Ceará mantém a Asa Branca no Nordeste, a um critério da plena aprovação em 2017

Taça Asa Branca 2016, Ceará (4) 3 x 3 (3) Flamengo. Foto: Esporte Interativo/twitter

A primeira edição da Taça Asa Branca ficou no Nordeste. Em uma noite emocionante no Castelão, com 35 mil torcedores, Ceará e Flamengo ficaram num empate de seis gols, com o Vozão levando a melhor no pênaltis, após a cobrança no travessão de Paolo Guerrero. Com R$ 718 mil de bilheteria e uma transmissão disponibilizada a 71% dos assinantes do país, no primeiro lampejo nordestino com o novo alcance do canal Esporte Interativo, após a entrada na Net, o evento tende a ser replicado. E esses números positivos não surpreendem. Nem ao blog, que criticou o critério adotado para o adversário.

Na semana do lançamento da Asa Branca, na sede do Fla, um erro estratégico, recebi um telefonema (aí sim, surpreendente) do presidente do EI, Edgar Diniz, para conversar sobre as críticas. Aprofundei a minha opinião, já escrita no post Taça Asa Branca, a disputa entre o campeão nordestino e o Flamengo…?.

Taça Asa Branca 2016, Ceará (4) 3 x 3 (3) Flamengo. Foto: Esporte Interativo/twitter

O executivo alegou um ruído de informação na elaboração do convite. Em vez de um “grande clube brasileiro”, como noticiado, apenas um “grande clube”, sem distinção de nacionalidade. Edgar até concordou com a ideia de chamar um campeão para enfrentar o campeão nordestino, mas alegou problemas de agenda, pois nem sempre seria possível acertar a taça amistosa com o campeão da Série A ou da Copa do Brasil. Corinthians e Palmeiras, vencedores em 2015, por exemplo, excursionaram nos Estados Unidos e no Uruguai.

De toda forma, ele acredita que a ideia pode ser melhorada. Conforme dito no post anterior, não haveria problema em ter o próprio Fla em Fortaleza, desde que a escolha fosse fundamentada, não só pela receita de uma noite, pelo ibope. Há algo maior em jogo. Lembrando sempre: a Asa Branca é um produto da Liga do Nordeste, que por muito pouco não transformou o Ceará em coadjuvante.

Espero a Asa Branca em 2017. Com casa cheia, audiência e critério.

Taça Asa Branca 2016, Ceará (4) 3 x 3 (3) Flamengo. Foto: Esporte Interativo/twitter

Nunes, a midiática e milionária venda do Santa Cruz, disputado por Real e Flu

Revista Placar de setembro de 1978, com a venda de Nunes, do Santa Cruz para o Fluminense

Em setembro de 1978, o Fluminense pagou 9 milhões de cruzeiros pelo passe do atacante Nunes, astro do Santa Cruz. Foi a maior transação do futebol brasileiro naquele ano, estampando a capa da edição 437 da revista Placar.

“Super-Flu faz um gol de 9 milhões”

Manchete justa, pois o Cabelo de Fogo era um dos principais atacantes do país, havia sido convocado para a Copa do Mundo em junho – foi cortado por causa de uma lesão – e estava na mira do Real Madrid. Com 86 gols em 152 jogos no Arruda, o Tricolor até tentou segurá-lo. Primeiro, recusou Cr$ 5 milhões do time espanhol, um valor já recorde no estado, conforme o Diario de Pernambuco em 11 de julho. Em seguida, o Flu ofereceu 7 milhões. Balançou, mas rechaçou. 

Uma semana depois, a investida final dos cariocas: Cr$ 9 milhões. Quase um “clube chinês”. Na época, a cotação do dólar era 19,25 cruzeiros. Ou seja, Nunes saiu por 467 mil dólares – inferior só a Palhinha, do Cruzeiro para o Corinthians em 1977 por US$ 1 milhão. Pela inflação, um dólar em 1978 equivaleria a quatro hoje. Em dados atuais o passe teria custado US$ 1,87 mi. Convertendo para a atual moeda do país, em janeiro de 2016, R$ 7,7 milhões.

Confira as maiores negociações de Pernambuco no Plano Real clicando aqui

No Rio, Nunes brilharia mesmo no Flamengo, decidindo o Mundial de 1981. Não por acaso, foi homenageado no Troféu Chico Science 2016, entre Santa e Fla.

Catálogo da CBF com 790 estádios de futebol, incluindo 39 em Pernambuco

O cadastro nacional de estádios da CBF em 2016. Crédito: CBF/reprodução

A sexta atualização do Cadastro Nacional de Estádios foi divulgada pela CBF, desta vez com 790 palcos registrados, oito a mais que a última publicação oficial. De acordo com o documento de 97 páginas, 420 estádios têm lotação máxima de 5 mil espectadores, enquanto 11 podem receber mais de 50 mil. Considerando as praças esportivas listadas nas 27 unidades da federação, 241 estão no Nordeste, sendo 39 particulares, 3 federais, 17 estaduais e 182 municipais. Na região, 162 palcos têm iluminação, o que corresponde a 67%.

