Santa perde do Atlético-PR e para pela 8ª vez nas oitavas de final da Copa do Brasil

Copa do Brasil 2017, oitavas de final: Atlético-PR x Santa Cruz. Foto: Marco Oliveira/Atlético-PR, via twitter (@atleticopr)

Com o empate sem gols no Arruda, qualquer igualdade na Arena da Baixada seria benéfica ao Santa. Até mesmo outro 0 x 0, estendendo a disputa à penalidades, interessante tamanha a disparidade tática e técnica. Com cinco minutos, qualquer preleção focando nisso perdeu sentido, com Nikão abrindo o placar para o Atlético-PR. Trocando três passes, o rubro-negro chegou com facilidade à meta coral. A partir dali, já havia a obrigação de balançar as redes.

No primeiro tempo, o time pernambucano passou longe disso. Os atacantes não conseguiram trabalhar uma jogada – sendo André Luís o mais lúcido -, com as duas “chances” saindo na bola parada, uma cobrança direta de Anderson Salles e outra num cruzamento bem cortado. E ainda foi para o vestiário no lucro, com Salles salvando o segundo em cima da linha. A verdade é que, mesmo sem acelerar, o Furacão criara todas as chances efetivas, com Júlio César muito bem na noite – parou o ex-companheiro Grafite. No segundo tempo, o Santa investiu na velocidade, melhorando a marcação no meio-campo. Surpreender o adversário era uma necessidade, uma vez que a saída de bola regular, a partir da zaga, não estava funcionando – com a bola indo de um lado para o outro, sem cruzar a linha central. Aos 2, Pitbull recebeu de André e bateu cruzado, raspando. Aos 7, André conduziu o lance sozinho e acertou a trave. Sobrevida, mas parou nisso.

O time de Eduardo Baptista retomou o controle depois, prendendo bem a bola e fazendo triangulações (algo inexistente no visitante). Aos 23, em mais boa trama, o meia Lucho finalizou rente ao gol, no cantinho do goleiro, 2 x 0. Logo, o jogo saíra completamente do controle do Santa, sem reação. E o que poderia ser um dia histórico, com a inédita classificação às quartas após 23 participações, tornou-se uma campanha rápida, de duas partidas, sem gols a favor. Pela 8ª vez parou nas oitavas. Quanto ao CAP, é a 9ª vez que fica entre oito melhores. E ainda levou com a cota de R$ 1,195 milhão…

Copa do Brasil 2017, oitavas de final: Atlético-PR x Santa Cruz. Foto: Marco Oliveira/Atlético-PR, via twitter (@atleticopr)

Com gol de pênalti, Santa Cruz perde a invencibilidade na Série B no Rei Pelé

Série B 2017, 3ª rodada: CRB 1x0 Santa Cruz. Crédito: Douglas Araújo/Ascom CRB

O Santa Cruz não abriu mão de seus estilo de jogo. Muita marcação, saída de jogo de forma cadenciada com os volantes e busca incessante pelo centroavante, isolado na maior parte do time. Em sua terceira apresentação na Série B, foi mais uma vez pressionado. Diante de Criciúma e Guarani, o clube aproveitou as chances criadas, sobretudo a partir de erros capitais dos adversários. Contra o combativo e líder provisório CRB, desta vez não deu.

No Rei Pelé, num jogo de 100 passes errados, o tricolor perdeu de 1 x 0, gol do folclórico Neto Baiano. O centroavante converteu um pênalti aos 28 do segundo tempo, numa marcação bem assinalada – Anderson Salles cortou com o braço, após boa defesa de Júlio César. Em desvantagem, os corais não criaram chance alguma. Só ficaram perto do empate numa falha do zagueiro Boaventura, que acertou a própria trave após cruzamento de Nininho.

A queixa da torcida passa necessariamente por Eutrópio, com soluções equivocadas no decorrer. No segundo tempo, tirou Barbio (em evolução) e colocou Primão. Com a decisão, manteve Éverton Santos em campo. Quase figurante. Outra questão foi a entrada de Ricardo Bueno. Decisivo na vitória de sábado, o atacante entrou faltando dez minutos, no lugar de Elicarlos. Foi um raro momento de ousadia do treinador coral, que demorou demais para fazer a troca. Calejado, até por ter plena convicção em seu estilo, Eutrópio terá oito de dias de cobranças. Ou, na ótica dele, claro, oito dias de preparação até uma pedreira, o Atlético-PR pela Copa do Brasil. E a vaga vale R$ 1,1 milhão…

Série B 2017, 3ª rodada: CRB 1x0 Santa Cruz. Crédito:  Ailton Cruz/FAF (federação alagoana de futebol)

Ricardo Bueno marca na estreia e Santa vence o Guarani. Ainda 100% na Série B

Série B 2017, 2ª rodada: Santa Cruz 2x1 Guarani. Foto: Peu Ricardo/DP

A chegada de Ricardo Bueno foi meteórica no Arruda. Destaque no Paulistão pelo São Bento, o atacante optou durante a semana pela proposta do Santa Cruz, em detrimento à oferta do Guarani. Acabou registrado no BID às 17h56 da sexta, no limite para estar em campo no sábado, curiosamente diante do outro interessado. Durante a partida contra o Bugre, no Arruda, Ricardo Bueno viu do banco de reservas um tricolor recorrente na temporada, marcando bem e pouco afeito às jogadas ofensivas, sempre suando para pontuar.

