Não houve penalidade assinalada na segunda rodada do Pernambucano de 2018. Ou seja, em relação aos rankings atualizados pelo blog, apenas expulsões. Foram duas. Uma em Pesqueira, onde o volante Naldinho, que estreava pelo Flamengo, tomou o vermelho direto por uma cotovelada. Em Paulista, o lateral-direito Ítalo, do Santa tomou dois amarelos.
Vamos então às listas atualizadas após 10 partidas realizadas.
Pênaltis a favor (1) 1 pênalti – Central Sem penalidade – Afogados, América, Belo Jardim, Flamengo, Náutico, Pesqueira, Salgueiro, Santa Cruz, Sport e Vitória
Pênaltis cometidos (1) 1 pênalti – Afogados Sem penalidade – América, Belo Jardim, Central, Flamengo, Náutico, Pesqueira, Salgueiro, Santa Cruz, Sport e Vitória
Se a rodada de abertura do Campeonato Pernambucano de 2018 foi marcada pelo número de empates, 4, a segunda tem com marca a quebra de tabus. Em Paulista, na região metropolitana, o Mequinha derrubou acabou com um jejum de 28 anos (23 jogos) diante do Santa. Em Caruaru, no agreste, a Patativa voltou a derrotar o Náutico após 5 temporadas (9 jogos). Com isso, as dois clubes (tradicionais) figuram na parte de cima da tabela, com o alvinegro na liderança devido ao saldo. No restante da classificação, a mesma situação da primeira rodada, com critério de cartões, vermelhos e amarelos, decidindo as posições. Portanto, Belo Jardim (0V e 2A), Vitória (0V e 4A) e Flamengo (1V e A) em 5º, 6 e 7º. Abaixo, empates em todos os critérios – restando o sorteio. Salgueiro e Pesqueira com 0V e 2A e Afogados e Santa com 1V e 3A.
A rodada, na qual o Pesqueira folgou, levou apenas 7.996 torcedores aos estádios, com média de 1.559, abaixo da rodada passada. Quanto à artilharia, Caxito (América) e Willian Gaúcho (Náutico) lideram com 2 gols.
Sport 2 x 0 Afogados – O leão precisou de 145 minutos para marcar o seu primeiro gol na competição. Na Ilha, só foi efetivo no segundo tempo, após as mudanças de Nelsinho. Thomás e Gabriel entraram no intervalo e marcaram
América 2 x 0 Santa Cruz – Ao ficar com um homem a mais, aos 4/2T, o alviverde conseguiu armar bons ataques pelo lado direito da defesa coral. Com o excesso de jogos, e mudanças, o tricolor pouco fez. Resultado justo
Central 3 x 0 Náutico – Com 3 jogos num período de 86 horas, o timbu sucumbiu no 2T. Quanto ao alvinegro, o rendimento reflete os resultados da pré-temporada – 2 vitórias sobre times alagoanos. Patativa na liderança
Vitória 0 x 0 Salgueiro – Foi o segundo pior público da história da Arena PE (374), onde o tricolor de Vitória mandará os seus jogos nesta edição. O jogo também marcou a estreia do atual vice, ainda em branco (somando PE e NE)
Belo Jardim 1 x 1 Flamengo – O pior público do campeonato (262) com outro mandante forasteiro. Atuando no Joaquim de Brito, a 37 km de sua sede, o calango saiu atrás no placar, empatando numa falta aos 39/2T.
Destaque – Mauro Fernandes. Campeão estadual em 1998, o treinador está há bastante tempo fora do mercado. No Central, montou um time propositivo
Carcaça – Mandantes forasteiros. Se a média de público já não começou boa, só irá piorar com Vitória e Belo Jardim atuando em outras cidades
Próxima rodada (Flamengo folga) 24/01 (20h00) – Pesqueira x Vitória (Joaquim de Brito) 24/01 (20h00) – Salgueiro x América (Cornélio de Barros) 24/01 (20h00) – Afogados x Belo Jardim (Vianão) – FPF/internet 24/01 (21h30) – Náutico x Sport (Arena PE) – Globo 25/01 (20h00) – Santa Cruz x Central (Arruda) – Premiere
A classificação atualizada do turno do Estadual após a 2ª rodada.
