Em sua 7ª apresentação, o Santa vence a primeira em 2018. Goleada sobre o Treze

Nordestão 2018, 2ª rodada: Santa Cruz 3 x 0 Treze. Foto: Roberto Ramos/DP

Em sua 7ª apresentação oficial em 2018, o Santa Cruz finalmente saiu vencedor. Ao superar o Treze, num Arruda deserto, o tricolor evitou uma marca indigesta – um novo tropeço teria igualado a pior largada do clube numa temporada, com 7 jogos, em 1985.  Para a alegria da torcida, acompanhando pela tevê, a história não se repediu. Com o resultado positivo, o time pernambucano chegou à 2ª colocação do grupo A do Nordestão.

O vazio na arquibancada se explica. A partida ocorreu de portões fechados, cumprindo a punição imposta pelo STJD devido aos objetos arremessados por torcedores na semifinal regional de 2017. No pré-jogo, o cenário neutro até animou o visitante, mas com a bola rolando os corais abriram o placar logo aos 5 minutos, numa boa trama iniciada pelo lateral Vítor, que tabelou e recebeu para finalizar – foi apenas a 3ª vez que o time ficou em vantagem no ano. A partir disso, a equipe de Júnior Rocha retraiu. Não abriu mão da posse de bola (teve 51% no 1T), mas pouco atacou, esperando o erro do adversário.

Nordestão 2018, 2ª rodada: Santa Cruz x Treze. Foto: Roberto Ramos/DP

O Treze até pressionou, com duas boas defesas de Machowski, mas tomou um contragolpe mortal aos 22. Os tricolores avançaram num 3 contra 1, com Jeremias (um dos melhores) chegando livre para tocar a bola entre as pernas do goleiro Saulo. Foram as duas únicas finalizações do Santa na primeira etapa. Portanto, foi eficiente. No 2T, o Treze voltou sem Marcelinho Paraíba – desgaste natural de um atleta de 42 anos. O visitante se lançou ao ataque e deu vários contragolpes ao campeão nordestino de 2016, com Arthur Rezende aproveitando um para definir a primeira vitória (e goleada) no ano, 3 x 0.

Histórico de Santa Cruz x Treze (todos os mandos)
87 jogos
41 vitórias tricolores (47,1%)
22 empates (25,2%)
24 vitórias paraibanas (27,5%)

Nordestão 2018, 2ª rodada: Santa Cruz 3 x 0 Treze. Foto: Roberto Ramos/DP

Aprovação na Série A reabre o caminho para campos sintéticos em Pernambuco. Devido ao custo, só um alvo: o Lacerdão

Modelo de grama sintética em estudo na FPF. Foto: Fred Figueiroa/DP

A decisão unânime sobre a utilização do gramado sintético no Brasileirão é em caráter definitivo, segundo o presidente da FPF, Evandro Carvalho, presente no arbitral da competição. Com isso, reabre a possibilidade de campos artificiais em centros periféricos, à parte da Série A. Em Pernambuco, devido à histórica crise hídrica, agravada por uma das maiores secas do século, o problema no interior, somado à falta de receita, é recorrente – em 2017 resultou em vetos no hexagonal, com Belo Jardim e Central jogando fora. Ao blog, o mandatário afirmou que a decisão traz uma situação nova ao futebol local, baseada no custo. Originalmente, a ideia era promover a instalação em três mesorregiões, a Zona da Mata (Vitória), o Agreste (Caruaru) e o Sertão (Serra Talhada). Assim, haveria um raio de alcance a cidades próximas, em caso de campos de grama natural sem condições. Porém, pelo regulamento aprovado, um campo sintético só pode receber um jogo de futebol profissional caso seja do “nível 5” – o grau máximo escalonado pela Fifa.

Embora seja sintético, esse gramado contém uma mistura com material orgânico, para tirar a percepção ‘emborrachada’ das primeiras versões – acima, a amostra exposta na federação. Também demanda irrigação, devido à temperatura e à resistência, embora numa escala muito menor. Trata-se do piso instalado na Arena da Baixada, do Atlético-PR, o único palco da Série A 2018 neste contexto – Fonte Nova e Allianz Parque podem ser os próximos.

O custo deste modelo? Aí está o motivo do ‘refinamento’ da ideia…

R$ 2.783.000, somando a aquisição do campo e a instalação.

Para Evandro, num primeiro momento, só é possível projetar um campo no interior – com investimentos externos. No caso, o Lacerdão, em Caruaru. Pelo tamanho do estádio (19.478 lugares), pelo porte econômico da cidade (356 mil habitantes) e pela localização estratégica, com clubes num raio de 85 km (Belo Jardim, Chã Grande, Decisão, Pesqueira, Porto e Ypiranga).

Existem dois caminhos:

1) Via Ministério do Esporte
Através de projetos de fomento, mesmo num campo privado, poderia haver o repasse do governo federal. Em Pernambuco, a FPF vem firmando parcerias com prefeituras. Já foram aprovados dois projetos de modernização de estádios municipais: o Valdemar Viana, em Afogados (R$ 590 mil), e o Laura Bandeira, em Paudalho (R$ 585 mil). Os dois empreendimentos estão listados no Portal da Transparência. No caso do campo do Central, o local poderia ser utilizado – além de jogos profissionais – em ações de inclusão, numa lógica semelhante aos centros de treinamento financiados pelo ministério

2) Via Fifa
Pelo contrato de organização da Copa do Mundo de 2014, o Brasil teria direito, após o evento, a um aporte de US$ 100 milhões para obras de infraestrutura e capacitação. O tal ‘Legado da Copa’. Com a bronca da entidade na justiça, quase todo o dinheiro segue na Suíça. Apenas 8,7 mi foram liberados – segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a liberação pode ocorrer, finalmente, em 2018. Portanto, haveria, em disputa por projetos, cerca de 91,3 milhões de dólares (ou R$ 289 milhões). Em tese, bastaria a Pernambuco conseguir 1% disso para viabilizar o campo em Caruaru.

Explicação de Evandro Carvalho sobre a escolha prévia do Lacerdão
“Nunca deixamos de discutir ou ventilar a possibilidade. Mas agora, com a decisão definitiva, que ficará no Regulamento Geral de Competições da CBF, podemos seguir. Temos dois caminhos e hoje, na nossa visão, precisamos de um estádio no interior com regularidade. E seria muito bom para nós, e até para estados vizinhos, se um estádio como o do Central pudesse receber um gramado artificial. Porque haveria a garantia de 10 anos e a possibilidade de jogos seguidos, sem danificar o campo.”

Obviamente, o Trio de Ferro também poderia optar pela mudança no piso (no Arruda, na Ilha e nos Aflitos), mas, a princípio, através de outras parcerias.

Pernambucano 2018, 5ª rodada: Central 1 x 1 Sport. Foto: Tetto Drone, via Caruaru no Face (cortesia)

Com 5 rodadas, Estadual 2018 soma 43 mil torcedores e R$ 805 mil de bilheteria

A 5ª rodada do Pernambucano de 2018 foi a primeira (e única) sem jogos do trio de ferro na capital. Foi, também, a de pior desempenho em termos de público presente até o momento. Com apenas 7.544 espectadores (47% concentrado num só jogo, Central x Sport), o índice foi de 1.508. Logicamente, ajudou a baixar a média da competição, já ruim. Por sinal, em Caruaru tíquete médio foi de R$ 32,40. Um valor elevado para os padrões locais, como já havia sido em Arcoverde, com um dado totalmente fora da curva (R$ 57,83). Justamente as partidas com a presença do atual campeão no interior, e também as únicas com bilheteria acima de R$ 100 mil – na capital do agreste o ingresso do tobogã, setor reservado ao visitante, saiu por R$ 50, mesmo preço aplicado aos rubro-negros em Arcoverde. Não por acaso, Flamengo e Central lideram a arrecadação, num cenário completamente incomum no futebol do estado – e que não bate com o ranking de público.

