcida recebe no máximo dois salários mínimos. Quase 1/3 é formado pelas classes D e E, nas quais o plano de sócios dificilmente alcança, nas quais o pagamento via cartão de crédito/débito dificilmente é possível, nas quais o deslocamento ao Arruda acaba gerando uma despesa extra. Por isso, a venda através de uma “bilheteria móvel”, somada a uma venda casada, com R$ 15 pelos bilhetes das semifinais do Campeonato Pernambucano (vs Salgueiro, 15/04) e da Copa do Nordeste (vs Sport, 30/04). Desconto de R$ 5.

Ponto para o tricolor, estimulando a sua torcida, que, como as demais do estado, segue devendo bastante nesta temporada.

Média de público do Santa Cruz em 2017
Estadual – 5.571 pessoas (5 jogos)
Nordestão – 9.851 pessoas (4 jogos)
Geral – 7.473 pessoas (9 jogos)

Torcida do Santa Cruz por classe social (Ibope 2014)
A/B: 265.206 (ou 12% dos torcedores)
C: 1.237.629 (ou 56% dos torcedores)
D/E: 707.216 (ou 32% dos torcedores)

As localidades da bilheteria móvel do Santa Cruz

Antes do mata-mata, Estadual registra 112 mil torcedores e renda de R$ 1,1 milhão

Pernambucano 2017, 10ª rodada: Santa Cruz 1x2 Náutico. Foto: Rafael Brasileiro/DP

Após 91% da tabela programada, ou 87 de 95 jogos, o Campeonato Pernambucano de 2017 registra uma média de 1,4 mil pessoas. Baixíssima, com apenas duas partidas acima de dez mil espectadores. Após mais um clássico esvaziado, desta vez com 5.055 espectadores, para Santa 1 x 2 Náutico, a competição finalmente chega à hora da verdade. Serão oito jogos decisivos, com quatro nas semifinais, dois na disputa de terceiro lugar e dois na final. É a chance concreta para evitar a pior média de público da história, desde que a federação passou a contabilizar o dado oficial, há 27 anos.

Para não ficar atrás da edição de 1997, que encerrou com 2.080 testemunhas, é preciso somar ao menos 68.081 pessoas nos jogos restantes – com isso, alcançaria 2.081. Com o torneio à vera, é até provável que se estabeleça o necessário índice de 8.510 no período. Entretanto, o quadro mostra que a maior parte da competição segue pouco atrativa. Em relação à arrecadação, também aquém, a FPF tem direito a 8% da renda bruta de todos os jogos. Logo, do apurado de R$ 1,1 milhão, a federação já arrecadou R$ 91.704.

Os 5 maiores públicos no Pernambucano 2017
12.408 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (Arruda, 18/02)
10.221 – Sport 1 x 1 Santa Cruz (Ilha, 26/03)
6.419 – Náutico 2 x 1 Sport (Arena, 05/03)
5.055 – Santa Cruz 1 x 2 Náutico (Arruda, 10/04) 
5.015 – Santa Cruz 1 x 2 Salgueiro (Arruda, 02/03)

Dados até a 10ª rodada do hexagonal do título e a 10ª rodada da permanência:

1º) Santa Cruz (5 jogos como mandante, no Arruda)
Público: 27.856 torcedores
Média de 5.571
Renda: R$ 248.840
Média de R$ 49.768  

2º) Sport (5 jogos como mandante, na Ilha do Retiro)
Público: 24.589 torcedores
Média de 4.917 
Renda: R$ 311.325
Média de R$ 62.265 

3º) Náutico (5 jogos como mandante, na Arena Pernambuco)
Público: 15.287 torcedores
Média de 3.057 
Renda: R$ 226.010
Média de R$ 45.202 

4º) Salgueiro (8 jogos como mandante, no Cornélio de Barros)
Público: 19.019 torcedores
Média de 2.377  
Renda: R$ 76.974  
Média de R$ 9.621   

5º) Central (8 jogos como mandante; 3 no Antônio Inácio, 2 no Lacerdão, 1 na Arena, 1 no Carneirão e 1 no Arruda)
Público: 8.573 torcedores
Média de 1.071  
Renda: R$ 116.750  
Média de R$ 14.593  

