Classificação da Série A 2017 – 7ª rodada

A classificação da 7ª rodada da Série A de 2017. Crédito: Superesportes

Em sete rodadas, o rubro-negro pernambucano jogou quatro vezes como mandante e três como visitante. O empate sem gols entre Sport e São Paulo resultou no 8º ponto na Ilha do Retiro, mantendo a estatística caseira neste Brasileirão – ao menos isso. Com isso, se manteve em 14º lugar, ainda dois pontos à frente do Z4. Na próxima rodada, um duelo de leões nordestinos. Num viés positivo para o Sport, em tese, o jogo será na Ilha.

Em relação à briga pela ponta, Corinthians e Grêmio já vêm desgarrando, com largadas excepcionais. No caso do tricolor gaúcho, apenas uma derrota. Justamente quando usou o time reserva. E o leão aproveitou a chance.

Resultados da 7ª rodada
Sport 0 x 0 São Paulo
Atlético-MG 0 x 1 Atlético-PR
Vitória 2 x 2 Botafogo
Atlético-GO 3 x 1 Avaí
Flamengo 2 x 0 Ponte Preta
Santos 1 x 0 Palmeiras
Corinthians 1 x 0 Cruzeiro
Chapecoense 2 x 1 Vasco
Coritiba 0 x 0 Bahia
Fluminense 0 x 2 Grêmio 

Balanço da 7ª rodada
5V dos mandantes (11 GP), 3E e 2V dos visitantes (7 GP) 

Agenda da 8ª rodada
17/06 (16h00) – Atlético-GO x Atlético-PR (Olímpico)
17/06 (19h00) – Vasco x Avaí (São Januário)
17/06 (21h00) – Santos x Ponte Preta (Pacaembu)
18/06 (11h00) – Coritiba x Corinthians (Couto Pereira)
18/06 (16h00) – Fluminense x Flamengo (Maracanã)
18/06 (16h00) – São Paulo x Atlético-MG (Morumbi)
18/06 (16h00) – Bahia x Palmeiras (Fonte Nova)
18/06 (16h00) – Chapecoense x Botafogo (Arena Condá)
18/06 (19h00) – Sport x Vitória (Ilha do Retiro)
19/06 (20h00) – Cruzeiro x Grêmio (Mineirão)

Histórico de Sport x Vitória no Recife, pelo Brasileiro (11 jogos):
6 vitórias do rubro-negro pernambucano, 4 empates e 1 derrota

Os 100 anos do estádio dos Aflitos

Campo dos Aflitos em 1926. Foto: robertoblogdo.blogsopt.com

O Estádio dos Aflitos completa um século de história em 2017. Trata-se de um ícone do futebol pernambucano, onde foram realizadas mais de 3 mil partidas, segundo dados do pesquisador Carlos Celso Cordeiro. E olhe que 41% dos jogos não teve o Náutico em campo, com os rivais presentes durante muito tempo. Abaixo, um resumo em cada década, com as transformações do local, de campo a estádio, da posse da antiga liga ao claro sinônimo de Náutico.

Desempenho do Náutico nos Aflitos
1.768 jogos*
1.138 vitórias (64,37%)
336 empates (19,00%)
294 derrotas (16,62%)
70,7% de aproveitamento
* Competições oficiais e amistosos

Os clubes que mais atuaram nos Aflitos
1.768  Náutico
540  Santa Cruz
412  Sport

As 15 finais do Campeonato Pernambucano nos Aflitos
7 títulos – Náutico (1950, 1951, 1960, 1963, 1966, 1968 e 1974)
5 títulos – Sport (1917, 1949, 1953, 1955 e 1975)
3 títulos – Santa Cruz (1947, 1959, 1969)

Década de 1910
Em 1917, a Liga Sportiva Pernambucana, atual FPF, arrendou um terreno no bairro dos Aflitos, junto ao empresário Frederico Lundgren, com o objetivo de construir um campo de futebol. Estrutura simples, com a cancha murada e cercada por árvores. A entidade pretendia utilizá-lo nos jogos oficiais do campeonato estadual, com as 29 partidas daquela edição disputadas por lá. A primeira em 8 de abril, Sport 4 x 1 Paulista. Na decisão, um Clássico das Multidões (ainda sem esse apelido), com Sport 3 x 1 Santa. No ano seguinte à inauguração da cancha, a Liga desistiu do terreno e o Náutico prontamente assumiu os custos do arrendamento. Pagou 250 mil réis por quatro anos.