Abaixo, os rankings de público e renda, com ordem através das médias

Os rankings de público e renda do Pernambucano 2018 após 5 rodadas. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Os 10 maiores públicos
4.292 – Santa Cruz 1 x 1 Vitória (Arruda, 18/01 – 1ª rodada)
4.035 – Santa Cruz 1 x 1 Central (Arruda, 25/01 – 3ª rodada)
3.724 – Sport 2 x 0 Pesqueira (Ilha do Retiro, 29/01 – 4ª rodada)
3.685 – Náutico 3 x 0 Sport (Arena PE, 24/01 – 3ª rodada)
3.601 – Central 1 x 1 Sport (Lacerdão, 03/02 – 5ª rodada)
3.389 – Sport 2 x 0 Afogados (Ilha do Retiro, 20/01 – 2ª rodada)
3.000 – Flamengo 0 x 0 Sport (Áureo Bradley, 17/01 – 1ª rodada)
2.147 – Central 3 x 0 Náutico (Lacerdão, 21/01 – 2ª rodada)
1.861 – Central 0 x 0 Flamengo (Lacerdão, 28/01 – 4ª rodada)
1.824 – América 2 x 0 Santa Cruz (Ademir Cunha, 21/01 – 2ª rodada)

Balanço geral – 25 partidas
Público total: 43.444 
Média: 1.737 pessoas
Arrecadação total: R$ 805.676 
Média: R$ 32.227 

Eis os borderôs da quinta rodada do campeonato estadual de 2018…

Central 1 x 1 Sport (Lacerdão); 3.601 torcedores e R$ 116.680

Pernambucano 2018, 5ª rodada: Central 1 x 1 Sport. Foto: Central/instagram (@centraloficial)

Sagueiro 1 x 1 Santa Cruz (Cornélio de Barros); 1.393 torcedores e R$ 9.054

Pernambucano 2018, 5ª rodada: Salgueiro 1 x 1 Santa Cruz. Foto: Darlando Barros, via Carcará Net (@CarcaraNet)

Pesqueira 1 x 1 Náutico (Joaquim de Brito); 1.357 torcedores e R$ 35.970

Pernambucano 2018, 5ª rodada: Pesqueira 1 x 1 Náutico. Crédito: globoesporte.com/reprodução

Flamengo 0 x 1 Afogados (Áureo Bradley): 624 torcedores e R$ 9.920

Pernambucano 2018, 5ª rodada: Flamengo 0 x 1 Afogados. Foto: Torcida Portal do Sertão/instagram (@torcidaportaldosertao)

Vitória 5 x 2 América (Arena PE); 569 torcedores e R$ 4.370

Pernambucano 2018, 5ª rodada: Vitória 5 x 2 América. Crédito: mycujoo.tv/fpf (reprodução)

Ranking dos pênaltis e das expulsões (5)

Pernambucano 2018, 5ª rodada: Vitória 5 x 2 América. Crédito: Rede Globo/reprodução

A 5ª rodada do Estadual de 2018 registrou três expulsões e duas penalidades, distribuídas em apenas dois jogos. À parte do vermelho ao zagueiro Henríque, no Lacerdão, o que pesou mesmo foi o duelo entre Vitória e América, na Arena Pernambuco. O árbitro Péricles Bassols assinalou um pênalti para cada lado e uma expulsão pra cada lado. No tricolor das tabocas, a cobrança só foi efetivada no rebote – Thomas Anderson bateu, o goleiro defendeu e o próprio atacante marcou na sobra. E olhe que o jogo ainda teve 7 gols (Vitória 5 x 2).

Abaixo, as listas de pênaltis e expulsões após 25 partidas realizadas.

Pênaltis a favor (6)
1 pênalti – Afogados, América, Central, Náutico , Salgueiro (perdeu 1) e Vitória (perdeu 1)
Sem penalidade – Belo Jardim, Flamengo, Pesqueira, Santa Cruz e Sport

Pênaltis cometidos (6)
2 pênaltis – América (defendeu 1) e Vitória
1 pênalti – Afogados e Belo Jardim (defendeu 1)
Sem penalidade – Central, Flamengo, Náutico, Pesqueira, Salgueiro, Santa Cruz e Sport

Cartões vermelhos (7)
1º) América – 3 adversários expulsos; 1 vermelho recebido
2º) Central – 2 adversário expulsos; nenhum vermelho
3º) Belo Jardim – 1 adversário expulso, nenhum vermelho
4º) Vitória – 1 adversário expulso; 1 vermelho recebido
5º) Pesqueira – nenhuma expulsão
5º) Salgueiro – nenhuma expulsão
7º) Afogados – nenhum adversário expulso; 1 vermelho recebido
7º) Flamengo – nenhuma adversário expulso; 1 vermelho
7º) Náutico – nenhum adversário expulso; 1 vermelho recebido
7º) Santa Cruz – nenhuma adversário expulso; 1 vermelho
7º) Sport – nenhuma adversário expulso; 1 vermelho