O início até ensaiou uma tarde tranquila. Halef Pitbull abriu o placar logo aos 4 minutos, escorando um cruzamento de Nininho (substituto de Vítor). Depois, o centroavante desperdiçaria ótima chance para ampliar. No segundo tempo, Eutrópio compactou a equipe, quase toda atrás da linha da bola. Deu campo ao Guarani, como havia dado ao Criciúma, há uma semana. E tomou pressão, como há uma semana. É uma tática bem arriscada, embora os resultados, até aqui, a justifiquem. Sem o veterano Fumagalli, o Guarani tentava bolas esticadas, buscando o grandalhão Eliandro, de passagem apagada na Ilha.

Com o placar magro próximo do fim, o treinador coral enfim acionou Bueno, no lugar de Pitbull, aos 32 minutos. Já em campo, ele viu o empate do alviverde campineiro. Num lançamento, Eliandro dividiu com Júlio César e ficou com sobra, empurrando para o gol. Entre os 6.090 espectadores, muitas vaias direcionadas à área técnica, de forma imediata. Pressionado, o mandante reagiu. Então, voltemos ao roteiro semelhante, com uma falha clamorosa do adversário. Desta vez, Caíque, que espirrou mal a bola, com Tiago Costa dominando e cruzando na medida. Na área, Ricardo Bueno subiu no 4º andar e cabeceou com força. Decisivo, como se esperava, 2 x 1. No sufoco, a segunda vitória seguida da cobra coral, 100% no Brasileiro e no G4.

Série B 2017, 2ª rodada: Santa Cruz 2x1 Guarani. Foto: Rodrigo Baltar/Santa Cruz

Santa empata com o Náutico e garante a 3ª vaga de PE no Nordestão. Na fase Pré

Pernambucano 2017, disputa pelo 3º lugar: Santa Cruz x Náutico. Foto: Peu Ricardo/DP

Arruda vazio, time reserva. Embora o Santa Cruz não tenha criado o cenário ideal para um jogo tão importante, valia a definição da terceira vaga do estado na Copa do Nordeste de 2018. Com a vantagem construída na arena, quando venceu, o tricolor jogou sem forçar. Controlou parte do jogo, com o esfacelado Náutico lutando bastante, e segurou o empate em 1 x 1, suficiente para terminar o campeonato estadual em terceiro lugar.

Com a classificação, o tricolor participará, em julho, de uma fase preliminar do regional. A etapa, recém-criada pela CBF, contará com oito clubes, divididos em quatro mata-matas. Os confrontos ainda serão definidas por sorteio. Quem passar, vai à fase de grupos da Lampions, reduzida de 20 para 16 clubes. Ou seja, durante a Série B o time de Vinícius Eutrópio terá que compartilhar o foco. Provavelmente, veremos uma equipe mais qualificada que a formação no sexto Clássico das Emoções no ano, sob olhares de 3.387 espectadores.

Pernambucano 2017, disputa pelo 3º lugar: Santa Cruz x Náutico. Foto: Peu Ricardo/DP

Jacsson no gol, Nininho na direita (neste caso justificável, devido à lesão de Vítor), Wellington Cézar, Gino, Everton Santos… Não por acaso, este time deu chance ao Náutico, que no primeiro tempo equilibrou a disputa, com boas chances de ambos os lados. O empate em branco parecia encaminhado até os 46, quando Everton Santos, que perdera um gol cara a cara, teve mais uma chance. Diante de Jefferson, o goleiro acionado no lugar do machucado Tiago Cardoso, o atacante marcou. Chegou a 6 gols no torneo. Artilheiro isolado, mesmo sem ser titular, mesmo sem agradar. Coisas desse Pernambucano.

No segundo tempo, os dois treinadores mexeram bastante, com a saída de Erick sendo a mais surpreendente. Foi a segunda vez seguida que Waldemar Lemos tirou o jovem atacante, hoje o principal nome timbu. Injustificável. Na reta final, após perder duas chances, uma delas em boa jogada de Maylson, o Náutico já parecia aceitar o revés. Até os 38, quando Anselmo pegou um rebote e empatou. A partida seguiria ate os 49, mas àquela altura o Santa enfim mostrava organização, prendendo a bola no ataque, com Pitbull de volta. No geral, o clássico não fez justiça ao nome, mas decidiu o futuro. No Santa, a 3ª participação seguida na Lampions. No Náutico, a 3ª ausência em seis anos. E nas três em que participou, não saiu da primeira fase…

Troféu Gena*
8 pontos – Náutico (2v, 2e, 2d)
8 pontos – Santa (2v, 2e, 2d)
* Em homenagem ao centenário do clássico, somando os duelos em 2017

Pernambucano 2017, disputa pelo 3º lugar: Santa Cruz x Náutico. Foto: Peu Ricardo/DP

Júlio César pega pênalti e Santa Cruz fica no empate sem gols com o Atlético-PR

Copa do Brasil 2017, oitavas de final: Santa Cruz 0 x 0 Atlético-PR. Foto: Peu Ricardo/DP

O Santa Cruz finalmente estreou na Copa do Brasil. Com o título nordestino no último ano, o tricolor ganhou a pré-classificação às oitavas de final, numa “compensação” à retirada da vaga na Sula. Em tese, o sorteio até ajudou. Como teria que enfrentar, necessariamente, um dos oito brasileiros presentes na Libertadores vigente, o time pernambucano escapou de pesos pesados como Palmeiras, Flamengo e Galo. Mas, diante do Atlético-PR, a limitação técnica mostrou que a dificuldade seria grande contra qualquer um.

Volantes lentos, dificuldade na criação, dependência da bola parada e falta de reposição, com Barbio, Primão e Everton Santos acionados no decorrer. Pouco diante de um time realmente estruturado, como é o caso do Furacão, que sai do Arruda frustrado pelo pênalti desperdiçado, com Júlio César defendendo a cobrança de Rossetto. Fora o fraco desempenho do ataque, com o ex-tricolor Grafite seguindo em jejum. Empate em 0 x 0, numa chave ainda aberta, até pela condição do time paranaense, poupando nomes.

O jogo de volta, na Arena da Baixada, será dentro de três semanas. Com R$ 1,05 milhão de cota nesta fase, o Santa pode arrecadar mais R$ 1,195 milhão caso se classifique fora de casa (empate com gols a favor). Isso significaria também uma presença inédita nas quartas de final, após 23 participações. Um pouquinho de evolução ajudaria bastante nesta possibilidade…

Copa do Brasil 2017, oitavas de final: Santa Cruz 0 x 0 Atlético-PR. Foto: Peu Ricardo/DP

Podcast – A análise do 4º Clássico das Multidões no ano, com o leão na decisão

Copa do Nordeste 2017, semifinal: Santa Cruz 0 x 2 Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

O quarto e (provável) último clássico entre Santa e Sport nesta temporada foi bem disputado, diante do maior público da Copa do Nordeste, 35 mil torcedores. Em campo, o rubro-negro se recuperou do revés em casa e se classificou no Arruda. Jogo em que atuou melhor, mas acabou perdendo três de suas principais peças, Ronaldo Alves e Diego Souza lesionados e Rithely, suspenso (e logo dos dois jogos da final). No fim, comemoração e provocação além da conta (no mau sentido). Tudo isso na pauta da gravação exclusiva do 45 minutos. Estou nessa com Celso Ishigami e Fred Figueiroa. Ouça!

03/05 – Santa Cruz 0 x 2 Sport (1h04)

Em clássico quente, Sport elimina o Santa no Arruda e chega à 5ª final no Nordestão

Copa do Nordeste 2017, semifinal: Santa Cruz x Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Everton Felipe no banco e André há doze jogos sem marcar. A pressão sobre os dois jogadores era grande. O meia, que tirou onda e teve que aguentar após as atuações apagadas, e o centroavante, com o pé descalibrado mesmo sendo participativo nos jogos, foram decisivos na noite. O Sport venceu o Santa Cruz, ampliando a vantagem no Arruda (52 x 50), e reverteu a semifinal das multidões – com a velha expressão fazendo sentido lá e lô. O rubro-negro está na decisão da Copa do Nordeste 2017 e vai em busca do tetra.

O Sport eliminou o atual campeão num clássico quente, batalhado e com grandes chances criadas, com Magrão (1T) e Júlio César (2T) acionados. Após a comemoração de Pitbull, socando o leão no escudo de concreto na Ilha, o clima ficou tenso. Embora técnicos e diretores tenham ensaiado o discurso pacificador, os jogadores entraram pilhados. Foram cinco expulsões, com Péricles Bassols vendo empurra-empurra em três momentos, com reservas invadindo o campo. Com a bola rolando, o Sport foi todo superação. Precisava marcar dois gols e com 15 minutos perdeu Diego Souza, que sentiu a coxa. Entrou Everton Felipe, que fez um golaço dois minutos depois, levando à loucura a torcida que lotou o setor na Rua das Moças, apesar da desvantagem. Com Thomás, duas vezes, o tricolor chegou perto do empate, numa postura séria, mostrando o quanto estava indefinido o confronto.

