As prováveis formações de Bahia e Sport na decisão da Copa do Nordeste de 2017

As possíveis formações de Bahia e Sport para o jogo de volta da final da Lampions. Arte: Cassio Zirpoli (via Football User)

Os finalistas chegam na Fonte Nova com formações bem distintas em relação ao jogo de ida, o 1 x 1 na Ilha. Seja por volta de suspensão, novas contusões ou opções (técnica e tática) dos treinadores, Bahia e Sport chegam com surpresas para a grande decisão regional. No mandante, era esperada uma formação mais ofensiva, apesar da boa organização mostrada no Recife. Guto Ferreira deve abrir mão dos três volantes para decidir o jogo, como fez na semi contra o Vitória. Já Ney Franco, pressionado pela má sequência (1 vitória em 10 jogos), deve apostar num sistema inédito, considerando o time principal. Seriam três zagueiros, sem Ronaldo Alves, que sequer viajou. Com apuração dos repórteres Daniel Leal e João de Andrade Neto, do Superesportes, e a colaboração de Vitor Villar, do jornal baiano Correio, chegamos às prováveis escalações na final do Nordestão 2017, nesta quarta-feira. Nenhuma confirmada, obviamente.

Concorda com as escalações? Cabe alguma surpresa?

Bahia
Na Ilha, o tricolor de aço jogou com três volantes. Em casa, deve atuar com dois volantes, incluindo Edson, desfalque no primeiro jogo. Portanto, Matheus Sales e Juninho (forte na bola parada) devem começar no banco. Mais à frente, o time terá a volta de Régis, artilheiro do torneio, com 6 gols. Com isso, o poder de fogo do mandante aumenta bastante, tendo como lastro o bom momento do setor (completo). Sobre a formação acima, uma surpresa pode ser a permanência do lateral-esquerdo Matheus Reis na vaga de Armero.

Formação (4-2-3-1): Jean; Eduardo, Tiago, Lucas Fonseca e Armero; Edson e Renê Junior; Régis, Zé Rafael e Allione; Edigar Junio

Desfalques: Jackson (lesão no menisco) e Hernane Brocador (fratura na tíbia)

Sport 
No último treino antes do jogo, na Ilha, Ney Franco testou uma formação com três zagueiros, tentando reforçar a defesa, carente do volante Rithely – suspenso nos dois jogos. Com a volta de Mena e a lesão de Samuel, Prata segue no time, mas em sua função original, na direita. Em busca de pelo menos um gol para “entrar” no jogo, o leão começa precavido, apostando na investida do trio DS (11 gols no ano), Rogério (8) e André (7). Porém, o setor precisa de diálogo. Preterido, Everton Felipe aparece com a principal aposta no decorrer.

Formação (3-4-1-2): Magrão; Matheus Ferraz, Henríquez e Durval; Raul Prata, Fabrício, Ronaldo e Mena; Diego Souza; André e Rogério

Desfalques: Ronaldo Alves (problema muscular), Samuel Xavier (estiramento) e Rithely (suspenso)

As cidades das finais do Nordestão, com Salvador pela 6ª vez em 14 competições

A Arena Fonte Nova, em Salvador. Foto: Itaipava Arena Fonte Nova

Em 14 edições da Copa do Nordeste, a capital baiana abriga a finalíssima pela 6ª vez. Com 42% das decisões, a cidade se divide entre a Fonte Nova, com quatro entregas de taças, e o Barradão, com duas. No caso do principal estádio de Salvador, agora reconstruído como arena, mais um confronto entre Bahia e Sport. Em 2001, diante de 69 mil pessoas, no maior público da história da Lampions League, o tricolor de aço faturou o seu primeiro título.

