A 38ª classificação da Segundona 2016

A classificação final da Série B de 2016. Crédito: Superesportes

Finalizada a 11ª edição da Série B na era dos pontos corridos. Repetindo o modelo desde 2006, com vinte clubes e quatro vagas na elite, o Atlético Goianiense foi o grande campeão, com uma campanha fantástica. Num torneio com três cotistas, incluindo o peso pesado Vasco da Gama, o clube goiano levou a taça com dez (!) pontos de vantagem sobre o vice-campeão, que sequer foi o time carioca. Aliás, a 3ª colocação, com o acesso confirmado somente na última rodada, é bem frustrante para o Vasco, que teve, nesta temporada, uma cota de tevê de R$ 100 milhões. Bahia e Goiás receberam R$ 35 milhões, com os outros 17 concorrentes (incluindo o Atlético…) recebendo R$ 5 mi cada.

No viés local, a vaga perdida pelos alvirrubros. O Náutico perdeu do Oeste, na última rodada, e deixou o acesso escapar – com o tropeço dos baianos, o triunfo simples teria sido suficiente. É o segundo ano seguido que o timbu acaba em 5º lugar, num campeonato onde os quatro primeiros colocados sobem…

Classificados à Série A de 2017 – Atlético-GO (campeão), Avaí, Vasco e Bahia
Rebaixados à Série C de 2017 – Joinville, Tupi, Bragantino e Sampaio (lanterna)

Melhores e piores da Segundona de 2016
Melhor mandante – Bahia (47 pontos)

Melhor visitante – Atlético-GO (31 pontos)
Campeão do 1º turno – Vasco (39 pontos)
Campeão do 2º turno – Atlético-GO (43 pontos)

Mais vitórias – Atlético-GO (22)
Menos derrotas – Atlético-GO (6)
Melhor ataque – Atlético-GO (60 gols)
Melhor defesa – Londrina (29 gols) 

Pior mandante – Sampaio Corrêa (19 pontos)
Pior visitante – Sampaio Corrêa (8 pontos)
Lanterna do 1º turno – Sampaio Corrêa (13 pontos)
Lanterna do 2º turno – Bragantino (12 pontos)

Menos vitórias – Sampaio Corrêa (50
Mais derrotas – Bragantino (22)
Pior ataque – Sampaio Corrêa (29 gols)
Pior defesa – Sampaio Corrêa (57 gols) 

Artilheiro – Bill, do Ceará (15 gols)

Campanhas dos campeões da Série B na era dos pontos corridos
2006 – 71 pontos (62,3%), Atlético-MG
2007 – 69 pontos (60,5%), Coritiba
2008 – 85 pontos (74,5%), Corinthians
2009 – 76 pontos (66,7%), Vasco
2010 – 71 pontos (62,3%), Coritiba
2011 – 81 pontos (71,0%), Portuguesa
2012 – 78 pontos (68,4%), Goiás
2013 – 79 pontos (69,3%), Palmeiras
2014 – 70 pontos (61,4%), Joinville
2015 – 72 pontos (63,1%), Botafogo
2016 – 76 pontos (66,7%), Atlético-GO

Rodada ajuda, mas Náutico perde na Arena e frustra outra vez em 26/11

Série B 2016, 38ª rodada: Náutico 0x2 Oeste. Foto: Léo Lemos/Náutico (site oficial)

O Náutico jogava na Arena Pernambuco esperando que o dia o ajudasse, com um tropeço de Vasco (empate ou derrota) ou Bahia (derrota). Ganhar do Oeste parecia praxe na rodada final da Série B. No Rio, o time carioca até ficou em desvantagem, mas virou. Em Goiânia, o oposto. O Baêa abriu o placar, mas viu o campeão Atlético confirmar o melhor futebol – visto em toda a competição -, com mais uma vitória como mandante. E diante da maior presença alvirrubra no ano (25.602 torcedores), o pior. O que não podia acontecer, o que não se esperava. Jogando muito mal, os pernambucanos acabaram derrotados, 2 x 0.

Perder é do jogo, obviamente. Mas o que fez o Oeste vencer este jogo? Não ganhava de ninguém desde 27 de agosto, há 17 rodadas. Para chegar à vitória, teve a seu favor a intranquilidade do Náutico. Escalado com jogadores rápidos à frente, o timbu não conseguiu infiltrar na área adversária, povoada o sábado inteiro. Afobado, abusou das tentativas de fora da área. Pior. Os gols sofridos não foram acaso, longe disso! O Oeste atuou melhor. Quando abriu o placar, aos 21 minutos, já havia chegado duas vezes com perigo à meta de Júlio César. Na primeira, o goleiro espalmou. Na segunda, a bola raspou a trave. Na terceira… o ex-alvirrubro Pedro Carmona bateu cruzado, acertando o cantinho. Nem assim o desorganizado Náutico acordou. Até o intervalo as melhores chances seguiram com o visitante, que ampliou com Mike, ex-Sport, completando após cobrança de escanteio. Naquele momento, com a parcial derrota vascaína, o retorno à elite começava a escapar exclusivamente pelo tropeço alvirrubro.

Série B 2016, 38ª rodada: Náutico 0x2 Oeste. Foto: Peu Ricardo/DP

No segundo tempo, com mudanças sem ousadia de Givanildo Oliveira (Léo Santos não mudaria a história…), o Timbu foi para o tudo ou nada, sem melhorar. Com a posse de bola, o Oeste nem se dava ao trabalho de contragolpear, gastando o tempo. No fim, com a invasão de torcedores (agredindo jogadores e fazendo gestos da principal torcida organizada), o jogo ficou paralisado por vários minutos. Quando recomeçou, o revés baiano já estava confirmado, o que aumentou a melancolia do resultado em São Lourenço – para Náutico, claro, pois o Oeste conseguiu escapar do rebaixamento com os três pontos somados.

Apito final aos 65 do segundo tempo. Onze anos depois, outro 26 de novembro para ser esquecido pelos alvirrubros, por mais que a frustração seja eterna…

Minuto a minuto do acesso à Série A
16h32 – Bahia (64), Vasco (63) e Náutico (61) – Todos os jogos iniciados, 0 x 0
16h51 – Bahia (64), Vasco (63) e Náutico (60) – Náutico 0 x 1 Oeste
16h57 – Bahia (64), Vasco (62) e Náutico (60) – Vasco 0 x 1 Ceará
17h06 – Bahia (66), Vasco (62) e Náutico (60) – Atlético-GO 0 x 1 Bahia
17h09 – Bahia (66), Vasco (62) e Náutico (60) – Náutico 0 x 2 Oeste
17h17 – Bahia (64), Vasco (62) e Náutico (60) – Atlético-GO 1 x 1 Bahia
17h39 – Bahia (64), Vasco (63) e Náutico (60) – Vasco 1 x 1 Ceará
17h41 – Vasco (65), Bahia (64) e Náutico (60) – Vasco 2 x 1 Ceará
18h02 – Vasco (65), Bahia (63) e Náutico (60) – Atlético-GO 2 x 1 Bahia
18h24 – Vasco (65), Bahia (63) e Náutico (60) – Fim de jogo em Goiânia
18h25 – Vasco (65), Bahia (63) e Náutico (60) – Fim de jogo no Rio de Janeiro
18h38 – Vasco (65), Bahia (63) e Náutico (60) – Fim de jogo em São Lourenço

Série B 2016, 38ª rodada: Náutico 0x2 Oeste. Foto: Peu Ricardo/DP

Bahia, Vasco e Náutico por 2 vagas no Brasileirão de 2017. Quem vai subir?

Bahia, Vasco e Náutico na briga por 1 vaga na Série A de 2017. Fotos: CBF/site oficial

Sábado, 26 de novembro de 2016. Às 16h30, no horário recifense, o início simultâneo de três jogos país afora. Após a classificação antecipada de Atlético-GO e Avaí, restam duas vagas, sob a mira de Bahia, Vasco e Náutico. As três partidas devem reunir mais de 85 mil torcedores, com uma massiva venda antecipada. Em Goiás, lotação esgotada. Pela festa do mandante, que receberá o troféu oficial, mas também com invasão. Serão 1.140 baianos presentes. No Rio de Janeiro, a torcida cruz-maltina comprou todos os bilhetes postos à venda. No Recife, apesar da menor chance de sucesso, os alvirrubros esbanjaram confiança, esgotando setores a cada dia e chegando ao segundo maior público do clube na temporada. Status que pode evoluir com a venda no dia da peleja.

Pronto para dar o bote, o Náutico pode alcançar o quarto acesso ao Brasileirão de sua história. Em uma campanha de recuperação, a timbuzada vai na fé.

Ingressos antecipados para a 38ª rodada da Série B
51.061 – Vasco x Ceará (Maracanã, no Rio)
22.200 – Náutico x Oeste (Arena Pernambuco, em São Lourenço)
11.418 – Atlético-GO x Bahia (Olímpico, em Goiânia)

Para o acesso do Náutico (60 pts)
1) Precisa vencer o Oeste e torcer por empate/derrota do Vasco contra o Ceará ou derrota do Bahia contra o Atlético

Para o acesso do Vasco (62 pts)
1) Vitória sobre o Ceará
2) Em caso de empate ou derrota, torce para que o Náutico não vença 

Para o acesso do Bahia (63 pts)
1) Empate ou vitória sobre o Atlético
2) Em caso de derrota, torce para que Vasco ou Náutico não vençam

Acessos à Série A (1988-2016)
3 – Náutico (1988, 2006 e 2011)
2 – Vasco (2009 e 2014)
1 – Bahia (2010)

A classificação da Série B 2016 após 37 rodadas. Crédito: Superesportes

Três clubes do Recife e dois de Caruaru na Copa São Paulo de Juniores de 2017

Copa São Paulo de Juniores de 2017. Crédito: federação paulista de futebol

Com a participação recorde de 120 clubes, a Copa São Paulo de Juniores de 2017 terá cinco representantes pernambucanos, igualando a marca local da edição passada. A novidade é o Central. Ao contrário do rival Porto, bastante experiente na Copinha, a Patativa jamais havia sido convidada pela federação paulista, nem mesmo quando conquistou o título pernambucano da categoria, em 1983. E o estreante caiu logo no grupo do Flamengo, o atual campeão.

A armada do estado será composta pelo Trio de Ferro (tendo o Sport como atual bicampeão no futebol local) e pela dupla caruaruense (grupos abaixo). Desde 2001 foram 41 participações pernambucanas no tradicional torneio e em apenas 8 os nossos representantes avançaram à fase eliminatória, chegando no máximo às quartas de final, uma vez. Por sinal, este é o melhor resultado alcançado na história, em 1992 (Santa Cruz), 1997 (Sport) e 2016 (Sport).

Espalhado em trinta cidades, o 48º torneio (de 3 a 25 de janeiro) classificará ao mata-mata apenas os vencedores dos trinta grupos. Uma novidade é o sistema de substituições, com até seis trocas, desde que efetuadas em até três atos.

Campanhas pernambucanas no século XXI
2001 – Santa Cruz (8as de final), Sport e Náutico (ambos na 1ª fase)
2002 – Santa Cruz (1ª fase)
2003 – Santa Cruz (8as de final) e Náutico (1ª fase)
2004 – Náutico, Santa Cruz (ambos na 1ª fase)
2005 – Santa Cruz, Sport e Porto (todos na 1ª fase)
2006 – Porto e Santa Cruz (ambos na 1ª fase)
2007 – Porto (8as de final)
2008 – Porto e Ypiranga (ambos na 1ª fase)
2009 – Porto e Ypiranga (ambos na 1ª fase)
2010 – Porto e Atlético Pernambucano (ambos na 1ª fase)
2011 – Porto e Vitória (ambos na 1ª fase)
2012 – Sport, Porto e Vitória (todos na 1ª fase)
2013 – Náutico e Santa Cruz (ambos nos 16 avos de final), e Sport (1ª fase)
2014 – Sport (16 avos de final), Náutico, Porto e Santa Cruz (todos na 1ª fase)
2015 – Sport (16 avos de final), Náutico, Porto e Santa Cruz (todos na 1ª fase)
2016 – Sport (quartas), América, Náutico, Porto e Santa Cruz (todos na 1ª fase)

Participações locais (1969-2017)
22 – Santa Cruz (primeira em 1981)
15 – Sport (1974)
12 – Porto (2005)
11 – Náutico (1990)
2 – Ypiranga (2008)
2 – Vitória (2011)
1 – Atlético (2010)
1 – América (2016)
1 – Central (2017)

Últimas revelações pernambucanas na Copinha (na visão do blog)
2012 – Érico Júnior (atacante), 4 gols pelo Vitória
2013 – Ruan (atacante), 5 gols pelo Sport
2013 – Renato (atacante), 3 gols pelo Náutico

2014 – Joelinton (atacante), 3 gols pelo Sport
2015 – Raniel (meia), 1 gol pelo Santa Cruz
2016 – Adryelson (zagueiro), Sport

Grupos dos times pernambucanos na Copinha 2017. Crédito: federação paulista de futebol

Arnaldo Barros x Wanderson Lacerda, por um biênio de R$ 200 milhões no Sport

Candidatos das chapas 1 (situação, à esquerda) e 2 (oposição, à direita). Fotos: Diario de Pernambuco

Pela 6ª vez consecutiva haverá bate-chapa na Ilha do Retiro, completando uma década de disputas nas urnas rubro-negras. Encerrado o prazo de inscrições, após costuras, composições e desistências, duas candidaturas foram homologadas visando o biênio 2017/2018, com a situação encabeçada por Arnaldo Barros (atual vice) e a oposição tendo à frente Wanderson Lacerda (ex-presidente de 1991 a 1996). A disputa, com vários ex-presidentes presentes, incluindo os mandatários das duas estrelas douradas do clube, definirá o comando do maior (de longe) orçamento da história do Sport Club do Recife.

01 – Avança Sport
Presidente executivo: Arnaldo Barros (atual vice)
Vice executivo: Gustavo Dubeux (ex-presidente 2011/2012)
Conselho Deliberativo: Homero Lacerda (ex-presidente 1987/1988)

02 – Por um Sport Campeão: União, Experiência e Renovação
Presidente executivo – Wanderson Lacerda (ex-presidente 1991/1996)
Vice executivo: Milton Bivar (ex-presidente 2007/2008)
Conselho Deliberativo: Severino Otávio (ex-presidente 2003/2004)

A temporada atual deve terminar, considerando todo o faturamento leonino (não só do futebol, claro), com R$ 113 milhões, ultrapassando pela primeira vez a barreira de uma centena. Para os dois próximos anos, mantendo a curva ascendente, a receita deve passar de R$ 200 milhões. Dinheiro como nunca se viu por essas bandas, proporcional à responsabilidade na gestão desses recursos, com montagem do time, base, estruturação (estádio e centro de treinamento), pagamento de dívidas, modalidades olímpicas, marketing etc.

Receita operacional do Sport
2011 – R$ 46.875.544
2012 – R$ 79.807.538 (+70,2%)
2013 – R$ 51.428.086 (-35,5%)
2014 – R$ 60.797.294 (+18,2%)
2015 – R$ 87.649.465 (+44,1%)
2016 – R$ 113.000.000* (+28,9%)
* Projeção (o balanço oficial sai em abril de 2017)

A análise do podcast 45 minutos sobre as chapas

Para a eleição, marcada para 16 de dezembro, a expectativa é uma participação recorde. Até hoje, a maior votação ocorreu em 2000, num pleito histórico (por ter rachado o clube) entre Luciano Bivar e Wanderson Lacerda, com 3.548 votos. A diferença é que agora o Sport conta com 29 mil sócios titulares adimplentes (após o boom em 2015), com a maioria formada por sócios contribuintes, a categoria mínima liberada para a votação. Além da titularidade e da maioridade, será preciso estar regularizado até 10 de dezembro.

Rubro-negro, em qual chapa você votaria para a presidência do Sport em 2017/2018?

  • Wanderson Lacerda (presidente), Milton Bivar (vice) e Severino Otávio (Conselho) (51%, 1.672 Votes)
  • Arnaldo Barros (presidente), Gustavo Dubeux (vice ) e Homero Lacerda (Conselho) (49%, 1.632 Votes)

Total Voters: 3.303

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A tabela da Copa do Nordeste de 2017

Troféu da Copa do Nordeste. Foto: Cassio Zirpoli/DP

A Confederação Brasileira de Futebol divulgou a tabela básica da Copa do Nordeste de 2017, que terá vinte clubes (incluindo o Trio de Ferro, pela 7ª vez) dos nove estados. Serão 60 partidas na primeira fase, com cinco grupos (abaixo), e mais 14 no mata-mata. Segundo o regulamento, os líderes avançam às quartas de final, acompanhados dos três melhores segundos colocados. Depois, confrontos eliminatórios de ida e volta até a posse da orelhuda dourada.

A – Náutico, Santa Cruz, Campinense e Uniclinic
B – Bahia, Fortaleza, Moto Club e Altos-PI
C – Sport, Sampaio Corrêa, River e Juazeirense-BA
D – ABC, CRB, CSA e Itabaiana
E – Vitória, América de Natal, Botafogo e Sergipe

Havia a dúvida sobre o segundo representante cearense, após a desistência do Uniclinic na véspera do sorteio. O vice-campeão estadual alegava problemas financeiros, abrindo mão da vaga, mas não da cota do regional – e a vaga cairia no coloco do Ceará, após desistências de Guarany de Sobral e Guarani de Juazeiro. Pelo visto, a CBF não aceitou. E a primeira apresentação do estreante será logo contra o Náutico, de volta à competição. Jogo na Arena Pernambuco, em 26 de abril, uma quinta. No mesmo dia, Campinense x Santa, repeteco da última decisão, e Sport x Sampaio Corrêa. A tabela deve ser desmembrada, até porque não podem ocorrer dois jogos simultâneos no Recife, por decisão da PM.

Em relação ao Clássico das Emoções, duelos em dois domingos, 5 de fevereiro (Arruda) e 12 de março (Arena). O duelo não ocorria desde 10/07/2010, num 1 x 1 nos Aflitos. A primeira fase será encerrada em 22 de março, com a finalíssima dois meses depois, em 24 de maio. Segundo o ofício, os horários serão ajustados em conjunto entre Esporte Interativo e Globo. Ao contrário das últimas três edições, a Lampions 2017 não deve classificar o campeão à Sula. Uma pena, mas ainda assim o status de campeão nordestino é importante…

Saiba mais detalhes sobre o novo calendário do futebol brasileiro aqui.

Os 260 jogadores convocados em 2016 para a Seleção de base, com 8 do Sport

Lista de convocados para a Seleção Brasileira de base entre times brasileiros. Crédito: CBF/site oficial

Em 2016, nada menos que 260 jogadores foram chamados para as categorias de base da Seleção Brasileira. O balanço é da própria CBF, somando as vinte convocações entre torneios, amistosos e períodos de treinamento na Granja Comary, em Teresópolis. Somando agremiações brasileiras e estrangeiras, 42 clubes cederam atletas para os times Sub 16, 17, 18 e 20. Foram 30 do país, mas apenas três do Nordeste, Vitória (9 nomes), Sport (8) e Bahia (2).

O leão pernambucano, por sinal, nunca havia cedido tantos jogadores numa mesma temporada. Condiz com o rendimento dos times formados no Centro de Treinamento José de Andrade Médicis, em Paratibe. Neste ano, o juvenil foi vice da Copa do Brasil, enquanto o júnior chegou à semifinal do mesmo torneio. Dos oito chamados, um já atua no time principal do Sport, Everton Felipe. Ainda no Recife, as últimas convocações de Náutico e Santa, na base, foram em 2012 (Douglas Santos/Sub 20 e Jefferson Nem/Sub 17) e 2001 (Valnei/Sub 20 e Ricardinho/Sub 17), respectivamente. Vale destacar que Douglas Santos também foi lembrado na seleção principal, um ano após a passagem no júnior.

Em 2017, o calendário será recheado de torneios oficiais, com Sul-Americano e Mundial nas categorias Sub 17 (nascidos em 2000 e 2001) e Sub 20 (nascidos de 1997 a 1999). Veremos se este contexto mudará o mapa das convocações…

Os jogadores do Sport convocados para a Seleção de base em 2016
Sub 20 (3)
Everton Felipe (meia)
Lucas Amaral (goleiro)
Adryelson (zagueiro)

Sub 18 (4)
Everton Silva (goleiro)
Caio (lateral-esquerdo)
Pardal (meia)
Juninho (atacante)

Sub 16 (1)
Anderson Santana (lateral-direito)

Ranking de convocados para a Seleção de base em 2016
1º) 22 – São Paulo
2º) 18 – Cruzeiro e Palmeiras
4º) 16 – Santos
5º) 15 – Grêmio
6º) 14 – Flamengo e Fluminense
8º) 13 – Coritiba
9º) 12 – Atlético-PR
10º) 10 – Atlético-MG, Corinthians, Inter e Vasco
14º) 9 – Vitória
15º) 8 – Sport 

Relembre todos os jogadores convocados à Seleção atuando no Recife aqui.

Lista de convocados para a Seleção Brasileira de base entre times do exterior. Crédito: CBF/site oficial

Classificação da Série A 2016 – 36ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 36 rodadas. Crédito: Superesportes

A 36ª rodada do Brasileirão foi encerrada na noite desta segunda-feira, com o jogo entre Corinthians e Internacional. Em São Paulo, o mandante visava o G6, enquanto o visitante lutava para sair do Z4. Muita gente de olho, sobretudo o Sport. Para os leoninos, o resultado acabou sendo excelente, Timão 1 x 0. Agora, para ficar, sem depender de resultados de terceiros, o Leão precisa de uma vitória. Enfrentará dois rebaixados (América e Figueirense), num bom cenário, sem falsa modéstia. Detalhe: mesmo que perca os dois jogos, o time pernambucano só seria rebaixado caso o Colorado vença seus dois compromissos, bem mais complicados (Cruzeiro e Fluminense). 

Para terminar o ano com um mínima de tranquilidade, resta melhorar o seu futebol, pois na derrota do Sport para o Atlético-PR faltou bastante. Também no domingo, o já rebaixado Santa Cruz empatou com o Atlético-MG, num cenário corriqueiro em sua campanha – ataque funcionando e defesa farrapando.

As maiores probabilidades de rebaixamento após 36 rodadas

As probabilidades de campanha para evitar o rebaixamento no Brasileirão 2016 após 36 rodadas

As projeções de sucesso nas pontuações finais para evitar o rebaixamento

As probabilidades de campanha para evitar o rebaixamento no Brasileirão 2016 após 36 rodadas

Para o título
O Palmeiras é o virtual campeão. Precisa de 1 ponto. Mesmo que perca nas últimas duas rodadas, só será vice caso o Santos ganhe as duas.

Para o rebaixamento
América, Santa e Figueirense estão rebaixados. Para a última vaga, três concorrentes: Inter, Vitória e Sport. Mirando o Vitória, o time gaúcho terá que terminar com um ponto a mais, devido ao saldo de gols. Mirando o Sport, o time gaúcho teria que vencer as duas e torcer para o leão não ganhar de ninguém. Ou seja, a chance do primeiro rebaixamento do Inter é enorme..

Sport – soma 43 pontos em 35 jogos (39,8%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 3 pontos em 2 rodadas
…ou 50.0%% de aproveitamento
Simulação mínima: 1v-0e-1d

A 37ª rodada dos representantes pernambucanos

26/11 (19h00) – América x Sport (Independência)
Histórico em Belo Horizonte pela elite: 2 jogos e 2 derrotas leoninas

27/11 (18h30) – Santa Cruz x Grêmio (Arruda)
Histórico no Recife pela elite: 3 vitórias corais, 3 empates e 3 derrotas

Ataque funciona, defesa vai mal outra vez e Santa Cruz e Galo empatam em 3 x 3

Série A 2016, 36ª rodada: Santa Cruz 3x3 Atlético-MG. Foto: Ricardo Fernandes/DP

O Santa Cruz chegou a 40 gols marcados no Campeonato Brasileiro. Em 36 rodadas disputadas, tem o melhor desempenho entre os integrantes da zona de rebaixamento e também marcou mais vezes que Atlético-PR (5º lugar) e São Paulo (13º). Diante do time misto do Galo (focado na final da Copa do Brasil), os dois principais atacantes corais balançaram as redes. De pênalti, Grafite chegou a onze gols. De fora da área, batendo colocado, Keno chegou a dez. Quantos times do país têm uma dupla com 21 gols na elite? Contexto que não bate de forma alguma com a colocação do clube pernambucano, já rebaixado.

Os gols comprovaram, outra vez, o quanto o desnivelamento técnico do elenco foi crucial para o destino, com uma defesa remendada a todo momento (Néris se machucou demais), sendo a mais vazada da competição. Se marcou três vezes no Arruda (o lateral Vítor também deixou o dele), também sofreu três – um deles de Fred, agora artilheiro isolado, com 14 gols. Ao todo, o Santa sofreu 63 gols. Para se ter ideia, o lanterna tomou 55. Nos pontos corridos, costumeiramente os times da parte de cima da classificação contam com defesas melhores que os respectivos ataques. Uma “cozinha” consistente é algo básico.

Após virar o placar, tomar o empate e ficar outra vez em vantagem, os poucos corais presentes (3.221) tiveram que amargar outro tropeço em casa. Numa saída estabanada de Tiago Cardoso, com Hyuri completou, 3 x 3. O goleiro teve um desempenho muito ruim na competição, mas está longe de ser o maior culpado – a (não) qualificação, sim. No geral, o sistema defensivo do campeão nordestino não deu segurança em momento algum. Nos dois jogos restantes, ainda sob comando interino, o tricolor deve começar a fazer testes. Haja vaga…

Série A 2016, 36ª rodada: Santa Cruz 3x3 Atlético-MG. Foto: Atlético Mineiro/twitter (@atletico)

Em Curitiba, Sport perde a 17ª e terá duas partidas contra rebaixados para se livrar

Série A 2016, 36ª rodada: Atlético-PR x Sport. Foto:  Marco Oliveira/Site Oficial do Atlético-PR

Dois jogos seguidos jogando muito mal, contra Cruzeiro e Atlético-PR. Duas derrotas e nenhum gol marcado. A situação tranquila, estabelecida após a goleada sobre o Grêmio, já não se faz presente. No gramado sintético da Arena da Baixada, o Sport cochilou no primeiro tempo, com 2 x 0 se mantendo na volta do intervalo, apesar do lampejo de reação. Na partida contra o Furacão, atual 5º colocado, com um pé na Libertadores, o time pernambucano iniciou numa apatia sem sentido. Errando muitos passes e sem uma recomposição eficaz.

Ligado, diante de um ótimo público, o melhor mandante desta Série A (87%!) invadiu a área pelas laterais. Sem cobertura, Samuel Xavier e Renê foram ultrapassados várias vezes. O primeiro gol saiu com 22 minutos, num cruzamento da esquerda, com André Lima completando. Magrão até espalmou, mas a bota bateu no atacante e entrou. Depois, com o visitante ainda sem levar perigo à meta de Wéverton, o Atlético ampliou num pênalti cobrado por Thiago Heleno, aos 34. Após jogada pela direita, o Atlético exigiu outra grande defesa de Magrão, com a zaga dormindo e Ronaldo cortando o rebote com o braço.

Sobre o ataque, vale “destacar” Everton Felipe, o pior em campo (já vinha mal), e Rogério, fora do tom na área. Já Diego Souza, infiltrado na marcação, pouco produziu. Na retomada, Daniel Paulista voltou a insistir em Túlio de Mello. Como na Ilha, o grandalhão foi nulo. Quase não toca na bola com os pés e de cabeça não ganhou uma. Que o técnico  pense em outros nomes num próximo momento de dificuldade. Até porque nas rodadas finais, obrigado a vencer um jogo, o Leão enfrentará os rebaixados América (fora) e Figueirense (casa). Se tecnicamente não renderam, financeiramente devem chegar motivados por malas brancas de Porto Alegre e Salvador. Ao Sport, será preciso voltar a se impor, com a bola no chão, como no seus melhores (mas, infelizmente, poucos) momentos.

Série A 2016, 36ª rodada: Atlético-PR x Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife