Podcast – Análise das vitórias de Náutico e Sport e da derrota do Santa Cruz

O 45 minutos analisou as últimas apresentações do Trio de Ferro. Jogos em dias distintos, começando com a vitória tranquila dos alvirrubros, na noite de sexta-feira, na Arena Pernambuco. No sábado, o Santa Cruz jogou muito mal e foi derrotado pelo Coxa, até então sem vitória como visitante – permaneceu fora do Z4, mas bem ameaçado. No domingo, o Sport quebrou um longo jejum, batendo o Cruzeiro no Mineirão após quase quatro décadas. Analisamos os jogos, desempenhos individuais e as consequências na classificação. Ao todo, 56 minutos em gravações exclusivas. Ouça agora ou quando quiser!

22/07 – Náutico 3 x 1 Avaí (21 min)

23/07 – Santa Cruz 0 x 1 Coritiba (17 min)

24/07 – Cruzeiro 1 x 2 Sport (18 min)

Sem poder ofensivo, Santa amarga a 5ª derrota no Arruda, agora para o Coritiba

Série A 2016, 16ª rodada: Santa Cruz 0x1 Coritiba. Crédito: Coritiba/site oficial (coritiba.com.br)

O momento era bem mais favorável ao Santa Cruz, jogando em casa e com duas vitórias seguidas. Enfrentaria um adversário direto na briga contra o descenso, até então no Z4 e sem vitórias como visitante. O Coritiba não vencia há três rodadas. No futebol, essa introdução só serve para comprovar que a lógica, de vez em quando, é revirada. O Coxa ganhou por 1 x 0 no Arruda, saiu da zona e deixou o campeão nordestino numa situação complicada neste final de turno no Brasileirão. Após perder como mandante pela 5ª vez em 9 jogos, vai encarar uma sequência com Galo (fora), Grêmio (fora) e São Paulo (casa).

Teoricamente, não deve avançar muito a sua situação, hoje com 17 pontos. Somente com a lógica revirada outra vez. Para isso, vai precisar jogar bola. Contra o alviverde não chegou nem perto da vitória. Suspenso pelo terceiro amarelo, Grafite foi a principal ausência. O substituto Marion deixou o jogo ainda no primeiro tempo, para a entrada de Bruno Moraes, após o gol paranaense. Ladeado por Keno e Arthur (até a entrada de Danilo Pires), o centroavante pouco fez. Aliás, o sistema ofensivo foi quase inofensivo. 

Apesar do placar magro, o Coritiba poderia ter deixado o Recife com uma vitória mais elástica. Abriu o placar com Kléber Gladiador, batendo colocado após assistência de Kazim. Um lance dentro da área coral ocasionado após um corte errado de Tiago Costa – erraria mais. O time teve uma chance enorme para ampliar com o mesmo Kléber, que desperdiçou uma penalidade na etapa final. Foi lento para a cobrança, esperando a queda de Tiago Cardoso, que se manteve firme até o último instante. Foi o 7º pênalti defendido pelo goleiro no tricolor. Nos descontos – 5 minutos, sem ter mesmo um “abafa” dos corais -, Felipe Amorim ainda mandou na trave depois de encobrir Tiago Cardoso. As vaias dos 10.021 torcedores foram bem além do resultado. Faltou futebol.

Série A 2016, 16ª rodada: Santa Cruz 0x1 Coritiba. Crédito: Ricardo Fernandes/DP

Classificação da Série A 2016 – 15ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 15 rodadas. Crédito: Superesportes

Duas vitórias no domingo e um cenário mais favorável no Brasileirão. De manhã, o Santa Cruz goleou o América-MG, no Independência. À noite, o Sport superou o Grêmio, na Ilha do Retiro. Com duas vitórias seguidas, os corais conseguiram sair do Z4, já abrindo dois pontos. Já o Sport subiu duas posições e ficou a um ponto de deixar a zona de descenso. A dupla recifense foi ajudada pelos tropeços dos concorrentes, com derrotas de Cruzeiro e Coritiba, fora de casa, e empates de Botafogo e Figueirense, como mandantes.