Pernambucano 2018, 5ª rodada: Vitória 5 x 2 América. Crédito: Rede Globo/reprodução

Resumo da 5ª rodada do Pernambucano

Pernambucano 2018, 5ª rodada: Flamengo 0 x 1 Afogados (Cláudio Gomes/Afogados FC), Central 1 x 1 Sport (Williams Aguiar/Sport), Pesqueira 1 x 1 Náutico (Léo Lemos/Náutico) e Salgueiro 1 x 1 Santa Cruz (Premiere/reprodução)

Na semana pré-carnaval, a 5ª rodada do Campeonato Pernambucano de 2018 registrou a presença do trio de ferro no interior – ‘fugindo’ dos vários blocos e prévias na capital. Os três atuaram no sábado, finalizando com o mesmo placar, empate em 1 x 1. Com isso, a Acadêmica Vitória entraria na Arena PE, no domingo, para tomar a liderança. E conseguiu de forma categórica, com a maior goleada da competição. Se Náutico e Sport seguem no G4, na margem da tabela que decidirá as quartas de final em casa, o Santa segue na zona de rebaixamento – numa outra leitura, os corais têm a mesma pontuação do G8.

Com o Belo Jardim de folga, a rodada levou 7.554 torcedores aos estádios, com média de 1.507, a mais baixa até o momento. Quanto à artilharia, Thomas Anderson (Vitória) lidera isoladamente (como o seu time) com 5 gols.

Central 1 x 1 Sport – O alvinegro, que venceu o leão apenas 4 vezes neste século, segurou a vantagem até os 31 do 2º tempo, quando também tinha a vantagem numérica em campo. Tomou o empate numa falta de Marlone

Pesqueira 1 x 1 Náutico – Diante do lanterna da competição, o timbu utilizou vários jogadores da base, rodando o enxuto elenco. O gol de empate foi trabalhado por 2 reservas, os atacantes Daniel Bueno e Tharcysio

Salgueiro 1 x 1 Santa Cruz – Festejando os 104 anos, o tricolor tentou a primeira vitória na temporada. Diante de um adversário historicamente complicado, os corais até abriram o placar. Pelo 2T, o empate foi aceitável

Vitória 5 x 2 América – De forma surpreendente, o vencedor seria o líder isolado – ao timbu, restava o empate. Mas a disputa foi meramente teórica, pois o tricolor das tabocas atropelou, fazendo 4 x 1 ainda no primeiro tempo

Flamengo 0 x 1 Afogados – A coruja vinha no limbo da tabela (9º), mas conseguiu a sua primeira vitória, ainda mais na condição de visitante. Gol de Willian, aos 23/2T, derrubando a invencibilidade de time de Arcoverde

Destaque – Thomas Anderson. Com os 2 gols na arena, o atacante do Vitória assumiu a artilharia da competição. Tem 5 gols, média de 1 por rodada

Carcaça – A ‘não transmissão’ em Pesqueira. Parecia coisa do passado, mas um jogo de um grande da capital ocorreu sem exibição alguma na televisão

Próxima rodada (Sport folga) – atualizada em 09/02
06/02 (20h00) – Náutico x Salgueiro (Arena PE) – Premiere
07/02 (20h00) – Belo Jardim x Vitória (Joaquim de Brito)
07/02 (20h00) – Flamengo x Pesqueira (Áureo Bradley)
07/02 (20h00) – América x Central (Ademir Cunha) – FPF/internet
14/02 (20h00) – Afogados x Santa Cruz (Vianão)

A classificação após 5 rodadas (verde = quartas; vermelho = descenso).

