Com boa leitura de Luxemburgo, Sport vence o Flamengo na Ilha do Retiro

Série A 2017, 5ª rodada: Sport 2 x 0 Flamengo. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Três dias separaram uma atuação sem rotação e objetividade ofensiva de uma apresentação de muita entrega e reorganização tática durante o jogo, a partir da efetividade do treinador. Se a partida contra Avaí expôs o que há de pior no Sport neste ano, a noite contra o Flamengo trouxe alento ao torcedor para o decorrer do Brasileirão. Diante de um adversário bem mais técnico e perigoso, o rubro-negro pernambucano conseguiu conter a pressão inicial e reverteu o quadro, arrancando uma boa vitória na Ilha do Retiro.

Para começar, Luxemburgo estava obrigado a promover mudanças, sobretudo com a ausência de Diego Souza, servindo à Seleção – talvez tenha sido bom para todos os lados, com o time recompactado e o meia focado na camisa verde e amarela. Além do reforço nas laterais (em vez de nomes da base numa fogueira), o treinador optou por três volantes de saída, com Rithely bem adiantado. O camisa 21 não rendeu nesta função, ficando à parte das trocas de passes e até mesmo da marcação no meio. Coube a Luxa reconhecer o descompasso e reposicioná-lo ao círculo central, onde tomou conta com a ajuda de um aguerrido Anselmo, com quem pode fazer boa dupla. No ataque, Rogério ficou no banco. Nas pontas, Osvaldo e Everton Felipe. Ainda no primeiro tempo, o treinador inverteu os lados, com Osvaldo indo para a direita, onde infernizou o lado de Renê, já pressionado pela antiga torcida.

Jogando também com amplitude, o Fla tentou sair bastante com Diego, bem marcado. Nos primeiros 15 minutos, o domínio foi carioca. Até que o Sport finalmente conseguiu afastar o adversário de seu campo, ao acelerar o jogo – chegando à linha de fundo. E neste jogo pegado, destoou bastante as atuações dos goleiros, com Magrão operando milagres e Muralha inseguro. Além de ter provocado um tiro indireto dentro da área, o goleiro devolveu mal em outro lance, com Osvaldo pegando e mandando no ângulo. Também no segundo tempo, Thomás, que entrara bem de novo, acertou o canto para fazer 2 x 0. No primeiro tempo, em lance parecidíssimo, Magrão espalmou. Foi assim a noite inteira, com três pontos e moral recuperado no Sport…

Sport x Flamengo no Recife, pelo Brasileiro
8 vitórias do Leão
4 empates
4 vitórias do Fla

Série A 2017, 5ª rodada: Sport 2 x 0 Flamengo. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Classificação da Série A 2017 – 4ª rodada

A classificação da 4ª rodada da Série A de 2017. Crédito: Superesportes

Jogando (mal) às 11h no domingo, o Sport perdeu do Avaí, em Floripa, e despencou na classificação. O time pernambucano perdeu três colocações, numa situação consolidada na segunda-feira, no encerramento da 4ª rodada, com a goleada do Bahia sobre o lanterninha, o Atlético-GO. Agora, o leão aparece em 15º, flertando com o Z4 (tem um ponto de vantagem). Foi o segundo jogo do rubro-negro como visitante neste Brasileiro, com duas derrotas e nenhum gol a favor. Condiz com o futebol apresentado.

Em relação à liderança, a Chapecoense segue na ponta. Para isso, foi buscar o resultado no Mineirão, sendo o único visitante com vitória no fim de semana. Tem os mesmos dez pontos do Corinthians, mas o saldo é melhor (5 x 4).