Com capacidade para 47.907 torcedores, a Fonte Nova será ocupada em 24 de maio por 44 mil tricolores e até três mil rubro-negros, com a disposição da torcida visitante já estabelecida (círculo vermelho, acima). Além disso, os dois estados poderão ver em sinal aberto – e o restante do país via tevê por assinatura. Embora seja a sexta final com um clube pernambucano, até hoje o Recife só abrigou uma decisão. De 1994 a 2016, em termos estatísticos, os mandantes ganharam sete títulos, enquanto os visitantes levaram a melhor em seis. Após o 1 x 1 na Ilha, o Baêa começa em vantagem pela nova orelhuda…

Abaixo, os palcos da decisão regional. Em 1994, 2001 e 2010 o título foi decidido em jogo no único. Nos demais, valeu o estádio do jogo de volta.

As sedes das 14 decisões do Nordestão
1994 – Rei Pelé, Maceió-AL (CRB (2) 0 x 0 (3) Sport*)
1997 – Fonte Nova, Salvador-BA (Vitória* 1 x 2 Bahia)
1998 – Machadão, Natal-RN (América* 3 x 1 Vitória)
1999 – Fonte Nova, Salvador-BA (Bahia 1 x 0 Vitória*)
2000 – Ilha do Retiro, Recife-PE (Sport* 2 x 2 Vitória)
2001 – Fonte Nova, Salvador-BA (Bahia* 3 x 1 Sport)
2002 – Barradão, Salvador-BA (Vitória 2 x 2 Bahia*)
2003 – Barradão, Salvador-BA (Vitória* 0 x 0 Fluminense)
2010 – Frasqueirão, Natal-RN (ABC 1 x 2 Vitória*)
2013 – Amigão, Campina Grande-PB (Campinense* 2 x 0 ASA)
2014 – Castelão, Fortaleza-CE (Ceará 1 x 1 Sport*)
2015 – Castelão, Fortaleza-CE (Ceará* 2 x 1 Bahia)
2016 – Amigão, Campina Grande-PB (Campinense 1 x 1 Santa Cruz*)
2017 – Fonte Nova, Salvador-BA (Bahia x Sport)

* Os clubes campeões

Ranking de cidades
6 – Salvador
2 – Natal, Fortaleza e Campina Grande
1 – Maceió e Recife

Ranking de estádios
4 – Fonte Nova
2 – Barradão, Castelão e Amigão
1 – Rei Pelé, Machadão, Ilha do Retiro e Frasqueirão

Conselho do Náutico antecipa eleição em julho, mas presidente só assume em 2018

Reunião do Conselho Deliberativo do Náutico. Foto: Conselho Deliberativo do Náutico/twitter (@CD_Nautico)

Bienal, a eleição para a presidência executiva do Náutico tradicionalmente ocorre no mês de dezembro. Em reunião extraordinária nos Aflitos, com apenas uma pauta na mesa, o conselho deliberativo do clube decidiu antecipar o pleito visando a gestão 2018/2019 para o dia 16 de julho.

Eis as justificativas do CD para a decisão:
“A continuidade do atual modelo de gestão, com descontrole de gastos, falta de planejamento e o sistemático desrespeito e descumprimento do estatuto e da legislação, poderá comprometer ainda mais o futuro do clube.”

Essa decisão é mais um capítulo na confusa política alvirrubra, com executivo e conselho em confrontos recorrentes. Um dia antes, o atual presidente, Ivan Brondi, havia deixado claro que só concordaria com a antecipação em caso de chapa de consenso. Alegou que um adiantamento, embora previsto no artigo 62 do estatuto, só poderia ocorrer em “casos excepcionais e devidamente justificados” e/ou “visando preservar os interesses do clube”.

“Não vislumbro, na citada antecipação, qualquer interesse do Náutico a ser preservado, nem qualquer caso excepcional e devidamente justificado a motivar a mudança do calendário eleitoral, sendo certo que a grande dificuldade do Náutico é de natureza financeira, que não foi criada pela atual gestão, como é sabido por todos os torcedores do clube”.

Já na visão do conselho, as duas possibilidades estatutárias cabem.

Por outro lado, o novo presidente não assume de forma imediata. Brondi mantém o seu mandato até o fim do ano. Entretanto, o futuro mandatário terá seis meses para iniciar o trabalho de transição através da “manutenção, renovação e prospecção de atletas e parceiros comerciais”.

A eleição terá na comissão eleitoral os seguintes nomes: Alexandre Carneiro, Ivan Rocha, Bruno Becker, Carlos Roma e Roberto Andrade.

O patrimônio dos clubes pernambucanos através dos balanços financeiros de 2016

Aflitos, Ilha do Retiro e Arruda. Crédito: Google Maps/reprodução

O patrimônio do Trio de Ferro consiste em 209 mil metros quadrados de área no Recife. Dado referente às sedes sociais, à parte dos centros de treinamento no subúrbio. Mensurar o valor dos terrenos e das (enormes) estruturas não é tão simples, devido aos números apresentados por Náutico, Santa e Sport em seus balanços. Considerando os demonstrativos financeiros de 2016, divulgados em abril, a soma patrimonial seria de R$ 331.233.365 – hoje, inferior ao passivo acumulado, de 343 milhões de reais. No mercado, seria uma pechincha. Para explicar, vamos às ressalvas. Tanto o alvirrubro quanto o tricolor congelaram (dentro da lei) os valores, ignorando a especulação imobiliária, sobretudo nos Aflitos. Idem com o Sport, que, por outro lado, calculou a depreciação dos bens construídos, com queda de 19,6% num ano, ou R$ 32,4 milhões a menos. Como consequência, o patrimônio leonino tornou-se menor que o alvirrubro (133 mi x 134 mi). 

Um ponto interessante sobre a depreciação é o caráter meramente contábil, não relacionado, necessariamente, ao valor real de mercado. Como exemplo, o Arruda. A comissão patrimonial do Santa encomendou uma avaliação independente do estádio, sem contar os terrenos do CT Waldomiro Silva, em Beberibe, e CT Ninho das Cobras, na Guabiraba (ambos sem estrutura). Nesta análise, o Mundão valeria R$ 274 milhões, num aumento de 330% em relação ao balanço oficial, com a cifra pregada há anos. Pela falta de atualização, o patrimônio coral ficou abaixo do Central. Localizado num bairro nobre de Caruaru, Maurício de Nassau, o estádio alvinegro é sondado por construtoras de forma recorrente. Valeria R$ 88 milhões.

A lista abaixo apresenta os clubes locais acima de R$ 1 milhão, considerando imóveis, como sede, estádio, ginásios, parque aquático, centros de treinamento, terrenos etc. Vale destacar que Náutico e Sport não consideram os CTs nos ajustes patrimoniais, ainda atrelados como bens paralelos. E olhe que alguns clubes informam até maquinário, equipamentos eletrônicos e veículos. O Sport, por exemplo, soma R$ 5 milhões neste quesito, desconsiderado aqui. Em tempo: nada está à venda.

Patrimônio social
1º) Náutico, R$ 134.489.197 (Aflitos e clube)
2º) Sport, R$ 133.005.168 (Ilha do Retiro e clube)
3º) Central, R$ 96.400.000 (Lacerdão e terreno)
4º) Santa Cruz, R$ 63.739.000 (Arruda e clube)
5º) Sete de Setembro, R$ 18.000.000 (Gigante do Agreste e terreno)
6º) América, R$ 1.700.319 (imóvel)*
7º) Porto, R$ 1.610.293 (CT e imóveis)
* Dados de 2015, os últimos presentes no site da FPF

Observações:
1) A lista milionária poderia ser maior caso Centro Limoeirense e Ypiranga detalhassem seus respectivos estádios, o José Vareda e Limeirão.

2) O casarão na Estrada do Arraial é alvo de disputa pelo América, que perdeu o imóvel em 2012 num leilão para abater uma dívida. O clube tenta anular o processo. De toda forma, em 2015, passou a ser classificado como Imóvel Especial de Preservação (IEP) e não pode mais ser demolido.

