O Campeonato Pernambucano de 2017 já está marcado como um dos mais desorganizados da história, com inúmeros palcos vetados no interior, formações reservas em campo e falta de datas. Entre os dois jogos da final, um hiato inacreditável de 52 dias. Após uma longa costura, que envolveu até a Conmebol, devido ao jogo dos rubro-negros pela Copa Sul-Americana, finalmente chegou o momento da decisão entre Salgueiro e Sport.
Em 28 de junho, o estádio Cornélio de Barros receberá a 69ª decisão em 103 edições, após o 1 x 1 na Ilha. É a primeira vez que o jogo final ocorre fora do Grande Recife – o próprio estádio salgueirense havia recebido a ida de 2015. Vale lembrar que Sport e Santa deram voltas olímpicas em Caruaru (1997) e Petrolina (2005), mas em conquistas de forma antecipada. Numa final à vera, teremos um cenário inédito no sertão. Com capacidade para até 12.070 espectadores, o Cornélio será o 8º estádio a receber uma final. O último palco inédito no futebol local havia sido a arena, há três temporadas.
Resta saber se veremos também o primeiro campeão do interior…
Quanto ao Sport, vai pelo 41º título, tentando ampliar o recorde…
Eis os palcos de todas as finais do Pernambucano de 1915 a 2016:
Ilha do Retiro (28) Sport (15, com 52%) – 1948, 1961, 1962, 1981, 1988, 1991, 1992, 1994, 1996, 1998, 1999, 2000, 2003, 2006 e 2010 Santa Cruz (10, com 35%) – 1940, 1946, 1957, 1971, 1973, 1986, 1987, 2012, 2013 e 2016 Náutico (2, com 7%) – 1954 e 1965 América (1, com 3%) – 1944
Arruda (16) Santa Cruz (8, com 50%) – 1970, 1976, 1983, 1990, 1993, 1995, 2011 e 2015 Náutico (6, com 37%) – 1984, 1985, 1989, 2001, 2002 e 2004 Sport (2, com 12%) – 1977 e 1980
Aflitos (15) Náutico (7, com 46%) -1950, 1951, 1960, 1963, 1966, 1968 e 1974 Sport (5, com 33%) – 1917, 1949, 1953, 1955 e 1975 Santa Cruz (3, com 20%) – 1947, 1959, 1969
Avenida Malaquias (3) América (1, com 33%) – 1921 Santa Cruz (1, com 33%) – 1932 Náutico (1, com 33%) – 1934
Jaqueira (3) Santa Cruz (2, com 66%) – 1933 e 1935 Sport (1, com 33%) – 1920
British Club (2) Flamengo (1, com 50%) – 1915 Sport (1, com 50%) – 1916
Em 2007, a segunda divisão pernambucana foi vencida pelo Salgueiro, numa final contra o Sete de Setembro, no Gigante do Agreste. Entretanto, o torneio acabou na justiça, com Petrolina e Centro Limoeirense, eliminados na semi, pleiteando as duas vagas. O presidente da FPF na época, Carlos Alberto Oliveira, tomou uma decisão sui generis. O dirigente promoveu o acesso dos quatro clubes, inchando a primeira divisão, que a partir de 2008 teria 12 clubes, apertando como nunca o calendário. Embora a federação tivesse sinalizado posteriormente, já sob comando de Evandro Carvalho, que o ideal era reduzir, emperrou na vontade dos clubes, contra a queda de quatro times.
Ao menos esta era a versão da entidade, que realizou dez edições sem mexer na lista de participantes. Mas, até que enfim, o cenário deverá mudar. Para isso, em vez de ampliar o número de rebaixados, a FPF irá reduzir o acesso. Ao blog, o diretor de competições da FPF, Murilo Falcão, confirmou que a segunda divisão estadual de 2017, a “Série A2”, só irá promover o campeão, numa decisão administrativa já comunicada aos clubes – são 14 interessados na disputa. De 1995 a 2016, os dois melhores colocados sempre subiram. Logo, o objetivo é reduzir o tamanho da elite, de onde caíram dois, Serra Talhada e Atlético Pernambucano. Conforme preza o Estatuto do Torcedor, o regulamento irá vigorar por duas temporadas. Ou seja, uma redução paulatina na primeirona, com 11 clubes em 2018 e 10 clubes em 2019.