Com os torcedores já fazendo as contas, o blog tenta ajudar. São duas projeções, uma com 46 pontos, a margem mínima com 100% de segurança (até hoje). A segunda considera a atual campanha do 16º lugar (o primeiro time acima da zona de descenso), que hoje tem 35,6% de aproveitamento. Ao final de 38 rodadas, esse índice resultaria em 41 pontos. Veja o que tricolores e rubro-negros precisam fazer a partir de agora…

Santa Cruz – soma 17 pontos em 15 jogos 

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 29 pontos em 23 rodadas
…ou 42,0% de aproveitamento
Simulações: 9v-2e-12d, 8v-5e-10d, 7v-8e-8d

Para chegar a 41 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 24 pontos em 23 rodadas
…ou 34,7% de aproveitamento
Simulações: 7v-3e-13d, 6v-6e-11d, 5v-9e-9d

Chance de escapar: 76,7% (Chance de Gol), 68% (Infobola) e 67,8% (UFMG)

Sport – soma 15 pontos em 15 jogos

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 31 pontos em 23 rodadas
…ou 44,9% de aproveitamento
Simulações: 9v-4e-10d, 8v-7e-8d, 7v-10e-6d

Para chegar a 41 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 26 pontos em 23 rodadas
…ou 37,6% de aproveitamento
Simulações: 8v-2e-13d, 7v-5e-11d, 6v-8e-9d 

Chance de escapar: 67% (Chance de Gol), 62% (Infobola) e 60,5% (UFMG)

A 16ª rodada dos representantes pernambucanos 

23/07 (18h30) – Santa Cruz x Coritiba (Arruda)
Histórico no Recife na elite: 1 vitória coral, 4 empates e 2 derrotas

24/07 (16h00) – Cruzeiro x Sport (Mineirão)
Histórico em BH pela elite: 1 vitória leonina, 1 empate e 11 derrotas

Classificação da Série A 2016 – 14ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 14 rodadas. Crédito: Superesportes

Iniciada no sábado, a 14ª rodada do Brasileirão só acabou na terça-feira, com o Palmeiras confirmando a liderança da competição, ao empatar o clássico com o Santos. No viés local, situações opostas, com o Sport perdendo da Ponte Preta, de virada, e o Santa Cruz vencendo o Internacional, com um golaço de Keno. Ambos seguem no Z4, ainda que a situação coral tenha melhorado, ainda mais se for considerada a tabela nas duas próximas rodadas.

Com os torcedores já fazendo as contas, o blog tenta ajudar. São duas projeções, uma com 46 pontos, a margem mínima com 100% de seguranã (até hoje). A segunda considera a atual campanha do 16º lugar (o primeiro time acima da zona de descenso), que hoje tem 35,7% de aproveitamento. Ao final de 38 rodadas, esse índice resultaria em 41 pontos. Veja o que tricolores e rubro-negros precisam fazer a partir de agora…

Santa Cruz – soma 14 pontos em 14 jogos 

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 32 pontos em 24 rodadas
…ou 44,4% de aproveitamento
Simulações: 10v-2e-12d, 9v-5e-10d, 8v-8e-8d

Para chegar a 41 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 27 pontos em 24 rodadas
…ou 37,5% de aproveitamento
Simulações: 9v-0d-15d, 8v-3e-13d, 7v-6e-11d

Sport – soma 12 pontos em 14 jogos

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 34 pontos em 24 rodadas
…ou 47,2% de aproveitamento
Simulações: 10v-4e-10d, 9v-7e-8d, 8v-10e-6d

Para chegar a 41 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 29 pontos em 24 rodadas
…ou 40,2% de aproveitamento
Simulações: 9v-2e-13d, 8v-5e-11d, 7v-8e-9d

A 15ª rodadas dos representantes pernambucanos: 

17/07 (11h00) – América-MG x Santa Cruz (Independência)
Histórico em Belo Horizonte na elite: 1 vitória coral, 1 empate e 1 derrota

17/07 (18h30) – Sport x Grêmio x (Ilha do Retiro)
Histórico no Recife pela elite: 7 vitórias leoninas, 6 empates e 3 derrotas

Podcast – Análise da goleada do Náutico e das derrotas de Sport e Santa Cruz

No fim de semana, apenas os alvirrubros festejaram, com a ótima vitória sobre o Paraná Clube, no sábado, consolidando o lugar no G4 da segunda divisão. No domingo, duas derrotas. Pela manhã, revés leonino em Curitiba. À noite, no Arruda, a terceira derrota seguida dos corais. Confira as impressões do 45 minutos sobre cada jogo, no formato “telecast”, gravadas logo após o apito final.

