Os estádios aptos à nova final da Taça Libertadores, com Arena PE e Arruda

As 11 bandeiras presentes na Taça Libertadores da América

A partir de 2017, a Taça Libertadores da América poderá ser decidida em apenas uma partida, em campo neutro, emulando o formato em vigor na Liga dos Campeões desde 1956. No cenário sul-americano a novidade levanta discussão acerca da execução, devido à distância (e infraestrutura) entre os dez países membros, além do México, que também participa. Além disso, jogo em campo neutro não é exatamente uma novidade no torneio. De 1960 até 1987, o saldo não era critério. Assim, em caso de igualdade era disputado uma extra num país neutro. Nem sempre com bons públicos. Em 1987, o Estádio Nacional de Santiago recebeu 25 mil pessoas (1/3 da capacidade na época) para o confronto entre Peñarol e América de Cali, com título uruguaio no último minuto da prorrogação.

Para a mudança, um motivo alegado pelo presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, foi a supremacia do mandante do segundo jogo: “Analisando o retrospecto das finais da Libertadores, o mandante do segundo jogo ganhou 70%. A justiça esportiva exige final única e em campo neutro.”

Considerando o regulamento vigente da Liberta (abaixo), exigindo uma capacidade mínima de 40 mil pessoas na final, o blog listou, como curiosidade, 36 canchas possíveis nos países vizinhos. Há ao menos um palco em cada país filiado. No Brasil existem 24 estádios, levando em conta a atual capacidade liberada pelos bombeiros. Arruda e Arena Pernambuco presentes na lista…

Regulamento da Taça Libertadores da América de 2016

Confira outras mudanças na Lubertadores e na Sul-Americana clicando aqui.

Brasil à parte, na América do Sul destaca-se a Argentina, com 13 estádios aptos à finalíssima da Libertadores. Na sequência, Colômbia (5), Venezuela (5), Peru (4), Equador (3), Uruguai (2), Chile (2), Bolívia (1) e Paraguai (1).

Os maiores estádios da América do Sul, excetuando o Brasil

Considerando as novas arenas, inauguradas desde 2013, e estádios remodelados ou antigos (com capacidade reduzida por segurança), até 15 estados brasileiros poderiam receber, em tese, a final da competição. Pela ordem: São Paulo (5), Rio de Janeiro (2), Minas Gerais (2), Rio Grande do Sul (2), Pernambuco (2), Paraná (2), Brasília (1), Ceará (1), Bahia (1), Pará (1), Piauí (1), Amazonas (1), Mato Grosso (1), Goiás (1) e Maranhão (1).

Os maiores estádios do Brasil

Estendendo ao México (convidado desde 1998) a possibilidade de entrar na fila para receber a final, seriam oito palcos fora do continente, incluindo o maior de todos (atualmente), o Azteca, que já recebeu a final da Copa do Mundo em 1970 e 1986. Somando os onze países, portanto, 68 palcos à disposição. pitacos?

Os maiores estádios do México

Libertadores e Sula simultâneas, com mudança à vista no calendário da CBF

Reunião da Conmebol para decidir o formato dos torneios continentais de 2017. Crédito: Conmebol/twitter (@conmebol)

A Conmebol reformulou os formatos e períodos de disputa de Taça Libertadores e da Copa Sul-Americana, numa mudança que será refletida no futebol brasileiro, cujo calendário oficial já foi divulgado pela CBF. Na sede da entidade, em Assunção, foi decidida (texto abaixo, em espanhol) a ampliação de Liberta, que agora irá de fevereiro a novembro, com 15 semanas a mais de duração (42 ao todo). Ou seja, a definição do representante no Mundial de Clubes acontecerá faltando um mês para o torneio da Fifa. Já a Sula finalmente acontecerá de forma paralela ao principal torneio interclubes do continente, durante seis meses, sendo finalizada em dezembro – como já ocorre. Iniciando antes, a Libertadores emulará a transição da Champions League para a Liga Europa, com os dez eliminados de melhor campanha, antes das oitavas de final, sendo incorporados à Sul-Americana. A partir de agora, então, um clube poderá chegar no fim do ano disputando o Brasileiro, a Copa do Brasil e um torneio internacional. Somente!

