Miguel Arraes completaria 100 anos em 2016. Ex-governador de Pernambuco em três oportunidades, 1963-1964, 1987-1990 e 1995-1998, o político deverá ser homenageado mais uma vez no futebol pernambucano. Em 2014, Miguel Arraes havia sido designado como o nome do primeiro turno, vencido pelo Salgueiro. A ideia era uma nomenclatura permanente, mas acabou sendo deixada de lado já no ano seguinte. Agora, devido ao centenário, a FPF pretende dar o seu nome ao troféu do Campeonato Pernambucano de 2016.
A reverência a políticos não é novidade no esporte local. Outras taças já receberam nomes de governadores. A última vez foi em 2009, com o neto de Arraes, Eduardo Campos. Segundo o presidente da federação, Evandro Carvalho, a entidade já encaminhou o pedido formal à família do político, natural de Araripe, no Ceará, falecido em 2005. Em relação ao modelo da taça, que sempre desperta curiosidade devido às ideias pouco ortodoxas, a divulgação só deve acontecer em abril, na reta final da competição.
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Relembre os últimos dez troféus do Estadual clicando aqui.
2006 – Troféu Diario de Pernambuco (Sport) 2007 – Troféu 100 Anos do Frevo (Sport) 2008 – Troféu Radialista Luiz Cavalcante (Sport) 2009 – Troféu Governador Eduardo Campos (Sport) 2010 – Troféu Tribunal de Justiça de Pernambuco (Sport) 2011 – Troféu 185 anos da Polícia Militar de Pernambuco (Santa Cruz) 2012 – Troféu Rede Globo Nordeste (Santa Cruz) 2013 – Troféu FPF (Santa Cruz) 2014 – Troféu 100 anos do Campeonato Pernambucano (Sport) 2015 – Troféu Centenário da FPF (Santa Cruz) 2016 – Troféu Centenário de Miguel Arraes
Obs. Também serão homenageados Hélio Macedo, que completou 50 anos de radialismo esportivo em 1º de janeiro de 2016, e o pesquisador Carlos Celso Cordeiro, que faleceu em 23 janeiro, aos 72 anos. A FPF ainda estuda a forma.
O primeiro campeonato estadual do Brasil aconteceu em 1902, organizado pela Liga Paulista de Foot-Ball, com apenas 21 partidas. O São Paulo Athletic, de Charles Miller, foi o primeiro campeão. O introdutor do esporte no país sagrou-se, também, o primeiro artilheiro, com 10 gols. Desde então, o mapa futebolístico mudou bastante no âmbito estadual, com a última mudança em 1988, na criação do estado do Tocantins. Portanto, em 114 anos de história de bola rolando, na base da rivalidade nacional, já foram realizados 2.400 campeonatos estaduais, considerando as 27 unidades da federação.
O levantamento soma até o extinto campeonato fluminense, disputado até 1978, antes da fusão com o Estado da Guanabara, formado pela cidade do Rio de Janeiro. O blog contou os períodos amador e profissional de todos os estados. Na década de 1930, aliás, foram realizados torneios paralelos oficiais no Rio e em São Paulo. Se em Pernambuco a transição ocorreu de forma pacífica em 1937, em Roraima o torneio só foi profissionalizado em 1995, com três participantes, sendo o último segundo a CBF. Entretanto, a competição já era organizado pela federação roraimense desde 1960, com os mesmos filiados.
Entre os grandes campeões, 71 clubes ganharam ao menos dez títulos, incluindo Sport 40, Santa 28 e Náutico 21. O maior vencedor é o ABC de Natal, o único com mais de 50 taças em sua galeria. E olhe que já chegou a ser decacampeão (1932-1941), feito só igualado pelo América Mineiro (1916-1925).
Os 71 maiores campeões estaduais* (último título): * A partir de 10 conquistas
Série A, Brasileirão, Nacional… O Campeonato Brasileiro já teve inúmeras alcunhas desde a sua criação em 1971, através da CBD, a precursora da CBF, sucedendo o Torneio Roberto Gomes Pedrosa e a Taça Brasil, hoje unificados. Na pioneira edição, vencida pelo Atlético Mineiro, o nome oficial foi “Campeonato Nacional de Clubes”, popularmente chamado de “Copão” por torcedores e imprensa na ocasião. Desde então, foram 45 edições, com a participação de 129 clubes na primeira divisão, sendo 35 representantes do Nordeste (lista abaixo). No ranking de pontos, o hexacampeão São Paulo lidera com 1.868 pontos, com 69 à frente do Inter, na seca de 1979, quando chegou ao tri.
Até hoje, quatro times pernambucanos jogaram a elite, com o seguinte número de participações: Sport 34, Náutico 27, Santa 20 e Central 2. O Leão finalmente ultrapassou o Bahia no retrospecto justamente na última rodada de 2015, quando venceu a Ponte em Campinas, com um gol de Diego Souza (952 x 951). Porém, no âmbito regional, segue atrás do Vitória, de volta à elite e com a confortável vantagem de 37 pontos. Também garantido em 2016, o Santa Cruz irá estrear na década, em busca do tempo perdido. Para subir na lista geral, precisa tirar 72 pontos de diferença em relação ao Paraná – na prática, basta ficar dois anos na Série A, com o adversário seguindo na B. Mesmo na Segundona, o Náutico não sofre ameaça sobre o 4º lugar regional.
O levantamento do site Bola na Área, somando todas as campanhas, considera a pontuação de cada edição, com 2 pontos por vitória até 1994, tendo como exceção 1975 (três pontos com triunfos superiores a dois gols de vantagem) e 1988 (3 pontos por vitória e 2 pontos por empate seguido de vitória nos pênaltis).
Ranking do Nordeste (colocação geral) 1º) Vitória – 989 pontos (16º) 2º) Sport – 952 pontos (17º) 3º) Bahia – 951 pontos (18º) 4º) Náutico – 593 pontos (23º) 5º) Santa Cruz – 461 pontos (26º) 6º) Ceará – 357 pontos (29º) 7º) Fortaleza – 313 pontos (32º) 8º) América-RN – 204 pontos (38º) 9º) CSA – 162 pontos (44º) 10º) CRB – 108 pontos (47º) 11º) Botafogo-PB – 107 pontos (49º) 12º) ABC – 94 pontos (54º) 13º) Tiradentes-PI – 88 pontos (55º) 14º) Sergipe – 81 pontos (59º) 15º) Sampaio Corrêa – 73 pontos (64º) 16º) Treze – 70 pontos (67º) 17º) Moto Club – 57 pontos (72º) 18º) Flamengo-PI – 47 pontos (77º) 19º) Confiança – 44 pontos (79º) 20º) Campinense – 42 pontos (80º) 21º) Ferroviário – 39 pontos (86º) 22º) River – 35 pontos (88º) 23º) Itabaiana – 33 pontos (91º) 24º) Leônico-BA – 32 pontos (92º) 25º) Central – 25 pontos (98º) 26º) Maranhão – 23 pontos (102º) 27º) Fluminense-BA – 23 pontos (103º) 28º) Itabuna – 19 pontos (107º) 29º) ASA – 15 pontos (110º) 30º) Galícia – 14 pontos (112º) 31º) Piauí – 9 pontos (117º) 32º) Potiguar – 7 pontos (120º) 33º) Auto Esporte-PI – 6 pontos (121º) 34º) Alecrim – 5 pontos (125º) 35º) Catuense – 2 pontos (127º)
Confira o ranking na era dos pontos corridos (2003-2015) clicando aqui.
Exposta na sala de troféus do Sport, a Ariano Suassuna está ao lado da taça da Copa do Brasil de 2008 e da bola da final contra o Corinthians, e da conquista do campeonato estadual de 2010, o segundo pentacampeonato do clube. A peça já foi atualizada após o amistoso contra o Argentinos, na Ilha do Retiro, com o clube divulgando um vídeo com a colocação da insígnia dourada.
Conforme informado, a Taça Ariano Suassuna terá uma base semelhante à Libertadores, com os nomes dos campeões gravados, uma ideia interessante. Nos dois primeiros anos, o próprio nome do Leão foi adicionado à base preta, com as datas dos jogos. Como sugestão, a plaquinha poderia ter também o nome do adversário, sobretudo se o evento de pré-temporada for duradouro.
Veja como ficou a Taça Ariano Suassuna clicando aqui.