Resultados da 4ª rodada
Coritiba 1 x 0 Atlético-PR
Fluminense 2 x 1 Vitória
Corinthians 2 x 0 Santos (40.436 pessoas, o maior público)
Avaí 1 x 0 Sport
Flamengo 0 x 0 Botafogo
Grêmio 2 x 0 Vasco
Ponte Preta 1 x 0 São Paulo
Palmeiras 0 x 0 Atlético-MG
Cruzeiro 0 x 2 Chapecoense
Bahia 3 x 0 Atlético-GO 

Balanço da 4ª rodada
7V dos mandantes (12 GP), 2E e 1V dos visitantes (3 GP)

Agenda da 5ª rodada
06/06 (20h00) – Fluminense x Atlético-PR (Maracanã)
07/06 (19h30) – Atlético-MG x Avaí (Independência)
07/06 (19h30) – Coritiba x Palmeiras (Couto Pereira)
07/06 (21h00) – Santos x Botafogo (Pacaembu)
07/06 (21h45) – Chapecoense x Grêmio (Arena Condá)
07/06 (21h45) – Sport x Flamengo (Ilha do Retiro)
07/06 (21h45) – Vasco x Corinthians (São Januário)
08/06 (19h30) – Atlético-GO x Ponte Preta (Olímpico)
08/06 (19h30) – São Paulo x Vitória (Morumbi)
08/06 (21h00) – Bahia x Cruzeiro (Fonte Nova) 

Histórico de Sport x Flamengo no Recife, pela elite:
7 vitórias leoninas, 4 empates e 4 derrotas

Os fornecedores de material esportivo dos 40 clubes das Séries A e B de 2017

Ranking das fornecedoras de uniforme na Série A de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Somando as duas principais divisões, a Topper é a fabricante mais presente no Campeonato Brasileiro de 2017, com nove clubes. Consequência da nova política da empresa, que voltou a investir pesado no futebol, angariando sete clubes em relação à temporada anterior. Galo e Fogão puxam a fila, mas a maioria ainda segue concentrada na segunda divisão – como o Náutico. Analisando só a elite, a Umbro passou de quatro para sete clubes, destronando a Adidas, com os mesmos cinco de 2016, incluindo o Sport.

Os 40 times inscritos nas Séries A (gráfico acima) e B (abaixo) estão divididos entre 13 fornecedoras tradicionais. Porém, existem outras quatro marcas ligadas aos próprios clubes. Em 2016 o Paysandu foi o único nesta frente, mas outros clubes seguiram a ideia, como o Santa Cruz, que deixou a Penalty após nove anos. É preciso destacar três observações neste levantamento. O Fluminense largou no Brasileiro vestindo o padrão da Dry World, mas já com contrato assinado com a Under Armour a partir de julho – e o blog considerou esta segunda. Já o Santos tem um acordo misto com a Kappa em relação à produção, mas como mantém a logo italiana, entrou como fornecedora tradicional. Na Série B, o Boa Esporte perdeu a marca após anunciar a contratação do goleiro Bruno. E iniciou a competição sem um novo patrocinador, tendo como saída a fabricação própria (sem nome definido).

Em relação aos contratos, ao menos aqueles divulgados, o Corinthians tomou a dianteira após firmar um acordo de 10 anos (!) com a Nike. São R$ 40 milhões anuais, 5 mi a mais que o Fla, então líder. Quanto à exposição, os 760 jogos das duas divisões estão na grade da televisão, incluindo o pay-per-view. Logo, o alcance das marcas depende da audiência de cada clube firmado…

As fornecedoras na Série A
Umbro – Atlético-PR, Avaí, Bahia, Chapecoense, Cruzeiro, Grêmio e Vasco
Adidas – Coritiba, Flamengo, Palmeias, Ponte Preta e Sport
Topper – Atlético-MG, Botafogo e Vitória
Under Armour – Fluminense e São Paulo
Kappa – Santos
Nike – Corinthians
Numer – Atlético-GO

As fornecedoras na Série B
Topper – Brasil, Ceará, Goiás, Guarani, Náutico e Paraná
Marca própria – Boa, Santa (Cobra Coral), Paysandu (Lobo) e Juventude (19Treze)
Rínat – ABC, CRB e Vila Nova
Adidas – Figueirense
Deka – Oeste