11/06 – Náutico 5 x 1 Paraná

12/06 – Coritiba 3 x 2 Sport

12/06 – Santa Cruz 0 x 2 Santos

Classificação da Série A 2016 – 7ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 7 rodadas. Crédito: Superesportes

A rodada foi péssima para os pernambucanos. Na manhã de domingo, em Curitiba, o Sport perdeu do Coritiba. À noite, no Arruda, o Santa foi derrotado pelo Santos. Enquanto o time leonino voltou à zona de rebaixamento após respirar por apenas uma rodada (perdeu duas colocações), os corais zeraram pela terceira vez seguida, caindo do 9º para o 14º lugar, numa perigosa aproximação do Z4, agora a um ponto de distância. Além disso, concorrentes diretos (e reais) pontuaram, como Atlético-PR (3), Ponte Preta (3), Figueirense (3) e Vitória (1).

Na próxima rodada, na quarta-feira, os clubes das multidões vão jogar no mesmo horário pela primeira vez nesta edição do Brasileirão. Cada torcida de olho no seu jogo, mas atenta a todos os outros. Desde já, é preciso.

A 8ª rodadas dos representantes pernambucanos: 

15/06 (21h00) – Santa Cruz x Figueirense (Arruda)
Histórico no Recife pela elite: 1 jogo e 1 empate 

15/06 (21h00) – Santos x Sport (Vila Belmiro, Santos)
Histórico em São Paulo pela elite: 1 vitória leonina, 5 empates e 10 derrotas

Com muitas falhas defensivas, Sport perde do Coritiba e volta ao Z4

Série A 2016, 7ª rodada: Coritiba 3x2 Sport. Foto: Coritiba/site oficial

Uma semana de descanso, aclimatação, ambiente mais favorável após a saída do Z4 e um adversário em crise. A manhã de domingo no Couto Pereira indicava uma partida mais segura do Sport, em busca de regularidade, mas o time deixa a gelada capital paranaense (6 graus) com uma derrota repleta de falhas. Sai evidenciando mais uma vez a carência técnica do elenco, enxuto demais em relação às peças efetivas. Lá na frente, os leoninos até corresponderam, com dois gols de Diego Souza, concluindo cruzamentos de Edmílson (quando teve que chutar três vezes para marcar) e de Everton Felipe (pegando o rebote após a cabeçada de Gabriel Xavier). Lá atrás, o calo.

Após os quatro gols do Atlético Mineiro, na Ilha, agora sofreu mais três. Sete gols em dois jogos? Não tem ataque que resolva – e olhe que foram seis tentos nesses mesmos confrontos. Desta vez, três falhas. Por mais que tenha criado algumas oportunidades, o Coritiba se beneficiou de três vacilos dos pernambucanos para balançar as redes. Começou com um gol após cobrança de lateral, inadmissível. Logo no comecinho do segundo tempo, a virada partiu numa bobeada de Matheus Ferraz, que entrega ao menos uma vez por jogo. O zagueiro completaria a atuação lamentável aos 11, expulso. Com um a menos, o empate – àquela altura, DS87 já havia marcado o segundo – já era lucro.

Infelizmente, o Sport sairia mesmo no prejuízo, com Lucas Claro completando um escanteio no qual a defesa quase não se mexeu – Durval até pulou, mas errou o tempo da bola. Com a expulsão de Juan aos 39 e com o longo acréscimo do árbitro, o Leão ainda teve doze minutos em condições de igualdade para buscar um novo empate, mas esbarrou no time já desmontado. Oswaldo tinha sido acionado para zaga, no lugar de Everton Felipe. Lenis entrou sem produzir nada e o volante Ronaldo, improvisado no lugar do suspenso lateral Samuel Xavier, errou demais. Nos descontos, em dois lances seguidos tentou-se uma triangulação entre Serginho, Ronaldo e Lenis. Difícil imaginar algo produtivo aí, Coxa 3 x 2. E o Sport chegou a sete partidas com apenas uma vitória e no Z4. Sem reforços, numa letargia injustificável da direção.