Hoje, o calendário oficial da CBF disponibiliza 14 datas para os estaduais do Nordeste, que tem, paralelamente, a Copa do Nordeste de fevereiro a maio. Com menos clubes, espera-se que a competição local adote um novo regulamento – a ser decidido no conselho arbitral em novembro -, deixando de lado o insosso (e previsível) hexagonal do título. E ainda há a possibilidade de uma extensão da redução, até 2020, chegando a 9 clubes. Número ímpar? Sim, pois, segundo federação, possibilitaria a realização de triangulares, com o Trio de Ferro como cabeça de chave. A conferir.
Abaixo, a movimentação de participantes no Pernambucano…
Entre os clubes que subiram, um asterisco em 1995, com o Sete de Setembro. O campeão da segundona pediu licença antes da estadual de 1996.
A agonia do Central na Série D é duradoura. Está lá desde a criação da quarta divisão, com sete participações em nove possíveis. Já chegou a flertar com o acesso, ao alcance dos quatro primeiros colocados, mas fracassou em casa, nos pênaltis, pelo gol qualificado, de goleada. Haja pancada.
Mas a Patativa insiste no Campeonato Brasileiro, único meio para obter um calendário mais digno. Hoje, mal consegue pôr as contas em dias, convivendo com (justas) ameaças de paralisação dos jogadores. E apesar da campanha irregular, com uma vitória até então, não falta luta. Em Coruripe, precisando da vitória para se manter vivo no grupo A7, uma história daquelas…
À parte das ondas do rádio, sete torcedores alvinegros pegaram a estrada, com 289 quilômetros de viagem para uma partida complicado. Se já não havia muitos motivos para confiar, tomar um gol no primeiro lance deve ter rendido um leve arrependimento sobre a viagem. Ao menos desta vez, não! A tarde seria alvinegra, seria do atacante Leandro Costa. Os sete fiéis mereciam.
Certamente, esses torcedores estarão no Lacerdão na última e decisiva rodada, no domingo de São João, contra o Sousa…
Os gols de Coruripe x Central 1 x 0 – Alisson aos 25 segundos… 1 x 1 – Leandro Costa aos 39/1T 2 x 1 – Nilson Júnior aos 46/1T 2 x 2 – Leandro Costa aos 2/2T 2 x 3 – Leandro Costa aos 47/2T
Campanhas alvinegras na Série D 2009 – 12º lugar 2010 – 32º 2013 – 14º 2014 – 16º 2015 – 14º 2016 – 36º 2017 – disputando…
Pelo calendário oficial da CBF, o dia 7 de maio estava reservado para as decisões dos campeonatos estaduais de 2017, entre aqueles com clubes envolvidos nas principais divisões do Brasileiro. Era o caso do Pernambucano, cujo dia registrou apenas o jogo de ida, com o empate em 1 x 1 entre Sport e Salgueiro. Com o rubro-negro envolvido em cinco (!) competições, não havia brecha para o jogo de volta. Até que a FPF conseguiu marcar para o dia 18 de junho, com a CBF concordando em adiar as partidas de Sport e Salgueiro pelas Séries A e C, respectivamente. Entretanto, o leão acabou eliminado da Copa do Brasil, com a confederação notificando a federação pernambucana. No caso, desconsiderou a necessidade de adiar as partidas combinadas. Afinal, ao menos duas quartas-feiras ficaram vagas. Em tese.
Inicialmente, as novas opções para a finalíssima do Estadual seriam as datas-base de 28 de junho e 5 de julho. Entretanto, uma dessas seria reservada para a ida da segunda fase da Copa Sul-Americana, envolvendo times brasileiros – e o Sport está lá. A FPF aguardou a marcação da Sula (no dia 6, mais precisamente), restando 28 de junho, uma quarta-feira à noite. Ao que parece, a data definitiva de uma competição desorganizada do início ao fim (?). Desde que o Campeonato Pernambucano passou a ter o formato de semifinal e final, há oito temporadas, apenas duas decisões ocorreram às 21h45, em 2010 e 2014. Agora, também em 2017, no Cornélio de Barros…
Abaixo, a nova agenda dos clubes. O Sport terá 14 jogos de quatro torneios distintos entre as finais estaduais, enquanto o Salgueiro terá 7 partidas.
Agenda do Sport 07/05 – Sport 1 x 1 Salgueiro (Estadual, final, ida) 11/05 – Danubio (2) 3 x 0 (4) Sport (Sul-Americana, 1ª fase, volta) 14/05 – Ponte Preta 4 x 0 Sport (Série A, 1ª rodada) 17/05 – Sport 1 x 1 Bahia (Nordestão, final, ida) 21/05 – Sport 1 x 1 Cruzeiro (Série A, 2ª rodada) 24/05 – Bahia 1 x 0 Sport (Nordestão, final, volta) 28/05 – Sport 4 x 3 Grêmio (Série A, 3ª rodada) 31/05 – Sport 1 x 1 Botafogo (Copa do Brasil, oitavas, volta) 04/06 – Avaí 1 x 0 Sport (Série A, 4ª rodada) 07/06 – Sport 2 x 0 Flamengo (Série A, 5ª rodada) 10/06 – Vasco 2 x 1 Sport (Série A, 6ª rodada) 14/06 – Sport 0 x 0 São Paulo (Série A, 7ª rodada) 18/06 – Sport x Vitória (Série A, 8ª rodada) 21/06 – Atlético-MG x Sport (Série A, 9ª rodada) 24/06 – Santos x Sport (Série A, 10ª rodada)
28/06 – Salgueiro x Sport (Estadual, final, volta)
Agenda do Salgueiro 07/05 – Sport 1 x 1 Salgueiro (Estadual, final, ida) 15/05 – Confiança 2 x 1 Salgueiro (Série C, 1ª rodada) 21/05 – Salgueiro 2 x 0 Moto Club (Série C, 2ª rodada) 27/05 – Salgueiro 1 x 2 Fortaleza (Série C, 3ª rodada) 04/06 – Botafogo 1 x 0 Salgueiro (Série C, 4ª rodada) 11/06 – ASA 1 x 1 Salgueiro (Série C, 5ª rodada) 18/06 – Salgueiro x Cuiabá (Série C, 6ª rodada) 24/06 – Sampa Corrêa x Salgueiro (Série C, 7ª rodada) 28/06 – Salgueiro x Sport (Estadual, final, volta)
O Estádio dos Aflitos completa um século de história em 2017. Trata-se de um ícone do futebol pernambucano, onde foram realizadas mais de 3 mil partidas, segundo dados do pesquisador Carlos Celso Cordeiro. E olhe que 41% dos jogos não teve o Náutico em campo, com os rivais presentes durante muito tempo. Abaixo, um resumo em cada década, com as transformações do local, de campo a estádio, da posse da antiga liga ao claro sinônimo de Náutico.
Desempenho do Náutico nos Aflitos 1.768 jogos* 1.138 vitórias (64,37%) 336 empates (19,00%) 294 derrotas (16,62%)
70,7% de aproveitamento
* Competições oficiais e amistosos
Os clubes que mais atuaram nos Aflitos 1.768 – Náutico 540 – Santa Cruz 412 – Sport
As 15 finais do Campeonato Pernambucano nos Aflitos 7 títulos – Náutico (1950, 1951, 1960, 1963, 1966, 1968 e 1974) 5 títulos – Sport (1917, 1949, 1953, 1955 e 1975) 3 títulos – Santa Cruz (1947, 1959, 1969)
Década de 1910 Em 1917, a Liga Sportiva Pernambucana, atual FPF, arrendou um terreno no bairro dos Aflitos, junto ao empresário Frederico Lundgren, com o objetivo de construir um campo de futebol. Estrutura simples, com a cancha murada e cercada por árvores. A entidade pretendia utilizá-lo nos jogos oficiais do campeonato estadual, com as 29 partidas daquela edição disputadas por lá. A primeira em 8 de abril, Sport 4 x 1 Paulista. Na decisão, um Clássico das Multidões (ainda sem esse apelido), com Sport 3 x 1 Santa. No ano seguinte à inauguração da cancha, a Liga desistiu do terreno e o Náutico prontamente assumiu os custos do arrendamento. Pagou 250 mil réis por quatro anos.
Década de 1920 O Náutico passou a ser o dono definitivo do campo em 1921, dando início às primeiras melhorias, incluindo a entrada da sede. A foto mais antiga data de 1926 (acima), ano do título do Torre, o único clube à parte do Trio de Ferro levantar a taça no local. Num torneio de pontos corridos com oito times, o “Madeira Rubra” sagrou-se campeão ganhando do Náutico na última rodada.
Década de 1930 De campo a estádio. Começando pela mudança da posição do campo, com as barras saindo do sentido leste/oeste para o norte/sul, mantido até hoje. Surgiram também os primeiros degraus da arquibancada, apenas três, com a reabertura do local, já com status de “estádio”, em 25 de junho de 1939. Na ocasião, goleada alvirrubra por 5 x 2 sobre o Sport. Gols de Wlson (2), Bermudes, Celso e Fernando Carvalheira.
Década de 1940 O estádio dos Aflitos ganhou um sistema de iluminação em 19 de junho de 1941. Curiosamente, em um jogo que não envolveu o Náutico, Great Western 2 x 2 Flamengo do Recife. Na época, começou também a construção das sociais e cadeiras, uma estrutura ainda existente. Um jogo marcante na década ocorreu em 1º de julho de 1945, com a maior goleada da história do futebol local, Náutico 21 x 3 Flamengo. Tará balançou as redes nove vezes.
Década de 1950 O formato clássico dos Aflitos até meados dos anos 1990 foi finalizado na década de 1950, com a conclusão das arquibancadas e do antigo placar, conhecido como “Balança mas não cai” – um símbolo do futebol pernambucano. Além disso, foram construídos os túneis de acesso ao vestiário e colocados os primeiros alambrados. Época marcada por títulos, com o bicampeonato nos Aflitos em 50/51. O tri viria em plena Ilha do Retiro, ganhando os dois turnos. Em 1953, o estádio ganharia o nome de “Eládio de Barros Carvalho”, presidente do clube em 14 oportunidades, a primeira em 1948, quando incentivou a obra.
Década de 1960 A década dourada do Náutico, com o hexacampeonato estadual, boas campanhas na Taça Brasil, chegando à final, e participação na Libertadores. Nos Aflitos, a principal alteração foi construção das cabines de imprensa centrais. De lá, o registro audiovisual do recorde de público. Na decisão de 1968, no hexa, foram 31.061 torcedores espremidos assistindo in loco ao gol de Ramos, Náutico 1 x 0 Sport. O Recife acompanhou ao vivo na televisão.
Década de 1970 Dez anos sem grandes transformações. Com a inauguração do Arruda, em 1972, e a ampliação da Ilha, pouco antes, o Náutico jogou várias de suas principais partidas, no Estadual e no Brasileiro, nos campos rivais. Apesar disso, um jogo em especial aconteceu nos Aflitos, em 11 de dezembro de 1974. Náutico 1 x 0 Santa, com o 15º título pernambucano do timbu evitando o hexa tricolor. Ou seja, lá no Eládio nascia o bordão “Hexa é Luxo”.
Década de 1980 O Arruda estava novamente em obras, agora para a construção do anel superior. Paralelamente a isso, a direção timbu apresentou o “plano de expansão” dos Aflitos, em 28 de novembro de 1981. O estádio contaria com novas gerais, fosso, camarotes, cabines de imprensa e um novo lance de arquibancada no lugar do velho placar. Com isso, dobraria a capacidade, chegando a 50 mil lugares. “Não faremos dos Aflitos o maior estádio, mas o mais aconchegante”, frisou o então mandatário, Hélio Dias de Assis. Lendo assim, até parecia algo pequeno, mas seria um dos maiores estádios particulares do país. A obra não saiu, com o clube usando parte do recurso obtido no Bandepe para a reforma do calçamento na sede. Já os Aflitos virou praticamente um campo de treino, com apenas 140 partidas em dez anos.
Década de 1990 A segunda grande ampliação foi iniciada em 1996, com o aumento das arquibancadas laterais e central, tendo como consequência a demolição do “Balança mais não cai”. Um trabalho coordenado por Raphael Gazzaneo, que, de forma paulatina, foi arrecadando recursos junto à torcida para a construção de pequenos módulos num primeiro momento. Não por acaso, a obra duraria sete anos! Já em 1997, no quadrangular final da Série B, o estádio recebeu 28 mil torcedores para Náutico 0 x 2 América Mineiro.
Década de 2010 Com a Copa do Mundo no Brasil, proliferaram projetos de arenas de norte a sul. Na capital pernambucana foram nada menos que seis, incluindo a Arena Pernambuco, a única erguida. O próprio Náutico chegou a apresentar dois projetos de arena, deixando de lado a ampliação imaginada em 1996. Em 2013, o clube assinou um contrato de 30 anos para atuar na arena em São Lourenço. Com isso, parou até a manutenção dos Aflitos. Três anos depois, a rescisão unilateral do acordo por parte da Odebrecht, com o clube iniciando mais uma reforma em sua verdadeira casa, desta vez para obter os laudos básicos exigidos pela CBF – no último jogo, um amistoso com o Decisão, em 2015. Sonhando com o recomeço da centenária história em 2018…
Embora esteja perdida no meio do Campeonato Brasileiro, com sete rodadas na Série A e cinco rodadas na Série C até 18 de junho, a decisão do Pernambucano de 2017 tende a encher o Cornélio de Barros. Afinal, é a primeira finalíssima realizada no interior, com o título aberto após o 1 x 1 na Ilha do Retiro. A direção do Salgueiro iniciou a venda online dos ingressos para a decisão estadual, a partir de R$ 33 (já considerando a taxa). Segundo o registro da FPF, o estádio sertanejo tem capacidade para 12.070 pessoas. Curiosamente, o recorde de público por lá foi estabelecido na outra final disputada. No caso, no jogo de ida de 2015, no empate sem gols entre Carcará e Santa, com 10.126 espectadores. Chega a tanto desta vez?
Outra marca ao alcance da partida é a bilheteria, embora a quebra seja mais difícil. Em 2015, o Salgueiro recebeu o Flamengo num confronto histórico pela Copa do Brasil (0 x 2). Na ocasião, os 7.553 torcedores proporcionaram uma renda de R$ 570.200, a maior do interior local, com tíquete médio de R$ 75,49! Na final estadual de 2015, por exemplo, esse índice foi de R$ 15,09.
O Cadastro Nacional de Uniformes de Times (CNUT), produzido pela CBF, apresenta neste ano 151 padrões oficiais dos 60 clubes envolvidos nas Séries A, B e C do Campeonato Brasileiro de 2017. Esta é a 6ª versão do relatório, com todos os detalhes das camisas, calções e meiões das agremiações.
Nesta temporada, 31 times cadastraram três modelos no arquivo da entidade – os layouts foram checados pela diretoria de competições da confederação. Entre esses clubes, os quatro pernambucanos: Sport na elite, Santa e Náutico na segundona e Salgueiro na terceirona. Apesar do cadastro, os clubes estão autorizados, claro, a utilizar possíveis novos padrões – como já é o caso do tricolor, com o lançamento da linha produzida pela marca Cobra Coral. Por sinal, a CBF adianta que a lista tende a ser atualizada no decorrer do ano.
Como nos últimos levantamentos, os modelos contam com os patrocinadores estampados (ao menos, o master). Confira o documento completo aqui.
O goiano Wilton Pereira Sampaio, de 35 anos, foi o árbitro escolhido para trabalhar na decisão do Campeonato Pernambucano de 2017, em 18 de junho. Assim, o jogo de volta entre Salgueiro e Sport terá um integrante do quadro do Fifa, o que não acontecia no futebol local desde 2014 – no empate em 1 x 1, na ida, foi José Woshington, do quadro da Ceaf. Considerando o formato atual da competição, com semifinal e final, desde 2010, esta em 4ª vez em 8 anos que um árbitro da Fifa apita a grande final.
Sampaio, que trabalhou em 16 jogos do último Campeonato Brasileiro, ostenta desde 2003 o emblema da Fifa, restrito a dez nomes por ano. No estado, Sampaio já apitou dois mata-matas. Os jogos de ida da semi entre Santa e Náutico em 2010 (0 x 0) e da final entre Sport e Náutico (2 x 0) em 2014.
Em relação ao árbitro de vídeo, a FPF aguarda novo aval da International Football Association Board (Ifab), o órgão que regulamenta as regras, para a utilização do recurso eletrônico no Cornélio de Barros. Para o bem de Wilton.
Os árbitros das decisões pernambucanas neste século:
2001 – Santa Cruz 0 x 2 Náutico* – Antônio André (PE) 2002 – Santa Cruz 2 x 1 Náutico* – Wilson Souza (Fifa-PE) 2003 – Sport* 2 x 2 Santa Cruz – Wilson Souza (Fifa-PE) 2004 – Santa Cruz 0 x 3 Náutico* – Patrício Souza (PE) 2006 – Sport* (5) 0 x 1 (4) Santa Cruz – Djalma Beltrami (Fifa-RJ) 2010 – Sport* 1 x 0 Náutico – Alicio Pena Júnior (MG) 2011 – Santa Cruz* 0 x 1 Sport – Sálvio Spinola (Fifa-SP) 2012 – Sport 2 x 3 Santa Cruz* – Sandro Meira Ricci (Fifa-PE) 2013 – Sport 0 x 2 Santa Cruz* – Gilberto Castro Júnior (PE) 2014 – Náutico 0 x 1 Sport* – Leandro Vuaden (Fifa-RS) 2015 – Santa Cruz* 1 x 0 Salgueiro – Emerson Sobral (PE) 2016 – Sport 0 x 0 Santa Cruz* – Sebastião Rufino Filho (PE) 2017 – Salgueiro x Sport – Wilton Sampaio (Fifa-GO) * Campeão
Balanço: 13 finais em 17 anos, com 7 árbitros da Fifa
Confira a lista de árbitros nos mata-matas desde 2010 clicando aqui.
Nada de jogos televisionados no Premiere, campos padronizados ou públicos numerosos. A Série D, mambembe desde sempre, é o verdadeiro retrato da maioria dos 766 clubes em atividade no país, num âmbito de superação e improviso. Na largada deste ano, foram 32 jogos no domingo, incluindo as derrotas de América e Central, ambos como visitante. E a maior história do dia ocorreu com o terceiro representante local. Mais precisamente em Carpina.
O Atlético Pernambuco conquistou a vaga de última hora, após a desistência do Serra Talhada, sem condições financeiras. Na estreia, o Tatu enfrentaria a principal força do grupo 8, o Campinense, que manteve a base da equipe que disputou o Nordestão, indo até as quartas de final. Jogo marcado para as 16h. Hino nacional, arbitragem e equipe do visitante perfiladas e um vazio ao lado… Nada do mandante. O ônibus quebrou a caminho do estádio Paulo Petribu. W.O. em casa? Acredite, passou perto. O árbitro Leo Simão teria que esperar meia hora. Correndo num ônibus escolar, numa carona encontrada às pressas, o time chegou às 16h25. Até a bola rolar, ainda teve três minutos para aquecimento e “oração”, como destaca a súmula oficial.
Em campo, George até abriu o placar para o dono da casa, mas a Raposa virou para 1 x 3 no primeiro tempo. Fatura quase liquidada, compreensível num dia tão atribulado. Porém, logo na retomada, Cesar diminuiu, com o 2 x 3 seguindo até o finzinho. Foi quando o camisa 9, Wellington, apareceu. O atacante marcou os gols do empate, aos 38, e da virada, aos 49 do segundo tempo. 4 x 3! Pena que nenhum torcedor pôde assistir na arquibancada, com o jogo de portões fechados por falta de laudos. Mais Série D, impossível. Raiz.
Abaixo, o registro do site Voz de Pernambuco, desde já uma raridade…
O interior do futebol pernambucano se fará presente na Copa do Nordeste pela 5ª vez em 15 edições. Com a classificação à final estadual, o Sagueiro manteve o ritmo de participações na competição regional. Nesta volta do Nordestão ao calendário oficial, em 2013, são quatro presenças em seis edições, já considerando a próxima, em 2018. É muita coisa. Inclusive, mais vagas que o Náutico, com três campanhas no período.
O trio definido, Salgueiro, Sport e Santa Cruz, repete as formações locais de 2013 e 2016. Entretanto, há uma diferença desta vez. A Lampions League será reformulada, mantendo os estados do Piauí e do Maranhão, como não poderia deixar de ser, mas com 16 clubes na fase de grupos em vez de 20. Ou seja, foi preciso criar, após votação entre clubes e federações, uma etapa preliminar com oito times, passando quatro à fase principal, com doze pré-classificados. No contexto local, o carcará e o leão já estão na fase de grupos, enquanto o tricolor disputará a seletiva ainda julho deste ano.
Representantes locais na Lampions*
1994 – Sport (1º), Santa Cruz (7º) e Náutico (12º) 1997 – Sport (3º), Náutico (6º) e Santa Cruz (8º) 1998 – Santa Cruz (5º), Sport (9º) e Náutico (15º) 1999 – Sport (3º) e Porto (10º) 2000 – Sport (1º) e Santa Cruz (10º) 2001 – Sport (2º), Náutico (3º) e Santa Cruz (5º) 2002 – Náutico (3º) e Santa Cruz (4º) e Sport (10º) 2003 – Nenhum 2010 – Santa Cruz (8º) e Náutico (10º) 2013 – Santa Cruz (6º), Sport (7º) e Salgueiro (13º) 2014 – Sport (1º), Santa Cruz (4º) e Náutico (11º) 2015 – Sport (4º), Salgueiro (7º) e Náutico (9º) 2016 – Santa Cruz (1º), Sport (4º) e Salgueiro (6º) 2017 – Sport (finalista), Santa Cruz (3º) e Náutico (9º)
2018 – Salgueiro, Sport e Santa Cruz
* Entre parênteses, a colocação no torneio regional
Número de participações na história do Nordestão (1994-2018) 13 – Sport 12 – Santa Cruz 9 – Náutico 4 – Salgueiro 1 – Porto
Número de participações na volta do Nordestão (2013-2018) 6 – Sport 5 – Santa Cruz 4 – Salgueiro 3 – Náutico