O favoritismo era todo do Santa Cruz, invicto há 18 jogos, com o melhor ataque da competição e diante de um rival combalido, sem poder ofensivo, imerso numa duradoura crise técnica. Mas no futebol o clássico equilibra as ações, e o próprio tricolor, nos primeiros anos de sua retomada, é prova viva disso. Com autoridade, o Sport venceu no Arruda, por 1 x 0, e conquistou a sua primeira vitória na Série A, deixando a última colocação e mostrando um ímpeto que dá alguma esperança para o torcedor nas próximas apresentações.
Mesmo em casa, esperava-se um Tricolor com menos posse de bola, armado para os contragolpes. Vem sendo assim desde a chegada de Milton Mendes. Só não foi outra vez por causa do gol marcado por Edmílson logo aos oito minutos. De bico, Diego Souza deixou o atacante cara a cara com Tiago Cardoso. Ganhou na dividida e mandou para as redes, chegando ao seu primeiro gol no clube em sua terceira finalização – havia chutado duas vezes contra o Corinthians. O antecessor, Vinícius Araújo, passou 213 minutos sem finalizar.
Em vantagem, o Leão ganhou o mínimo de calma necessária para jogar em um campeonato tão disputado. Sem afobação, esperando o rival, que fatalmente sairia de sua característica. Dito e feito, com o tricolor tendo 51,7% de posse na primeira etapa – até então, sempre tinha menos. Se já não parecia ser a noite do Santa, a expulsão do estreante Roberto – o lateral-esquerdo tomou dois amarelos -, aos 26 do segundo tempo, só tornou a situação inglória.
Em todo o jogo, os corais só acertaram a meta de Magrão uma vez. Grafite, de contrato renovado até o fim de 2017, esteve bem cercado por Durval. Do outro lado, um massacre, com dez bolas contra o goleiro coral, que hora salvou, hora apenas torceu, como nas bolas na trave de Gabriel Xavier e Everton Felipe. Lances já na reta final, com o esquema de contra-ataques (do Sport) encaixado e com DS87 ditando ritmo. O placar magro saiu barato para o mandante. No primeiro Clássico das Multidões na elite em quinze anos, o Sport impôs outra marca. Voltou a ficar em vantagem no número de vitórias no Arruda: 51 x 50.
O segundo gol do Santa Cruz na goleada sobre o Cruzeiro, anotado por Grafite, foi eleito pela CBF como o mais bonito da 3ª rodada da Série A. Foi a segunda vez que o camisa 23 do tricolor foi eleito, pois já tinha vencido a votação na rodada de abertura. E foi realmente um golaço, ganhando a disputa do zagueiro Bruno Rodrigo e tocando com extrema categoria na meta de Fábio.
O gol do Grafa teve 51% dos votos, segundo a enquete promovida na página oficial da confederação no facebook, numa disputa Guilherme (30%) e Bruno Henrique (19%), ambos do Corinthians, na goleada sobre a Ponte.
Reveja o primeiro gol da rodada, na goleada sobre o Vitória, clicando aqui.
Em apenas quatro rodadas no Brasileiro, sete pontos já separam tricolores e rubro-negros. Enquanto o Santa empatou com a Chapecoense, fora, o Sport perdeu do Corinthians, em casa. Apesar da saída da liderança – agora dividida entre os arquirrivais Grêmio e Internacional -, os corais se mantêm no G4, ganhando em casa e empatando fora. Pontuando sempre até aqui. Focando o objetivo inicial do clube, já são cinco pontos de vantagem sobre o Z4.
Lá, na zona de rebaixamento, o time leonino seguem afundando, agora na lanterna. Somente uma grande combinação de resultados pode tirá-lo já na próxima rodada. Para tanto, teria que vencer o seu jogo, fora de casa, e torcer por empates de Figueirense, América e Cruzeiro e derrota do Atlético-PR. Por sinal, o jogo em questão é justamente o clássico local, num choque de contrastes com o cenário bem mais favorável ao Santa.
A 5ª rodadas dos representantes pernambucanos:
01/06 (21h00) – Santa Cruz x Sport (Arruda) Histórico com mando coral: 2 vitórias do Santa, 3 empates e 4 vitórias do Sport
Até hoje foram treze Clássicos das Multidões na elite. Relembre aqui.
Confrontos pernambucanos na Série A (1971-2015) 20 – Clássico dos Clássicos 17 – Clássico das Emoções 13 – Clássicos das Multidões
No Brasileirão, cada clube recebe 23 passagens aéreas para os deslocamentos durante a competição, exceção feita aos clássicos municipais. Por uma questão de contrato, apenas voos da Gol, patrocinadora da edição de 2016. Entretanto, a companhia reduziu os voos diretos, fazendo com que algumas rotas necessitem de escalas e conexões em demasia. Aos clubes pernambucanos, que já largam liderando o ranking de viagens, essa mudança torna ainda mais difícil a missão.
Por duas vezes nesta temporada, em maio, o Santa Cruz se viu obrigado a fretar um voo para otimizar o tempo. Primeiro na Copa do Brasil, no dia 11, onde a rota Recife/Vitória da Conquista tornou-se inviável pelo modelo da CBF. Em um investimento na casa dos R$ 100 mil, a delegação foi e voltou rapidamente. Na ocasião, o time se classificou à terceira fase, ganhando uma cota de R$ 660 mil. Retorno imediato. Para o dia 28, contra a Chape, uma situação ainda pior.
Roteiro operacional da CBF: voo Recife-Florianópolis, com escala em Brasília e conexão em São Paulo. Da capital catarinense, 552 quilômetros de ônibus até Chapecó. Total: 16 horas.
Roteiro operacional do Santa: voo Recife-Campinas, fretando um avião (da Azul, concorrente) até o Aeroporto Serafin Enoss, em Chapecó. Total: 6 horas.
Com a logística coral na ida e na volta, foram 20 horas a mais de descanso num período com dois jogos por semana. Logo, um investimento com retorno técnico.
Quatro jogos, um empate, três derrotas e apenas um gol. Lanterna. O início do Sport em 2016 já é o pior do clube na era dos pontos corridos da Série A, em pontos, colocação e gols marcados. Consolida a má preparação para a competição, com um futebol sem consistência desde os primeiros torneios do ano, estadual e regional. No âmbito nacional, com uma demanda técnica muito maior, o time rubro-negro vem sendo inofensivo ofensivamente.
Contra o Corinthians, fez um bom primeiro tempo, e só. No calor das 11h, gastou logo todo todo o fôlego. Teve algumas boas chances, incluindo uma bola no travessão de Edmílson – de tão contestado, acabou tendo uma estreia decente, bem acima do antecessor. O aplauso no intervalo era justo. Até ali.
Na segunda etapa, o campeão brasileiro, inteiro, esperou o erro do Leão para matar o jogo. Aconteceu, com Everton Felipe cercado por três e errando o passe no meio-campo. Segundos depois Lucca já estava cabeceando sem chances para Magrão, então com duas grandes defesas. O golaço de Marquinhos Gabriel logo na sequência só consolidou o óbvio, que não haveria reação, 2 x 0.
Antes do primeiro gol vale destacar a passividade de Oswaldo de Oliveira, que podia ter dado fôlego. Só mexeu em desvantagem. Cabisbaixo, o time não conseguiu finalizar – Diego Souza esteve abaixo. Por sinal, esse abatimento precoce deixa o Sport em alerta máximo. Na vez anterior em que não venceu na largada o rendimento se manteve, com a última colocação. É cedo para este paralelo? Talvez. Sem reforços, talvez seja difícil é dizer outra coisa…
O Santa Cruz esteve perto da vitória em Chapecó. Vencia até os 38 minutos do segundo tempo, quando Lucas Gomes empatou de cabeça. A torcida tem o direito de lamentar o resultado, mas precisa ficar consciente que, em três temporadas, fazer o resultado na Arena Condá não é uma tarefa fácil. Organizado, o time da Chapecoense usufrui bastante do seu mando de campo, essencial para a surpreendente sequência na elite nacional.
Portanto, o gosto amargo do 1 x 1 tende a passar a rápido, com o tricolor, na verdade, consolidando uma excelente arrancada, vencendo em casa e empatando fora. Apesar do cenário com o inédito confronto valendo a liderança, o objetivo seguia o mesmo para ambos: a permanência. Da partida na fria noite catarinense, também foi possível fazer outras observações. Uma delas, a eficiência do ataque, com 10 dos 11 gols do time. Finalizou pouquíssimo, apenas duas vezes na barra. Contudo, num lance repetido e esperado saiu o gol, um cruzamento de Keno para Arthur. Jogar por uma bola? Bem trabalhada, ok.
O outro ponto vai para uma situação também evidente, mas que acabou um pouco relegada devido aos resultados iniciais: reposição. O time do Santa está encaixado, o esquema está claro, sem tanta posse de bola, mas com muita marcação e contragolpes. Porém, a cada desgaste, Milton Mendes precisa fazer malabarismos para tentar manter a estrutura, podendo levar bastante pressão (o que ocorreu). Terminar o jogo com 5, 6 atacantes, vários deles desempenhando outras funções, pode até parecer uma saída brilhante. Também pode ser um grito por reforços, essenciais para manter a pegada do time, pontuando.
Entre 1989 e 1994, o aurinegro ASEC Abidjan estabeleceu uma sequência sem precedentes no futebol, com uma invencibilidade de 108 partidas no campeonato nacional da Costa do Marfim. Foram 96 vitórias (uma delas por 11 x 0) e 12 empates, ganhando quatro vezes a competição no período. A marca só seria quebrada em 19 de junho de 1994, num revés diante do Armée, por 2 x 1, na capital Yamoussoukro. A marca passou à margem do mundo, com os olhos voltados para a Copa do Mundo nos EUA, que naquele mesmo dia viu o empate entre Suécia e Camarões, no Rose Bowl. No país africano, não. Lá, a turma acompanhou o Les Mimosas, até porque o clube tem um domínio absoluto da torcida, com 8 milhões de torcedores entre os 20 milhões de habitantes (40%).
Já tinha ouvido falar deste recorde? Talvez bata a dúvida devido à presença do Steaua, com 106 partidas, com uma cobertura mais efetiva, e compartilhada, devido ao CEP na Europa. Com mais de 150 anos de bola rolando, detalhar as maiores invencibilidades não é uma tarefa fácil. Por causa do desencontro de informações, pela pluralidade de critérios, pelo alcance mundial do esporte, com sequências em lugares remotos. Portanto, as listas abaixo (separadas entre campeonatos nacionais, jogos oficiais e absoluta, incluindo amistosos) não são definitivas, mas apenas uma tentativa de aproximar a realidade sobre as maiores sequências sem derrota dos clubes.
Para elaborar o ranking, o blog fez um apanhado do site RSSSF, de onde se faz presente o recorde do ASEC, dos jornalistas Celso Unzelte/ESPN, Fernando Olivieri/Yahoo e Rodolfo Rodrigues/Uol, do site oficial da Uefa, além de pesquisa pessoal, cruzando dados. O levantamento desconsiderou marcas ainda em análise. O Santos, por exemplo, busca o reconhecimento de uma sequência de 1960 a 1963, que somaria 54 jogos. Seria o recorde nacional.
Saindo da fronteira, o recordista ASEC perdeu algumas pelejas na Liga dos Campeões da África, como nas oitavas em 1991, e nas semifinais em 1992 e 1993. Idem com os romenos do Steaua, que conseguiram ficar invictos de fato, no período, por no máximo 29 jogos, ao somar os jogos da Champions.
As maiores invencibilidades entre as maiores ligas*, com todos os torneios
1º) Juventus (Itália) – 43 partidas (2011/2012)
2º) Milan (Itália) – 42 partidas (1992/1993)
3º) Nottingham Forest (Inglaterra) – 40 partidas (1978)
4º) Barcelona (Espanha) – 39 partidas (2015/2016)
5º) Milan (Itália) – 36 partidas (1991/1992)
6º) Real Madrid (Espanha) – 34 partidas (1988/1999)
7º) Manchester United (Inglaterra) – 33 partidas (1998/1999)
8º) Arsenal (Inglaterra) – 28 partidas (2007)
O Top 5 da Europa, em nível técnico e investimento, é formado por Alemanha, Espanha, França, Inglaterra e Itália. Nesta conta “geral”, entram a liga nacional, copa nacional, supercopa nacional, Liga dos Campeões da Uefa, Liga Europa, Supercopa da Europa e Mundial/Intercontinental.
As maiores invencibilidades do Brasil, somando todos os jogos
1º) Botafogo – 52 partidas (21/09/1977 a 20/07/1978)
1º) Flamengo – 52 partidas (22/10/1978 a 27/05/1979)
3º) Desportiva – 51 partidas (1967/1968)
4º) Santa Cruz – 48 partidas (1978/1979)
4º) Bahia – 48 partidas (1982)
4º) Grêmio – 48 partidas (1931/1933)
7º) São Paulo – 46 partidas (1975)
8º) Grêmio – 42 partidas (1981)
9º) Sport – 40 partidas (1960)
10º) Internacional – 39 partidas (1984)
11º) Internacional – 38 partidas (1975)
11º) Botafogo – 38 partidas (1960/1961)
Renato Sá é um personagem marcante nas marcas brasileiras. Coube ao ponta-esquerda por fim nas duas maiores sequências, de Botafogo e Flamengo. Em 1978, defendendo o Grêmio, ajudou na goleada por 3 x 0, brecando o alvinegro, então com 52 jogos. Acabou se transferindo para a própria estrela solitária, onde marcou o gol da vitória no clássico contra o Fla, que teve na partida a chance de superar a marca. Um jogo diante de 139.098 torcedores no Maracanã.
As maiores invencibilidades da Série A do Brasileiro
1º) Botafogo – 42 partidas (16/10/1977 a 16/07/1978)
2º) Santa Cruz – 35 partidas (7/12/1977 a 23/07/1978)
3º) Palmeiras – 26 partidas (13/12/1972 a 18/11/1973)
4º) Internacional – 23 partidas (06/08/1978 a 23/12/1979)
5º) Atlético-MG – 22 partidas (16/10/1977 a 29/03/1978)
6º) Cruzeiro – 21 partidas (20/09/1987 a 25/09/1988)
7º) Grêmio – 19 partidas (04/06/1978 a 03/10/1979)
7º) Corinthians – 19 partidas (17/10/2010 a 20/07/2011)
9º) América-MG – 18 partidas (20/10/1973 a 20/1/1974)
9º) Bangu – 18 partidas (24/03/1985 a 31/07/1985)
9º) Atlético-PR – 18 partidas (28/07/2004 a 17/10/2004)
9º) São Paulo – 18 partidas (20/08/2008 a 07/12/2008)
9º) Sport – 18 partidas (02/11/2014 a 05/07/2015)
Considerando a marca dentro de uma mesma edição, a maior pertence ao Santa Cruz, com 27 dos 35 jogos realizados em 1978, quando acabou em 5º lugar, sofrendo a primeira derrota apenas nas quartas de final, para o Inter.
As maiores invencibilidades no Campeonato Pernambucano
1º) Sport – 49 partidas (1997/1999)
2º) Sport – 48 partidas (2008/2010)
3º) Náutico – 42 partidas (1974/1975)
4º) Náutico – 36 partidas (1963/1965)
5º) Náutico – 35 partidas (1966/1968)
5º) Santa Cruz – 35 partidas (1973)
7º) Tramways – 29 partidas (1936/1937)
8º) Santa Cruz – 24 partidas (1932/1933)
8º) Santa Cruz – 24 partidas (1978/1979)
Todas séries locais foram marcadas por períodos de títulos. O único ano sem taça foi em 1975, com o Náutico, que no fim perderia a decisão para o Sport.
Dos vinte clubes inscritos no Brasileirão de 2016, apenas seis respeitaram, em suas respectivas estreias como mandantes, ao artigo 15 do regulamento da competição, que estipula um preço mínimo para o ingresso, de R$ 40 para a inteira e R$ 20 para a meia. Seja por promoções ou descontos para sócios, os demais times baratearam os valores de alguma forma. Desconsiderando os programas de acesso livre (que o texto não especifica como deve agir), o ingresso mais barato custou R$ 7,50, do plano de sócios “Sou Mais Vitória”. Ao todo, 6.003 bilhetes foram vendidos no primeiro jogo do leão baiano no Barradão.
Em Salvador, o borderô apontou 12.417 espectadores. Em Porto Alegre, Grêmio e Inter atenderam à norma, com dados semelhantes, 12.092 torcedores no Beira-Rio e 15.976 na Arena. Na visão do blog, essa norma da CBF é descabida, ignorando realidades econômicas distintas, além de tirar do mandante a decisão de avaliar situações de jogo. Deveria haver, sim, um preço mínimo para o visitante, para evitar abuso, com preços distorcidos em setores equivalentes.
Entretanto, como o regulamento não detalha a consequência, os clubes vêm driblando a situação. Não por acaso, a regra foi criada em 2015, com inúmeras promoções na ocasião. Inclusive do Sport, que após a estreia nesta temporada com apenas seis mil espectadores, bancando os valores mínimos, consultou a confederação e realizou uma venda promocional na segunda partida na Ilha do Retiro, contra o Corinthians. Com o alinhamento, a tendência deve se manter, até que ocorra algum posicionamento definitivo da entidade. Abaixo, a situação de cada clube, segundo o borderô publicado no site da CBF e os sites oficias dos clubes (São Paulo e Colorado). Entre os pernambucanos, o blog analisou a venda de ingressos dos dois primeiros jogos de cada um.
Obs. No caso de ingressos de sócio de acesso livre, os clubes lançam valores na renda bruta, para efeitos de descontos de INSS, ISS e do IRRF.
5 times respeitaram a norma plenamente
9 times atenderam parcialmente a norma (com público geral ou sócios)
6 times não atenderam à norma
Situação dos clubes pernambucanos: Sport 2ª rodada (situação: ok) Público geral – R$ 40 (meia a R$ 20) Sócio – R$ 20
Impondo mais uma goleada no Arruda, o Santa Cruz manteve a liderança do Brasileirão, com dez gols marcados em três jogo, tendo Grafite como artilheiro isolado. Por sinal, nos pontos corridos, ninguém jamais havia marcado tantos gols em tão pouco tempo como o camisa 23. É o cara da competição até o momento, destaque no 4 x 1 do Tricolor sobre o Cruzeiro.
No Beira-Rio, o oposto – sim, você leu isso na última postagem sobre a classificação, mas o cenário segue o mesmo. Sem poder ofensivo, com apenas um chute na barra, o Sport perdeu do Inter, afundando na zona de rebaixamento do Brasileiro, num mau início que condiz com a montagem do time.
A 4ª rodadas dos representantes pernambucanos:
28/05 (21h00) – Chapecoense x Santa Cruz (Arena Condá, em Chapecó) Sem histórico de jogos na elite
29/05 (11h00) – Sport x Corinthians (Ilha do Retiro) Histórico no Recife pela elite: 9 vitórias do Leão, 4 empates e 6 derrotas
Em um cruzamento colorado da esquerda, por baixo, Renê desviou para as próprias redes. Em péssima fase, o lateral-esquerdo não tem sombra no elenco, numa lacuna que não condiz com a competição. Em Porto Alegre, a infelicidade deixou a situação quase irreversível para o Sport. O jogo ainda corria aos 12 minutos do segundo tempo, à tarde, mas o poder de reação dos rubro-negros é baixíssimo. Em toda a partida, o time finalizou apenas uma vez contra a meta do ex-leonino Danilo Fernandes, com Serginho, ainda na primeira etapa.
As outras sete tentativas foram sem direção, inclusive do próprio Renê, que no fim da partida teve a chance de se redimir, mas bateu de canela. Um retrato de um problema crônico no elenco. A falta de ataque do Sport, hoje, é sinal de irresponsabilidade. Do baixo nível técnico de que vem entrando em campo, de Falcão, que indicou parte dessa trupe, e da direção, que deu aval a isso tudo, incluindo a liberação cada vez mais inexplicável de Hernane Brocador. Hoje dependendo de Edmílson, está aguardando a abertura da janela internacional, em 20 de junho. Até lá, o time parece sem perspectiva ofensiva.
A derrota para o Inter, por 1 x 0, manteve o time pernambucano na zona de rebaixamento. A primeira metade do jogo no Beira-Rio foi aceitável. Pela primeira vez, neste Brasileirão, se viu uma organização tática, com atuação firme na defesa e uma busca por espaços no ataque. Mas, a não ser que a barra fique aberta, ninguém chuta. Substituído na segunda etapa – numa mudança tripla de Oswaldo de Oliveira -, Vinícius Araújo completou 213 minutos sem finalizar. Trata-se do centroavante do time. Não existe. Aliás, existe. Infelizmente.