Década de 1920
O Náutico passou a ser o dono definitivo do campo em 1921, dando início às primeiras melhorias, incluindo a entrada da sede. A foto mais antiga data de 1926 (acima), ano do título do Torre, o único clube à parte do Trio de Ferro levantar a taça no local. Num torneio de pontos corridos com oito times, o “Madeira Rubra” sagrou-se campeão ganhando do Náutico na última rodada.

Náutico nos Aflitos: Bizu, final do Estadual de 1968 contra o Sport, final do Estadual de 1974 contra o Santa Cruz e Lala em 1968. Crédito: Arquivo/DP

Década de 1930
De campo a estádio. Começando pela mudança da posição do campo, com as barras saindo do sentido leste/oeste para o norte/sul, mantido até hoje. Surgiram também os primeiros degraus da arquibancada, apenas três, com a reabertura do local, já com status de “estádio”, em 25 de junho de 1939. Na ocasião, goleada alvirrubra por 5 x 2 sobre o Sport. Gols de Wlson (2), Bermudes, Celso e Fernando Carvalheira.

Década de 1940
O estádio dos Aflitos ganhou um sistema de iluminação em 19 de junho de 1941. Curiosamente, em um jogo que não envolveu o Náutico, Great Western 2 x 2 Flamengo do Recife. Na época, começou também a construção das sociais e cadeiras, uma estrutura ainda existente. Um jogo marcante na década ocorreu em 1º de julho de 1945, com a maior goleada da história do futebol local, Náutico 21 x 3 Flamengo. Tará balançou as redes nove vezes.

Década de 1950
O formato clássico dos Aflitos até meados dos anos 1990 foi finalizado na década de 1950, com a conclusão das arquibancadas e do antigo placar, conhecido como “Balança mas não cai” – um símbolo do futebol pernambucano. Além disso, foram construídos os túneis de acesso ao vestiário e colocados os primeiros alambrados. Época marcada por títulos, com o bicampeonato nos Aflitos em 50/51. O tri viria em plena Ilha do Retiro, ganhando os dois turnos. Em 1953, o estádio ganharia o nome de “Eládio de Barros Carvalho”, presidente do clube em 14 oportunidades, a primeira em 1948, quando incentivou a obra.

Década de 1960
A década dourada do Náutico, com o hexacampeonato estadual, boas campanhas na Taça Brasil, chegando à final, e participação na Libertadores. Nos Aflitos, a principal alteração foi construção das cabines de imprensa centrais. De lá, o registro audiovisual do recorde de público. Na decisão de 1968, no hexa, foram 31.061 torcedores espremidos assistindo in loco ao gol de Ramos, Náutico 1 x 0 Sport. O Recife acompanhou ao vivo na televisão.

Década de 1970
Dez anos sem grandes transformações. Com a inauguração do Arruda, em 1972, e a ampliação da Ilha, pouco antes, o Náutico jogou várias de suas principais partidas, no Estadual e no Brasileiro, nos campos rivais. Apesar disso, um jogo em especial aconteceu nos Aflitos, em 11 de dezembro de 1974. Náutico 1 x 0 Santa, com o 15º título pernambucano do timbu evitando o hexa tricolor. Ou seja, lá no Eládio nascia o bordão “Hexa é Luxo”.