Segundo Alejandro Domínguez, o presidente da Conmebol, “as mudanças nos torneios de clubes da Conmebol surgem a partir de uma análise técnica e rigorosa das necessidades e características da América do Sul”.

Com a mudança, deve acabar, aleluia, a escolha dos brasileiros entre seguir na Copa do Brasil e disputar a Sula, que ocorrem juntas a partir das oitavas.

“Os clubes não deveriam ter que decidir entre competir o torneio nacional e o continental”, comentou Domínguez. A declaração parece direcionada à CBF, a única a praticar tal norma. Ou então aos times mistos escalados na Sula…

Com isso, as seis vagas da Sula oriundas do Brasileiro (as demais são via Nordestão e Copa Verde) tendem a ser diretas, do 7º ao 12º lugar, sem a necessidade de uma “fila de espera”, como ocorreu de 2013 a 2016 – com queixa recorrente no blog. Caberá à confederação brasileira, portanto, readequar o seu calendário, possivelmente por completo. De antemão, duas alternativas:

1) Qualquer clube poderia disputar a Copa do Brasil simultaneamente à Libertadores ou à Sul-Americana. Com as decisões em períodos próximos, as datas seriam revistas. Em vez de 3 ou 4 datas por fase, apenas 2, no limite. 

2) Os clubes seriam obrigados a fazer uma escolha prévia, entre a copa nacional e o torneio internacional, sem a necessidade de ir a campo e “perder” para confirmar a vaga. Porém, seguindo a afirmação de Domínguez, essa parece ser a vertente mais fraca.

No viés pernambucano, hoje, o Trio de Ferro precisa ficar atento. O Santa Cruz, na condição de campeão regional, já tem a pré-vaga (ou vaga?) para a Sula de 2017. Já o Sport deve buscar o 12º lugar na Série A para ficar na mesma situação. E o Náutico, caso suba, ficaria numa hipotética fila, aguardando desistências (caso os clubes tenham que optar, conforme a segunda alternativa). Complicado? Demais. É o saldo da mistura entre Conmebol e CBF.

Decisão da Conmebol sobre a Libertadores e a Sul-Americana de 2017

A 27ª classificação da Segundona 2016

A classificação da Série B 2016 após 27 rodadas. Crédito: Superesportes

O Náutico ganhou do Paraná em Curitiba, chegando a duas vitórias seguidas na Série B. Nesta 27ª rodada, encerrada somente na segunda-feira, contou ainda com empates de Ceará, CRB e Bahia, concorrentes diretos. Porém, se manteve a três pontos do G4, devido às vitórias de Avaí e Londrina, ambos visitantes. Com isso, a projeção de campanha do 4º colocado subiu consideravelmente no fim de semana, de 57 para 60 pontos, arredondando para cima.

Ainda assim, o clube de Rosa e Silva já aparece numa condição melhor para o acesso (à frente até de clubes com mais pontos na tabela), de acordo com os cálculos do site Infobola e do departamento de matemática da Universidade Federal de Minas Gerais. Portanto, ao Alvirrubro, com três jogos como mandante nas próximas quatro partidas, chegou a hora…

Abaixo, as projeções de acesso e campanhas mínimas possíveis ao Timbu.

As onze maiores probabilidades de acesso após 27 rodadas

As probabilidades de acesso na Série B 2016 após 27 rodadas

Náutico – soma 39 pontos em 27 jogos (48,1%) 
Para chegar a 63 pontos (chances: histórico 70% e projeção atual 99,8%*):
Precisa de 24 pontos em 11 rodadas
…ou 72,7% de aproveitamento
Simulações: 8v-0e-3d, 7v-3e-1d

Para chegar a 60 pontos (rendimento atual do 4º lugar, o Londrina):
Precisa de 21 pontos em 11 rodadas
…ou 63,6% de aproveitamento
Simulações: 7v-0e-4d, 6v-3e-2d, 5v-6e-0d

* Em 7 das 10 edições da Série B nos pontos corridos, 63 pontos garantiram o acesso. Em relação à campanha em 2016, a projeção é da UFMG

A 28ª rodada do representante pernambucano
01/109 (16h30) – Náutico x Vasco (Arena Pernambuco)

Sport, Santa, Náutico e Salgueiro no Guia Oficial do Campeonato Brasileiro de 2016

Em três volumes, a CBF lançou o Guia do Campeonato Brasileiro de 2016, com detalhes sobre os 128 clubes participantes – bem atrasado, é verdade. Para a Série A, 99 páginas, sendo quatro páginas dedicadas a cada time, com textos em português e inglês, incluindo uma formação memorável de um ídolo. No Santa, Ramón, que escalou o time semifinalista do Brasileirão em 1975. No Sport, Magrão, com o time campeão da Copa do Brasil de 2008 – no lugar de Carlinhos Bala, o goleiro colocou Enílton. Na Série B, com 59 páginas, são duas para cada clube, com as Séries C e D dividindo outras 59, com duas páginas aos integrantes da terceirona e a tabela para a última divisão. Portanto, vamos aos principais registros dos representantes pernambucanos…

Para ter acesso à integra do guia, clique aqui.

Em tempo: no guia, o Flamengo aparece com 5 títulos brasileiros e 1 Copa União, em 1987. Ao contrário do que ocorre na Taça Brasil e no Torneio Roberto Gomes Pedrosa, conquistados por outros clubes, nesse caso não há o asterisco de reconhecimento, da confederação, como Campeonato Brasileiro.

Guia da CBF sobre o Brasileirão 2016: Sport

Guia da CBF sobre o Brasileirão 2016: Sport

Guia da CBF sobre o Brasileirão 2016: Sport

Guia da CBF sobre o Brasileirão 2016: Santa Cruz

Guia da CBF sobre o Brasileirão 2016: Santa Cruz

Guia da CBF sobre o Brasileirão 2016: Santa Cruz

Guia da CBF sobre o Brasileirão 2016: Náutico

Guia da CBF sobre o Brasileirão 2016: Salgueiro

Classificação da Série A 2016 – 27ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 27 rodadas. Crédito: Superesportes

Em duelos contra alvinegros, o Sport venceu o Santos, no sábado, na Ilha, e o Santa Cruz perdeu do Figueirense, em Florianópolis. Enquanto o rubro-negro respirou um pouco, numa rodada onde concorrentes também venceram, os corais afundaram de vez no Brasileirão, vendo a ameaça até da lanterna, hoje nas mãos do América Mineiro (dois pontos).

Sobre o rebaixamento, a cada rodada o blog projeta dois cenários para evitar a queda, um com 46 pontos, a margem mínima com 100% de segurança (até hoje). O segundo considera a atual campanha do 16º, hoje o Figueirense. Ou seja, ao final de 38 rodadas, o aproveitamento, arrendondado, resultaria em 44 pontos, um a mais que a rodada passada. Veja o que é preciso para sobreviver…

As nove maiores probabilidades de rebaixamento após 27 rodadas

As probabilidades de rebaixamento na Série A 2016 após 27 rodadas

Probabilidades das pontuações finais para evitar o descenso após 27 rodadas

As probabilidades de rebaixamento na Série A 2016 após 27 rodadas

Sport – soma 33 pontos em 27 jogos (40,7%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 13 pontos em 11 rodadas
…ou 39,3% de aproveitamento
Simulações mínimas: 4v-1e-6d, 3v-4e-4d, 2v-7e-2d

Para chegar a 44 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 11 pontos em 11 rodadas
…ou 33,3% de aproveitamento
Simulações mínimas: 3v-2e-6d, 2v-5e-4d, 1v-8e-2d  

Permanência: 85.0% (Infobola) e 83.8% (UFMG) 

Santa Cruz – soma 23 pontos em 27 jogos (28,4%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 23 pontos em 11 rodadas
…ou 69,6% de aproveitamento
Simulações mínimas: 7v-2e-2d, 6v-5e-0d

Para chegar a 44 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 21 pontos em 11 rodadas
…ou 63,6% de aproveitamento
Simulações mínimas: 6v-3e-2d, 5v-6e-0d

Permanência: 5.8% (UFMG) e 6.0% (Infobola) 