Estatísticas dos estádios brasileiros:
Capacidade de público, iluminação, propriedade e regiões.

Em Pernambuco (lista abaixo) são 39 estádios reconhecidos, sendo a Arena Pernambuco o mais recente – o 40º deveria ser o Grito da República, em Olinda, cuja obra está atrasada há dois anos. São 36 locais com refletores e 3 sem sistema de iluminação, mesmo número da última atualização.

Dos doze estádios inscritos no Campeonato Pernambucano de 2016, apenas três têm a mesma capacidade de público tanto no catálogo da confederação quanto nos quatro laudos exigidos e cadastrados pela FPF (engenharia, vigilância sanitária, segurança e bombeiros). Arruda, Ilha e Carneirão vivem uma situação inversa, pois poderiam receber mais gente segundo a CBF.

A diferença na capacidade do catálogo em relação aos laudos do Estadual:
+9.462 – Arruda (Recife)
-1.545 – Arena Pernambuco (São Lourenço)
+5.548 – Ilha do Retiro (Recife)
-518 – Lacerdão (Caruaru)
-500 – Ademir Cunha (Paulista)
zero – Cornélio de Barros (Salgueiro)
+911 – Carneirão (Vitória)
-1.307 – Antônio Inácio (Caruaru)
zero – Mendonção (Belo Jardim)
zero – Nildo Pereira (Serra Talhada)
-100 – Paulo Petribú (Carpina)
-1.661 – Joaquim de Britto (Pesqueira)

Os 39 estádios pernambucanos cadastrados segundo a CBF

A nova versão do Troféu Chico Science

Troféu Chico Science 2016. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

O Santa Cruz revelou a nova concepção do Troféu Chico Science, em homenagem ao cantor tricolor que completaria 50 anos em 2016. Criada pelo artista plástico Evêncio Vasconcelos, a peça traz elementos do Manguebeat. Numa parceria com o designer Akiles Custódio, o projeto juntou diversos momentos de Chico: um trecho de música Passeio no mundo livre e desenhos sobre vidro com um beijo na mãe, dona Rita, a passagem no carnaval de Olinda com a camisa coral e também sobre uma turnê na Europa.

A troféu foge do design clássico, assim como Chico Science, que também fugia dos estereótipos. A peça substitui o criticado troféu da primeira edição, em 2015, ofertado por uma empresa de transporte aéreo (relembre aqui).

A copa amistosa entre Santa e Flamengo está marcada para 24 de janeiro, no Arruda, às 11h da manhã. Em caso de empate, o troféu de campeão (maior, com detalhes dourados) ficará o clube carioca – não haverá disputa de pênaltis por causa do horário, com sol forte. Ao vice, o troféu com detalhes prateados.

Tricolor, o que você achou do Troféu Chico Science de 2016? 

Post atualizado após as novas imagens de divulgação do clube. 

Troféu Chico Science 2016. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

Cazá do Sport, a nova loja oficial do Leão

A nova loja oficial do Sport, em 2016. Foto: João de Andrade Neto/DP

O Sport inaugurou a Espaço Sport, a sua primeira loja oficial, em 29 de fevereiro de 2008. A área de 500 metros quadrados anexa à sede foi inicialmente administrada pela Roxos e Doentes, seguindo para a Filon, parceira da Lotto, antiga fornecedora de material esportivo do clube. A loja ficou aberta até abril de 2014. Desde então, já com os uniformes da Adidas, o lugar ficou vago, com o Rubro-negro contando apenas com a Embaixada da Ilha, uma série de quiosques espalhados nos shoppings da cidade. Entretanto, o uso do espaço na Abdias de Carvalho está perto de ser retomado, em 27 de janeiro de 2016.

Rebatizada de Cazá do Sport, a loja agora será operada pelo próprio clube, com toda a linha da Adidas e a liberdade para comercializar qualquer produto licenciado do Leão, de escova de dentes e jogos de videogame. As imagens internas, feitas pelo torcedor Fred Duarte, expõem o amplo ambiente para a apresentação de uniformes – e o Sport tem lançado inúmeras coleções. A antiga rede chegou a ter uma franquia em Boa Viagem, aberta em 2012. Por enquanto, o plano é viabilizar a loja na Ilha, para só depois expandir.

A nova loja oficial do Sport, em 2016. Foto: Fred Duarte/twitter (@FredinhoDuarte)

A nova loja oficial do Sport, em 2016. Foto: Fred Duarte/twitter (@FredinhoDuarte)

A nova loja oficial do Sport, em 2016. Foto: Fred Duarte/twitter (@FredinhoDuarte)

A nova loja oficial do Sport, em 2016. Foto: Fred Duarte/twitter (@FredinhoDuarte)