Embratex – Criciúma
Kanxa – Luverdense

Karilu – Londrina
Lupo – América-MG
Nike – Internacional

Marcas das Séries A e B
9 Topper, 7 Umbro, 6 Adidas, 4 Marca própria, 3 Rínat, 2 Under Armour, 2 Nike, 1 Deka, 1 Kappa, 1 Numer, 1 Embratex, 1 Kanxa, 1 Karilu e 1 Lupo

Maiores contratos
1º) R$ 40,0 milhões/ano – Corinthians/Nike (2016-2025)
2º) R$ 35,0 milhões/ano – Flamengo/Adidas (2013-2022)
3º) R$ 27,0 milhões/ano – São Paulo/Under Armour (2015-2019)
4º) R$ 20,0 milhões/ano – Palmeiras/Adidas (2017-2018)
5º) R$ 17,0 milhões/ano – Grêmio/Umbro (2015-2018)
6º) R$ 14,5 milhões/ano – Vasco/Umbro (2014-2017)
7º) R$ 13,0 milhões/ano – Botafogo/Topper (2016-2018)
7º) R$ 13,0 milhões/ano – Atlético-MG/Topper (2017-2020)
9º) R$ 10,0 milhões/ano – Cruzeiro/Umbro (2016-2019)

Ranking das fornecedoras de uniforme na Série B de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Números do Arruda em 45 anos

Evolução do Arruda, de 1965 a 2010. Fotos: Arquivo e Toni Abreu/Panoramio (2010)

Em 4 de junho de 1972, Santa Cruz e Flamengo empataram sem gols em um amistoso com mais de 60 mil espectadores. A festa marcou a abertura oficial do Estádio José do Rêgo Maciel. Até então com arquibancadas incompletas, o local já recebia amistosos de 1965 e jogos de competições oficiais desde 1967. Tanto que até uma decisão estadual já havia sido disputada por lá, com volta olímpica do Santa. Entretanto, a obra, com um ano e meio de duração, transformou o estádio em Colosso, o maior palco particular da região. Daí, a data magna do Mundão, que ficaria ainda maior dez anos depois. No embalo dos 45 anos do templo coral, vamos a uma compilação de números já publicados no blog…

Desempenho do Santa Cruz no estádio (desde 1965*)
1.483 jogos
889 vitórias (59,94%)
348 empates (23,46%)
246 derrotas (16,58%)
* Competições oficiais e amistosos até 4 de junho 2017

16 finais do Campeonato Pernambucano
Santa Cruz (8 títulos) – 1970, 1976, 1983, 1990, 1993, 1995, 2011 e 2015
Náutico (6) – 1984, 1985, 1989, 2001, 2002 e 2004
Sport (2) – 1977 e 1980

Maior artilheiro do estádio
Baiano (Valmecir Margon), 128 gols
70 pelo Náutico (1982-1987)
56 pelo Santa Cruz (1980-1981)
1 pelo Central (1988)
1 pelo Sport (1988)

Maior artilheiro coral
Betinho (Roberto Fontana), 98 gols (1971-1973, 1976-1981 e 1982) 

Jogos da Seleção Brasileira
13/05/1978 – Brasil 0 x 0 Seleção Pernambucana (42.621 pessoas)
19/05/1982 – Brasil 1 x 1 Suíça (59.732)
02/05/1985 – Brasil 2 x 0 Uruguai (59.946)
30/04/1986 – Brasil 4 x 2 Iugoslávia (54.249)
09/07/1989 – Brasil 2 x 0 Paraguai (76.800, Copa América)
29/08/1993 – Brasil 6 x 0 Bolívia (96.990, Eliminatórias)
23/03/1994 – Brasil 2 x 0 Argentina (90.400)
29/06/1995 – Brasil 2 x 1 Polônia (24.000)
10/06/2009 – Brasil 2 x 1 Paraguai (55.252, Eliminatórias)
10/09/2012 – Brasil 8 x 0 China (29.658)

Torneios internacionais de seleções: Copa da Independência (1972), Pré-Olímpico (1976), Copa América (1989) e Eliminatórias da Copa (1994 e 2010)

Evolução da capacidade de público
1967 – 25.000 lugares
1972 – 64.000 (+39.000), após conclusão do anel inferior
1982 – 110.000 (+53.000), após a construção do anel superior
1993 – 85.000 (-25.000*)
2001 – 75.000 (-10.000*)
2005 – 65.000 (-10.000*)
2012 – 60.044 (-4.956*)
2015 – 50.582 (-9.462*)
* Redução por medida de segurança

Recorde de público
96.990 torcedores – Brasil 6 x 0 Bolívia (29/08/1993)

Cifras do estádio
850 mil dólares, o valor para a conclusão do anel inferior em 1972
282 milhões de cruzeiros, o valor para a construção do anel superior em 1982
4 milhões de reais, a reforma para a reabertura em 2009

Posse de bola e falta de objetividade, o script do Sport na derrota para o Avaí

Série a 2017, 4ª rodada: Avaí 1x0 Sport. Foto: Jamira Furlani/Avaí F.C.

O Sport teve a posse de bola a manhã inteira na Ressacada. De 57% no primeiro tempo, subiu para 63% na etapa complementar. Um controle pautado na falta de objetividade, sem conseguir uma infiltração sequer na zaga do Avaí, que após marcar o seu primeiro gol no Brasileiro, no primeiro tempo, não teve qualquer pudor em se manter atrás da linha da bola até o apito final. Se o jogo em Florianópolis era tido como uma boa opção para pontuar fora de casa, e, francamente, era mesmo, o rubro-negro passou longe disso. Girou a bola o quanto pôde, uma vez que não conseguiu trocar três passes verticais.

Apesar de ter jogadores técnicos, o futebol foi burocrático, com Diego Souza vivendo seu o momento mais apagado no clube (na véspera da apresentação na Seleção), André isolado (não finalizou), Rogério em jejum (15 jogos) e Osvaldo sem diálogo no setor. No segundo tempo, Luxemburgo, sem sua “estreia” na Série A, sacou os dois últimos e colocou Thomás (deu uma maior movimentação) e Thallyson (errando tantos passes quanto os demais). Por sinal, foram três jogadores da base acionados. Aqui, cabe uma observação. Na 4ª rodada da competição, a utilização de Fabrício, Evandro e Thallyson não está relacionada à convicção nos pratas-da-casa, mas na falta de peças, ou por lesão, como na direita, num gerenciamento equivocado da temporada, ou por reposição, na esquerda. A maturação dos jogadores acaba sendo forçada num elenco caro, com condições de fomentar apresentações paulatinas. Ou Fabrício, volante de ofício, não passou numa fogueira sendo lateral-direito? E o que dizer de Evandro, 4ª opção até pouco tempo?

Por fim, a zaga, que em tese não teve trabalho. Contudo, os avanços do leão da ilha de lá, sobretudo no primeiro tempo, levaram perigo, a partir de erros no meio-campo e da falta de cobertura – algo recorrente, tanto que foi a 8ª vez seguida que o time sofreu o primeiro gol do jogo. Resumindo: a derrota por 1 x 0 foi justa. Exceção feita à posse, faltou muito ao rubro-negro…

Série a 2017, 4ª rodada: Avaí 1x0 Sport. Foto: Jamira Furlani/Avaí F.C.

Ingressos de R$ 30 a R$ 60 para a decisão do Estadual 2017, no Cornélio de Barros

Venda online de ingressos para a final do Pernambucano 2017. Crédito: Salgueiro/site oficial (www.salgueiroac.com)

Embora esteja perdida no meio do Campeonato Brasileiro, com sete rodadas na Série A e cinco rodadas na Série C até 18 de junho, a decisão do Pernambucano de 2017 tende a encher o Cornélio de Barros. Afinal, é a primeira finalíssima realizada no interior, com o título aberto após o 1 x 1 na Ilha do Retiro. A direção do Salgueiro iniciou a venda online dos ingressos para a decisão estadual, a partir de R$ 33 (já considerando a taxa). Segundo o registro da FPF, o estádio sertanejo tem capacidade para 12.070 pessoas. Curiosamente, o recorde de público por lá foi estabelecido na outra final disputada. No caso, no jogo de ida de 2015, no empate sem gols entre Carcará e Santa, com 10.126 espectadores. Chega a tanto desta vez?

Valores dos ingressos para a final do Campeonato Pernambucano de 2017. Crédito: Bilhete Certo/reprodução (bilhetecerto.com.br)

Segundo o texto da versão vigante do Regulamento Geral de Competições da FPF, o clube visitante tem direito a até 30% da carga, com a ressalva de solicitação e pagamento prévios. Até o momento, a carga à disposição segue com o percentual clássico de 10%. Abaixo, a simulação de divisão de torcidas.

Mandante 90% / Visitante 10%
Salgueiro – 10.863
Sport – 1.207

Mandante 70% / Vitiante 30%
Salgueiro – 8.449
Sport – 3.621

Outra marca ao alcance da partida é a bilheteria, embora a quebra seja mais difícil. Em 2015, o Salgueiro recebeu o Flamengo num confronto histórico pela Copa do Brasil (0 x 2). Na ocasião, os 7.553 torcedores proporcionaram uma renda de R$ 570.200, a maior do interior local, com tíquete médio de R$ 75,49! Na final estadual de 2015, por exemplo, esse índice foi de R$ 15,09.

Padrões de Sport, Santa Cruz, Náutico e Salgueiro cadastrados pela CBF em 2017

O Cadastro Nacional de Uniformes de Times (CNUT), produzido pela CBF, apresenta neste ano 151 padrões oficiais dos 60 clubes envolvidos nas Séries A, B e C do Campeonato Brasileiro de 2017. Esta é a 6ª versão do relatório, com todos os detalhes das camisas, calções e meiões das agremiações.

Nesta temporada, 31 times cadastraram três modelos no arquivo da entidade – os layouts foram checados pela diretoria de competições da confederação. Entre esses clubes, os quatro pernambucanos: Sport na elite, Santa e Náutico na segundona e Salgueiro na terceirona. Apesar do cadastro, os clubes estão autorizados, claro, a utilizar possíveis novos padrões – como já é o caso do tricolor, com o lançamento da linha produzida pela marca Cobra Coral. Por sinal, a CBF adianta que a lista tende a ser atualizada no decorrer do ano.

Como nos últimos levantamentos, os modelos contam com os patrocinadores estampados (ao menos, o master). Confira o documento completo aqui.

Sport/Adidas (versões anteriores: 2016 e 2015)

Padrões do Sport no cadastro da CBF para a temporada 2017

Santa Cruz/Penalty (versões anteriores: 2016 e 2015)

Padrões do Santa Cruz no cadastro da CBF para a temporada 2017

Náutico/Topper (versões anteriores: 2016 e 2015)

Padrões do Náutico no cadastro da CBF para a temporada 2017

Salgueiro/Rota do Mar (versões anteriores: 2016 e 2015)

Padrões do Salgueiro no cadastro da CBF para a temporada 2017

Os 32 clubes classificados à segunda fase da Copa Sul-Americana de 2017

Os 32 clubes classificados à 2ª fase da Copa Sul-Americana 2017. Crédito: Conmebol/site oficial

A Copa Sul-Americana foi reformulada em 2017. Com a ampliação, o torneio passou a integrar nada menos que dez clubes oriundos da Libertadores da mesma temporada. No caso, os dois melhores colocados entre os eliminados na fase pré (Junior e Olimpia) e os oito terceiros lugares na fase de grupos (Tucumán, Estudiantes, Chape, Fla, Independiente Medellín, Santa Fé, Iquique e Libertad). Juntaram-se aos 22 classificados da primeira fase da Sula, entre eles o Sport, que avançou nos pênaltis diante do Danubio.

O sorteio da segunda fase está marcado para 14 de junho, em Luque, no Paraguai, na sede da Conmebol. Entretanto, mais uma vez, a confederação não é clara quanto ao formato do sorteio (pote único ou dirigido?). Tampouco o regulamento. Já havia sido assim nos últimos dois sorteios do torneio, com a regra detalhada somente na véspera – abaixo, a íntegra do capítulo referente a esta etapa. Somente a partir das oitavas de final haverá a definição do chaveamento até a decisão, como na Taça Libertadores.

O regulamento da Sula 2017 sobre o sorteio das chaves. Crédito: Conmebol/reprodução

Voltando aos 32 participantes, nomes de peso seguem na disputa, incluindo sete campeões da Liberta e cinco campeões da Sula, com Independiente de Avellaneda e LDU de Quito erguendo taças nas duas frentes.

Campeões da Libertadores: Independiente (7 títulos), Estudiantes (4), Olimpia (3), Racing (1), Flamengo (1), LDU (1) e Corinthians (1)

Campeões da Sul-Americana: Arsenal (1 título), Independiente (1), Chapecoense (1), Santa Fé (1) e LDU (1)

Os 32 clubes classificados à segunda fase da Sula representam oito países, com a armada argentina sendo a maior. Peru e Venezuela já estão fora…

Argentina (7): Estudiantes, Atlético Tucumán, Independiente, Racing, Huracán, Arsenal e Defensa y Justicia 

Brasil (6): Chapecoense, Flamengo, Corinthians, Fluminense, Sport e Ponte Preta 

Colômbia (5): Junior, Deportivo Cali, Independiente Medellín, Patriotas e Santa Fé 

Paraguai (5): Cerro Porteño, Libertad, Nacional, Olimpia e Sol de América 

Bolívia (3): Bolívar, Nacional Potosí, Oriente Petrolero 

Equador (3): Fuerza Amarilla, LDU e Universidad Católica 

Chile (2): Deportes Iquique e Palestino 

Uruguai (1): Boston River

A seleção da Copa do Nordeste de 2017, com 3 jogadores do Sport e 1 do Santa

A seleção oficial da Copa do Nordeste. Crédito: Bahia/twitter

O Bahia dominou a seleção da Copa do Nordeste de 2017. No embalo do título, o tricolor de aço emplacou seis jogadores na lista dos melhores, além do craque (Régis, também artilheiro, com 6 gols) e do técnico, Guto Ferreira, que partiu para o Inter logo depois da taça. No Sport, o vice, foram três nomes: Magrão, Rithely e Diego Souza. Curiosamente, os três já haviam sido premiados em edições anteriores do regional. Completaram a seleção o zagueiro coral Anderson Salles e o atacante David, do rubro-negro baiano. Ou seja, onze nomes presentes entre os quatro melhores colocados.

Abaixo, a lista de 2017 (divulgada pelo Bahia) e as demais seleções oficiais do Nordestão desde a retomada no calendário da CBF, há cinco temporadas. A escolha já teve vários formatos, sempre estabelecidos pelos organizadores, a Liga do Nordeste e o Esporte Interativo, detentor dos direitos de transmissão.

2017 (Formação 4-4-2). Craque: Régis (Bahia)
Magrão (Sport); Eduardo (Bahia), Anderson Salles (Santa Cruz), Tiago (Bahia) e Armero (Bahia); Rithely (Sport), Edson (Bahia), Diego Souza (Sport) e Régis (Bahia); David (Vitória) e Edigar Junio (Bahia). Técnico: Guto Ferreira (Bahia)

2016 (Formação 4-3-3). Craque: Grafite (Santa Cruz)
Tiago Cardoso (Santa Cruz); Samuel Xavier (Sport), Tiago Sala (Campinense), Durval (Sport) e Tiago Costa (Santa Cruz); Uillian Correia (Santa Cruz), Juninho (Bahia) e Roger Gaúcho (Campinense); Keno (Santa Cruz), Grafite (Santa Cruz) e Rodrigão (Campinense). Técnico: Francisco Diá (Campinense)

