Calendário 2017 mantém Nordestão com 12 datas e até 5 torneios no 1º semestre

Calendário oficial do futebol brasileiro em 2017, com ajuste na Copa do Nordeste e nos Estaduais

A Sul-Americana começará durante a fase final do Campeonato Pernambucano, o Nordestão acabará com o Brasileiro já em andamento e um time da região poderá jogar até CINCO competições oficiais no primeiro semestre.Pelo calendário oficial, um clube nordestino poderá jogar, de janeiro a maio, até 37 partidas, somando Estadual (12), Nordestão (12), Copa do Brasil (8), Brasileiro (3) e Sula (2). Podendo chegar até 39 considerando o “regulamento pernambucano” (detalhes a seguir). Quem estaria neste contexto? Hoje, o Santa Cruz. Sport, Náutico, Bahia, Vitória e Fortaleza jogarão ao menos quatro – e olhe que o Leão da Ilha também pode chegar a cinco. Complicado?

De fato, o calendário do futebol brasileiro em 2017 promete bastante.

Calendário mínimo (janeiro-maio)
22 jogos, Santa – PE (10), NE (6), Brasileiro (3), Sula (2) e Copa do Brasil (1)
20 jogos, Sport – PE (10), NE (6), Brasileiro (3), Copa do Brasil (1)
20 jogos, Náutico – PE (10), NE (6), Brasileiro (3), Copa do Brasil (1)

Após o anúncio do novo calendário, a CBF divulgou os ajustes no Nordeste, tanto no regional quanto nos estaduais (acima, a agenda completa). Nesse buruçu, há um ponto positivo: apesar da redução da Lampions League  anunciada na versão original do documento, com quatro datas a menos, foi mantida a estrutura dos últimos anos, com doze datas. Assim, teremos a fase de grupos* (6 jogos), quartas de final (2 jogos), semifinal (2 jogos) e final (2 jogos). Partidas entrelaçadas no calendário. Das quartas à semi, por exemplo, quase um mês de distância. Por sinal, trabalhar o “foco” das equipes será essencial.

*As chaves do Nordestão 2017
A – Náutico, Santa Cruz, Campinense e o 2º representante do Ceará (a definir)
B – Bahia, Fortaleza, Moto Club e Altos-PI
C – Sport, Sampaio Corrêa, River e Juazeirense-BA
D – ABC, CRB, CSA e Itabaiana
E – Vitória, América de Natal, Botafogo e Sergipe

A diretoria de competições da confederação brasileira, ressaltando o “caráter transitório” do novo calendário (modificado após as mudanças da Conmebol, que ampliou a Libertadores e a Sul-Americana), já traz a solução para a tradicional rodada de carnaval. Que no Nordeste, sobretudo no Recife e em Salvador, não costuma ocorrer por motivos de segurança, com a polícia militar ocupada nas festas populares. O torneio será adequado às datas vagas na Copa do Brasil (a segunda fase desta será em jogo único, mas como conta com jogos em duas semanas, poderia abrir mão de uma). Nota-se que o calendário será “orgânico”, ganhando forma à medida em que os clubes avançam de fase, com mata-matas em quatro dos cinco torneios presentes no semestre.

Para os estaduais da região, a CBF liberou 12 datas para os estaduais, ao contrário das 18 para os certames das outras regiões. Ocorre que em Pernambuco a FPF realizou o conselho arbitral com 14 datas na fase principal (hexagonal, com dez, semifinal e final, ambas em ida e volta). Como opção, respeitando o período de férias e pré-temporada, o calendário nacional ainda dispões de três datas extras entre os dias 15 e 22 de janeiro. Entretanto, o início da fase principal do Campeonato Pernambucano de 2017 está marcado para 29 de janeiro, com o clássico entre Náutico e Santa Cruz, na Arena Pernambuco. Vamos, então, a algumas possibilidades.

Situações hipotéticas para a formatação do Pernambucano
1) A FPF anteciparia o hexagonal, o que causaria desgaste com o Trio de Ferro
2) A FPF utilizaria outras brechas no calendário (Copa do Brasil e Sula) para realizar o torneio com 14 datas e no período da CBF. Mas quase sem folgas
3) A FPF teria que mudar o regulamento, o que parece bem improvável… 

Para ficar claro como será complicado, basta dizer que o dia 3 de maio, uma data extra dada pela CBF, poderá ser utilizada no Estadual desde que o clube envolvido na reta final do torneio não esteja envolvido simultaneamente nas oitavas de final da Copa do Brasil e na primeira fase da Sul-Americana… Como controlar esse desempenho? No cenário local, isso poderia ocorrer de forma dupla, com Santa e Sport. E boa sorte à FPF para encontrar a solução.

As alterações possíveis na Copa do Nordeste, segundo a CBF

Calendário oficial do futebol brasileiro em 2017, com ajuste na Copa do Nordeste e nos Estaduais

As alterações possíveis no Campeonato Pernambucano, segundo a CBF

Calendário oficial do futebol brasileiro em 2017, com ajuste na Copa do Nordeste e nos Estaduais

Diego Souza desperdiça pênalti e Sport perde do Cruzeiro em uma Ilha lotada

Série A 2016, 35ª rodada: Sport 0 x 1 Cruzeiro. Foto: Ricardo Fernandes/DP

O jogo contra o Cruzeiro poderia ter sido o da permanência para o Sport, que chegaria a 46 pontos em caso de vitória. Aliviaria 2016. Assim, animados pela goleada em Porto Alegre, os leoninos esgotaram os ingressos com bastante antecedência. Mais de 25 mil torcedores, no segundo maior público do clube no Brasileirão. Entretanto, esse público saiu da Ilha do Retiro bastante frustrado. Pela derrota, 1 x 0, e pelo péssimo futebol apresentado, sobretudo no segundo tempo, lembrando a capenga equipe dirigida por Falcão.

Possivelmente pelo abalo psicológico causado no fim da primeira etapa. Do 1 x 0 ou 0 x 1 em menos de dois minutos. Aos 41, pênalti em Diego Souza. Artilheiro do campeonato, o meia partiu pra cobrança, no seu estilo característico, e acertou o travessão, com a bola quicando rente à linha. Enquanto o camisa 87 se mantinha perplexo (e era um dos melhores até ali), o lance seguiu, com o contragolpe celeste, resultando em mais um escanteio cedido por Matheus Ferraz, mesmo sem ser tão acossado. Após a cobrança, Henrique pegou a sobra e acertou o cantinho, no único espaço entre três rubro-negros.

Na volta do intervalo, o time mineiro obedeceu bem as ordens de Mano, com quase todos os azuis atrás da linha da bola. Uma barreira que o Sport não conseguiu furar em momento algum – no máximo, com Rogério em chutes rasteiros. Com a atuação piorando e a torcida já inquieta, Daniel Paulista mexeu. Lenis e Túlio de Mello. O colombiano ciscou pela esquerda, mas pouco produziu. O segundo, brigando pelo alto, fez menos ainda. Lembraram um Sport que parecia já distante. Porém, o revés, deixando o temor, mostra que o grupo segue com limitações. E nem sempre será possível depender de DS87…

Série A 2016, 35ª rodada: Sport 0 x 1 Cruzeiro. Foto: Ricardo Fernandes/DP

O (novo) calendário da CBF para 2017, com Sul-Americana paralela ao Estadual

O calendário da CBF para 2017 revisado após as mudanças da Conmebol

Quatro meses após a divulgação do calendário oficial do futebol brasileiro em 2017, a CBF teve que lançar um novo cronograma, forçado pelas mudanças efetuadas pela Conmebol, aumentando a Libertadores e a Sul-Americana, em participantes e período de disputa. A confederação brasileira ressalta que ajustes ainda podem ser feitos, mas hoje a única lacuna é a ausência das datas da Copa do Nordeste, ainda numa negociação entre a Liga do Nordeste e as federações estaduais. Reflexo do poder descabido (e alertado pelo blog) dado às federações na versão anterior do calendário, reduzindo a Lampions de 12 para 8 datas, justamente para ampliar os estaduais de 14 para 18 datas.

Enquanto isso, uma certeza: a Copa Sul-Americana começará no primeiro semestre, paralelamente aos Estaduais. No cenário local, com participações recorrentes (6 vezes no período 2013-2016), trata-se de um ponto importante. Ainda mais no quesito “prioridade”, que costumeiramente inibe a campanha internacional durante o Brasileiro (na visão do blog, um erro dos recifenses).

Com a Sula partindo em 5 de abril, na reta final do hexagonal local, fica difícil imaginar um time reserva no torneio em detrimento do Campeonato Pernambucano – ainda mais com a facilidade que o trio tem em relação à classificação à semifinal. Pelo novo calendário da CBF, a fase final dos estaduais ocorreria nos dias 16, 23 e 30 de abril e 7 de maio. Já a primeira fase da Sul-Americana aconteceria nos dias 05/04 e 10/05, com a segunda fase apenas em 28 de julho, com o Brasileirão já na 10ª rodada.

Última rodada do hexagonal do título do Pernambucano
2014 – 30/03
2015 – 05/04
2016 – 10/04
2017 – a definir

Obs 1. Como campeão nordestino de 2016, o Santa Cruz tem direito à vaga na Sul-Americana de 2017. Já o Sport precisa ficar entre onze primeiros da Série A para participar pela 5ª vez. Caso termine em 12º ou 13º, poderia haver uma disputa judicial, uma vez que a Conmebol reduziu de 8 para 6 vagas, com o campeonato nacional em andamento (saiba mais aqui).

Obs 2. Finalmente acabaram, de forma oficial, o regulamento esdrúxulo de condicionar a participação na Sula à eliminação precoce na Copa do Brasil. A partir de agora, o clube poderá disputar os dois torneios simultaneamente.

Abaixo, a agenda até a final dos estaduais. Veja o documento completo aqui.

Calendário do futebol brasileiro em 2017. Crédito: CBF/divulgação

A evolução da venda online, chegando a 70% na Ilha em 2016. 100% ao alcance?

Ingresso vendido pela internet para Sport x Cruzeiro, pela 35ª rodada da Série A 2016. Imagem: Sport/site oficial

Dos 21 mil ingressos vendidos (público geral) e reservados (sócios) de forma antecipada para Sport x Cruzeiro, pela 35ª rodada do Brasileirão, mais de 14 mil foram solicitados pela internet. Com 70% de ação online, o Sport registrou um recorde particular que expõe um novo momento no futebol pernambucano. Quatro meses atrás, também na Ilha, o jogo entre leoninos e palmeirenses teve 26 mil pessoas, com 15% de venda online. Até então, era o recorde. Essa ascensão da venda digital, em detrimento da venda física, é uma realidade.

Como mudou tão rápido? No caso rubro-negro, o momento atual para os associados adimplentes, com acesso liberado. Desde que seja feita a reserva, cuja ação, chamada de “check-in”, ocorre inicialmente, durante dois dias, pela web. E assim foram três partidas seguidas (Vitória, Ponte Preta e Cruzeiro) com mais de 20 mil pessoas garantidas com antecedência. Com o ingresso pago, mesmo para o sócio, o percentual seria menor? Possivelmente. Mas o X da questão nesta postagem é a quantidade de gente em condições de compras online (desktop ou smartphones), evitando filas e correria de última hora. Ganha o torcedor (comodidade) e o clube (receita prévia), além de inibir o cambismo.

Ainda no Recife, em conjunto com a Arena Pernambuco, o Náutico também vem condicionando o seu torcedor à compra antecipada sem a necessidade de comparecimento na bilheteria. No mesmo palco em São Lourenço, o confronto entre Brasil e Uruguai, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, foi visto por 45 mil espectadores, com 100% de venda online, em questão de horas. Há tecnologia, há público e, pelo visto, há também um crescente engajamento…

Percentual de ingressos vendidos/reservados pela internet na Ilha

70%, Sport x Cruzeiro (14,8 mil ingressos, em 16/11/2016)
15%, Sport x Palmeiras (3,1 mil ingressos, em 06/07/2016)

6%, média do clube em 2015

A cabine móvel para testes de árbitro de vídeo em todos os clássicos do Estadual

Arbitragem de vídeo. Foto: CBF/site oficial

“É porque a gente não podia divulgar, mas já fizemos testes secretos…”

Sem dar maiores detalhes sobre onde ocorreram esses testes, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, revelou que a estrutura para a utilização de “árbitros de vídeo” no Campeonato Pernambucano já está quase pronta. O significa a aquisição de uma unidade móvel, que ficará fora do estádio do jogo em análise, num investimento de R$ 1 milhão, com R$ 300 mil saindo dos cofres da federação. A ideia é usar as imagens produzidas na transmissão oficial (cuja central também fica numa unidade móvel fora do estádio), com pelo menos sete câmeras. Nem todas as partidas contariam com o tira-teima, pois a cada rodada só dois jogos são exibidos na televisão, um na Globo e outro no Premiere.

Trata-se de um cenário semelhante ao dos principais torneios do tênis. As quadras centrais contam com o hawk-eye, o recurso tecnológico para a ver se a bola tocou na linha, ao contrário das quadras de apoio. E ainda que ocorram jogos paralelos não há problema. No Estadual, todos os clássicos teriam a consulta do “árbitro de vídeo”, assim como a fase final. O teste desta tecnologia está autorizada pela Fifa até 2017 – a aprovação, ou não, sai em 2019. A consulta de vídeo (um apelo antigo) foi aprovada pela International Football Association Board, em que organiza as regras do futebol, em 5 de março. Antes disso, a direção da FPF, através da CBF, tentou utilizar, em caráter experimental, na final da edição deste ano, mas acabou tendo o pedido negado.

Agora, com a CBF mediando e interessada em adotar o sistema no Brasileirão de 2017 (e já realizando testes na Suíça, foto), a FPF voltou ao assunto. Com o aval “verbal” da Fifa, aguarda a chancela oficial. Ah, ao contrário do tênis, não haveria pedidos de consulta por parte dos times. A decisão teria que partir do árbitro no campo ou da equipe a postos na unidade móvel, com a informação via ponto eletrônico. Pelo visto, deve haver um resquício de polêmica…

Para essa experiência, as dúvida seriam as seguintes:

a) Dúvida se a bola entrou ou não no gol.
b) Saídas da bola pela linha de fundo, quando na mesma jogada ou contexto for marcado gol ou pênalti.
c) Definição do local das faltas nos limites da grande área, para definir se houve ou não pênalti.
d) Gols e pênaltis marcados, possibilitados e evitados em razão de erro em lances de faltas claras/indiscutíveis, não vistas ou marcadas equivocadamente.
e) Impedimentos por interferência no jogo, caso na jogada haja gol ou pênalti.
f) Jogo brusco grave ou agressão física (conduta violenta) indiscutíveis não vistos ou mal decididos pela arbitragem.

Estudo de viabilidade de R$ 2,2 milhões e nova parceria privada na Arena em 2017

Arena Pernambuco. Foto: Odebrecht/divulgação

Foi dada a largada para compor uma nova operação privada na Arena Pernambuco. O governo do estado lançou o o edital (abaixo) para um estudo de viabilidade do estádio em São Lourenço, considerando, entre outras coisas, momento econômico, potencial de ocupação e clubes engajados, com possíveis cenários entre Náutico, Santa e Sport – hoje, nenhum tem acordo oficial para mandar jogos. O curioso é que em 5 de março deste ano foi entregue o relatório da Fundação Getúlio Vargas, com o mesmo tema. Porém, na ocasião foi voltado para o “aprimoramento do programa estadual de parcerias público-privadas, a partir do estudo de caso de concessão administrativa para a exploração da arena multiuso da Copa 2014”. Considerava, claro, o contrato de 30 anos com a Odebrecht, já desfeito. Com dispensa de licitação, aquele estudo, de 225 páginas, custou R$ 1,3 milhão aos cofres do Palácio do Campo das Princesas.

Desta vez será ainda mais caro, R$ 2,2 milhões. Segundo o edital, entretanto, não deve haver ônus para o estado, pois o valor será ressarcido justamente pela empresa que, posteriormente, vencer a licitação de operação da arena multiuso. Sim, são dois processos. Cronologia a seguir.

08/11/2016 – Públicação do edital para o estudo de viabilidade da Arena
30/11/2016 – Fim do prazo para a retirada do edital por parte dos interessados
30/12/2016 – Anúncio da empresa que ficará responsável pelo estudo
30/04/2017 – Limite para a produção do relatório (120 dias)

Concluída a etapa, será aberta uma licitação internacional, com expectativa para o segundo semestre de 2017. O novo operador pode ser anunciado no fim do ano. Na primeira vez em que estádio passou por um processo do tipo, em 22 de março de 2010, três grupos apareceram: as construtoras Odebrecht, Andrade Gutierrez e OAS. Antes da operação, teriam que construir o estádio. Do edital à contratação oficial foram seis meses. Agora, há apenas a operação em disputa, num formato de concessão a ser definido de acordo com o futuro estudo de viabilidade, com projeções de receita mais modestas.

Em nota, a Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer (atual operadora) justifica:

“a finalidade (do estudo) é identificar o tipo de operação menos dispendiosa para a administração pública na exploração, manutenção e operação futura do empreendimento” 

“(o estudo) estará atualizado com a nova realidade da Arena de Pernambuco, com nova administração, custos bem mais baixos do que antes de o Governo do Estado assumir e uma realidade econômica nacional diferente da apresentada na época do material da FGV”.

Espera-se uma modelagem bem distinta e justa. Ou seja, nada de contratos longínquos ou garantia de receita mesmo com prejuízo operacional…

Licitação para estudo de viabilidade da Arena Pernambuco em novembro de 2016. Reprodução: Diário Oficial de Pernambuco

Classificação da Série A 2016 – 34ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 34 rodadas. Crédito: Superesportes

Santa e Sport venceram numa mesma rodada pela segunda vez neste Brasileirão. Curiosamente, contra os mesmos adversários, América e Grêmio, como já havia ocorrido no primeiro turno. Agora, os corais bateram o Coelho no Arruda e os leoninos golearam o tricolor gaúcho em Porto Alegre.

No caso tricolor, em termos de tabela, o resultado serviu apenas para largar a lanterna. No caso leonino, numa disputa viva contra o descenso, a vitória abriu cinco pontos sobre o Z4. Por sinal, nesta 34ª rodada, o Internacional foi o grande derrotado. Perdeu do Palmeiras no Allianz Parque. Revés na conta. Porém, os três concorrentes, Vitória, Coritiba e Sport, venceram, mesmo diantante de adversários brigando por Libertadores.

As dez maiores probabilidades de rebaixamento após 34 rodadas

As probabilidades de rebaixamento na Série A 2016 após 34 rodadas

Sport – soma 43 pontos em 34 jogos (42,2%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 3 pontos em 4 rodadas
…ou 25,0% de aproveitamento
Simulações mínimas: 1v-0e-3d e 0v-3e-1d

Para chegar a 44 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 1 ponto em 4 rodadas
…ou 8,3% de aproveitamento
Simulação mínima: 0v-1e-3d

Permanência: 98.0% (Infobola)

Santa Cruz – soma 27 pontos em 34 jogos (26,4%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura): não é mais possível
Para chegar a 44 pontos (rendimento atual do 16º): não é mais possível
Única possibilidade: vencer os quatro jogos, chegar a 39 pontos e torcer para que o Vitória perca os seus quatro jogos e que o Inter não some dois pontos

Permanência: 1.0% (Infobola) 

A 35ª rodada dos representantes pernambucanos 

16/11 (20h00) – Coritiba x Santa Cruz (Couto Pereira, Curitiba)
Histórico no Paraná pela elite: 1 vitória coral, nenhum empate e 2 derrotas

16/11 (20h45) – Sport x Cruzeiro (Ilha do Retiro)
Histórico no Recife pela elite: 7 vitórias leoninas, 7 empates e 5 derrotas

Com goleada, Sport vence o Grêmio pela primeira vez em Porto Alegre na Série A

Série A 2016, 34ª rodada: Grêmio x Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Demorou 46 anos, mas finalmente o Sport venceu o Grêmio em Porto Alegre em um jogo oficial. Até hoje, eram 18 derrotas e 4 empates, incluindo o revés na final da Copa do Brasil de 1989. Algoz de longa data. Mas o primeiro triunfo, que deixou o rubro-negro a um triz da permanência no Brasileirão, foi categórico, 3 x 0. O placar tem nome: Diego Souza. Além de ditar o ritmo do jogo, o meia balançou as duas redes da arena gaúcha.

No último lance do primeiro tempo, ele marcou um golaço, batendo de fora da área – após quatro chutes sem direção dos companheiros. O lance foi aplaudido até pela torcida tricolor (pela pintura ou por complicar ainda mais o Inter?). A vantagem era a tranquilidade que o time pernambucano precisava para apurar os contragolpes na volta do intervalo. E logo na retomada praticamente matou o jogo, com Ruiz (muito bem) arrancando pela direita e cruzando para Rogério bater de prima. Outro golaço. A partir dali, o mandante, com uma formação mista, tentou diminuir de forma afobada, com a zaga leonina ligadíssima (apesar de algumas espanadas de Matheus Ferraz). Vale frisar que o próprio Sport jogou desfalcado de quatro peças, incluindo Rithely (neste ano, não havia vencido os noves jogos anteriores sem o camisa 21).

O jogo seguiu com muita aplicação e obediência tática do Sport, recuando quando preciso e trabalhando a bola. Durante a transmissão do Premiere foi possível ouvir a orientação de Daniel Paulista na beira do campo. O resultado, que abria cinco pontos em relação ao Z4, já era ótimo, mas Diego Souza parecia querer mais. Num contra-ataque, livre, tocou por cima de Grohe, mas a bola, caprichosamente, bateu na trave. No finzinho, após longa troca de passes (103!), DS recebeu livre e completou. Chegou a 13 gols na competição, assumindo a artilharia ao lado de Fred. Lembrando que DS87 é meia. Eis um indício claro de sua importância para essa recuperação do Sport, com direito a vitórias improváveis.

Série A 2016, 34ª rodada: Grêmio x Sport. Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA

Forbes aponta os 50 clubes mais valiosos da América, com o Sport fechando a lista

A revista Forbes, uma das mais conceituadas em economia no mundo, costuma aventurar-se no âmbito esportivo, com listas de atletas mais bem pagos, clubes mais ricos, maiores audiências etc. Desta vez, a Forbes focou o mercado das Américas, apontando os 50 clubes valiosos. O ranking avaliou as 16 principais ligas dos três continentes, com mais de 150 clubes envolvidos.

Segundo a revista, “o ranking é elaborado a partir de quatro quesitos: os valores dos jogadores que pertencem a cada clube (não estão inclusos os atletas emprestados), as receitas com direitos de transmissão na televisão, o custo do estádio (caso pertença ao clube) e o valor da marca do clube”.

Número de clubes por país
17 – Estados Unidos
13 – Brasil
11 – México
4 – Argentina
3 – Canadá
1 – Colômbia
1 – Chile

A força da Major League Soccer. Além da maior média de público (acima de 21 mil torcedores), conta com 20 clubes no estudo, com pleno domínio norte-americano, com 17 equipes. Os canadenses, que também jogam a MLS (como ocorre na NBA), são representados por três equipes. O futebol brasileiro vem logo depois, mas com a vantagem de ocupar todo o pódio Historicamente, os times brasileiros já levavam vantagem em relação aos valores dos direitos econômicos dos jogadores – descontando as estrelas negociadas com os EUA.

Para a lista de 2016, o país acabou beneficiado também pelo “fator arena” (pós-Copa 2014), com os donos das novas e modernas Arena Corinthians, Allianz Parque e Arena do Grêmio no pódio. Talvez por não contar um estádio e o ter um centro de treinamento ainda sendo aparelhado, o Flamengo apareça apenas em 27º lugar, mesmo tendo a maior cota de tevê do Brasil. Entre os treze brasileiros cistados, apenas um nordestino, o Sport, que fecha o Top 50 do continente. A Forbes não detalhou o quadro pernambucano. Também surpreende a presença do América Mineiro, à frente. Neste caso, a posse da Arena Independência (utilizada inclusive pelos rivais Cruzeiro e Atlético) parece decisiva.

Justificavas da revista para (algumas) posições polêmicas
Argentinos – crise econômica, problemas de corrupção e disputas políticas
Santos – apesar da grande história, segue sem renovação em suas instalações

Abaixo, os 50 clubes listados, com os valores em dólar, a moeda utilizada pela revista, e em real, com a cotação de 7 de novembro (R$ 3,19 = US$ 1,00).

Os 50 clubes mais valiosos da América em 2016, segundo a revista Forbes

A premiação oficial do Brasileirão de 2011 a 2016, do campeão ao 16º colocado

Troféu do Campeonato Brasileiro da Série A. Foto: CBF/divulgação

A premiação oficial do Campeonato Brasileiro dobrou entre 2014 e 2016. Passou de R$ 30 milhões para R$ 60 milhões (quadro abaixo). Antes, o valor total esteve congelado durante três anos. A receita passou a ganhar fôlego sobretudo na edição vigente, com 67,5% de aumento, com verbas milionárias para 13 times.

Repassada pela CBF e bancada pela Rede Globo, a detentora dos direitos de transmissão da competição (de forma exclusiva até 2018), a premiação contempla do campeão ao 16º lugar, o primeiro time acima da zona de rebaixamento. Ou seja, a simples permanência na elite já vale R$ 700 mil na conta em dezembro, com evolução gradativa colocação por colocação.

Evolução da premiação total da Série A
2016/2015 – 67,5%
2015/2014 – 19,3%
2014/2013 – 0%
2013/2012 – 0%
2012/2011 – 7,1%
2011/2010 – 0% 

Os seis primeiros colocados (consequentemente, os classificados à Taça Libertadores da América, após a nova composição “G6”) recebem 78% de toda a premiação (ou R$ 44,7 mi). O grande campeão nacional de 2016 receberá R$ 7 milhões a mais que o Corinthians, o vencedor da última competição. 

Pernambucanos que receberam premiações
2015 – Sport/6º (R$ 1,4 milhão)
2014 – Sport/11º (R$ 600 mil)
2012 – Náutico/12º (R$ 500 mil)

Obs. Na caixa de comentários, veja as premiações dos clubes de 2010 a 2015.

Premiação oficial do Brasileirão (2016-2011). Arte: Cassio Zirpoli/DP (via infogram)