Série A 2016, 7ª rodada: Coritiba 3x2 Sport. Foto: Coritiba/site oficial

Cada vez mais desigual, G12 se reagrupa. Inicialmente, sem times fora do eixo

Clube dos 13

G12 se reagrupa, sem “forasteiros”
Implodido há cinco anos, o Clube dos 13 começa a ser articulado novamente. Ao menos a sua ideia original, de 1987, concentrando uma casta do futebol brasileiro. Assim como o número já não fazia sentido na versão anterior – já eram vinte clubes, na verdade -, agora também seria distinto, com doze participantes. Aqueles de sempre. Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Santos, Cruzeiro, Atlético-MG, Grêmio e Inter. Eixo Rio-SP-MG-RS. A negociação em bloco, com níveis bem divididos (e já com queixas) dentro do próprio C13, durou até 2011, quando Corinthians e Flamengo passaram a negociar os seus direitos de transmissão de forma individual, tomando boa parte do bilionário do contrato com a televisão. Sendo claro: R$ 340 milhões do bolo de R$ 1,23 bilhão (ou seja, 27%).

A nova costura…
Desde então, o modelo segue em xeque, numa espanholização clara – negada basicamente por corintianos e flamenguistas. Com o formato já esgotado, apesar do contrato acertado até 2018, com vários times estendidos até 2024 (!), os próprios clubes (e a emissora de tevê) já admitem conversar. Hora, então, de reagrupar a velha guarda. Num primeiro momento, em março de 2016, no Morumbi, os doze times se reuniram com vinte nomes tradicionais do continente para criação da liga sul-americana. Em junho, já estariam trilhando caminho solo. Ao jornal Folha de S.Paulo, a direção do Atlético Paranaense alegou que o clube foi vetado na associação. Também não houve convite ao Coritiba. Nem mesmo ao Bahia, outrora membro fundador do C13. Idem com o Sport. Imagine então com Santa e Náutico, que sequer fizeram parte da união anterior.

A força do CEP na formação da casta
Em relação à torcida, o G12 não é nada uniforme – nunca foi, aliás. O grupo concentra 63,8% da população brasileira, segundo pesquisa do Ibope em 2014, o que corresponderia a 128 milhões de torcedores. Porém, apenas Fla e Timão somam 59,9 milhões, ou 29,8% do total. Não por acaso, nesta última pesquisa nacional o Bahia apareceu empatado com o Botafogo (1,7% cada). O que difere um do outro na hora de definir a presença em uma associação do tipo? Conquistas? Possivelmente, o mercado consumidor, o CEP. Os demais, à princípio de fora desta movimentação – que sabe-se lá até onde vai, como a liga nacional -, somam 12,8%, ou 27,7 milhões de seguidores. Tecnicamente, ostentam doze títulos nacionais, entre Brasileiro, Copa do Brasil, Taça Brasil e Copa dos Campeões. Em tese, faria diferença em qualquer negociação…

Primórdios do Clube dos 13
Originalmente, lá nos idos de 1987, a premissa era a mesma, de negociar patrocínios e diretos de televisão. Na ocasião, também seriam doze clubes. Campeão de público do Brasileiro em 1985 e 1986, ano em que também terminou a competição em 5º lugar, o Bahia acabou chamado para compor o grupo. Além do mérito técnico (e mercado/torcedor), um outro objetivo no convite foi incorporar o Nordeste, tentando tirar o rótulo de elitista – o que jamais aconteceria. Assim, em 11 de julho daquele ano, surgiu o Clube dos 13. O Módulo Verde, correspondendo à metade da competição, com 16 times, foi vendido por US$ 3,4 milhões.

Ampliações
06/1997 – Sport, Goiás e Coritiba (16 clubes)

12/1999 – Guarani, Atlético-PR, Vitória e Portuguesa (20 clubes)

Classificação da Série A 2016 – 6ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 6 rodadas. Crédito: Superesportes

No sábado, o Santa Cruz perdeu do Atlético-PR, em Curitiba, chegando a dois jogos sem pontuar. Assim, em uma semana, caiu do 3º para o 9º lugar. No domingo, na Ilha do Retiro, o Sport empatou com o Atlético-MG, num jogo de oito gols e saiu da zona de rebaixamento. No mesmo período do rival, somando quatro pontos, saiu da lanterna para o 16º lugar. Para isso, os leoninos precisaram esperar o último jogo da rodada, torcendo por uma derrota do Cruzeiro, o que aconteceu – São Paulo fez 1 x 0 no Mineirão.

