Fim da nona rodada na divisão de elite do Brasileirão.
Neste fim de semana alvirrubros e rubro-negros começaram a puxada sequência de cinco jogos em 14 dias. Elenco e bom preparo físico, pontos cruciais para um bom desempenho nesta complicada etapa da Série A.
No sábado, mesmo com o bom futebol no Pacaembu, o Náutico não conseguiu conter o Corinthians. Com dois gols de Danilo, o campeão da Libertadores se reabilitou, 2 x 1.
No domingo, Sport teve muito trabalho para vencer a Portuguesa. O ataque funcionou, com Henrique e Gilberto. O setor marcou oito dos dez gols do time. No fim, 2 x 1.
A 10ª rodada da Série A para os pernambucanos:
18/07 (19h30) – Grêmio x Sport
18/07 (20h30) – Náutico x Ponte Preta
Historicamente, o Sport constrói as suas campanhas no campeonato brasileiro com um bom rendimento na Ilha do Retiro. Com a força da torcida e na pressão.
Nesta Série A, até o jogo contra a Portuguesa, o cartel era de apenas uma vitória em quatro partidas. Vencer o time paulista neste domingo era obrigação, para retomar a força em casa e chegar a três rodadas seguidas somando pontos.
Com bastante luta e entrega nesta noite, além do apoio de 17 mil pessoas, Sport 2 x 1.
Dos dez gols do Leão na competição, oito foram marcados por atacantes, como nesta partida. Com opções para compor o setor, o técnico Mancini escalou três atacantes.
Contudo, Marquinhos Gabriel precisou jogar um pouco mais recuado, uma vez que Felipe Menezes e Hugo, especialistas na meiuca, ainda não puderam atuar.
O duelo contra a Lusa começou franco. Mesmo em casa, o Leão apostou nos contragolpes. Após uma chance perdida para cada lado, o gol rubro-negro.
E não foi num contra-ataque, mas em uma jogada trabalhada. O arremate do jovem Henrique foi de fora da área. O desvio na zaga ajudou a “matar” o goleiro Dida.
Com a vantagem mínima, o Sport ficou um pouco mais retraído. Aos 25 minutos, o grito de Vágner Mancini na área técnica, enxergando bem o jogo.
“Gilberto, passa para o 3-5-2! Avisa ao Tobi.”
Tobi acabou ajudando Edcarlos e Ailson, um tanto perdidos até ali, com as investidas da trupe do centroavante Ricardo Jesus e do meia Moisés.
No finzinho, aos 41 minutos, o estreante Gilberto ainda mandou uma bomba para as redes, mas o árbitro assinalou impedimento. Não estava.
Com uma partida equilibrada, o time pernambucano precisou voltar mais incisivo na segunda etapa, não só nos contragolpes como na marcação.
Mas isso ficou no campo da teoria, pois a Portuguesa manteve o domínio no meio-campo durante boa parte do jogo. Magrão foi acionado pelo menos três vezes!
No seu estilo, surpreendendo, o Sport ampliou aos 25 minutos, num gol que parece um script básico no futebol. Carrasco vestindo a camisa do Santa Cruz, Gilberto encheu o pé num rebote do lateral Cicinho e marcou o gol. Agora válido.
Para recompor o meio-campo, Moacir deixou o banco e entrou em sua 100ª partida pelo clube. Festa à parte, o jogo seguia perigoso. Tanto que a Lusa, num golaço de Moisés, diminuiu logo depois. Sem vacilar, o Sport segurou o resultado. Foi competitivo. Venceu.
Quanto você já gastou para assistir ao seu time? Ingresso caro, local distante etc.
Náutico, Santa e Sport a quilômetros de distância…
Então, até quanto você pagaria para ver no estádio a uma apresentação do seu time?
Pense e leve em consideração que esse suposto jogo irá decidir o Mundial de Clubes.
Pois é.
O Corinthians, como se sabe, irá para o Japão para a competição desta temporada, após o inédito título da Taça Libertadores da América.
O clube já lançou pacotes oficiais, associado a uma companhia de viagem. O pacote inclui passagens aéreas, hospedagem, traslado e kit torcedor (veja aqui).
São 10 parcelas de R$ 1.020. E sem ingresso!
Sim, dez mil reais…
À vista há um desconto irrisório, deixando o preço em R$ 10.195.
Esse preço é válido para assistir in loco a algo histórico? Opine.
Mais de 25 mil pessoas no Pacaembu. Onze dias depois da final da Taça Libertadores. E lá estava o Corinthians em mais um compromisso em seu conhecido reduto.
No frio paulistano, o Náutico era a cobaia da vez.
Ou pelo menos era o que se acreditava para a partida.
Com o campeão continental focado e precisando de uma recuperação urgente na Série A, a força máxima foi utilizada diante do Timbu. Mas não houve facilidade alguma.
A vitória foi do Corinthians, 2 x 1, mas o Náutico vendeu caro o resultado.
Fez um primeiro tempo correto, bem postado em campo. Não se expôs. E nem por isso abriu mão do ataque, sem Kieza, que precisou cumprir uma suspensão da Série B.
Nos quatro primeiros minutos, por exemplo, foram cinco escanteios a favor dos comandados de Alexandre Gallo. Tocando a bola e chegando rápido.
O Náutico, que não perdia há duas décadas do Timão, encontrou o seu gol aos 20 minutos. De fora da área, Elicarlos abriu o placar, no cantinho de Cassio.
No entanto, a vantagem, até certo ponto justa pela regulaidade no rendimento alvirrubro, durou apenas sessenta segundos.
O tento de empate saiu em uma terrível falha de posicionamento da defesa pernambucana. Eram quatro jogadores durante o lançamento para Danilo, que já perdera uma chance. Ele se saiu bem da marcação a acertou um belo chute.
Foi um lance para chamar a atenção mais uma vez sobre o setor. O gol decisivo, que impôs ao Náutico a 5ª derrota na competição, saiu no comecinho da etapa final.
Bola cruzada pelo lado esquerdo. Ronaldo Alves cortou mal e acertou a trave. Paulinho pegou o rebote e encheu o pé, explodindo a bola no travessão. Mais um rebote para o Corinthians. Agora nos pés de Danilo, que tem qualidade mesmo. Marcou de novo.
O frio ia aumentando na noite em São Paulo, 14 graus. Congelou a partida.
Apesar do ritmo desacelerado, Gallo ainda promoveu a entrada do atacante argentino Romero no lugar do irregular Kim. O gringo acertou o travessão aos 45 minutos.
A jogada deixou o Corinthians consciente de que a luta foi grande neste sábado…
Mesmo sem revelar tantos talentos e com a estrutura geral ainda em formação, as torcidas dos grandes clubes do Recife mantêm o apoio ao trabalho na base.
Somando os votos das três massas, 1.243, eis a opinião geral na enquete que mediu o grau de satisfação sobre o trabalho na base: bom, 43,28%; mediano, 34,27%; ruim, 22,45%. Confira os detalhes da estrutura do Trio de Ferro clicando aqui.
Com uma estrutura quase completa e iniciando um plano para a revelação de talentos no futebol, só o Náutico teve mais da metade dos votos na opção “bom”.
Mesmo sem um centro de treinamento de fato, os corais registraram 47% de aprovação. Talvez por causa da base do time profissional, atual bicampeão do estado.
No caso leonino, apesar dos R$ 6 milhões investidos no CT de Paratibe, a torcida rubro-negra segue reticente. Os votos da opção “mediano” foram maioria. Rescaldo da base encerrada em 2001 e só agora retomada de vez.
O que você acha do trabalho realizado nas categorias de base do seu clube, considerando resultados e estrutura?
Não havia como imaginar um confronto oficial entre Santa Cruz e Treze neste ano.
Diante de quase sessenta mil testemunhas, em 2011, o Tricolor conquistou o acesso à Série C exatamente diante do clube de Campina Grande. Era um mata-mata.
Num processo jurídico pra lá de complicado, de explicar e entender, o representante paraibano também adquiriu o seu lugar na competição desta temporada.
Ironicamente, a repetição improvável do duelo, neste sábado, foi justamente a primeira transmissão da Terceirona em rede nacional, via televisão por assinatura.
O público no Arruda foi abaixo daquele duelo decisivo do ano passado, mas os 20.342 torcedores presentes viram um jogo bem mais emocionante.
Em vez de um nervoso empate sem gols, uma atuação muito superior dos corais.
O bicampeão pernambucano foi soberano na partida, pressionando o Treze contra a parede. Ataque e contragolpe, quase sempre com perigo.
No primeiro tempo foram dois gols, mas a massa tinha a certeza de que havia sido pouco. O primeiro saiu com o zagueiro William Alves, numa cabeçada após escanteio.
No último lance da primeira etapa, Dênis Marques, bem ligado no jogo, mandou um chutaço de fora da área. Mais um gol de longa distância do artilheiro.
Na etapa final, contudo, o limitadíssimo time de Marcelo Vilar se aproveitou dos erros do Santa. A Cobral Coral continuava sufocando, criando oportunidades. Mas abusou do direito de perder gols. Tornou o jogo perigoso.
Numa bobeira do volante Memo, aos 26 minutos, o Treze recuperou a bola e Brasão, ex-ídolo coral, marcou o gol, num chute certeiro.
A partir daí, o alvinegro se mandou pra frente, desorganizado. Mas também encontrou a defesa pernambucana assustada. O goleiro Fred ainda operou um milagre.
Sem direito a liminar paraibana ou algo do tipo, Santa Cruz manteve o 2 x 1.
Uma vitória num jogo tão improvável que caso a justiça mude todo de novo, o resultado poderá ser anulado. Como se ninguém tivesse visto o rendimento coral…
Faz cinco anos que Pernambuco apresentou a sua candidatura para o Mundial de 2014.
Em 29 de maio de 2007, o governo do estado divulgou o projeto da Arena Recife-Olinda, criada pela PTZ Arquitetura, sob a coordenação do arquiteto Múcio Jucá.
Como se sabe, o projeto em Salgadinho cedeu o lugar para a Arena Pernambuco.
Empreendimento lançado em 15 de janeiro de 2009, com design assinado por Zeca Brandão, do Núcleo Técnico de Operações Urbanas do governo do estado (NTOU).
Ao vencer a licitação, o consórcio liderado pela Odebrecht nomeou Daniel Fernandes, da Fernandes Arquitetos Associados, para uma nova releitura do visual externo do estádio.
Até o momento foram criados dois modelos. Um deles com cadeiras vermelhas. Outro com suportes estaiados na cobertura. Pois Fernandes já projeta um novo (veja aqui).
O revestimento do estádio foi modificado com a execução do plano de aceleração.
Em vez de uma mistura de aço e vidro, um material plástico semelhante ao utilizado na arena de natação dos Jogos Olímpicos de Beijing, chamada de Cubo D’Água.
Ou seja, um quinto modelo em 3D deverá ser apresentado em breve. Uma característica provável deve ser um design mais “curvado”, como se viu na última Eurocopa.
Com os materiais comprados, espera-se que essa seja a versão definitiva por aqui…
Em relação às quatro arenas da Copa divulgadas até hoje, qual foi a mais bonita?
Como bônus, confira também outros quatro projetos no Recife, milionários e no papel.
Arena Coral, criada por Reginaldo Esteves em 2007, Arena Recife, desenvolvida em 2009 pela Lusoarenas e engavetada pelo Náutico, e a Arena Sport, já com duas versões, em 2011 (DDB/Aedas) e 2012 (Pontual Arquitetura). Haja trabalho em 3D!
Nascidos em 1976, o brasileiro Gustavo Kuerten e a americana Jennifer Capriati dividem também três datas marcantes na história do tênis.
Em 2001, no tradicionalíssimo saibro de Roland Garros, ambos viveram dias inesquecíveis na quadra Philippe Chatrier, para deleite dos amantes do esporte.
Em 9 de junho, Capriati venceu a belga Kim Clijsters de virada por 2 sets 1. Arrasada no primeiro set por 6/1, a americana abusou da técnica e cravou 6/4 e um longo 12/10 para ficar com a sua única taça em Paris.
No dia seguinte ela conferiu no camarote da quadra central a apresentação de gala de Guga, que confirmaria de vez o seu reinado no Aberto da França. Tricampeão.
Também de virada, 3 sets a 1 no espanhol Alex Corretja. Parciais de 6/7, 7/5, 6/2 e o chamado “pneu” para fechar a conta, 6/0. Coração nas raquetadas e no barro.
Na noite daquele domingo, ambos ainda foram à festa de encerramento de Roland Garros, agenda de praxe no circuito. Um brinde ao triunfo.
Pois naquele mesmo ano, em 15 de outubro, Jennifer, profissional desde 1990 – sim, aos 13 anos e 11 meses -, finalmente alcançaria o topo do ranking feminino, a WTA.
Lá já estava o brasileiro, líder da ATP, soberano. Foram quatro semanas seguidas com os dois tenistas em primeiro lugar no circuito.
Sem uma relação direta, eles continuaram as respectivas carreiras.
Medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 1992, Jennifer soma 14 títulos. Entre as taças, duas do Aberto da Austrália e uma de Roland Garros.Teve um histórico de 430 vitórias e 176 derrotas, acumulando US$ 10.206.639.
Já Guga, que trouxe ao circuito profissional um carisma há muito em falta, atravesssou as quadras como número 1 por 43 semanas.
Além do o tri em Paris, o título do Masters Cup e vitórias sobre Sampras, Agassi e Federer. Ganhou US$ 14.807.000 na carreira de 20 títulos, 358 vitórias e 185 derrotas.
Durante todo esse tempo, a figura paterna foi vital na história dos dois.
No caso de Jennifer, o comportamento abusivo do pai, com uma enorme pressão na cobrança por resultados, afetou a atleta fora das quadras. Guga, por sua vez, perdeu o pai muito cedo. O técnico Larri Passos praticamente assumiu essa identidade.
Passados onze anos, novo encontro nessas vidas dedicadas ao tênis.
Neste 14 de julho de 2012, Jennifer e Gustavo tornaram imortais para o esporte os sobrenomes Capriati e Kuerten, entrando no Hall da Fama do Tênis.
Lá estão homens e mulheres que conquistaram títulos no Grand Slam, que venceram jogos épicos e conquistaram feitos pra lá de relevantes no esporte.
O museu fica em Rhode Island, o menor estado dos EUA. Desde 1955, o Hall da Fama havia recebido 220 nomes. Agora, mas dois (veja aqui).
Acaso justo. Para o ídolo Kuerten e para a precoce Capriati.
Tomando como base os logotipos oficiais da Copa do Mundo e da Copa das Confederações, Pernambuco já tem os seus emblemas para as duas competições.
Além dos marcas da Fifa, também foi produzido um novo emblema para a capital pernambucana, inspirado no maior símbolo da cultura do estado, a “sombrinha de frevo”.
O Recife terá ainda uma quarta marca, também inspirada na cultura local (veja aqui).
O estádio, como se sabe, fica em São Lourenço da Mata.
Atualização do cronograma de obras da Arena Pernambuco, a 700 dias da Copa do Mundo. No entanto, o foco é na Copa das Confederações, cuja abertura está agendada para 15 de junho de 2013. Para acelerar o estádio, o custo já passou de R$ 532 milhões.
Acima, todas estapas projetadas no plano de ataque da Obebrecht para erguer o novo palco para o futebol na Região Metropolitana do Recife. Abaixo, o avanço físico.
O estádio em São Lourenço da Mata beira a metade do avanço físico, em 48,69%. Veja o gráfico do passo a passo da porcentagem clicando aqui.
Ao todo, o investimento viário do estado para a Copa das Confederações, segundo o governo estado, será de R$ 717 milhões, com 13 projetos. Abaixo, as sete prioridades no entorno da arena, com investimento federal, estadual, municipal e privado.
Vale lembrar que para a Copa do Mundo o dado é bem maior, de R$ 2,2 bilhões. Entram na conta a Via Mangue, corredores Norte-Sul e Leste-Oeste, entre outros.