A 28ª rodada dos representantes pernambucanos 

01/10 (11h00) – Fluminense x Sport (Giulite Coutinho, Rio de Janeiro)
Histórico no Rio pela elite: 4 vitórias leoninas, 4 empates e 11 derrotas

03/10 (20h00) – Santa Cruz x Palmeiras (Arruda)
Histórico no Recife pela elite: 3 vitórias corais, 3 empates e 5 derrotas

Podcast – Análise das vitórias de Náutico e Sport e da derrota do Santa Cruz

O sábado foi de vitórias para o futebol pernambucano, com o Alvirrubro somando três pontos em Curitiba, se mantendo firme na briga pelo acesso, e com o Leão surpreendendo o Peixe, integrante do G4 da Série A. No domingo, cenário adverso. Logo pela manhã, a 16ª derrota tricolor, num jogo crucial nas pretensões de permanência. No 45 minutos, analisamos as três partidas, com comentários sobre as formações, desempenhos individuais e as situações de cada um nas respectivas tabelas. Ao todo, 71 minutos. Ouça!

Paraná 1 x 2 Náutico (23 min)

Sport 1 x 0 Santos (21 min)

Figueirense 3 x 1 Santa Cruz (27 min)

Em manhã desastrosa, Santa é derrotado pelo Figueirense e agoniza no Brasileiro

Série A 2016, 27ª rodada: Figueirense 3 x 1 Santa Cruz. Foto: Rafael Martins/Mafalda Press/Estadão conteúdo

Ao perder o segundo jogo seguido como visitante, o Santa Cruz ficou numa situação agonizante na Série A. Tem a pior a defesa (44 gols), o maior número de derrotas (16) e apenas 28% de aproveitamento. Assim, vai se distanciando do 16º lugar e vendo a aproximação do lanterna América, que não perde há quatro rodadas. Hoje, apenas dois pontos separam os dois. E olhar para o fim da tabela parece mesmo ser uma visão racional sobre o desempenho coral, que perdeu do Figueirense por 3 x 1, com três gols bizarros, à parte do que é preciso para ensaiar uma reação. Sem poupar ninguém, como ocorreu na controversa decisão na Colômbia, o time apostava tudo no Orlando Scarpelli. Contra um concorrente direto e em crise técnica. Contudo, qualquer estratégia do tipo vai para o ralo ao sofrer um gol com apenas 31 segundos.

O time catarinense iniciou o jogo, avançou, perdeu a bola no meio-campo, recuperou e atacou pela lateral, com Ayrton entrando na diagonal e tocando na saída do goleiro. Entrou pela esquerda. Não, não foi em cima de Allan Vieira, barrado, mas de Luan Peres, não menos limitado. O campeão nordestino até teve chance de empatar, em jogadas de Keno pela esquerda, com Derley (fez o mais difícil) e Léo Moura desperdiçando. Depois, o mandante controlou a partida, defensivamente. Se arriscando (teve 60% de posse no primeiro tempo), o Santa conseguiu algumas oportunidades na bola parada. Numa delas, um escanteio, saiu o segundo gol do Figueira. Isso mesmo. Lins pegou o rebote, com a defesa totalmente aberta, e avançou. Tiago Cardoso saiu da área, mas mostrou indecisão frente ao atacante. Falhou e acabou tomando um banho. E o gol.

Com a boa vantagem no placar, o time catarinense seguiu retraído na etapa complementar, buscando contragolpes sempre com Rafael Moura. Enquanto isso, o visitante já contava com dois centroavantes, Bruno e Grafite. Mesmo sem forçar, o Figueirense ampliou, novamente com Lins. Outra lance insólito, com o chute, meia boca, desviando em Danny Morais e encobrindo o goleiro coral. Nem o belo gol de Keno diminuiu a frustração em Floripa, com uma reviravolta cada vez mais improvável. Quarta-feira, pela Sul-Americana, pode jogar a última cartada do ano. E já com a desvantagem de 2 x 0 na conta…

Série A 2016, 27ª rodada: Figueirense 3 x 1 Santa Cruz. Foto: Luiz Henrique/Figueirense (flickr)

Sport marca no começo, segura pressão do Santos e vence jogo importante na Ilha

Série A 2016, 27ª rodada: Sport x Santos. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

O Sport fez um ótimo primeiro tempo contra o Santos, um adversário qualificado, no G4 e com três vitórias seguidas até então. Forçando bastante, marcou na terceira tentativa de Rogério em dez minutos, e ainda teve três chances incríveis em cruzamentos rasteiros, duas com Gabriel Xavier e uma com Everton Felipe. Não ampliou, viu o adversário paulista chegar com perigo e no segundo tempo tomou um sufoco danado, suportando. A vitória por 1 x 0, “trocando” com o revés diante do Coxa, há uma semana, acalma o ambiente na Ilha do Retiro, com seguidas mudanças no time titular. Estamos no fim de setembro e o técnico Oswaldo de Oliveira ainda busca a formação ideal.

Mesmo sem Ricardo Oliveira, o Peixe envolveu o dono da casa, com Lucas Lima (sobretudo) e Copete criando bastante e exigindo boas defesas de Magrão. Mas vale destacar que o início desta pressão, na etapa complementar, surgiu numa jogada errada do Sport, com Everton Felipe tentando um passe de letra no campo defensivo. O adversário pegou a bola e segundos depois já estava na cara do gol. No rebote, numa bomba, a bola bateu no braço de Ronaldo Alves. Reclamação justa de pênalti, não assinalado. E o jogo continuou favorável ao Santos, com Rithely e Paulo Roberto (acionado no lugar de Neto Moura, após a mudança de intensidade) se desdobrando para desarmar. Enquanto isso, o Leão não conseguia encaixar contragolpes. Diego Souza, marcado, encontrava dificuldade para prender a bola, especialidade sua.

O sinal de vitória só começou a aparecer numa bobeira de Elano. O experiente meia de 35 anos conseguiu ser expulso com dois amarelos por reclamação em dez segundos. Com um a mais nos quinze minutos finais, o Sport passou a ter um pouco mais de posse, mas o nervosismo pelo resultado atrapalhou, com o alvinegro indo com tudo. Nos acréscimos, numa trama enfim bem articulada, DS87 conseguiu finalizar com perigo. Acredite, o contra-ataque desta jogada quase acabou em empate, expondo a dificuldade do jogo. Mas deu Sport, que voltou a terminar um jogo sem sofrer gols, sendo apenas a 5ª vez em 27 apresentações. Nada mais justo para Magrão, com a camisa 600 nas costas.

Série A 2016, 27ª rodada: Sport x Santos. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Magrão completa 600 jogos no Sport e quebra o recorde em um clube do NE

Junto à família, Magrão recebe a camisa comemorativa pelos 600 jogos no Sport, em 24/09/2016. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Imagine um jogador presente durante 10% na vida de um clube de 111 anos. Quase sempre como titular, como ídolo, como símbolo. A história de Magrão já se confunde com a do Sport, com cada nova marca reafirmando o status. Contra o Santos, o goleiro chegou a 600 partidas vestindo a camisa rubro-negra. Além do número redondo, já um recorde na Ilha, Alessandro Beti Rosa tornou-se o atleta com mais jogos em um clube nordestino. Superou Givanildo Oliveira, que marcou época no Santa da década de 1970, chegando à Seleção.

No Leão, o goleiro sempre soube conviver com a concorrência, cruel em sua posição. O carisma manteve intacta a idolatria, mesmo em momentos adversos, naturais em uma passagem superior a uma década. Obviamente, para passar tanto tempo embaixo da trave com dez leoninos à frente, Magrão fez por onde, com bastante reflexo, elasticidade, saídas apuradas, 24 pênaltis defendidos e muitas taças, oito ao todo. Uma delas a da Copa do Brasil.

Lembrando que o goleiro tem contrato com o rubro-negro até o fim de 2017, onde deve encerrar a carreira, aos 40 anos e ainda mais recordista…

As marcas históricas de Magrão no Sport 
1º jogo (25/05/2005) – Sport 1 x 0 Guarani, Série B (Ilha do Retiro)
100º jogo (12/01/2008) – Sport 4 x 0 Salgueiro, Estadual (Ilha do Retiro)
200º jogo (07/06/2009) – Sport 4 x 2 Flamengo, Série A (Ilha do Retiro)
300º jogo (20/01/2011) – Sport 1 x 0 Ypiranga, Estadual (Ilha do Retiro)
400º jogo (30/08/2012) – Flamengo 1 x 1 Sport, Série A (Raulino de Oliveira)
500º jogo (21/05/2014) – Cruzeiro 2 x 0 Sport, Série A (Mineirão)
600º jogo (24/09/2016) – Sport 1 x 0 Santos, Série A (Ilha do Retiro)

Os jogadores com mais partidas nos maiores clubes do Nordeste*
600 jogos – Sport (Magrão, goleiro 2005-2016)
599 jogos – Santa Cruz (Givanildo Oliveira, volante 1969-1979)
589 jogos – Ceará (Edmar, volante 1971-1980)
492 jogos – ABC (Jorginho, atacante 1946-1965)
476 jogos – América-RN (Ivan Silva, lateral-direito 1973-1983)
448 jogos – Bahia (Baiaco, volante 1967-1980)
402 jogos – Fortaleza (Dude, volante 1998-2008)
387 jogos – Sampaio Corrêa (Rodrigo Ramos, goleiro 2009-2016)
386 jogos – Náutico (Kuki, atacante 2001-2010)

323 jogos – Vitória (Flávio Tanajura, zagueiro 1994-2000)
* Lista atualizada até 24/09/2016
** O zagueiro Miguel Rosas atuou no CRB de 1943 a 1963, sem dados oficiais

Os jogadores com mais partidas no Santa Cruz (Givanildo Oliveira), Bahia (Baiaco), Fortaleza (Dudé), Náutico (Kuki), Ceará (Edmar) e Flávio (Vitória)

Náutico vence em Curitiba e se mantém a três pontos do G4, com tabela favorável

Série B 2016, 27ª rodada: Paraná 1x2 Náutico. Foto: Joka Madruga/Futura Press

O Náutico arrancou uma vitória importantíssima em Curitiba, se afirmando como candidato ao acesso. No quarto jogo sob o comando de Givanildo Oliveira, o alvirrubro fez 2 x 1 no Paraná, chegando a 39 pontos e se mantendo a três do G4, mas com uma tabela a favor na primeira quinzena de outubro, ao menos na condição de mandante. Dos próximos quatro jogos, três serão na Arena Pernambuco, incluindo “confrontos direitos” contra Brasil de Pelotas e Ceará. O que resume o quanto era significava pontuar no Durival de Britto. A princípio, lá, o técnico pernambucano não repetiu a formação com três meias ofensivos, que funcionou bem contra o Paysandu. Assim, Renan Oliveira cedeu o lugar ao volante Rodrigo Souza. Mais pegada, mas não menos ofensividade, nas palavras do próprio Giva antes de a bola rolar.

28ª rodada (01/10) – Náutico x Vasco (Arena PE)
29ª rodada (04/10) – Bragantino x Náutico (Nabi Abi Chedid)
30ª rodada (07/10) – Náutico x Brasil (Arena PE)
31ª rodada (15/10) – Náutico x Ceará (Arena PE) 

E não é que foi isso mesmo? Coube ao volante abrir o placar aos 26 minutos. Recebeu a bola na marca do pênalti, numa assistência de Marco Antônio, e bateu de primeira. Curiosamente, Renan Oliveira vinha pecando justamente neste fundamento, parando na trave. Ao segurar a pressão paranaense no restante do primeiro tempo, sobretudo em jogadas de linha de fundo, o Náutico teria que mudar um pouco a postura na etapa complementar. Não que a equipe tenha abdicado de atacar (até porque buscou contragolpes com Bergson), mas era preciso ter mais tranquilidade. O jogo se desenhou para isso logo no primeiro minuto após a retomada, em mais uma assistência de Marco Antônio, com Rony, enfim, concluindo. A boa vantagem permaneceu até os 17 minutos, quando o tricolor diminuiu. A partir daí, copeirismo timbu, com apenas 35% de posse e Gastón e Júlio César salvando. Que essa determinação siga em casa…

Série B 2016, 27ª rodada: Paraná 1x2 Náutico. Foto: Joka Madruga/Futura Press