Direitos de transmissão, bilheteria, premiações, patrocinadores, quadro de sócios, venda de jogadores, parcelamentos, empréstimos etc. Somando todas as receitas possíveis em 2015, os três grandes clubes do Recife registraram um faturamento de R$ 121 milhões, de acordo com os balanços financeiros apresentados por Náutico, Santa Cruz e Sport em 29 de abril de 2016. Numa primeira análise, um volume considerável de grana. No entanto, a dívida segue aumentando numa velocidade incrível, subindo pelo terceiro ano seguido.
Por uma questão de padronização, o blog usa a expressão “passivo”, somando o circulante e o não circulante – dados presentes em todos os balanços. O passivo não é um “sinônimo” de dívida, pois na questão contábil alguns números entram como receitas futuras, que não podem ser contabilizadas no último balanço. Aconteceu com o Sport em 2015, com R$ 18 milhões da cota de tevê, numa bonificação pela temporada de 2019, já paga pela Globo.
Receita operacional agregada
2011 – R$ 83.296.759
2012 – R$ 134.030.496 (+50.733.737, ou +60%)
2013 – R$ 116.488.865 (-17.541.631, ou -13%)
2014 – R$ 93.257.832 (-23.231.033, ou -19%)
2015 – R$ 121.173.612 (+27.915.780, ou +29%)
Passivo (soma dos passivos circulante e não circulante)
2011 – R$ 177.496.391
2012 – R$ 170.898.306 (-6.598.085, ou -3%)
2013 – R$ 182.045.072 (+11.146.766, ou +6%)
2014 – R$ 283.488.245 (+101.443.173, ou +55%)
2015 – R$ 348.163.829 (+64.675.584, ou +22%)
Curiosidade: caso a receita tivesse sido dividida de forma igualitária, cada um teria recebido no ano passado exatamente R$ 40.391.204.
Confira a íntegra dos balanços financeiros: Sport, Santa Cruz e Náutico.
Abaixo, um gráfico com a variação das cifras de cada um, de 2011 a 2015.