Com volume de jogo e força ofensiva, o Central goleou o Náutico no Lacerdão, quebrando um tabu no confronto. Eram nove partidas de seca, desde 16 fevereiro de 2013. Com o saldo de gols a partir do 3 x 0, a patativa ainda terminou na liderança ao fim da segunda rodada do campeonato estadual de 2018. Faz tempo que não acontecia, com a felicidade da torcida alvinegra contrastando com a da alvirrubra, que vai vendo um time frágil defensivamente – sofreu 7 gols nos últimos três jogos, somando estadual e regional.
No duelo entre os técnicos Fernandes, Mauro e Roberto, o visitante teve a seu favor a estreia do meia Júnior Timbó, de volta após um imprevisto contratual na Indonésia. Ao menos no primeiro tempo, o Náutico até chegou, com o goleiro Murilo Lins fazendo duas ótimas defesas (cabeçada e cobrança de falta), além da reclamação de um pênalti não assinalado (mão na bola / bola na mão). Já o alvinegro contou com o ataque encaixado, com o treinador colocando Leandro Costa caindo pelos lados e centralizando Luizão. É verdade que facilitou bastante o golzinho logo aos 3 minutos. No lance, Jefferson espalmou duas vezes, até o volante Douglas Carioca completar.
No segundo tempo, quase o mesmo script, com a patativa marcando aos 4 minutos, com Graxa. Com a boa vantagem, a confiança em alta e um adversário cansado (jogos na quarta, sexta e domingo), o Central não pisou no freio, ampliando aos 35. Leandro Costa foi pra linha de fundo e rolou pra Luizão, o gol da liderança. Agora, ambos vão ao Recife. O Central ao Arruda e o Náutico (1V, 3E e 1D no ano) à Arena, para o Clássico dos Clássicos. O alvinegro quer manter o ritmo e o alvirrubro quer encontrar o seu…
Histórico de Central x Náutico (todos os mandos) 263 jogos 146 vitórias alvirrubras (55,5%) 71 empates (26,9%) 46 vitórias alvinegras (17,4%)
O América não vencia o Santa desde 12 de maio de 1990, quando fez 1 x 0 no Arruda. Desde então, a grande derrocada do alviverde, que chegou a ficar sem jogar profissionalmente em alguns anos. E quando entrou em campo viveu uma seca daquelas. Não por acaso, eram 23 jogos sem superar o tricolor, com quem, outrora, fazia o ‘Clássico da Amizade’. No Ademir Cunha, a casa do mequinha, o time se aproveitou da vantagem numérica no 2º tempo, após a expulsão do lateral-direito Ítalo, e forçou o ataque, cravando 2 x 0.
Assim, o América completou o rito de vitórias sobre os grandes nesta década, após o 4 x 2 sobre o Náutico, em 2011, e o 1 x 0 sobre o Sport, em 2016. Este resultado alivia a decepção do clube da Estrada do Arraial em relação à estreia, quando jogou lá e cá com o timbu, perdendo nos descontos. No lado coral, a maratona cobrou o seu preço. O ponta Augusto, titular na terça, na quinta e no domingo, sentiu a coxa e foi subsituído com apenas 16 minutos. Entrou Robinho Mota, que vinha entrando bem, não desta vez.
Taticamente o cansaço também fez diferença. No gol, Tiago Machowski foi substituído por Ricardo Ernesto para melhorar o seu condicionamento físico. Com isso, mudou a saída de jogo do time, tendo bastante ligação direta. Já a posse de bola levemente maior (56%) não se traduziu em chances claras. O equilíbrio sumiu após o segundo amarelo tomado por Ítalo, com os corais questionando a primeira advertência. A partir dali, o América foi inteligente. Utilizou os espaços e abriu o placar aos 10, com Billy. Ainda mandou uma no travessão antes de ampliar, aos 23, com Thiago Bagagem. Sem qualquer reação efetiva, o visitante perdeu, além do tabu, a primeira partida em 2018.
Clássico da Amizade – América x Santa Cruz 316 jogos 196 vitórias tricolores (62,0%) 55 empates (17,4%) 64 vitórias alviverdes (20,2%) 1 resultado desconhecido (0,3%)
O Sport conquistou a sua primeira vitória no Estadual de 2018, mas ainda num ritmo bem abaixo, jogando para o gasto. Diante de apenas 3.389 torcedores na Ilha, o time venceu o Afogados por 2 x 0, após as mudanças efetuadas por Nelsinho Baptista, no intervalo. No primeiro tempo, lento e desinteressante, o leão chegou com perigo apenas duas vezes, em tramas pelo lado direito. Na primeira, André chutou, com o defensor tirando de cabeça, em cima da linha. Na segunda, uma bola no travessão de Rogério. E só, com vaias no intervalo, expondo a impaciência do público sobre uma equipe sem imposição, num campeonato no qual, pelo investimento, deveria conseguir desde a estreia
Ao menos a insatisfação se estendeu ao treinador , que fez duas trocas no intervalo. Tirou André (dores no joelho – fará exame) e Lenis (opção), entrando Gabriel (estreante) e Thomás (opção recorrente no 2T). E logo na retomada os acionados participaram do primeiro gol oficial do leão no ano, após 145 minutos de bola rolando. Na ponta direita, Gabriel acertou o passe vertical para Rogério, que cruzou rasteiro para Thomás, na pequena área.
Mesmo em desvantagem, o time sertanejo, atuando pela primeira vez em sua história no Recife, pouco fez, com Magrão como mero espectador na barra. Já o Sport desperdiçou algumas boas chances, sobretudo com Rogério, o ‘falso 9’ na etapa complementar, conseguindo ampliar somente aos 38. Avançando pelo meio, Marlone encontrou Gabriel livre de marcação. O atacante contratado junto ao Flamengo puxou pra perna esquerda e marcou. De positivo, portanto, a reação do banco. Que mexa com o restante do time…
O jogos oficiais do rubro-negro em 2018 (1V, 1E e 0D) 17/01 – Flamengo 0 x 0 Sport (PE) 20/01 – Sport 2 x 0 Afogados (PE)
Pelo 10º ano consecutivo, o blog contabiliza os pênaltis marcados e os cartões vermelhos aplicados no Campeonato Pernambucano. Em 2018, como ocorre desde 2009, o levantamento analisa somente o turno principal. Mas, ao contrário do ‘hexagonal do título’, como vinha sendo, agora a fase principal engloba todos os participantes, fato ocorrido pela última vez em 2013.
Logo na primeira noite da 1ª rodada do torneio foi assinalada a 1ª penalidade, no estádio Vianão, em Afogados da Ingazeira. Aos 28 minutos do segundo tempo, o atacante Leandro Costa marcou para o Central, igualando o jogo com a coruja. No mesmo jogo teve a primeira expulsão da competição, também contra o Afogados. Nas demais partidas, apenas uma marcação alimentou a lista, com a expulsão de Camutanga, do Náutico (2 amarelos).
Pênaltis a favor (1) 1 pênalti – Central Sem penalidade – Afogados, América, Belo Jardim, Flamengo, Náutico, Pesqueira, Salgueiro, Santa Cruz, Sport e Vitória
Pênaltis cometidos (1) 1 pênalti – Afogados Sem penalidade – América, Belo Jardim, Central, Flamengo, Náutico, Pesqueira, Salgueiro, Santa Cruz, Sport e Vitória
Vamos lá: 1) vitórias, 2) saldo, 3) gols marcados, 4) confronto direto, 5) menor número de vermelhos, 6) menor número de amarelos e 7) sorteio
Entre aqueles com 1 gol marcado, a ordem ficou com Santa (0 vermelho e 1 amarelo), Vitória (0V e 2A), Central (0V e 6A) e Afogados (1V e 2A). Já entre os quatro times que empataram sem gols, Belo Jardim e Flamengo de Arcoverde estão iguais em tudo (0V e 1A), dividindo a 6ª posição, a mesma situação de Pesqueira e Sport (0V e 2A), na 8ª colocação. Ou seja, haveria sorteio (*). Como diria o saudoso Mané Queiroz, se acabasse hoje…
A rodada, na qual o Sagueiro folgou, levou 10.123 torcedores aos estádios, com média de 2.024, abaixo do já péssimo índice de 2017 (2.402). Quanto à artilharia, Caxito (América) e Willian (Náutico) largam na frente, com 2 gols.
Afogados 1 x 1 Central – No 1º jogo oficial com refletores na cidade, o 1º gol do torneio, aos 31/1T, numa cabeçada de Douglas Bomba, a favor da coruja. Ainda teve o 1º pênalti, convertido por Leandro Costa aos 28/2T. Pioneirismo
Pesqueira 0 x 0 Belo Jardim – Jogo de duas bolas na trave, sendo uma falta no travessão para o visitante e uma chance incrível para o mandante, após o drible no goleiro. A princípio os dois times miram as últimas vagas do G8
Flamengo 0 x 0 Sport – Com uma folha 56x maior que a do adversário, abismo que deve ser recorrente nesta edição, o leão pouco fez em Arcoverde. De freio de mão puxado, saiu reclamando do gramado. Ao Fla, bom resultado
Santa Cruz 1 x 1 Vitória – Chuva no Arruda e um futebol melhor do tricolor, embora tenha cedido o empate novamente, como já havia ocorrido na estreia regional. Quanto ao Vitória, a 1ª de muitas vindas à RMR. Mandará na Arena
Náutico 3 x 2 América – O jogo teve mais gols que os quatro anteriores (5 x 4), mas nem por isso foi agradável. Muitos erros e poucas jogadas organizadas. Ao menos nesta noite a torcida alvirrubra deixou isso de lado
Destaque – Torcida em Arcoverde. Mesmo com ingresso médio de R$ 57, o estádio teve lotação máxima, na maior renda da história do Fla (R$ 173 mil)
Carcaça – O público em Pesqueira. Na final da A2, 1.658 pessoas foram ao Joaquim de Brito. Aí, na estreia da A1, dois meses depois, apenas 702
Próxima rodada (Pesqueira folga) 20/01 (18h30) – Sport x Afogados, Ilha do Retiro (Premiere) 21/01 (16h00) – América x Santa Cruz, Ademir Cunha (Globo NE) 21/01 (16h00) – Central x Náutico, Lacerdão (Premiere) 21/01 (16h00) – Vitória x Salgueiro, Arena PE 21/01 (16h00) – Belo Jardim x Flamengo, Joaquim de Brito
A classificação atualizada do turno do Estadual após a 1ª rodada (* sorteio).
Com 4 empates nos primeiros jogos do Estadual 2018, Náutico e América entraram na arena com a possibilidade de liderança em caso de vitória. Estatisticamente, era surpreendente, mas só uma curiosidade neste início de ano, com o alvirrubro focado no Nordestão, – na qual a missão já está difícil após uma rodada, devido à vitória do Botafogo sobre o Bahia. Dando atenção pela 1ª vez ao Estadual, o timbu fez a sua parte num esforço danado, 3 x 2.
Com uma agenda a 100 km/h, com jogos na quarta, na sexta e no domingo, o técnico Roberto Fernandes decidiu, de forma correta, poupar parte do time na apresentação intermediária. Mas não da forma preza o regulamento do Pernambucano, que determina a utilização de atletas distintos entre jogos com menos de 66 horas de intervalo. No caso, quatro atuaram nas duas partidas, pelo regional e pelo estadual: o goleiro Jefferson, o zagueiro Camutanga, o lateral-direito Thiago Ennes e o atacante Fernandinho. Se o desempenho timbu já não estava aceitável, com três empates, com tantas caras novas, algumas tecnicamente ainda mais limitadas, o jogo seria complicado.
E foi mesmo, com o América buscando o empate duas vezes, através do atacante Caxito – que já havia marcara num jogo-treino contra o Santa. Na etapa complementar, com a expulsão de Camutanga, o Náutico jogou 38 minutos com um a menos, somando os acréscimos. Nos acréscimos, por sinal, o alívio, numa cobrança de falta de Willian Gaúcho, que já marcara um gol de fora da área na primeira etapa. Vitória diante de 929 torcedores, que, numa sexta-feira à noite, mereciam mesmo um agrado do time…
Clássico da Técnica e da Disciplina – América x Náutico 299 jogos 188 vitórias alvirrubras (62,8%) 57 empates (19,0%) 54 vitórias alviverdes (18,0%)
Num intervalo de 46 horas, o Santa estreou em duas competições em 2018. Em ambas, o mesmo script, com um futebol minimamente organizado, preparo físico aquém, abertura de placar e empate sofrido na bola aérea, 1 x 1. Primeiro pelo Nordestão e desta vez pelo Pernambucano. A situação, que deve ser recorrente no semestre, resultou no regulamento do Estadual, no qual todos os onze clubes concordaram com o artigo excepcional sobre a realização de jogos em intervalos abaixo de 66 horas, o mínimo recomendado pela CBF – devido ao calendário apertado. No caso, se comprometeram a utilizar jogadores distintos nos jogos dentro deste contexto. Em tese, seria o caso do Santa, que manteve nove titulares para o duelo contra o Vitória, com a concordância do time – ou seja, a exceção da exceção da norma.
Naturalmente, isso influenciou no aspecto físico, com a equipe ainda se condicionando. Ainda assim, a atuação no Recife foi superior a de Aracaju. Sem sair de forma afobada, no 4-1-4-1, com Jeremias no lugar de Daniel Sobralense, uma das duas mudanças no time, o tricolor conseguiu criar boas chances no primeiro tempo. Forçou a jogada de linha de fundo, via Vítor/Augusto, com cruzamentos rasteiros, no contrapé do adversário.
O gol só saiu apenas no segundo tempo, com Jeremias aproveitando um chute cruzado (e ruim) de Paulo Henrique para finalizar. Foi o primeiro gol do ‘falso 9’ da noite como profissional. Pouco depois, aos 15, Thomas Anderson, cria da base coral, marcou de cabeça numa área com quatro defensores, distantes. Depois disso, algumas investidas pela direita, com a dobradinha Robinho Mota/Vítor. Porém, nenhuma delas resultou em perigo para o goleiro Dida, com o apito final gerando vaias entre os 4.292 torcedores. Mas é sempre bom frisar que trata-se de um time formado quase do zero e que nesta década o tricolor cansou de comer pela beirada e chegar com força na hora decisiva…
O tricolor sob o comando de Júnior Rocha em 2018 (2 jogos, 2E) 16/01 – Confiança 1 x 1 Santa Cruz (Nordestão) 18/01 – Santa Cruz 1 x 1 Vitória (Estadual)
Todos os ingressos para a partida entre Flamengo de Arcoverde e Sport foram vendidos. Na abertura do Estadual 2018, num duelo que não acontecia desde 1999, três mil pessoas entraram no estádio Áureo Bradley. Na transmissão, a primeira da Globo na cidade, surgiu a informação sobre a renda: R$ 173,5 mil. Ganhou tanta atenção quanto o empate sem gols, comemorado pela fera. A surpresa era óbvia, a partir da limitada quantidade de espectadores.
Dividindo a renda pelo público, que não teve gratuidade alguma contabilizada, o tíquete médio foi de R$ 57,83. Para o futebol local, elevadíssimo. Com a publicação do borderô foi possível conferir a divisão de setores, tendo até um camarote armado, semelhante àqueles do Galo da Madrugada – e o ingresso saiu por R$ 100! A entrada mais barata foi a do sócio mandante, com 150 bilhetes. A título de comparação, esta renda foi superior a da decisão de 2017, também com o Sport e também no sertão. Mas em Salgueiro, num palco maior, com 5.544 pessoas e R$ 164 mil. Apesar do quadro surpreendente, não foi a maior arrecadação do interior no Plano Real. Em 22 de abril de 2015, pela Copa do Brasil, o Salgueiro recebeu o Flamengo do Rio, com 7.553 espectadores e 570 mil reais de renda – tíquete médio de R$ 75,49.
Haja descontos sobre a renda bruta no Áureo. Além da taxa de 8% para a FPF, cortes com seguro, INSS, arbitragem, delegados, diárias e transporte.
Somando todas as despesas, R$ 28 mil, dado superior à renda total dos outros dois jogos no interior na primeira rodada. Portanto, o Flamengo ficou com R$ 144.687. Com um jogo, garantiu o pagamento de duas folhas do elenco (R$ 60 mil/mês) e ainda sobrou… Demanda reprimida na região?