Como não se trata de campeonato semanal, a situação tricolor no Brasileirão segue mais confortável, três pontos à frente do rival, com uma diferença no saldo de sete gols. Mais: nas duas próximas rodadas o Santa jogará no Arruda, enquanto o Sport irá atuar duas fora. Para um, a hora de recuperar as energias. Para o outro, a necessidade de seguir reagindo. Já na briga pela ponta, o Corinthians – com uma virada sobre o Coxa marcando aos 44 e 49 do segundo tempo – passou a dupla Grenal, apesar de todos somarem 13 pontos.

A 7ª rodadas dos representantes pernambucanos: 

12/06 (11h00) – Coritiba x Sport (Couto Pereira)
Histórico em Curitiba pela elite: 2 vitórias leoninas, 5 empates e 7 derrotas 

12/06 (19h00) – Santa Cruz x Santos (Arruda)
Histórico no Recife pela elite: 5 vitórias corais, 4 empates e 4 derrotas

Todos os campeões da Taça das Bolinhas

Todos os campeões da Taça das Bolinhas, de 1975 a 1992

De símbolo-mor do Campeonato Brasileiro a sinônimo de polêmica. Durante 18 anos, a Taça das Bolinhas foi entregue ao capitão do clube campeão na imagem definitiva de cada temporada do nosso futebol. O tradicional troféu, batizado de “Copa Brasil”, foi criado em 1975 num oferecimento da Caixa Econômica Federal. Obra do artista plástico Maurício Salgueiro, com 60 centímetros e 5,6 quilos, numa composição de 156 esferas, sendo uma de ouro, banhadas a ródio para proteger a prata. Todas suspensas numa base de madeira de lei de jacarandá. Apesar da volta olímpica, a taça acabava voltando ao cofre do banco, com o clube recebendo uma réplica em tamanho reduzido, de 30 centímetros.

A curiosidade era o regulamento específico para a posse definitiva do troféu original: era preciso vencer a competição em três anos seguidos ou cinco vezes de forma alternada. Atlético Mineiro (1971), Palmeiras (1972 e 1973) e Vasco (1974) não receberam taças retroativas. Logo, a história começou com o Inter. E a primeira foto reuniu os ídolos Manga e Figueiroa, num  Beira-Rio com 82.568 torcedores. Fortíssimo, o Colorado seria bicampeão em 1976, ficando a um ano da posse. Entretanto, a má campanha em 1977 (25º lugar) acabou com a chance. Ao todo, onze clubes ganharam a Taça das Bolinhas, até 1992.

Só um não recebeu no campo, o Grêmio. Em 1981, após o triunfo no Morumbi, o tricolor fez a festa sem a taça. Tudo por causa de um recurso do Botafogo, eliminado na semifinal, evitando a homologação, o que aconteceria semanas depois, em uma entrega de faixas no Olímpico. Entre 1980 a 1985, os times também receberam um outro troféu, de mais de um metro, devido ao nome do nacional na época, “Taça de Ouro”. Voltando à Taça das Bolinhas, ela saiu de cena em julho de 1992, no Maracanã, quando o Flamengo, liderado por Júnior, sagrou-se campeão brasileiro mais uma vez. O rubro-negro carioca alegava ter sido aquela a sua quinta conquista, colocando até faixa de pentacampeão no palco, com a presença de Ricardo Teixeira, então presidente da confederação.

Ficaria mesmo na propriedade da Gávea? Como o notório imbróglio de 1987 seguia no tribunal – a decisão da Justiça Federal, a favor do Sport, só viria em 1994 -, a CBF instituiu um novo troféu no ano seguinte. Assim, o objeto de desejo da Série A foi esquecido. Até 2007, quando o São Paulo ganhou o seu quinto título e pleiteou (e recebeu) a Taça das Bolinhas. Ato administrativo logo desfeito após uma liminar do Fla, alegando que o troféu não estava mais em jogo naquele ano – de fato, a visão tem sentido. Ainda que 1987 já tenha um posicionamento do Supremo Tribunal Federal, o troféu segue fora do alcance…

Campeões da Taça das Bolinhas:
4 – Flamengo (1980, 1982, 1983 e 1992)
3 – Internacional (1975, 1976 e 1979) e São Paulo (1977, 1986 e 1991)
1 – Guarani (1978), Grêmio (1981), Fluminense (1984), Coritiba (1985), Sport (1987), Bahia (1988), Vasco (1989) e Corinthians (1990)