A classificação do Pernambucano 2018 após a 4ª rodada. Crédito: Superesportes

Machowski garante empate do Santa em Salgueiro, no 104º aniversário do tricolor

Pernambucano 2018, 5ª rodada: Salgueiro 1 x 1 Santa Cruz. Crédito: Premiere/reprodução

O Santa segue sem vencer na temporada, após seis partidas em três torneios distintos (0V, 4E e 2D), mas na noite sertaneja o resultado não deve ser tão lamentado. Além da dificuldade de atuar no Cornélio de Barros, o time vinha de uma dura eliminação, na Copa do Brasil, e testava um novo estilo de jogo, com o treinador Júnior Rocha mudando a saída de bola de pé em pé. Por enquanto, então, tiro de meta para o meio, disputa no alto e mais intensidade nas pontas. Mais força que técnica – que o time não mostrou tanto até aqui

É verdade que os corais foram para o intervalo em vantagem, após um gol do zagueiro Augusto Silva, aproveitando uma saída errada do goleiro Mondragon, mas, pelo volume de jogo do carcará na reta final, o 1 x 1 é aceitável. À parte da discussão sobre um lance no 1T, no qual a bola do tricolor teria passado a linha (a única câmera lateral é inconclusiva, na visão do blog), a vitória parcial dava ao time a chance de contragolpear na etapa complementar.

Pernambucano 2018, 5ª rodada: Salgueiro 1 x 1 Santa Cruz. Crédito: Premiere/reprodução

Contudo, o Salgueiro dominou o jogo e errou pouco. E lá na frente o mandante ficou por um triz. Empatou num gol de falta do meia Fabiano Menezes, aos 11, e depois conseguiu inúmeros cruzamentos perigosos, por cima e por baixo. O relógio já passava de 40 quando o goleiro Tiago Machowski tornou-se o nome da peleja. Se na cobrança de falta pode ter faltado mais atenção, nas três cabeçadas ele foi puro reflexo, espalmando finalizações bem ajustadas. A vitória no 104º aniversário não veio. Ao menos a derrota também não.

Histórico de Salgueiro x Santa Cruz (todos os mandos)
36 jogos
15 vitórias tricolores (41,6%)
10 empates (27,7%)
11 vitórias salgueirenses (30,5%) 

Pernambucano 2018, 5ª rodada: Salgueiro 1 x 1 Santa Cruz. Crédito: Premiere/reprodução

As redes sociais dos 40 principais clubes do Brasil até fevereiro de 2018, via Ibope

As redes sociais dos principais clubes do Brasil em 03/02/2018. Crédito: Ibope-Repucom

O Ibope publicou a atualização das bases digitais dos clubes do país, somando os perfis oficiais nas redes sociais mais utilizadas no futebol. O levantamento de fevereiro traz os 20 clubes presentes na Série A de 2018 e mais 19 times com os maiores quadros nas Séries B (12), C (5) e D (2), tendo a Portuguesa, sem divisão, como exceção – devido ao mercado paulista. Ao todo, são dez times nordestinos, com o Sport sendo o mais numeroso. Hoje, na lista combinada, o rubro-negro tem 278 mil pessoas a mais que o Baêa.

O leão só não lidera no face, com o rival baiano há frente há tempos. Por sinal, a rede de Mark Zuckerberg aponta um congelamento nos números, tanto que o maior crescimento regional (do Fortaleza, no embalo de Rogério Ceni) não chegou a 4 mil. O Bahia teve um aumento irrisório (40) e o Sport registrou decréscimo (682). Será que os clubes chegaram ao teto lá ou trata-se de um princípio de desgaste, como ocorreu no Orkut? A conferir. Se no quadro nacional o Trio de Ferro aparece com o Sport em 12º, Santa em 23º e Náutico em 31º, no regional as colocações são 1º, 6º e 9º, respectivamente.

A seguir, o comparativo em cada rede quantificada, entre 02/2018 e 01/2018.

Os nordestinos com mais usuários nas redes e a evolução mensal
1º) Sport (2.982.310 seguidores) +37.957 (maior evolução no mês)
2º) Bahia (2.703.508) +37.213
3º) Vitória (1.702.404) +21.949
4º) Ceará (1.135.152) +14.076
5º) Fortaleza (990.685) +24.646
6º) Santa Cruz (929.812) +13.731
7º) América-RN (400.943) +3.613
8º) ABC (394.309) +3.714
9º) Náutico (381.976) +8.483
10º) CRB (271.140) +8.795

Ranking do NE no facebook
1º) Bahia (1.114.451 curtidores) +40
2º) Sport (1.085.405) -682
3º) Ceará (668.130) -178
4º) Fortaleza (629.588) +3.443 (maior evolução no mês)
5º) Santa Cruz (569.582) -738
6º) Vitória (436.257) +2.791
7º) América-RN (244.071) +17
8º) ABC (223.891) +107
9º) Náutico (211.864) +228
10º) CRB (139.280) +490

Ranking do NE no twitter
1º) Sport (1.521.083 seguidores) +26.766 (maior evolução no mês)
2º) Bahia (1.328.309) +24.093
3º) Vitória (1.092.460) +13.098
4º) Ceará (245.126) +5.995
5º) Santa Cruz (209.054) +11.208
6º) Fortaleza (181.200) +8.380
7º) Náutico (118.200) +6.189
8º) ABC (112.147) +1.550
9º) América-RN (91.196) +1.051
10º) CRB (62.798) +2.423

Ranking do NE no instagram
1º) Sport (317.658 seguidores) +9.098
2º) Bahia (214.793) +10.075 (maior evolução no mês)
3º) Ceará (193.897) +6.395
4º) Vitória (163.629) +5.506
5º) Fortaleza (157.314) +9.950
6º) Santa Cruz (123.999) +2.364
7º) CRB (62.393) +4.669
8º) América-RN (58.582) -252
9º) ABC (54.956) +1.801
10º) Náutico (51.912) +2.066

Ranking do NE no youtube*
1º) Sport (58.164 inscritos) +2.775
2º) Bahia (45.955) +3.005 (maior evolução no mês)
3º) Ceará (27.999) +1.864
4º) Santa Cruz (27.177) +897
5º) Fortaleza (22.583) +2.873
6º) Vitória (10.058) +554
7º) América-RN (7.094) +797
8º) CRB (6.669) +1.213
9º) ABC (3.315) +256
* O Náutico não possui perfil oficial

Obs. Uma pessoa pode ter contas em diferentes plataformas, com a lista contando cada uma delas. E pode seguir perfis rivais, também contabilizados.

Relatório da Fifa aponta que 254 clubes brasileiros (ou 35% do país) fizeram transferências internacionais em 2017

O total de jogadores negociados em transações internacionais no futebol, por ano. Crédito: Fifa TMS/reprodução

O nº de transferências no mundo, aumentando pela sexta vez consecutiva

Segundo a CBF, existem 722 clubes profissionais em atividade no país, dado de 2017. Cruzando essa informação com o novo relatório anual da Fifa sobre as transferências internacionais de jogadores, o Global Transfer Market Report 18, chega-se um quadro considerável e bem curioso. O sistema da Fifa, o TMS, aponta a CBF como a associação nacional com mais clubes envolvidos em negociações para o exterior – somando chegadas e saídas. Foram 254 times. Portanto, 35% dos clubes fizeram alguma negociação do tipo.

É quase o dobro da quantidade de clubes que disputaram as Séries A, B, C e D (128). Ao todo, 1.569 negociações tiveram o país como origem (821 atletas; US$ 288.8 milhões recebidos) ou destino (748 atletas; US$ 71.9 milhões gastos). Haja clube basicamente no papel e fazendo o papel de ponte – ou times amadores e ‘clubes formadores’, com apenas este propósito. Centros com divisões profissionais (principais e inferiores) bem mais fortes, a Alemanha e a Inglaterra tiveram 275 times presentes neste balanço. Juntas.

O total de clubes envolvidos em negociações internacionais de jogadores a cada ano e o total de clubes por país em 2017. Crédito: Fifa TMS/reprodução

No âmbito geral, a última temporada quebrou todos os recordes – total de jogadores, de clubes e países envolvidos e de dinheiro gasto. Mesmo com o freio no mercado chinês, que havia impulsionado os números de 2016, o futebol como um todo movimentou muita grana. Foram 15.624 negociações internacionais, ou 993 a mais. Quase 4 mil a mais em relação ao início da década, quando a Fifa passou a divulgar o relatório com regularidade.

O total de dinheiro gasto em transferências internacionais a cada ano. Crédito: Fifa TMS/reprodução

Em termos de investimento, o ponto alto foi a mudança de Neymar, do Barça para o PSG, por 264 milhões de dólares – a maior da história. No geral, o dado com transferências nunca havia chegado a 5 bi, pois foi além, finalizando em US$ 6,37 bilhões. Aumento de 32,7% num ano!. Numa média bruta, a título de curiosidade, isso daria 407 mil por cada jogador que mudou de país.

No meio dessas cifras gigantescas, o futebol pernambucano deu a sua contribuição. Tanto em saídas, como na venda dos direitos econômicos de atacante Erick, do Náutico para o Braga-POR (R$ 2,8 mi), quanto em chegadas, na aquisição do centroavante André, do Sporting-POR para o Sport (R$ 5,2 mi). Ambas devidamente registradas no Transfer Matching System.

As duas janelas brasileiras em 2018: de 10/01 a 02/04 e de 20/06 a 20/07.

Os tipos de negociações internacionais no futebol em 2017. Crédito: Fifa TMS/reprodução

Gita, de Raul Seixas, na versão Santa

Maestro Spok cantando a versão coral de 'Gita'. Crédito: Portão 10/facebook (reprodução)

A torcida ‘Portão 10’, do Santa Cruz, criou uma versão da música Gita, de Raul Seixas, com versos relacionados ao tricolor. Gravada em estúdio pelo Maestro Spok, a releitura do clássico de 1974 faz parte do álbum ‘Avante Santa Cruz’, agendado para o 104º aniversário do clube. Abaixo, um trecho do clipe e algumas mudanças na letra. Música já presente no Arruda…

A letra (em itálico, os versos originais da primeira estrofe):

Às vezes você me pergunta, por que é que eu sou tão pirado
Às vezes você me pergunta, por que é que sou tão calado

Não largo o meu o Santa por nada, estarei sempre ao seu lado
Não falo de amor quase nada, nem fico sorrindo ao seu lado

Eu penso em ti toda a hora
Você pensa em mim toda hora

Estou sempre a te apoiar
Me come, me cospe, me deixa

Talvez você não entenda, mas hoje eu vou te mostrar
Talvez você não entenda, mas hoje eu vou lhe mostrar

Tricolor, és minha alegria
Que eu sou a luz das estrelas

Tricolor, sempre vou te apoiar
Eu sou a cor do luar

Tricolor, tu és minha vida
Eu sou as coisas da vida

Pra sempre eu vou te amar
Eu sou o medo de amar

Colosso Coral, a 5ª versão para a cerveja oficial do Santa Cruz. Agora, pelo CT

Cerveja do Santa Cruz em 2018, a "Colosso Coral". Foto: NaTora HmB/divulgação

Entre 1995 e 2018, foram lançados cinco tipos de cerveja relacionados ao Santa Cruz. Da limitada primeira versão, importada dos Estados Unidos, à versão artesanal, a Colosso Coral, visando a receita para a construção do centro de treinamento do clube (como o bolo de rolo e os cadernos lançados). Produzido pela cervejaria NaTora HmB, sediada em Petrolina, o produto chega ao Arruda no aniversário de 104 anos do clube (R$ 25 a garrafa de 600 ml).

Eis a descrição da fabricante: “Cerveja clara, saborosa e aromática. Toques citricos e de frutas tropicais com discreto amargor a tornam bem refrescante”.

Abaixo, o blog relembra outras cervejas oficiais com a marca do Santa Cruz.

Cerveja tricolor em 2013
A última cerveja oficial do Santa, de 473 ml, havia saído em 2013, na ‘Lata Torcedora” da Brahma, com 17 clubes, sendo 5 do NE (com o trio de ferro).

Cerveja tricolor em 2012
Época do contrato mais amplo, com 35 clubes licenciados junto à Brahma, via campanha ‘Brasil, melhor futebol do mundo”. No latão: “o sabor de ser coral”.

Cerveja tricolor em 2000
A 1ª lata licenciada (350 ml) em grande escala foi a da Kaiser, via “Kaiser Clube”. O escudo coral tinha 8 estrelas, com o tri-super e o penta (69-73).

Cerveja tricolor em 1995
Foi uma edição limitada, de 355 ml, importada por Santa Cruz e Sport junto à Evansville, dos EUA. No modelo coral, destaque para o tri-super (57, 76 e 83).

Eis as versões anteriores da cerveja tricolor, da esquerda para a direita: Brahma (2013), Brahma (2012), Kaiser (2000) e Evansville (1995)

Pela ordem (esquerda pra direita): Brahma (2013), Brahma (2012), Kaiser (2000) e Evansville (1995)