2015 (Formação 4-3-3). Craque: Ricardinho (Ceará)
Luís Carlos (Ceará); Nino Paraíba (Vitória), Charles (Ceará), Thales (Bahia) e Renê (Sport); Souza (Bahia), Ricardinho (Ceará) e Diego Souza (Sport); Kieza (Bahia), Magno Alves (Ceará) e Robert (Sampaio Corrêa). Técnico: Sérgio Soares (Bahia)

2014 (Formação 4-4-2). Craque: Neto Baiano (Sport)
Magrão (Sport); Patric (Sport), Sandro (Ceará), Durval (Sport) e Renê (Sport); Luciano Sorriso (Santa Cruz), Rithely (Sport), Daniel Costa (CSA) e Ricardinho (Ceará); Magno Alves (Ceará) e Neto Baiano (Sport). Técnico: Eduardo Baptista (Sport)

2013 (Formação 4-4-2)
Pantera (Campinense); Osmar (ASA), Edivânio (Campinense), Roberto Dias (Campinense) e Glaybson (Campinense); Panda (Campinense), Lucas (Fortaleza), Bismarck (Campinense) e Ricardinho (Ceará); Assisinho (Fortaleza) e Léo Gamalho (ASA). Técnico: Oliveira Canindé (Campinense)

Total de premiações (na seleção):
13 Sport
10 Bahia
9 Campinense
Ceará
7 Santa Cruz
2 ASA, Fortaleza e Vitória
1 CSA e Sampaio Corrêa

Na estreia de Luxa, Sport empata com o Botafogo e é eliminado da Copa do Brasil

Copa do Brasil 2017, oitavas de final: Sport 1x1 Botafogo. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Com problemas defensivos crônicos e com Rogério expulso mais uma vez, a reação do Sport acabou sendo insuficiente. Num campo pesadíssimo na Ilha, o rubro-negro até conseguiu igualar o marcador, com Durval, mas não saiu disso. O empate em 1 x 1 com Botafogo resultou na eliminação na Copa do Brasil. À vera, o leão perdeu a vaga no jogo de ida, no Rio, quando tomou a virada com um jogador mais, com Diego Souza desperdiçando um pênalti.

No Recife, uma vitória simples bastaria, mas com onze minutos o clube carioca já havia aberto o marcador – numa cena recorrente nos últimos jogos na Ilha, com o time tendo sistematicamente que buscar uma reversão. E vale o registro que foi um golaço. Durval saiu jogando muito mal, entregando a bola nos pés do adversário. Ex-Santa e muito bem no Fogão, João Paulo recuperou deu um ótimo passe, por cima, para Roger, ex-Sport. O atacante deu um corte humilhante em Matheus Ferraz e tocou por cima de Magrão. A partir dali, só a virada, para ao menos levar a disputa aos pênaltis – no que teria sido um interessante duelo Gatito x Magrão. Com 62% de posse de bola, o leão lutou e até criou algumas chances na primeira etapa, mas seguiu desorganizado – e ainda viu o Bota ter um gol muito mal anulado. Estreante na noite, o técnico Vanderlei Luxemburgo fez a sua primeira mudança aos 30 minutos. Colocou Lenis no lugar de Everton Felipe, para explorar a ponta. Acertou no substituto, mas errou o alvo. Rogério já estava mal em campo.

Aos 13 da segunda etapa, o atacante receberia o vermelho. Foi a segunda expulsão seguida em um jogo decisivo, na sequência da final regional na Fonte Nova. Acredite, o Sport melhorou depois. Chegou ao empate com o capitão, após escanteio cobrado Fabrício, e pressionou bastante na bola área (27 x 4!), sobretudo após a entrada de Marquinhos. Efetivamente, porém, não teve uma grande chance. Uma sucessão de erros recorrentes, em 2017, definiu a queda nas oitavas, num confronto cujo início foi até animador…

Copa do Brasil 2017, oitavas de final: Sport 1x1 Botafogo. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife