Em temos de otimização da venda de ingressos para jogos de futebol, com compra online, prioridade aos sócios e vendas em pontos físicos descentralizados, o Santa Cruz recorreu a um formato bem antigo, visando as decisões em abril. O clube disponibilizou dois carros de som, um circulando na zona norte do Recife, e outro se revezando entre Olinda e Paulista. Ao todo, 26 bairros. Locais com histórico de forte presença coral. E aí está ponto-chave desta ideia, o diálogo com uma parcela menos favorecida da torcida.
Considerando o último raio-x da massa tricolor, produzido pelo Ibope, 74% da torcida recebe no máximo dois salários mínimos. Quase 1/3 é formado pelas classes D e E, nas quais o plano de sócios dificilmente alcança, nas quais o pagamento via cartão de crédito/débito dificilmente é possível, nas quais o deslocamento ao Arruda acaba gerando uma despesa extra. Por isso, a venda através de uma “bilheteria móvel”, somada a uma venda casada, com R$ 15 pelos bilhetes das semifinais do Campeonato Pernambucano (vs Salgueiro, 15/04) e da Copa do Nordeste (vs Sport, 30/04). Desconto de R$ 5.
Ponto para o tricolor, estimulando a sua torcida, que, como as demais do estado, segue devendo bastante nesta temporada.
Média de público do Santa Cruz em 2017
Estadual – 5.571 pessoas (5 jogos)
Nordestão – 9.851 pessoas (4 jogos)
Geral – 7.473 pessoas (9 jogos)
Torcida do Santa Cruz por classe social (Ibope 2014)
A/B: 265.206 (ou 12% dos torcedores)
C: 1.237.629 (ou 56% dos torcedores)
D/E: 707.216 (ou 32% dos torcedores)