Área dos clubes no Recife
1º) Ilha do Retiro, 110 mil m²
2º) Arruda, 58 mil m²
3º) Aflitos, 41 mil m²

Área dos principais centros de treinamento
1º) Wilson Campos (Náutico), 49 hectares
2º) Ninho do Gavião (Porto), 20 hectares
3º) Ninho das Cobras (Santa), 10,5 hectares (em construção)

4º) José de Andrade Médicis (Sport), 8,4 hectares

Atlético escapa de W.O. como mandante e vence aos 49/2T. Série D raiz em Carpina

Série D 2017, 1ª rodada: Atlético-PE 4 x 2 Campinense. Foto: Ednaldo Tavares/Nova Carpina FM/Voz de Pernambuco

Nada de jogos televisionados no Premiere, campos padronizados ou públicos numerosos. A Série D, mambembe desde sempre, é o verdadeiro retrato da maioria dos 766 clubes em atividade no país, num âmbito de superação e improviso. Na largada deste ano, foram 32 jogos no domingo, incluindo as derrotas de América e Central, ambos como visitante. E a maior história do dia ocorreu com o terceiro representante local. Mais precisamente em Carpina.

O Atlético Pernambuco conquistou a vaga de última hora, após a desistência do Serra Talhada, sem condições financeiras. Na estreia, o Tatu enfrentaria a principal força do grupo 8, o Campinense, que manteve a base da equipe que disputou o Nordestão, indo até as quartas de final. Jogo marcado para as 16h. Hino nacional, arbitragem e equipe do visitante perfiladas e um vazio ao lado… Nada do mandante. O ônibus quebrou a caminho do estádio Paulo Petribu. W.O. em casa? Acredite, passou perto. O árbitro Leo Simão teria que esperar meia hora. Correndo num ônibus escolar, numa carona encontrada às pressas, o time chegou às 16h25. Até a bola rolar, ainda teve três minutos para aquecimento e “oração”, como destaca a súmula oficial.

Em campo, George até abriu o placar para o dono da casa, mas a Raposa virou para 1 x 3 no primeiro tempo. Fatura quase liquidada, compreensível num dia tão atribulado. Porém, logo na retomada, Cesar diminuiu, com o 2 x 3 seguindo até o finzinho. Foi quando o camisa 9, Wellington, apareceu. O atacante marcou os gols do empate, aos 38, e da virada, aos 49 do segundo tempo. 4 x 3! Pena que nenhum torcedor pôde assistir na arquibancada, com o jogo de portões fechados por falta de laudos. Mais Série D, impossível. Raiz.

Abaixo, o registro do site Voz de Pernambuco, desde já uma raridade…

Podcast – Análise da vitória do Santa, do empate do Sport e da derrota do Náutico

O segundo fim de semana pelo Campeonato Brasileiro de 2017 foi distinto em relação aos grandes clubes pernambucanos. No sábado, pela Série B, o tricolor alcançou a vice-liderança, enquanto o alvirrubro caiu para a vice-lanterna. No domingo, pela Série A, o rubro-negro deu sequência à má fase, agora com 1 vitória em 10 jogos, contabilizando as cinco competições simultâneas. O 45 minutos analisou as três partidas em gravações exclusivas, tanto na questão técnica quanto tática. Participei dos três debates. Ouça!

20/05 – Figueirense 3 x 0 Náutico (26 min)

20/05 – Santa Cruz 2 x 1 Guarani (34 min)

21/05 – Sport 1 x 1 Cruzeiro (31 min)

Jogando mal outra vez, o Sport fica no empate com o Cruzeiro. E saiu no lucro

Série A 2017, 2ª rodada: Sport 1 x 1 Cruzeiro. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

O primeiro tempo foi até equilibrado, com o leão criando três boas chances. No segundo, o Cruzeiro dominou o jogo na Ilha. Enquanto o goleiro mineiro, Fábio, foi quase um espectador no período, Magrão comprovou a ótima forma na temporada, salvando o Sport de mais uma derrota no Brasileirão. O empate em 1 x 1 acabou de bom tamanho para o time pernambucano, ainda desorganizado e, nesta partida especificamente, dando sinais de cansaço.

Fragilizado pela má sequência – agora, 1 vitória em 10 jogos -, o Sport entrou em campo quase como franco atirador. Embora tenha contado com Rithely, que dá outra cara à equipe, melhorando a marcação e dando escape na criação, acabou poupando os cabeças de área, com Ronaldo utilizado no primeiro tempo e Fabrício no segundo. A interseção entre eles foi Neto Moura, cuja escalação destoou. Pouco participativo, o volante já havia ido mal em Campinas. No Recife foi quase nulo, sobrecarregando os companheiros na recomposição. Por sinal, a sua titularidade nos dois jogos da Série A é um sinal claro de fadiga no time. Ney Franco só “corrigiu” isso aos 9 da segunda etapa, justamente quando a equipe começava a pregar. Rogério (mal) e Osvaldo (arisco) desaceleraram e Diego Souza foi de centroavante a armador, ficando mais recuado a cada minuto. André? Nem no banco, poupado.

Àquela altura, já com o 1 x 1 (Alisson na primeira chegada celeste e DS87 de pênalti), coube ao Sport suportar a pressão. Trocando passes e explorando as laterais (Prata e Evandro, este numa fogueira), o visitante chegou incontáveis vezes à meta de Magrão, pois o mandante não prendia a bola um segundo sequer à frente. Na partida que reuniu os campeões de 87 para o novo uniforme, mas com apenas 4.459 espectadores, a vaia no fim foi inevitável. Direcionada sobretudo ao treinador, que deverá ter na quarta-feira, na decisão regional em Salvador, o divisor de águas em seu trabalho no rubro-negro.

Série A 2017, 2ª rodada: Sport 1 x 1 Cruzeiro. Foto: Léo Caldas/Cruzeiro

Sport reúne onze campeões brasileiros de 1987 para a estreia do uniforme de 2017

Reunião do time campeão brasileiro de 1987 em 21 de maio de 2017. Foto: Anderson Freire/Sport Club do Recife

Betão, Neco, Ismael, Cláudio e Flávio; Marco Antônio, Zico, Robertinho, Rogério, Ribamar e Euzébio.

Onze jogadores que fizeram parte do Sport durante a campanha do título brasileiro de 1987 se reuniram na Ilha do Retiro, a convite do clube, para as homenagens pelos trinta anos da conquista. Dois deles radicados em Pernambuco, Rogério e Neco, e os demais acompanhando o leão de longe, de norte a sul. No encontro, saudosismo puro. A data marca também a estreia do uniforme principal desta temporada, inspirado no histórico modelo.

Curiosamente, há dez anos, na comemoração pelos vinte anos da conquista, o domingo também foi marcado por um confronto contra o Cruzeiro, pelo Brasileirão – na ocasião, 1 x 0, gol de Gabiru. Em relação àquela festa, a ausência desta vez foi o capitão Estevam, o hoje técnico “Estevam Soares”.

Além da reunião, incluindo o craque do time, o meia Ribamar, e o autor do gol do título, o zagueiro Marco Antônio, o rubro-negro fez uma exposição na Ilha sobre a história do título e lançou um vídeo de apresentação da camisa produzida pela Adidas. O slogan é o seguinte: “É melhor aceitar”.

Classificação da Série B 2017 – 2ª rodada

A classificação da 2ª rodada da Série B de 2017. Crédito: Superesportes

Após duas rodadas na Série B, apenas dois times se mantêm 100%: Figueirense e Santa Cruz. Curiosamente, dois clubes que disputaram a elite na temporada passada, num lastro esperado para esta edição da segundona. Já o Inter, favorito absoluto ao título, cedeu o empate no Beira-Rio, somando quatro pontos. O outro rebaixado, o América, largou com dois empates.

Os pernambucanos entraram em campo no sábado, com resultados opostos. No Recife, o Santa venceu o Guarani, com um gol de Ricardo Bueno aos 38 minutos do segundo tempo. É o vice-líder (de 5º para 2º). Em Florianópolis, o Náutico foi goleado pelo Figueirense, sem qualquer poder de reação na partida. É o vice-lanterna (de 11º para 19º). Apesar da rodada finalizada, a classificação do Brasileiro aponta um jogo a mais, antecipado da 4ª rodada. No caso, Paraná 2 x 0 Goiás, já disputado devido ao compromisso do clube de Curitiba pelas oitavas da Copa do Brasil, contra o Atlético Mineiro.

Resultados da 2ª rodada
Brasil 1 x 1 Londrina
Ceará 0 x 0 Boa Esporte
Paraná 0 x 0 Paysandu
Vila Nova 0 x 0 Juventude
América-MG 1 x 1 Goiás
Oeste 1 x 0 Criciúma
Luverdense 1 x 1 CRB
Santa Cruz 2 x 1 Guarani
Figueirense 3 x 0 Náutico
Internacional 1 x 1 ABC (27.605 pessoas, o maior público)

Balanço da 2ª rodada
3V dos mandantes e 7E; 10 GP dos mandantes e 5 GP dos visitantes

Agenda da 3ª rodada
23/05 (19h15) – CRB x Santa Cruz (Rei Pelé)
23/05 (21h30) – Guarani x Figueirense (Brinco de Ouro)
26/05 (19h15) – Criciúma x América-MG (Heriberto Hülse)
26/05 (20h30) – Boa Esporte x Oeste (Dilzon Melo)
26/05 (21h30) – Goiás x Brasil (Serra Dourada)
27/05 (16h30) – Londrina x Luverdense (Café)
27/05 (16h30) – Paysandu x Internacional (Mangueirão)
27/05 (16h30) – Náutico x Ceará (Arena Pernambuco)
27/05 (16h30) – ABC x Vila Nova (Frasqueirão)
27/05 (19h00) – Juventude x Paraná (Alfredo Jaconi)

Ricardo Bueno marca na estreia e Santa vence o Guarani. Ainda 100% na Série B

Série B 2017, 2ª rodada: Santa Cruz 2x1 Guarani. Foto: Peu Ricardo/DP

A chegada de Ricardo Bueno foi meteórica no Arruda. Destaque no Paulistão pelo São Bento, o atacante optou durante a semana pela proposta do Santa Cruz, em detrimento à oferta do Guarani. Acabou registrado no BID às 17h56 da sexta, no limite para estar em campo no sábado, curiosamente diante do outro interessado. Durante a partida contra o Bugre, no Arruda, Ricardo Bueno viu do banco de reservas um tricolor recorrente na temporada, marcando bem e pouco afeito às jogadas ofensivas, sempre suando para pontuar.

O início até ensaiou uma tarde tranquila. Halef Pitbull abriu o placar logo aos 4 minutos, escorando um cruzamento de Nininho (substituto de Vítor). Depois, o centroavante desperdiçaria ótima chance para ampliar. No segundo tempo, Eutrópio compactou a equipe, quase toda atrás da linha da bola. Deu campo ao Guarani, como havia dado ao Criciúma, há uma semana. E tomou pressão, como há uma semana. É uma tática bem arriscada, embora os resultados, até aqui, a justifiquem. Sem o veterano Fumagalli, o Guarani tentava bolas esticadas, buscando o grandalhão Eliandro, de passagem apagada na Ilha.

Com o placar magro próximo do fim, o treinador coral enfim acionou Bueno, no lugar de Pitbull, aos 32 minutos. Já em campo, ele viu o empate do alviverde campineiro. Num lançamento, Eliandro dividiu com Júlio César e ficou com sobra, empurrando para o gol. Entre os 6.090 espectadores, muitas vaias direcionadas à área técnica, de forma imediata. Pressionado, o mandante reagiu. Então, voltemos ao roteiro semelhante, com uma falha clamorosa do adversário. Desta vez, Caíque, que espirrou mal a bola, com Tiago Costa dominando e cruzando na medida. Na área, Ricardo Bueno subiu no 4º andar e cabeceou com força. Decisivo, como se esperava, 2 x 1. No sufoco, a segunda vitória seguida da cobra coral, 100% no Brasileiro e no G4.

Série B 2017, 2ª rodada: Santa Cruz 2x1 Guarani. Foto: Rodrigo Baltar/Santa Cruz