6º) Belo Jardim (8 jogos como mandante; 5 no Antônio Inácio, 2 no Arruda e 1 na Arena)
Público: 3.572 torcedores
Média de 446 
Renda: R$ 26.522 
Média de R$ 3.315 

Geral – 79* jogos (1ª fase, hexagonal do título e hexagonal da permanência)
Público total: 112.966 
Média: 1.429 pessoas
Arrecadação: R$ 1.146.311  
Média: R$ 14.510  
* Mais 8 jogos ocorreram de portões fechados 

Fase principal – 30 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 86.631 
Média: 2.887 pessoas
Arrecadação total: R$ 917.155  
Média: R$ 30.571  

Podcast – As semifinais do Estadual 2017

O Clássico das Emoções no Arruda, com vitória timbu, encerrou o hexagonal do Pernambucano de 2017. Definiu o emparelhamento da semifinal, cujo G4 já estava definido há tempos. Com o Salgueiro x Santa e Náutico x Sport, o torneio ‘começa’ de verdade. São quatro jogos até o título, sem espaço para times alternativos e foco minimizado. O 45 minutos analisou o chaveamento, com os destaques e problemas de cada um, até porque a disputa já começa neste fim de semana. Como Bahia e Vitória estão envolvidos no Nordestão com os rivais do Recife, também passamos pelo campeonato baiano.

Neste podcast, de 1h34, estou com Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Análise da semifinal pernambucana de 2017 – Salgueiro com a decisão em casa

Pernambucano 2017, 5ª rodada: Santa Cruz 1 x 2 Salgueiro. Foto: Rafael Martins/DP

Foi a melhor campanha da história do Salgueiro no hexagonal do título, com 76% de aproveitamento. Assegurou a liderança com duas rodadas de antecedência. Hoje, já tem uma boa ótima pontuação até projetando uma decisão do campeonato em casa – cujo mando será definido na soma do hexagonal e da semi. Leva o peso do futebol do interior, até hoje sem o título pernambucano. Mas leva com responsabilidade, sendo o único com elenco regular e com campo apto para receber o Trio de Ferro. Seu treinador, Evandro Guimarães, está lá há quase um ano.

Há duas edições, ficou bem pertinho da taça, numa decisão com apenas um gol – Anderson Aquino, do Santa. Em 2017, chega mais consolidado, com nomes já conhecidos do futebol pernambucano, como Rodolfo Potiguar, Moreilândia e Tamandaré. Este conjunto é a força do clube sertanejo, que mantém a figura de azarão mesmo com a campanha realizada, ao menos na visão do blog. No hexagonal, não perdeu no Recife, com duas vitórias (Náutico e Santa) e um empate (Sport). Tal desempenho como visitante será essencial para turbinar o seu mando, com um sol daqueles.

Desempenho na semifinal (2010/2016): 4 participações e 1 classificação
Vs Santa Cruz na semifinal: 1 confronto (2012) e 1 eliminação

O esquema tático sertanejo explora as laterais, sobretudo a direita. Fora de casa, jogada bem fechado, com Potiguar avançando menos que de costume

Formação básica do time titular do Salgueiro no Estadual de 2017. Crédito: this11.com com arte de Cassio Zirpo/DP

Destaque
Valdeir. O meia-atacante terminou o hexagonal como vice-artilheiro, com 4 gols. E mostrou bom futebol contra o Trio de Ferro, nos jogos que realmente importam na fase. Aos 25 anos, pode se útil até num centro maior.

Aposta
Willian Lira. O centroavante de 1,85m soma seis gols no Estadual, sendo quatro na 1ª fase e dois no hexagonal. Tem presença de área, sendo bastante procurado por Tamandaré, com forte jogada na linha de fundo.

Ponto fraco
Reposição. Dos quatro semifinalistas, é o time com menos opções de mudança, técnica e tática. A equipe é entrosada, mas em caso de lesão ou suspensão, pode apresentar uma fragilidade além da tolerável.

Campanha no hexagonal (10 jogos)
23 pontos (líder)
7 vitórias (1º que mais venceu)
2 empates (4º que mais empatou)
1 derrota (quem menos perdeu)
17 gols marcados (2º melhor ataque)
6 gols sofridos (melhor defesa)

Melhor apresentação: Santa Cruz 1 x 2 Salgueiro, em 2 de março, no Arruda.

Análise da semifinal pernambucana de 2017 – Náutico com reorganização tática

Pernambucano 2017, 6ª rodada: Náutico 2 x 1 Sport. Foto: Paulo Paiva/DP

Pressionado por títulos, num jejum de quase 13 anos, o Náutico apostou bastante no primeiro semestre, tanto no Estadual quanto no Nordestão. Após um bom início, caiu bastante de rendimento, resultando numa eliminação precoce na Copa do Brasil, que custou R$ 375 mil ao clube. A consequência direta foi troca de técnico, saindo Dado Cavalcanti e chegando Milton Cruz. Com pouco tempo, o novo profissional reorganizou a equipe. Não deu tempo de evitar outra queda, no regional, mas trouxe fôlego à fase decisiva local.

Na semifinal, cujo formato chega à oitava edição, o time alvirrubro só avançou em duas oportunidades, em 2010 e 2014. Ao vencer Sport e Santa em sequência nesta temporada, o Náutico trouxe um fato novo à torcida – afinal, não ganhava há quase três anos do leão e havia perdido de forma categórica do tricolor na última semi. Parte disso deve-se a Erick, prata da casa. Aliás, outros jogadores oriundos do CT Wilson Campos compõe o time, saindo do padrão de temporadas anteriores, sem sucesso. Para a fase decisiva, a velocidade deve ser uma boa arma. Até mesmo pelo desgaste dos principais rivais, que estarão envolvidos em outras competições. Tempo, terá.

Desempenho na semifinal (2010/2016): 6 participações e 2 classificações
Vs Sport na semifinal: 2 confrontos (2011 e 2012) e 2 eliminações

O esquema tático timbu tem uma espécie de losango no meio-campo. Rodrigo Souza voltou a ser o primeiro volante, onde sempre rendeu mais. 

Formação básica do time titular do Náutico no Estadual de 2017. Crédito: this11.com com arte de Cassio Zirpo/DP

Destaque
Marco Antônio. O meia é o único do elenco que já foi campeão pelo alvirrubro, em 2004. No ano passado, a sua chegada quase resultou no acesso. Neste ano, cumpre o papel de comandar o time, mais recuado, mais cadenciado.

Aposta
Erick. O atacante de 19 anos veio da Copa SP, ganhou uma chance e não largou. Hoje, é o principal nome no ataque, rendendo inclusive nos clássicos (3 gols). Essa personalidade já o transforma em revelação do Estadual.

Ponto fraco
Defesa. A dupla de zagueiros ainda não encaixou, sobretudo por causa de Ewerton Páscoa, que não traz segurança. No gol, Tiago Cardoso vem oscilando, mas espera-se dele o desempenho em mata-matas visto no rival.

Campanha no hexagonal (10 jogos)
18 pontos (2º lugar)
5 vitórias (2º que mais venceu)
3 empates (3º que mais empatou)
2 derrotas (3º que menos perdeu)
15 gols marcados (3º melhor ataque)
9 gols sofridos (3ª melhor defesa)

Melhor apresentação: Náutico 2 x 1 Sport, em 5 de março, na Arena.

Análise da semifinal pernambucana de 2017 – Sport enfim com força máxima

Pernambucano 2017, 1ª rodada: Sport 3 x 0 Central. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Em dez jogos disputados no hexagonal, o Sport usou formações alternativas em seis. Em um desses, no empate com o Salgueiro na Ilha, utilizou apenas juniores. Por isso, o rendimento do Sport no Estadual pode ser bem enganoso. Tecnicamente, o time está à frente dos adversários – o que nos últimos anos não resultou em taças, diga-se. Somente no setor ofensivo, o investimento é de quase R$ 15 milhões. E chega à semifinal em seu melhor momento na temporada, após boas vitórias sobre Campinense e Danubio, em mata-matas, num grau de pressão diferenciado. Ou seja, as apresentações em outros torneios fomentam a análise sobre o leão, agora treinado por Ney Franco.

Curiosamente, a saída de Daniel Paulista aconteceu no próprio Campeonato Pernambucano, após o empate com os reservas do Santa, em casa. Até ali, por mais que o time alcançasse as metas no ano, o futebol não vinha evoluindo. Portanto, aliar qualidade técnica à competitividade é a principal tarefa do novo comandante, até por encarar um clássico já na semifinal – em quatro jogos deste porte disputados até aqui, nenhuma vitória. Com apenas um título pernambucano nesta década, em 2014, o Sport passa a “priorizar” a competição a partir de sua fase decisiva. A falta de foco não será desculpa.

Desempenho na semifinal (2010/2016): 7 participações e 6 classificações
Vs Náutico na semifinal: 2 confrontos (2011 e 2012) e 2 classificações

O esquema tático leonino sofreu ajustes com a chegada de Ney Franco. A maior foi no meio, com a entrada de Fabrício e o recuo de Everton Felipe

Formação básica do time titular do Sport no Estadual de 2017. Crédito: this11.com com arte de Cassio Zirpo/DP

Destaque
Diego Souza. Embora tenha jogado poucas vezes no Estadual, devido ao planejamento do time, o meia se destacou nas outras frentes, Nordestão e Copa do Brasil. Tanto na criação quanto na conclusão, é a maior arma.

Aposta
André. Foi o maior investimento leonino no ano, R$ 5,2 milhões, mas ainda não deslanchou. Por outro lado, o atacante começou a ser mais utilizado sob o comando de Ney Franco. A evolução da equipe pode refletir no centroavante.

Ponto fraco
Marcação. Com seguidos testes nas laterais e na composição dos volantes, o Sport ainda não passa segurança no setor, hoje ocupado por uma revelação de 18 anos – justamente porque o contratado, Rodrigo, ainda não rendeu.

Campanha no hexagonal (10 jogos)
17 pontos (3º lugar)
4 vitórias (3º que mais venceu)
5 empates (1º que mais empatou)
1 derrota (quem menos perdeu)
14 gols marcados (4º melhor ataque)
8 gols sofridos (2ª melhor defesa)

Melhor apresentação: Sport 3 x 0 Central, em 28 de janeiro, na Ilha do Retiro.

Análise da semifinal pernambucana de 2017 – Santa e a força defensiva pelo tri

Pernambucano 2017, 7ª rodada: Santa Cruz 5 x 1 Central. Foto: Peu Ricardo/Esp. DP

O Santa Cruz passou por uma grande reformulação no elenco. Do time campeão estadual e regional em 2016, apenas os laterais Tiago Costa e Vítor permaneceram após o descenso na Série A. Até o ídolo Tiago Cardoso saiu, com o ex-alvirrubro Júlio César ocupando (e bem) a vaga. Com Vinícius Eutrópio à frente do processo, o tricolor surpreendeu, mostrando competitividade rapidamente. Avançou em duas frentes, chegando às semis do Pernambucano e do Nordestão. Embora tenha adversários com mais receita e elenco nos torneios, o Santa também se faz presente para buscar novas taças. Com uma equipe inferior àquela do primeiro semestre anterior.

Hoje, está com a defesa estabilizada, o que só ocorreu após a entrada de Anderson Salles na vaga de Jaime – para completar, o zagueiro tornou-se a principal arma ofensiva, com uma bola parada calibradíssima. Embora o time tenha sofrido 10 gols, pode-se avaliar o desempenho a partir do regional, onde não poupou ninguém. Na Lampions, tomou apenas 2 em 8 jogos. Já o ataque é o empecilho nos dois torneios. Pitbull é única certeza, com seguidos testes. O tricolor até teve o ataque mais positivo no hexagonal, mas foram 13 gols diante de Central e Belo Jardim. Contra os demais, os classificados, enfrentou dificuldades. Encontrando uma solução, abre-se o caminho para o tri.

Desempenho na semifinal (2010/2016): 7 participações e 5 classificações
Vs Salgueiro na semifinal: 1 confronto (2012) e 1 classificação

O esquema tático coral é sustentado pela força dos volantes, jogadores de confiança de Eutrópio. Com David e Elicarlos retendo a bola, cresce a chance

Formação básica do time titular do Salgueiro no Estadual de 2017. Crédito: this11.com com arte de Cassio Zirpo/DP

Destaque
Anderson Salles. Com 4 gols de falta, 2 bolas no travessão e outras tentativas com perigo, o zagueiro vem mostrando um aproveitamento impressionante na bola parada rente à área, sendo elogiado até por Juninho Pernambucano.

Aposta
Léo Costa. O meia começou o ano como o principal nome tricolor, tanto na criação de jogadas quanto nos arremates de média distância. Depois, queda técnica e lesão. Perdeu espaço, mas pode ser ‘o organizador’ do ataque.

Ponto fraco
Éverton Santos. Parecia uma boa indicação – considerando custo/benefício -, mas ainda não rendeu o esperado. O artilheiro do hexagonal é o ponto fraco?! Sim. Dos 5 gols, 4 foram diante do Central, o que muda a leitura.

Campanha no hexagonal (10 jogos)
16 pontos (4º lugar)
4 vitórias (3º que mais venceu)
4 empates (2º que mais empatou)
2 derrotas (2º que menos perdeu)
19 gols marcados (melhor ataque)
10 gols sofridos (4ª melhor defesa)

Melhor apresentação: Santa Cruz 5 x 1 Central, em 18 de março, no Arruda.

Ranking dos pênaltis e das expulsões (10)

Pernambucano 2017, 10ª rodada: Central 1 x 3 Sport. Crédito: Rede Globo/reprodução

Na última atualização das listas levantadas pelo blog, com pênaltis e expulsões no Estadual 2017, o Sport tomou a dianteira no ranking de pênaltis a favor. Na 10ª rodada, o rubro-negro teve uma penalidade marcada (e convertida por Lenis) no último lance do jogo contra o Central, no Arruda. Terminou o ranking com quatro marcações, embora tenha desperdiçado duas.

A situação mais curiosa foi a do Salgueiro, que não viu um pênalti sequer em seus jogos. Nem a favor nem contra. Apesar da “participação insossa” do Carcará neste contexto, este hexagonal foi o recordista em penalidades assinaladas, com cinco a mais que o recorde anterior. Lembrando que o blog só enumera as marcações na fase principal (turno ou hexagonal).

Hexagonal
2014 – 6 pênaltis e 6 vermelhos
2015 – 7 pênaltis e 11 vermelhos
2016 – 9 pênaltis e 11 vermelhos
2017 – 14 pênaltis e 7 vermelhos

Vamos à atualização das duas listas levantadas pelo blog após 30 jogos.

Pênaltis a favor (14)
4 pênaltis – Sport (desperdiçou 2)
3 pênaltis – Santa Cruz (desperdiçou 1) e Náutico (desperdiçou 1)

2 pênaltis – Belo Jardim e Central
Sem penalidade – Salgueiro

Pênaltis cometidos (14)
5 pênaltis – Belo Jardim (defendeu 1) e Central (defendeu 1)
2 pênaltis – Santa Cruz 
1 pênalti – Náutico (defendeu 1) e Sport

Sem penalidade – Salgueiro

Cartões vermelhos (7)
1º) Salgueiro – 2 adversários expulsos; 1 vermelho
2º) Sport e Náutico – 2 adversários expulsos; 1 vermelho

4º) Santa Cruz – 1 adversário expulso, 2 vermelhos
5º) Central e Belo Jardim – nenhum adversário expulso; 1 vermelho  

Confira os rankings anteriores, de 2009 a 2016, clicando aqui.

Salgueiro x Santa e Náutico x Sport, as semifinais do Pernambucano de 2017

Semifinais do Pernambucano de 2017: Salgueiro x Santa Cruz e Náutico x Sport. Arte: Cassio Zirpoli/DP

As semifinais do Campeonato Pernambucano de 2017 reúnem, sem surpresa, os clubes que mais disputaram essa fase do torneio, cujo formato foi implantado em 2010. Até hoje, apenas Santa e Sport participaram de todos os mata-matas. Por sinal, dividem também os títulos no período, com larga vantagem coral, 5 x 2. Além disso foram quatro finais, vencidas pelo tricolor.

Curiosamente, em seis anos sequer precisaram da melhor campanha na fase classificatória para ficar com a taça. O tricolor, aliás, nunca encerrou a primeira etapa na liderança, mostrando força na hora da verdade. A exceção foi justamente no primeiro ano. Em 2010, o Sport foi o melhor de ponta a ponta, quando sagrou-se pentacampeão. Desde então, o copeirismo reina.

