Os clubes do Nordeste que já cederam jogadores à Seleção Brasileira principal

Nordestino na Seleção Brasileira desde 1923. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Post atualizado até 30/01/2018

O primeiro jogador a ser convocado para a Seleção Brasileira atuando em um clube do Nordeste foi Alfredo Pereira de Mello, o Mica. Nada de Bahia, Náutico, Santa Cruz, Sport ou Vitória. O defensor, então com 19 anos, atuava no Botafogo de Salvador, o diabo-rubro. O clube era uma potência na época. Sim, estamos falando de 1923. Bicampeão estadual, Mica também atuava na seleção baiana, que disputou a primeira edição do hoje extinto campeonato brasileiro de seleções. Com a boa campanha no Rio, acabou sendo chamado pelo técnico do escrete nacional, Chico Netto. Dali, direto para o Sul-Americano, em Montevidéu, e para alguns amistosos. Ao todo, um pioneirismo marcado por sete jogos.

Desde então, a presença de atletas oriundos de clubes nordestinos é bem espaçada na Seleção. O retrospecto seguiu em dois momentos no fim da década de 50, com a CBD (precursora da CBF) convidando as seleções estaduais da Bahia e de Pernambuco para representar o país em 1957 e 1959, respectivamente. Os baianos jogaram a Taça Bernardo O’Higgins, uma antiga disputa contra o Chile. Foram dois jogos em Santiago, 0 x 1 e 1 x 1. Ao todo, 19 atletas de seis clubes da Boa Terra. Já os pernambucanos disputaram a edição extra do Campeonato Sul-Americano, no Equador. Um amistoso e quatro jogos pelo torneio  No fim, um honroso 3º lugar para a Cacareco, o apelido dado pela imprensa carioca ao elenco formado por 22 jogadores do Trio de Ferro.

Somente a partir de 1966, com o ponta alvirrubro Nado sendo pré-convocado à Copa do Mundo, as convocações à seleção principal voltaram a ser abertas, sem qualquer restrição regional – e ainda que, posteriormente, alguns times tenham sido formados apenas por jogadores que atuavam no país. No período, 22 nomes da região foram lembrados, sendo 8 do Sport, 5 de Bahia , 4 do Vitória, 3 do Santa e 2 do Náutico. Nenhum outro estado emplacou. Entre todos jogadores com a camisa verde e amarela, o melhor desempenho é, até hoje, o de Nunes, atacante tricolor. Foi quem mais jogou (11), quem mais marcou gols (7) e o único chamado na lista final do Mundial, em 1978. Só não foi à Argentina porque se lesionou pouco antes, sendo substituído por Roberto Dinamite.

Anos com convocações no Nordeste: 1923 (1 jogador), 1957 (19), 1959 (22), 1966 (1), 1974 (1), 1976 (1), 1978 (1), 1979 (1), 1981 (1), 1983 (1), 1989 (3), 1990 (2), 1991 (1), 1995 (2), 1996 (1), 1997 (2), 1998 (2), 1999 (1), 2000 (1), 2001 (1), 2003 (2), 2013 (1) e 2017 (1)

Maiores séries com convocações: 1995-2001 (7 anos) e 1989-1991 (3 anos)
Maiores hiatos sem convocação: 1923-1957 (33 anos) e 2003-2013 (9 anos)

Dados de convocações e atuações de jogadores na seleção principal do país:

Nordeste (1923-2017)
49 atletas de 9 clubes jogaram
63 atletas de 9 clubes convocados
165 participações em 77 jogos
27 gols

Pernambuco (1959-2017)
27 atletas de 3 clubes jogaram
35 atletas de 3 clubes convocados
103 participações em 43 jogos
19 gols

Bahia (1923-2003)
22 atletas de 6 clubes jogaram
28 atletas de 6 clubes convocados
62 participações em 34 jogos
8 gols

Lista ordenada por número de atletas que jogaram, participações e convocados:

Santa Cruz: Biu (5 jogos), Clóvis (4 j), Geroldo (1 j), Goiano (3 j), Servílio (1 j), Tião (3 j), Zé de Mello (5 j e 2 gols), Dodô (0 j ), Valter Serafim (0 j) e Moacir (0 j), 1959; Givanildo Oliveira (5 j), 1976; Nunes (11 j e 7 gols), 1978; Carlos Alberto Barbosa (1 j), 1979
10 atletas jogaram
13 atletas convocados
39 participações em 22 jogos
9 gols

Sport : Édson (5 jogos), Elcy (1 j), Traçaia (5 j e 1 gol), Zé Maria (3 j) e Bria (0 j), 1959; Roberto Coração de Leão (2 j e 1 gol), 1981; Betão (2 j), 1983; Adriano (2 j), 1995; Chiquinho (0 j), 1996; Jackson (3 j), 1998; Bosco (0 j), 1999/2000; Leomar (6 j), 2001; Diego Souza (5 j e 2 gols), 2017
10 atletas jogaram
13 atletas convocados
34 participações em 25 jogos
4 gols

Vitória: Albertino (1 jogo), Boquinha (1 j), Pinguela (2 j), Ceninho (1 j), Matos (2 j e 1 gol), Teotônio (2 j) e Lia (0 j), 1957; Rodrigo (0 j), 1995; Russo (5 j), 1997/1998; Nádson (2 j) e Dudu Cearense (0 j), 2003
8 atletas jogaram
11 atletas convocados
16 participações em 9 jogos
1 gol

Bahia: Henrique (2 jogos), Zé Alves (1 j), Otoney (2 j), Wassil (2 j) e Vicente Arenari (0 j), 1957; Baiaco ( 0 j), 1974; Zé Carlos (3 j) e Bobô (0 j), 1989; Charles (9 j e 3 gols), 1989/1990; Luis Henrique (10 j  e 4 gols), 1990/1991
7 atletas jogaram

10 atletas convocados
29 participações em 20 jogos
7 gols 

Náutico: Elias (5 jogos), Geraldo José (5 j e 2 gols), Givaldo (5 j), Paulo Pisaneschi (4 j e 4 gols), Waldemar (5 j), Zequinha (5 j) e Fernando Florêncio (0 j), 1959; Nado (1 j), 1966; Douglas Santos (0 j), 2013
7 atletas jogaram
9 atletas convocados
30 participações em 6 jogos
6 gols

Botafogo-BA: Mica (7 jogos), 1923; Nelinho (2 j), 1957
2 atletas jogaram

2 atletas convocados
9 participações em 9 jogos

Fluminense de Feira: Periperi (2 jogos) e Raimundinho (2 j), 1957
2 atletas jogaram

2 atletas convocados
4 participações em 2 jogos

Ypiranga-BA: Pequeno (2 jogos) e Hamilton (1 jogo), 1957
2 atletas jogaram
2 atletas convocados
3 participações em 2 jogos

Galícia: Walder (1 jogo), 1957
1 atleta jogou

1 atleta convocado
1 participação em 1 jogo

Diego Souza de volta à Seleção Brasileira, sendo o 13º jogador do Sport convocado

Diego Souza ao receber a notícia da primeira convocação à Seleção Brasileira defendendo o Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Diego Souza foi convocado por Tite para o amistoso da Seleção contra a Colômbia, em 25 de janeiro, no Rio. O meia do Sport foi chamado na lista (de 23 nomes) como “atacante”. Artilheiro da última Série A com 14 gols (além de 7 assistências), DS87 volta a vestir a camisa canarinho após seis anos. Jogou apenas duas vezes, em 2009 e 2011. Eis a nova chance, direto do Recife

“Desempenho técnico. Diego jogou (quase) todas as partidas pelo Sport. Jogou numa função mais adiantada, mais solta, quase como um atacante. Ele tem essa virtude. E qualidade é o que acaba pesando.”

Palavras de Tite na coletiva ao justificar o nome na lista.

Assim, Diego Souza tornou-se o 13º jogador do Leão convocado para o escrete principal, sendo o 8º na “era aberta”, após o fim das seleções regionais representando o país, como foi o caso de Pernambuco no Sul-Americano de 1959. Um rubro-negro não aparecia na lista da CBF há quinze anos, desde Leomar. Cada vez mais, Diego Souza se consolida na história leonina. 

Sobre o jogo da Seleção Brasileira, restrito a nomes que atuam no futebol nacional, por não ser uma Data Fifa, trata-se de uma apresentação tem caráter solidário,solidário, com a renda do Engenhão voltada para a Chapecoense e sinal de transmissão liberado a qualquer emissora de televisão.

Jogadores do Sport convocados à seleção principal
Édson (zagueiro) – 1959, Copa América no Equador
Elcy (atacante) – 1959, Copa América no Equador
Traçaia (atacante) – 1959, Copa América no Equador
Zé Maria (meia) – 1959, Copa América no Equador
Bria (zagueiro) – 1959, Copa América no Equador
Roberto Coração de Leão (atacante) – 1981, amistoso
Betão (lateral-direito) – 1983, amistoso
Adriano (zagueiro) – 1995, amistoso
Chiquinho (meia) – 1996, amistoso
Jackson (meia) – 1998, amistoso
Bosco (goleiro) – 1999/2000, Eliminatórias da Copa
Leomar (volante) – 2001, Eliminatórias da Copa e Copa das Confederações
Diego Souza (meia) – 2017, amistoso

Jogadores de clubes do Nordeste convocados no século XXI
2001 – Leomar (Sport)
2003 – Nádson (Vitória
2003 – Dudu Cearense (Vitória)

2013 – Douglas Santos (Náutico)
2017 – Diego Souza (Sport)

Confira todas as convocações do futebol pernambucano clicando aqui.

Brasil x Colômbia, no Engenhão, com o maior público da história no borderô? Pela solidariedade, pela Chapecoense

Jogo da Amizade, Brasil x Colômbia. Crédito: CBF

O amistoso entre Brasil e Colômbia, agendado para 25 de janeiro, poderá ter o maior público pagante da história do futebol brasileiro. Ao menos indiretamente. Além dos 41.506 ingressos à disposição da torcida no estádio Engenhão, de R$ 70 a R$ 150, a CBF criou o “ingresso solidário”, a R$ 50. O bilhete não dará acesso ao jogo no Rio de Janeiro, mas ajudará a Chapecoense, que terá direito à toda renda líquida, revertida às famílias das vítimas do acidente aéreo.

Acessível aos torcedores de outros estados, o ingresso especial (segundo o site de venda, são 4 milhões!) será computado no borderô oficial do Jogo da Amizade como “público total”. Quem colaborar com a causa receberá um certificado de participação e agradecimento. Em relação aos ingressos tradicionais, estima-se uma arrecadação acima de R$ 3 milhões.

Até hoje, o recorde de público foi na decisão da Copa do Mundo de 1950, com 173.850 pagantes no duelo entre brasileiros e uruguaios. Naquele dia, ao todo, o Maracanã abrigou quase 200 mil espectadores. A casa do Botafogo não receberá tanta gente assim, mas a tendência é de recorde… Possível?

Links para a compra de ingressos: bilhete tradicional e ingresso solidário.

Os maiores públicos do futebol brasileiro (todos no Maracanã):
199.854 – Brasil 1 x 2 Uruguai (16/07/1950)
195.513 – Brasil 4 x 1 Paraguai (21/03/1954)
194.603 – Fluminense 0 x 0 Flamengo (15/12/1963)
183.341 – Brasil 1 x 0 Paraguai (31/08/1969)
174.770 – Flamengo 3 x 1 Vasco (04/04/1976)

As cotas da Copa do Brasil de 2017, com até R$ 11,685 milhões para o campeão

Evolução das cotas da Copa do Brasil, de 2012 a 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Em 2017, no último ano do atual contrato entre CBF e Rede Globo, a premiação ao campeão da Copa do Brasil subiu para R$ 11,685 milhões. Em relação à edição anterior, um aumento de 8,7% – em 2018, num novo acordo comercial, a premiação será de R$ 68 milhões (!). O montante corresponde à soma das cotas de participação nas oito fases do mata-mata, da fase preliminar ao título – acima, os valores absolutos em campanhas finais a partir das oitavas. Nesta temporada, no embalo da ampliação da Libertadores, o torneio nacional foi reformulado, ganhando mais quatro participantes (chegando a 91 clubes) e mais uma fase preliminar. Ou seja, para alcançar as oitavas de final, agora será preciso passar por quatro fases, sendo as duas primeiras em jogos únicos.

Campanha máxima para o título:
2012 – R$ 4,20 milhões (6 fases)
2013 – R$ 6,00 milhões (7 fases)
2014 – R$ 6,19 milhões (7 fases)
2015 – R$ 7,95 milhões (7 fases)
2016 – R$ 10,74 milhões (7 fases)
2017 – R$ 11,68 milhões (7 fases)
2018 – R$ 68,70 milhões (8 fases)

A reformulação na 29ª edição modificou, consequentemente, a distribuição da premiação do torneio, que terá novamente quatro clubes pernambucanos. Sport (08/02), Náutico (15/02) e Salgueiro (15/02) largam normalmente, na primeira fase. Já o Santa Cruz, como benesse do título nordestino, após a perda da vaga na Sul-Americana numa canetada, irá estrear somente nas oitavas de final.

Abaixo, o quadro com todas as cotas da Copa do Brasil, fase por fase, de 2012 a 2017 – os dados deste ano foram apurados por Wellington Campos, da Rádio Itatiaia. O período foi marcado pela subdivisão de cotas nas duas primeiras fases, com três grupos, variando de acordo com a evolução da copa, com 16 e 32 avos de final em 2012, 32 e 64 avos de 2013 a 2016 e, agora, 64 e 128 avos. Nesta temporada os grupos foram divididos da seguinte forma, tendo como base o Ranking de Clubes da CBF, atualizado em 12 de dezembro de 2016:

Grupo 1 – Os 15 primeiros no Ranking da CBF (Corinthians 4º, Cruzeiro 6º, Inter 7º, São Paulo 8º, Fluminense 10º, Vasco 13º, Coritiba 14º e Ponte Preta 15º) 

Grupo 2 – Os demais clubes presentes na Série A de 2017 (Sport 17º, Vitoria 20º, Bahia 21º e Avaí 25º)

Grupo 3 – Os 68 clubes inscritos na 1ª fase que estão fora da elite em 2017

Pré-classificados às oitavas – Santa, Paysandu, Atléticos MG, Atlético-PR, Atlético-GO, Chapecoense, Palmeiras, Santos, Flamengo, Botafogo e Grêmio

Sobre a rentabilidade da participação local, o quarteto ganhará R$ 1,82 milhão só com o primeiro mata-mata de cada rum. Largando das oitavas, o Santa tem a garantia de R$ 880 mil. Porém, não tem direito às cotas das quatro fases anteriores (que corresponderiam R$ 1,995 mi). Em caso de título, o Sport ganharia R$ 10,5 milhões, o maior valor absoluto no estado. Náutico e Salgueiro chegariam a R$ 10,125 milhões, com o Santa recebendo até R$ 9,13 mi.

As cotas da Copa do Brasil de 2012 a 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Governo inicia lobby na CBF por outro jogo da Seleção na Arena Pernambuco

Eliminatórias da Copa 2018, em 25/03/2016: Brasil 2x2 Uruguai. Foto: João de Andrade Neto/DP

Em 2016, o clássico entre Brasil e Uruguai, realizado na Arena Pernambuco, proporcionou um recorde duplo. O maior público do empreendimento, com 45.010 espectadores, e a maior bilheteria do futebol local, com R$ 4.961.890 –  levando em conta os dados conhecidos, pois a Fifa não revelou a arrecadação no Mundial e na Copa das Confederações. Números que deixaram o governo do estado atento a uma nova oportunidade o quanto antes. Sim, já em 2017.

Em uma reunião na FPF, o secretário de Turismo e Esportes de Pernambuco, Felipe Carreras, ligou para o secretário-geral da CBF, Walter Feldman, para deixar o “estádio à disposição”. A chamada ainda teve a presença do presidente da FPF, Evandro Carvalho. O secretário, claro, tenta monetizar a arena, que na última temporada teve apenas 30 jogos envolvendo Náutico, Santa e Sport, com uma arrecadação bruta de R$ 4.726.054, inferior à registrada na apresentação da Canarinha. Naquela ocasião, o percentual local da renda coube ao consórcio, agora extinto – hoje, seria todo para o estado. Além disso, houve o incremento do turismo, com 16% do público pagante oriundo de estados vizinhos.

O lobby mira a agenda ainda aberta da Seleção em 2017, período confirmado pelo blog. Neste ano, apenas um jogo no país tem local definido, o amistoso beneficente contra a Colômbia, no Engenhão. Em relação às Eliminatórias da Copa 2018, restam três jogos. Nos seis jogos como mandante nesta disputa foram seis palcos distintos: Castelão, Fonte Nova, Arena PE, Arena Amazônia, Arena das Dunas e Mineirão. Ou seja, o time verde e amarelo ainda não passou nem no Rio de Janeiro nem em São Paulo. Concorrentes de peso.

Jogos confirmados no Brasil em 2017:
25/01 – Brasil x Colômbia (Engenhão, Rio)
28/03 – Brasil x Paraguai (local a definir)
31/08 – Brasil x Equador (local a definir)
10/10 – Brasil x Chile (local a definir)

Data Fifa:
09/11 – jogo a definir (adversário e local)
14/11 – jogo a definir (adversário e local)

Até hoje, considerando as partidas oficiais da Canarinha (país x país), foram dez em Pernambuco, sendo nove no Arruda e uma na Arena Pernambuco. Apenas duas não tiveram casa cheia, os amistosos contra Polônia e China. Entretanto, o índice geral é excelente, com 592.037 torcedores no borderô. Média de 59 mil.

Maiores rendas no Recife:
R$ 4.961.890 – Brasil 2 x 2 Uruguai (Arena PE, 2016)
R$ 4.322.555 – Brasil 2 x 1 Paraguai (Arruda, 2009)

Eis os dez jogos oficiais da Seleção Brasileira no Recife… Lobby para 2017?

Jogos oficiais da Seleção Brasileira no Recife. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A tabela detalhada do Nordestão de 2017, com datas, horários e jogos na televisão

Grupos da Copa do Nordeste 2017. Crédito: Esporte Interativo

A CBF divulgou a tabela detalhada (abaixo) da primeira fase da Copa do Nordeste de 2017, com a definição de datas, horários e jogos com transmissão na televisão. Com vinte clubes dos nove estados da região, o torneio terá 60 partidas na fase de grupos, de 24 de janeiro a 22 de março, com a abertura oficial na Arena, com Náutico x Uniclinic, uma terça. Na quarta, o Sport recebe o Sampaio e na quinta, fechando a primeira rodada, o repeteco da última decisão, com Campinense x Santa, no mesmo palco da conquista coral. Dos nove jogos agendados em Pernambuco, cinco estão marcados para o fim de semana.

Jogos com mando dos pernambucanos: 
Santa Cruz: Náutico (sábado), Uniclinic (domingo) e Campinense (quarta)
Sport: Sampaio Corrêa (quarta), River (sábado) e Juazeirense (sábado)
Náutico: Uniclinic (terça), Campinense (quarta) e Santa Cruz (domingo)

Jogos locais já definidos na Globo Nordeste*:
Juazeirense x Sport, Campinense x Náutico, Uniclinic x Santa e Náutico x Santa
* Na última rodada, escolha entre Uniclinic x Náutico e Sampaio x Sport

Jogos locais já definidos no Esporte Interativo:
Todas as 16 partidas envolvendo o Trio de Ferro na fase de grupos

Após a primeira fase, com oito classificados, sendo os cinco líderes e os três melhores segundos lugares, haverá um sorteio na sede da CBF para formar o mata-mata, com mais 14 jogos até maio. Com as Séries A e B já em andamento, o título será decidido em duas quartas-feiras, dias 17 e 24. Em relação à tabela básica, os horários foram ajustados pela entidade em conjunto com o Esporte Interativo, que exibirá 49 dos 60 jogos da fase de grupos, e com a Globo, com contrato de um jogo local por rodada para Recife, Fortaleza e Salvador. A 14ª edição da Lampions League terá uma premiação total de R$ 18,5 milhões.

O superprêmio pelo título da Copa do Brasil de 2018, o maior da América do Sul

Evolução das cotas da Copa do Brasil. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A CBF anunciou o acerto com a Rede Globo sobre a renovação dos direitos de transmissão da Copa do Brasil por mais cinco temporadas, de 2018 a 2022. Serão mais de R$ 300 milhões por ano, considerando as cotas de participação, prêmios e logística. Segundo a entidade, o montante pago pela emissora é três vezes maior que o do contrato atual, que vai até 2017. No post, gráficos com a evolução financeira da competição desde 2012, já projetando o futuro.

Em termos de competitividade, chama a atenção o aumento para o título. Serão 50 milhões de reais para o campeão, à parte das fases anteriores. Considerando que o vice leva 20 mi, então na grande decisão, além da taça e da vaga na Libertadores, estará em jogo, de fato, um cheque de R$ 30 milhões. Hoje, neste contexto, não há comparação em torneios interclubes, considerando apenas só decisão. Nem mesmo a Champions League ou o Mundial da Fifa.

Na Série A, o principal campeonato do país, a diferença tornou-se quase “irrisória”. No Brasileirão desta temporada, o hiato entre o campeão (Palmeiras) e o vice (Santos) foi de R$ 6,3 milhões. Essa futura decisão tende a impactar qualquer receita. Em 2016, por exemplo, a previsão de faturamento do Sport é de R$ 113 milhões. Ou seja, só a hipotética final corresponderia a 26,5%. No caso do Náutico, o valor seria até superior a tudo o que o clube arrecadou.

A diferença é tão fora de ordem que chega a parecer um dado equivocado…

Diferença entre os prêmios de campeão e vice*
R$ 30,0 milhões – Copa do Brasil 2018 (50 mi x 20 mi)
R$ 15,7 milhões – Liga dos Campeões 2016 (52,4 mi x 36,7 mi)
R$ 10,4 milhões – Liga Europa 2016 (22,7 mi x 12,3 mi)
R$ 6,3 milhões – Série A 2016 (17,0 mi x 10,7 mi)
R$ 5,9 milhões – Libertadores 2016  (11,9 mi x 6,0 mi)
R$ 4,0 milhões – Mundial 2016 (19 mi x 15 mi)
R$ 4,0 milhões – Copa do Brasil 2016 (6 mi x 2 mi)

R$ 3,3 milhões – Sul-Americana 2016 (6,5 mi x 3,2 mi)
R$ 2,5 milhões – Paulista 2016 (4,0 mi x 1,5 mi)
R$ 2,2 milhões – Carioca 2016 (4,0 mi x 1,8 mi)

R$ 500 mil – Nordestão 2016 (1,0 mi x 0,5 mi)
* Nos torneios mata-matas, apenas os valores das finais 

Premiação total pelo título
R$ 68,7 milhões – Copa do Brasil 2018
R$ 30,6 milhões – Libertadores 2016
R$ 17,0 milhões – Série A 2016**
R$ 12,1 milhões – Sul-Americana 2016
R$ 10,7 milhões – Copa do Brasil 2016
R$ 2,3 milhões – Nordestão 2016
** No Brasileiro, os clubes recebem cotas à parte (e distintas) pela transmissão

Comparativo atualizado após a divulgação das cotas de 2017…

1) O vice de 2018 receberá 7,2 milhões a mais que o campeão de 2017
2) O semifinalista de 2018 receberá mais que o título de 2015
3) Chegar às quartas em 2018 valerá quase o mesmo do título de 2012 

2018
Título: R$ 50 milhões
Vice: R$ 20 milhões
Semifinal: R$ 8 milhões
Quartas de final: R$ 4 milhões
Campanha***: R$ 68,7 milhões

2017
Título: R$ 6 milhões
Vice: R$ 2 milhões
Semifinal: R$ 1,5 milhão
Quartas de final: R$ 1,195 millhão
Campanha***: R$ 12,8 milhões

2016
Título: R$ 6 milhões
Vice: R$ 2 milhões
Semifinal: R$ 1,2 milhão
Quartas de final: R$ 960 mil
Campanha***: R$ 10,74 milhões

2015
Título: R$ 4 milhões
Vice: R$ 2 milhões
Semifinal: R$ 1 milhão
Quartas de final: R$ 820 mil
Campanha***: R$ 7,95 milhões

2014
Título: R$ 3 milhões
Vice: R$ 1,8 milhão
Semifinal: R$ 850 mil
Quartas de final: R$ 740 mil
Campanha***: R$ 6,19 milhões

2013
Título: R$ 3 milhões
Vice: R$ 1,8 milhão
Semifinal: R$ 800 mil
Quartas de final: R$ 700 mil
Campanha***: R$ 6 milhões

2012
Título: R$ 2,5 milhões
Vice: R$ 1,5 milhão
Semifinal: R$ 500 mil
Quartas de final: R$ 400 mil
Campanha***: R$ 4,2 milhões

*** A soma das cotas de todas as fases disputadas

Evolução das cotas da Copa do Brasil. Arte: Cassio Zipoli/DP

A primeira rodada de Sport, Náutico e Salgueiro na Copa do Brasil de 2017

Sorteio da Copa do Brasil. Foto: CBF/facebook

Um sorteio na sede da CBF, no Rio de Janeiro, definiu todos os caminhos da Copa do Brasil de 2017 até a terceira fase (tabela abaixo), com 80 clubes, entre eles Sport, Náutico e Salgueiro, disputando dez vagas. Na quarta fase haverá um novo sorteio para os confrontos, com os cinco classificados compondo as oitavas de final (a quinta fase) com os oito participantes da Libertadores e outros três pré-classificados, Santa Cruz (Nordestão), Paysandu (Copa Verde) e Atlético-GO (Série B). Lembrando que, agora, as duas primeiras fases são disputadas em jogos únicos. Na 1ª fase, mando do pior rankeado e vantagem do empate ao visitante (os três pernambucanos jogam fora). Na 2ª, sorteio de mando e pênaltis como desempate. A partir da 3ª volta o tradicional “ida e volta”.

Confira o chaveamento completo em uma resolução melhor aqui.

Possíveis adversários:

Sport (vice-campeão)
1ª fase – CSA
2ª fase – River-PI ou Sete de Setembro-MS
3ª fase – Ceará, Boavista-RJ, Portuguesa-SP ou Uniclinic-CE

Náutico (3º lugar)
1ª fase – Guarani-CE
2ª fase – Sampaio Corrêa-MA (fora) ou São José-RS (fora)
3ª fase – Internacional-RS, Princesa-AM, Oeste-SP ou Friburguense-RJ

Salgueiro (4º lugar*)
1ª fase – Sinop-MT
2ª fase – Fluminense-RJ ou Globo-RN
3ª fase – Criciúma-SC, Santo André-SP, CRB-AL ou Altos-PI
* Ganhou a vaga após o Santa ganhar a pré-classificação às oitavas.

Distâncias aéreas na estreia:
1.843 km – Sinop (Sinop) x Salgueiro (Salgueiro)
498 km – Guarani (Juazeiro do Norte) x Náutico (Recife
200 km – CSA (Maceió) x Sport (Recife)

Em 2016, a estreia local foi trágica. Só o Santa avançou, despachando o Rio Branco-ES. O Náutico parou no modesto Vitória da Conquista, enquanto o Sport optou pela Sula, até então com a obrigação da eliminação precoce na Copa do Brasil, jogando com um time mesclado com juniores contra a Aparecidense. Derrota lá e lô. Já o Salgueiro não foi páreo para a Ferroviária de São Paulo.

Desempenho na 1ª rodada da Copa do Brasil (1989-2016):

Santa Cruz
22 participações
16 classificações (72%)
6 eliminações (última em 2012)

Salgueiro
3 participações
2 classificações (66%)
1 eliminação (última em 2016)

Sport
22 participações
19 classificações (86%)
3 eliminações (última em 2016)

Náutico
21 participações
17 classificações (80%)
4 eliminações (última em 2016) 

Total*
71 participações
56 classificações (78%)
15 eliminações (última em 2016)
*Incluindo as participações de Central (2) e Porto (1)

Tabela da Copa do Brasil de 2017. Crédito: CBF/youtube

Ranking da CBF em 2016 com Sport (17º), Santa Cruz (26º) e Náutico (29º)

Ranking de Clubes da CBF - dezembro/2016

A CBF atualizou o ranking oficial de clubes após a realização de todas as competições nacionais em 2016, com o Grêmio retomando a liderança. O tricolor gaúcho, que já havia ficado em primeiro em 2013, é o primeiro clube a liderar em duas temporadas o modelo atual do ranking, implantado há cinco anos. Para desbancar o Corinthians, claro, pesou o inédito penta na Copa do Brasil.

Líderes do ranking
2016 – 15.038 pontos (Grêmio)
2015 – 14.664 pontos (Corinthians)
2014 – 15.328 pontos (Cruzeiro)
2013 – 15.286 pontos (Grêmio)
2012 – 16.208 pontos (Fluminense)

Lembrando que, para esta tabulação oficial, a entidade que comanda o futebol do país adiciona pontos apenas em seus torneios, com as Séries A, B, C e D e a Copa do Brasil. Nada estaduais ou torneios internacionais. Se leva em conta o desempenho (classificação final) nos últimos cinco anos, com pesos diferentes, dando vantagem aos anos mais recentes (veja o sistema aqui).

Com a 14ª colocação obtida no último instante da Série A, o Sport chegou ao 17º lugar do ranking, a sua melhor posição. Com isso, assumiu pela primeira vez, neste formato, a liderança no Nordeste, ultrapassando o Bahia, líder nos últimos dois anos. Não por coincidência, o rubro-negro pernambucano pontuou duas vezes na elite, com o tricolor baiano disputando a segundona. Ainda no Trio de Ferro, outra reviravolta. Apesar do descenso, a pontuação na elite (pela primeira vez) alavancou o Santa, que subiu nove posições, ficando em 26º lugar. A posição, a melhor do clube, o colocou pela primeira vez à frente do Náutico.

Outros sete clubes pernambucanos estão presentes: Salgueiro (49º,  2.461 pts), Central (85º, 789 pts), Serra Talhada (113º, 459 pts), América (148º, 255 pts), Porto (180º, 171 pts), Ypiranga (182º, 153 pts) e Petrolina (211º,  51 pts). Ao todo, 234 clubes estão listados pelo departamento de competições da CBF.

Rankings anteriores: 201520142013 e 2012.

Sport
2016 – 17º (8.019)
2015 – 19º (7.928)
2014 – 20º (6.970)
2013 – 24º (6.740)
2012 – 19º (8.284)

Náutico
2016 – 29º (5.401)
2015 – 25º (6.139)
2014 – 26º (6.470)
2013 – 21º (7.557)
2012 – 22º (8.036)

Santa Cruz
2016 – 26º (5.730)
2015 – 35º (4.310)
2014 – 36º (3.930)
2013 – 45º (3.091)
2012 – 48º (2.704) 

Abaixo, o gráfico com a evolução das colocações dos sete maiores clubes nordestinos, sendo 3 do Recife, 2 de Salvador e 2 de Fortaleza. Divisões nos âmbitos nacional e regional.

CBF regulamenta o árbitro de vídeo no Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil

Regulamento Geral de Competições da CBF, para 2017, sobre a função do "árbitro de vídeo". Crédito: reprodução

O novo Regulamento Geral de Competições da CBF, visando a temporada 2017, traz a regulamentação do uso do “árbitro de vídeo”, a nova função autorizada, ainda de forma experimental, pela Fifa. Ao todo, três artigos (acima) detalham a possibilidade da tecnologia nos campeonatos nacionais (Séries A, B, C e D e Copa do Brasil). Não há praxo para o início, mas o regulamento autoriza o uso em qualquer fase a partir do início do novo calendário oficial.

O texto frisa que a confederação não está obrigada a usar em todos os jogos, lembrando o que acontece nos principais torneios de tênis. As quadras centrais contam com o hawk-eye, o recurso tecnológico para a ver se a bola tocou na linha, ao contrário das quadras de apoio. Ou seja, em clássicos e/ou arenas, ok. Em jogos de fases preliminares e/ou estádios acanhados, dificilmente. Em relação às imagens, ainda que alguma câmera à parte do monitoramento da CBF mostre outro resultado, isso não afetará na decisão (a conferir).

Para 2017, as dúvidas para o uso do árbitro de vídeo são as seguintes:

a) Dúvida se a bola entrou ou não no gol.
b) Saídas da bola pela linha de fundo, quando na mesma jogada ou contexto for marcado gol ou pênalti.
c) Definição do local das faltas nos limites da grande área, para definir se houve ou não pênalti.
d) Gols e pênaltis marcados, possibilitados e evitados em razão de erro em lances de faltas claras/indiscutíveis, não vistas ou marcadas equivocadamente.
e) Impedimentos por interferência no jogo, caso na jogada haja gol ou pênalti.
f) Jogo brusco grave ou agressão física (conduta violenta) indiscutíveis não vistos ou mal decididos pela arbitragem.

Segundo a FPF, o Campeonato Pernambucano também terá árbitro de vídeo, num investimento de R$ 1 milhão em estrutura. Lembrando que o teste está autorizado pela Fifa até 2017 – a aprovação, ou não, sai em 2019. A consulta do replay (um apelo antigo) foi aprovada pela International Football Association Board, que organiza as regras do futebol, em 5 de março de 2016. Por sinal, o RGC de 2016, publicado em dezembro passado, considerava a possibilidade. Contudo, o tema descrito em cinco linhas, no artigo 71, condicionava o uso à aprovação da Fifa, ainda que experimental. Não foi adiante. Agora, vai…