Náutico nos Aflitos: Kuki no acesso à Série A em 2006, Acosta em 2007, Kieza no Brasileirão 2012 e acesso à Série A em 2011. Fotos: Ricardo Fernandes (2) e Gil Vicente, ambos do DP/D.A Press

Década de 1980
O Arruda estava novamente em obras, agora para a construção do anel superior. Paralelamente a isso, a direção timbu apresentou o “plano de expansão” dos Aflitos, em 28 de novembro de 1981. O estádio contaria com novas gerais, fosso, camarotes, cabines de imprensa e um novo lance de arquibancada no lugar do velho placar. Com isso, dobraria a capacidade, chegando a 50 mil lugares. “Não faremos dos Aflitos o maior estádio, mas o mais aconchegante”, frisou o então mandatário, Hélio Dias de Assis. Lendo assim, até parecia algo pequeno, mas seria um dos maiores estádios particulares do país. A obra não saiu, com o clube usando parte do recurso obtido no Bandepe para a reforma do calçamento na sede. Já os Aflitos virou praticamente um campo de treino, com apenas 140 partidas em dez anos.

Década de 1990
A segunda grande ampliação foi iniciada em 1996, com o aumento das arquibancadas laterais e central, tendo como consequência a demolição do “Balança mais não cai”. Um trabalho coordenado por Raphael Gazzaneo, que, de forma paulatina, foi arrecadando recursos junto à torcida para a construção de pequenos módulos num primeiro momento. Não por acaso, a obra duraria sete anos! Já em 1997, no quadrangular final da Série B, o estádio recebeu 28 mil torcedores para Náutico 0 x 2 América Mineiro.

Década de 2000
Em 2002, chegou ao fim o primeiro módulo da reforma, com a conclusão do anel inferior, com 22.856 lugares – já com a nova medição da Fifa, com 50 centímetros por pessoa. Anel inferior?! Isso mesmo, pois o projeto original de ampliação e modernização dos Aflitos previa uma capacidade de 34.050. A versão final, prevista até 2007, teria dois tobogãs cobertos e interligados por duas vigas metálicas. Ao todo, seriam 28.950 assentos no cimento, 4.500 cadeiras e 600 lugares nos camarotes, cuja venda dos espaços bancaria parte da obra. No período, o maior público foi na fatídica “Batalha dos Aflitos”.

Década de 2010
Com a Copa do Mundo no Brasil, proliferaram projetos de arenas de norte a sul. Na capital pernambucana foram nada menos que seis, incluindo a Arena Pernambuco, a única erguida. O próprio Náutico chegou a apresentar dois projetos de arena, deixando de lado a ampliação imaginada em 1996. Em 2013, o clube assinou um contrato de 30 anos para atuar na arena em São Lourenço. Com isso, parou até a manutenção dos Aflitos. Três anos depois, a rescisão unilateral do acordo por parte da Odebrecht, com o clube iniciando mais uma reforma em sua verdadeira casa, desta vez para obter os laudos básicos exigidos pela CBF – no último jogo, um amistoso com o Decisão, em 2015. Sonhando com o recomeço da centenária história em 2018…

Estádio dos Aflitos

Podcast – Vitória do Santa, empate do Sport e derrota do Náutico no Brasileiro

Na 7ª rodada das Séries A e B, resultados distintos no Trio de Ferro. Na terça, o primeiro a entrar em campo foi o alvirrubro, derrotado nos descontos. Acabou resultando na saída de Waldemar Lemos do comando técnico. Pouco depois, no Castelão, o tricolor virou o placar com mudanças ofensivas no time. Na quarta-feira, pela elite, o leão voltou a pontuar como mandante, mas ficou num placar em branco, no último jogo sem DS87, devido à Seleção. O podcast 45 minutos analisou as três partidas em gravações exclusivas, tanto na questão técnica quanto tática, além de análises individuais. Ouça!

13/06 – Náutico 1 x 2 Paraná (41 min)

13/06 – Ceará 1 x 3 Santa Cruz (31 min)

14/06 – Sport 0 x 0 São Paulo (36 min)

Sport x Arsenal na 2ª fase da Sula, com a definição no estádio de Julio Grondona

Sport x Arsenal de Sarandí, o confronto pela 2ª fase da Sul-Americana 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Dois anos após a partida no El Palacio, quando acabou eliminado pelo Huracán, o Sport volta à Argentina. No sorteio para a segunda fase da Copa Sul-Americana de 2017, o rubro-negro ficou na chave “O10”, onde enfrentará o Arsenal Fútbol Club. O clube é sediado em Sarandí, cidade de 60 mil habitantes no sul da região metropolitana de Buenos Aires. Com 60 anos de história, o clube conquistou as suas principais glórias nos últimos dez anos, com um título argentino (2012), uma Copa Argentina (2013) e uma Copa Sul-Americana. Isso mesmo. Em 2007, na segunda de suas seis participações, eliminou clubes como San Lorenzo e River Plate e ficou com a taça.

Hoje, o Arsenal vive um momento turbulento. Num campeonato nacional com 30 times, ocupa da 28ª posição a três rodadas do fim. Apesar da colocação, no país vizinho o rebaixamento é definido pelo “promedio”, com uma média de pontos nas últimas quatro temporadas. Nesta lista, o Arsenal está em 24º lugar, três posições acima do Z4. Na Sula, passou sem trabalho. Enquanto o leão só tirou o Danubio do Uruguai nos pênaltis, o Arsenal venceu os peruanos do Juan Aurich lá e lô, 2 x 0 e 6 x 1. Para conseguir avançar às oitavas, o Sport terá que buscar a vaga como visitante, no acanhado estádio Julio Grondona, sem o mesmo peso histórico da primeira viagem. Embora tenha capacidade oficial para 18 mil pessoas, aparenta nem a metade.

O nome da cancha é uma homenagem ao controverso ex-presidente da AFA (a CBF dos hermanos), fundador e primeiro presidente do Arsenal. Ficou lá 19 anos, até 1976. Pouco depois, assumiu a Asociación del Fútbol Argentino, por longos 35 anos, até a sua morte, em 2014, aos 83 anos.

Atualização: jogos em 06/07 (Recife, 21h45) e 27/07 (Sarandí, 19h15)

Estádio Julio Grondona, do Arsenal. Foto: Arsenal/site oficial

Pela participação em duas fases, o leão já soma 550 mil dólares em cotas, ou R$ 1,74 milhão. A vaga no próximo mata-mata vale mais US$ 375 mil (R$ 1,2 mi). Caso se classifique, todos os possíveis confrontos estão abaixo…

Até hoje, o Sport chegou no máximo às oitavas de final, em 2013 e 2015.

Obs. Na composição do chaveamento, cada duelo foi sorteado de O1 até O16. Os vencedores “levam” a numeração até a decisão, com o menor número em cada chave definindo a vantagem do mando de campo.

Confrontos da segunda fase da Sula (time à direita define em casa):

O1 – Racing x Independiente Medellín
O2 – Deportivo Cali x Junior
O3 – Palestino x Flamengo
O4 – Nacional Potosí x Estudiantes
O5 – Independiente x Deportes Iquique
O6 – Bolivar x LDU
O7 – Ponte Preta x Sol de América
O8 – Fuerza Amarilla x Santa Fe
O9 – Huracán x Libertad
O10 – Sport x Arsenal
O11 – Fluminense x Universidade Católica
O12 – Oriente Petrolero x Atlético Tucumán
O13 – Nacional x Olimpia
O14 – Defensa y Justicia x Chapecoense
O15 – Cerro Porteño x Boston River
O16 – Patriotas x Corinthians

Possíveis adversários do Sport na Copa Sul-Americana 2017:

2ª fase – Arsenal (ARG) 

Oitavas – Ponte Preta ou Sol de América (PAR) 

Quartas – Deportivo Cali (COL), Junior (COL), Cerro Porteño* (PAR) ou Boston River* (URU) 

Semifinal – Defensa y Justicia* (ARG), Chape*, Palestino (CHI), Flamengo, Fluminense*, Universidad Católica* (EQU), Bolívar (BOL) ou LDU (EQU) 

Final – Patriotas* (COL), Corinthians*, Racing (ARG), Independiente Medellín (COL), Huracán (ARG), Libertad (PAR), Fuerza Amarilla (EQU), Santa Fe (COL), Nacional* (PAR), Olimpia* (PAR), Nacional Potosí (BOL), Estudiantes (ARG), Oriente Petroleto* (BOL), Atlético Tucumán* (ARG), Independiente (ARG) ou Deportes Iquique (CHI) 

* O Sport jogaria a volta do confronto no Recife

Sorteio da 2ª fase da Copa Sul-Americana. Foto: Conmebol/site oficial

Sport empata sem gols com o São Paulo em partida de pouca criatividade na Ilha

Série A 2017, 7ª rodada: Sport 0 x 0 São Paulo. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

As duas primeiras vitórias do Sport no Campeonato Brasileiro tiveram dois pontos em comum: ambas na Ilha do Retiro e sem Diego Souza. Após outra derrota como visitante, o leão voltou ao seu reduto para enfrentar o São Paulo, de começo bem irregular sob comando de Rogério Ceni – hoje, com desfalques, parece uma equipe sem identidade. Mais uma vez, DS87 não estaria em campo, ainda na viagem de volta da Austrália, onde defendeu a Seleção. Se houve um lampejo de discurso sobre a intensidade do time com ou sem o jogador (menor maior, respectivamente), o empate em 0 x 0 talvez tenha deixado claro outro ponto, a falta de criatividade nas jogadas.

Foram 57 passes errados e 20 cruzamentos na área, apenas um terminando em finalização, numa cabeçada de André. À parte disso, toques para os lados e exploração das pontas até o limite. Pior ainda foi o desempenho no primeiro tempo, com Thallyson sem conseguir dar fluidez no setor. Peça de confiança de Luxemburgo nesse início de trabalho, o jogador ainda é verde e não apresentou futebol suficiente para essa titularidade em sequência. Ao menos Luxa corrigiu isso no intervalo, com a entrada de Everton Felipe. Mudança efetiva, com o meia ganhando mais jogadas e dando um sinal de vida na área central, arriscando infiltrações. Porém, ao tentar bastante o passe mais difícil, EF acaba tirando o encaixe do time, que suou bastante para conter os contragolpes do time paulista – Durval e Ronaldo Alves muito bem.

Em um segundo tempo melhor, o Sport contou com as entradas de Rogério (Thomás) e Juninho (Osvaldo), mas com o mesmo estilo de jogo, bem marcado. O empate acabou sendo o primeiro jogo do ano em que o rubro-negro não balançou as redes na Ilha (e foram 21). No fim ficou o alívio pela defesaça de Magrão numa cabeçada de Gilberto (ex-Santa e ex-Sport), nos descontos, e a queixa sobre dois pênaltis não assinalados por Héber Roberto Lopes – que errou nas duas vezes, na visão do blog. Ficou, também, a certeza de que a ausência do meia Diego Souza nas vitórias anteriores foi mais circunstancial do que a causa delas. Qualidade técnica faz falta, sempre.

Sport x São Paulo no Recife, pelo Brasileiro
8 vitórias do Leão
8 empates
4 vitórias do Tricolor

Série A 2017, 7ª rodada: Sport 0 x 0 São Paulo. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Classificação da Série B 2017 – 7ª rodada

A classificação da 7ª rodada da Série A de 2017. Crédito: Superesportes

Em mais uma terça-feira cheia na Série B, uma derrota pernambucana, em casa, e uma vitória pernambucana, como visitante. Na Arena, o Náutico perdeu do Paraná com um gol nos descontos. Segue na lanterna, agora o único clube sem vitória. No Castelão, o Santa superou o Ceará com bela atuação na etapa complementar. Com isso, voltou ao G4, subindo do 7º para o 4º lugar. Tomou o lugar do Internacional, que empatou mais uma – não por acaso, os corais estão na frente pelo número de vitórias, 4 x 3.

Resultados da 7ª rodada
Náutico 1 x 2 Paraná
Guarani 2 x 0 Paysandu
Londrina 1 x 1 Oeste
Figueirense 2 x 2 Criciúma
Goiás 4 x 1 Boa
Juventude 3 x 0 ABC
CRB 1 x 2 Vila Nova
Ceará 1 x 3 Santa Cruz
América 1 x 1 Internacional
Luverdense 4 x 0 Brasil 

Balanço da 7ª rodada
4V dos mandantes (20 GP), 3E e 3V dos visitantes (12 GP)

Agenda da 8ª rodada
16/06 (19h15) – Criciúma x Guarani (Heriberto Hulse)
16/06 (20h30) – Ceará x Luverdense (Castelão)
16/06 (20h30) – Paraná x Figueirense (Durival de Britto)
16/06 (21h30) – Goiás x ABC (Serra Dourada)
17/06 (16h30) – Santa Cruz x Internacional (Arruda)
17/06 (16h30) – Boa x Náutico (Dilzon Melo)
17/06 (16h30) – Paysandu x Juventude (Mangueirão)
17/06 (16h30) – CRB x Londrina (Rei Pelé)
17/06 (19h00) – Brasil x Vila Nova (Bento Freitas)
17/06 (21h00) – Oeste x América (Arena Barueri)

Na primeira partida pós-Eutrópio, Santa vence Ceará no Castelão com autoridade

Série B 2017, 7ª rodada: Ceará 1x3 Santa Cruz. Crédito: Premiere/Sportv (reprodução)

Houve um momento emblemático no Santa Cruz na partida no Castelão. Embora tenha virado sobre o Ceará com três gols no segundo tempo, quando melhorou a pegada, chamou a atenção a mudança efetuada no período pelo técnico (interino?) Adriano Teixeira. Por volta dos 19 minutos, ele substituiu o meia Léo Lima, titular, mas ainda em busca de um melhor condicionamento para suportar o jogo todo, pelo atacante Augusto, ex-Campinense. O tricolor havia acabado de empatar, num gol de extrema categoria do próprio LL. Há poucos dias, talvez um volante tivesse sido acionado nesta troca. Ao menos era o histórico de Vinícius Eutrópio, que não conseguiu tirar a equipe coral de uma linha defensiva com pouca inspiração à frente.

Com o time vindo de duas derrotas e encarando uma das pedreiras da Série B, como visitante, Adriano não tinha muito a perder. Ganhou a oportunidade e fez diferente, arriscou. Embora Augusto não tenha sido decisivo na virada, a postura à frente deu ao time pernambucano a condição de buscar um resultado interessante na capital alencarina. Aos 25 minutos, o atacante Bruno Paulo (de bom encaixe com Bueno) arrumou espaço na entrada da área e finalizou bem demais, acertando o ângulo. A virada deixou o vozão atordoado – pouco antes havia acertado o travessão, em ótima oportunidade -, com o Magnata anulado por Nininho, surpreendendo como substituto de Vítor.

Com a marcação adiantada e contando com a mobilidade de André Luís, na visão do blog o melhor jogador do time até o momento, o Santa passou a ter a bola em seguidos contragolpes. Em um desses, Augusto, aí sim efetivo, cruzou da direita e Ricardo Bueno (levemente adiantado) empurrou para as redes, 1 x 3. Os três gols da vitória foram anotados por reforços visando o Brasileiro. Tecnicamente, peças que poderiam dar uma nova cara ao time. Desde que o comandante conseguisse enxergar uma nova proposta. Adriano conseguiu e, como prêmio, ainda recolocou o Santa no G4…

Série B 2017, 7ª rodada: Ceará 1x3 Santa Cruz. Crédito: Premiere/Sportv (reprodução)

Desarrumado, Náutico leva virada do Paraná nos descontos. Segue lanterna

Série B 2017, 7ª rodada: Náutico 1x2 Paraná. Foto: Peu Ricardo/DP

O calvário do Náutico permanece na Série B, isolado na última posição. De 21 pontos disputados, o time somou apenas dois, em empates como mandante. A vitória vem passando longo do alvirrubro, que parece não evoluir em termos de organização. De volta à Arena Pernambuco, contra o Paraná Clube, equipe até teve mais volume de jogo, mas foi afobada do início ao fim.

Embora tenha aberto o placar logo aos cinco minutos, a vantagem durou pouco, repetindo o cenário contra o Oeste. A dificuldade para marcar gols é imensa. Tanto que o tento pernambucano saiu numa trapalhada do goleiro Richard, que chutou mal, com a bola nos pés de Vinícius. Após a estreia no Beira-Rio, quando balançou as redes, o atacante voltou a marcar. Esse faro de gol talvez seja o único saldo positivo da noite – sobretudo numa comparação com os demais nomes à frente, como Esquerdinha, penteando demais a bola, e Alison, sem intimidade com o gol. De resto, um time que não troca três passes em direção ao gol adversário, abusando basicamente uma jogada: bola para Erick, de fato bem acima da média no elenco.

E mesmo Erick abusou, desperdiçando a melhor chance de desempatar no segundo tempo, já aos 42. Pior. Pouco depois, aos 46, saiu o segundo gol dos visitantes num contragolpe, 1 x 2. Aqui, vale a ressalva sobre Erick, que vive a sua primeira temporada profissional, já carregada de uma responsabilidade causada pelo colapso financeiro (e administrativo) do clube, com limitação em reforços. Uma consequência disso é de Waldemar Lemos. O técnico, que assumiu o time há pouco mais de um mês, não tem um bom histórico de organização tática. Seu papel parece mais associado ao de um bombeiro, trabalhando o psicológico do grupo. Até aqui, insuficiente. Envolto numa eleição antecipada, o Náutico precisa seguir olhando para 2017. Para o time e para o comando técnico. A péssima largada já compromete, desde já, 2018…

Série B 2017, 7ª rodada: Náutico 1x2 Paraná. Foto: Peu Ricardo/DP

Os 10 gols mais rápidos da história da Seleção em 1.078 jogos, com DS87 em 1º

Amistoso, 2017: Austrália 0x4 Brasil. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

A Gerência de Arquivo e Memória da CBF detalhou a lista com os gols mais rápidos já marcados pela Seleção. Considerando os 1.078 jogos do time principal, contra seleções, clubes ou combinados, o primeiro gol de Diego Souza no amistoso em Melbourne tornou-se o mais ligeiro. O recorde anterior, de Willian, durou exatos 20 meses – curiosamente, o próprio Willian cobraria o escanteio para o segundo gol de DS87 no Melbourn Cricket Ground. Abaixo, o vídeo do histórico gol do craque do Sport, do apito inicial à bola na rede.

Em relação ao tempo dos gols, conforme ressalvado pelo blog no post anterior, durante muitos os anos não foram considerado os segundos para os registros dos tentos, nem cronômetro nem na súmula. Apenas os minutos. Por sinal, três dos gols mais rápidos estão neste contexto, com 1 minuto.

Os 10 gols mais rápidos da seleção principal
0min10s – Diego Souza (Brasil 4 x 0 Austrália, 13/06/2017)
0min35s – Willian (Brasil 3 x 1 Venezuela, 13/10/2015)
0min46s – Jairzinho (Brasil 2 x 1 Argentina, 08/03/1970)
0min47s – Ronaldo (Brasil 3 x 1 Bolívia (05/09/2004)
1min00s – Gil (Brasil 4 x 3 Pumas, 02/06/1976)
1min00s – Toninho Baiano (Brasil 2 x 2 Seleção Gaúcha, 25/05/1978)
1min00s – Romário (Brasil 8 x 2 Honduras, 08/06/1994)
1min20s – Miranda (Brasil 2 x 1 Colômbia, 06/09/2016)
1min40s – Denilson (Brasil 7 x 0 Peru, 26/06/1997)
1min50s – Jonas (Brasil 2 x 0 Panamá, 29/05/2016)

Brasil goleia a Austrália com dois gols de Diego Souza, o primeiro aos 10 segundos

Amistoso, 2017: Austrália x Brasil. Foto: Brasil Globar Tour/twitter (@BGT_ENG)

Início de jogo com a Austrália trocando passes para trás. No primeiro toque à frente, Giuliano interceptou e enfiou para Diego Souza. O camisa 21 entrou na área pela direita e tocou apenas uma vez na bola. Bastou para abrir o placar no Melbourn Cricket Ground, com apenas 10 segundos. Simplesmente o gol mais rápido da história da Seleção Brasileira, em sua 1.078ª apresentação desde 1914, considerando partidas contra clubes e países. Desde que a cronometragem passou a marcar os segundos dos gols, no futebol, ninguém havia precisado de tão pouco tempo. O recorde pertencia a Neymar, embora num contexto mais amplo, com a Seleção Olímpica. Em 2016, nos Jogos do Rio, o craque do Barça marcou sobre Honduras com 14 segundos.

Voltando ao amistoso, o gol do meia do Sport, jogando como centroavante na Canarinha, abriu a goleada por 4 x 0. Foi um jogo com muitas mudanças na equipe, começando pelo ataque brasileiro, sem Neymar, que não foi convocado, e Gabriel Jesus, que se machucou contra a Argentina. Com o país confirmado na Copa do Mundo de 2018, Tite aproveitou para testar outras peças, como Diego Souza, que nunca ficara tanto tempo em campo pelo Brasil nesta temporada. Titular e presente o jogo inteiro, o jogador anotou dois gols, desperdiçou outra boa chance e trabalhou muito bem como pivô. Inclusive, participou de forma direta do terceiro gol, numa jogada iniciada por Willian, com Paulinho tabelando com Diego e tocando para Taison marcar – Thiago Silva, de cabeça, marcara o segundo tento. No último lance, em cobrança de escanteio, Diego fez de cabeça. Deixou boa impressão.

Convocado três vezes, para cinco partidas, o craque do Sport totaliza 169 minutos na Seleção Brasileira sob o comando de Tite. Agora, para voltar a ser lembrado, DS87 precisa retomar o ritmo na Ilha. Ah! Um rubro-negro não fazia um gol pelo Brasil desde 23/09/1981, com Roberto Coração de Leão, no 6 x 0 sobre a Irlanda, no Rei Pelé. Foi, também, a primeira vez que um atleta do clube marcou 2 gols num jogo da Canarinha. No futebol pernambucano, não acontecia desde Nunes, do Santa Cruz, em 1978. Manhã histórica…

Participação de Diego Souza na Seleção em 2017
25/01 – Brasil 1 x 0 Colômbia (titular, 64 minutos)
23/03 – Uruguai 1 x 4 Brasil (reserva, 5 minutos)
28/03 – Brasil 3 x 0 Paraguai (reserva, 6 minutos)
09/06 – Brasil 0 x 1 Argentina (reserva, não entrou)
13/06 – Austrália 0 x 4 Brasil (titular, 94 minutos e 2 gols)

Amistoso, 2017: Austrália x Brasil. Foto: Brasil Globar Tour/twitter (@BGT_ENG)