As melhores campanhas da fase classificatória do Pernambucano e as campanhas dos campeões de 2010 a 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Seguindo no retrospecto estadual, o Náutico já liderou três vezes a primeira fase, mas ainda não conquistou o título neste formato – por sinal, é o clube, entre o G4, há mais tempo sem disputar a decisão, três anos (quadro abaixo). Quanto ao Salgueiro, fica o ‘peso’ da liderança. Disputando a semi pela 4ª vez seguida, o Carcará pode quebrar dois tabus. Seria o campeão troféu do interior e o primeiro campeão de ponta a ponta em sete anos. Acredita?

As campanhas no mata-mata do Estadual de 2010 a 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

As semis de 2017 repetem os confrontos de 2012. Na ocasião, o Santa tirou o Salgueiro (no saldo) e o Sport eliminou o Náutico (fez quatro pontos). Em jogo agora, além do título, estão três vagas na Copa do Brasil e outras três no Nordestão de 2018. Não há premiação extra além da cota de tevê já paga, com R$ 950 mil aos grandes e R$ 110 mil aos intermediários, cada.

Análise dos semifinalistas: Salgueiro, Náutico, Sport e Santa Cruz.

Qual será a final do Pernambucano de 2017?

  • Santa Cruz x Sport (39%, 617 Votes)
  • Salgueiro x Sport (34%, 545 Votes)
  • Santa Cruz x Náutico (18%, 285 Votes)
  • Salgueiro x Náutico (9%, 136 Votes)

Total Voters: 1.581

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Confira mais detalhes sobre a rodada final do hexagonal clicando aqui.

Resumo da 10ª rodada do Pernambucano

Pernambucano 2017, 10ª rodada: Santa Cruz x Náutico, Central 1x3 Sport e Salgueiro 3x1 Belo Jardim: Crédito: Ricardo Fernandes/DP (clássico), Williams Aguiar/Sport Club do Recife e Rede Globo/reprodução

O G4 do hexagonal do Campeonato Pernambucano foi o mesmo da 1ª até a 10ª rodada. Desde a 8ª a composição já estava confirmada para a semifinal, restando o emparelhamento do mata-mata. Numa rodada final desmembrada, em mais uma ação questionável da FPF, a fase classificatória só acabou na noite de segunda-feira, num jogo isolado. Diante de apenas 5.055 pessoas no Arruda, o Timbu venceu mais um clássico, o terceiro no ano. Surpreendeu a escolha? Quanto ao derrotado Santa, vai mais uma vez ao interior, como em 2011 (Porto), 2012 (Salgueiro) e 2015 (Central). Sempre passou.

Nos 30 jogos realizados esta fase do #PE2017 saíram 79 gols, com média de 2,63. Em relação à artilharia, com a FPF considerando os dados do hexagonal e do mata-mata, Éverton Santos (Santa) lidera com 5 gols.

As semifinais do Pernambucano: Salgueiro x Santa Cruz e Náutico x Sport .

Central 1 x 3 Sport – O time reserva do leão não fez uma boa apresentação. Ainda assim, venceu, com três gols de atacantes (Juninho, Leandro e Lenis).

Salgueiro 3 x 1 Belo Jardim – De virada, o misto do Carcará chegou a sete vitórias no hexagonal, em sua melhor campanha no formato. Líder disparado

Santa Cruz 1 x 2 Náutico – Na segunda, o clássico definiu o emparelhamento do Estadual. O tricolor teve volume de jogo, mas o timbu foi mais organizado.

Destaque: Erick. O atacante timbu marcou o 3º gol em clássicos no Estadual. E ainda sofreu o pênalti. Aos 19 anos, já é a revelação do torneio.

Carcaça: Pitbull. Desta vez, o centroavante coral decepcionou. Se no Nordestão esteve isolado, no clássico se apresentou pouco na partida.

Tabela das semifinais:
Ida
15/04 (18h30) – Santa Cruz x Salgueiro, Arruda (Premiere)
16/04 (16h00) – Sport x Náutico, Ilha do Retiro (Globo)

Volta
22/04 (19h00) – Salgueiro x Santa Cruz, Cornélio de Barros (Premiere)
23/04 (16h00) – Náutico x Sport, Arena Pernambuco (Globo)

Obs. No mata-mata não há vantagem para a melhor campanha (a não ser o segundo jogo em casa). Logo, nada de resultados iguais ou gol qualificado.

A classificação final do hexagonal do título do Estadual de 2017

A classificação do hexagonal do título do Pernambucano 2017 após 10 rodadas: Crédito: Superesportes