Uma possibilidade remota de rescisão.
E se a Fifa retirar a Copa do Mundo de 2014 do Brasil?
Para isso, a entidade teria que alegar um grave desrespeito aos contratos assinados, aos prazos das obras de infraestrutura e às leis propostas junto ao governo federal, com acordos criados exclusivamente para aumentar o faturamento da Fifa com o torneio.
Na prática, é possível. Trata-se da cláusula 7.7 do Host Agreement (contrato para sediar), formulado para evitar a necessidade de uma indenização. Nenhum centavo.
O ítem tem validade até 1º de junho de 2012, com três meses de moderada tensão.
Portanto, “se” o Mundial deixar de acontecer em solo brasileiro até esta data, as doze subsedes terão quer suportar o duro golpe nas finanças na construção das arenas.
Em Pernambuco, vale lembrar que o estádio é zero quilômetro. Custa R$ 532 milhões.
Ao blog, o gestor estadual das parcerias público-privadas, Silvio Bompastor, afirmou que a Arena Pernambuco é auto-sustentável, independentemente do Mundial.
“É um absurdo essa notícia de que a Copa poderá sair do país. Estamos certos que a Copa do Mundo será no Brasil. Mas, de qualquer forma, o futuro da Arena Pernambuco já está garantido, com financiamento (através do BNDES). A gente tem um contrato de parceria público privada bem longo, com uma empresa comprometida a gerir e manter o estádio, além da presença garantida do Náutico (contrato de 30 anos).”
Leia mais sobre o rumor da desistência da Fifa aqui. Confira a resposta da CBF aqui.
Na prática, a possibilidade é ínfima, não só pela proximidade da competição como, principalmente, por causa das dezenas de contratos firmados mundo afora.
Se indispor com a sexta economia do planeta e com a confederação mais vencedora no futebol também poderia ser um tiro no pé da própria Fifa. Tensão também do lado de lá.
Mas, com o viés pernambucano, é possível enxergar que por mais auto-sustentável que seja a arena necessita da presença no Mundial…