No segundo tempo, o jogo caiu, proporcionalmente às faltas e lesões. Na reta final, com o tricolor já retraído, administrando o placar, Magrão repôs a bola num chute de longa distância. Samuel Xavier aproveitou, cruzou pela direita e Vítor cortou mal. Da meia lua, André bateu de chapa, no cantinho. O gol para o necessário 2 x 0, levando o camisa 90 às lágrimas após o apito final. Apito que não encerra a campanha do Sport. Agora, terá o Bahia pela frente, no choque entre os dois campeões nacionais da região. Jogo enorme.

Sport, 5ª final em 12 participações
1994 – Campeão (vs CRB)
2000 – Campeão (vs Vitória)
2001 – Vice (vs Bahia)
2014 – Campeão (vs Ceará)
2017 – A definir (vs Bahia)

Copa do Nordeste 2017, semifinal: Santa Cruz x Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Vagas no Nordestão e na Copa do Brasil, a disputa de Santa e Náutico pelo 3º lugar

Jogos pelo Estadual 2017: Náutico 1x1 Santa Cruz e Santa Cruz 1x2 Náutico. Fotos: Peu Ricardo/DP (Arena) e Ricardo Fernandes/DP (Arruda)

Nem em Copa do Mundo a disputa pelo 3º lugar é atrativa. Em Pernambuco, o confronto foi criado em 2013, com o objetivo de definir o terceiro representante do futebol local no Nordestão e na Copa do Brasil do ano seguinte. Pelo vigor do regional, técnico e econômico, a medalha de bronze passou a ter valor, assim como a certeza na copa nacional, sem depender das vagas via ranking nacional, divulgado pela CBF apenas em dezembro, após o Brasileiro.

Creio que Santa Cruz e Náutico, envolvidos no primeiro clássico nesta fase, devam encarar o confronto pensando estritamente no planejamento de 2018. Mesmo que nos últimos quatro anos os jogos, na véspera das finais, tenham sido marcados por disputas insossas, a começar pelo público presente. Desta vez, ida na Arena Pernambuco e volta no Arruda – devido ao melhor saldo dos corais, 8 x 5, após a igualdade na campanha, com 19 pontos e 5 vitórias cada.

Considerando as primeiras cotas de 2017, o jogo vale no mínimo
R$ 600 mil – Copa do Nordeste
R$ 300 mil – Copa do Brasil

Os vencedores da disputa pelo 3º lugar no Estadual
2013 – Náutico (vs Ypiranga, 1 x 1 e 3 x 0)
2014 – Salgueiro (vs Santa Cruz, 1 x 1 e 2 x 1)
2015 – Sport (vs Central, 5 x 0 e 0 x 0)
2016 – Náutico (vs Salgueiro, 1 x 0 e 3 x 0)

Por fim, a agenda do Troféu Gena, o simbólico título em homenagem ao centenário do Clássico das Emoções, em 29 de junho. Com a disputa, chegou-se a oito jogos confirmados nesta temporada. Além dos quatro realizados, mais dois jogos pelo bronze estadual e dois pela Série B.

Troféu Gena*
7 pontos – Náutico (2v, 1e, 1d)
4 pontos – Santa (1v, 1e, 2d)
* Em homenagem ao centenário do clássico, somando os duelos em 2017

Análise da semifinal pernambucana de 2017 – Santa e a força defensiva pelo tri

Pernambucano 2017, 7ª rodada: Santa Cruz 5 x 1 Central. Foto: Peu Ricardo/Esp. DP

O Santa Cruz passou por uma grande reformulação no elenco. Do time campeão estadual e regional em 2016, apenas os laterais Tiago Costa e Vítor permaneceram após o descenso na Série A. Até o ídolo Tiago Cardoso saiu, com o ex-alvirrubro Júlio César ocupando (e bem) a vaga. Com Vinícius Eutrópio à frente do processo, o tricolor surpreendeu, mostrando competitividade rapidamente. Avançou em duas frentes, chegando às semis do Pernambucano e do Nordestão. Embora tenha adversários com mais receita e elenco nos torneios, o Santa também se faz presente para buscar novas taças. Com uma equipe inferior àquela do primeiro semestre anterior.

Hoje, está com a defesa estabilizada, o que só ocorreu após a entrada de Anderson Salles na vaga de Jaime – para completar, o zagueiro tornou-se a principal arma ofensiva, com uma bola parada calibradíssima. Embora o time tenha sofrido 10 gols, pode-se avaliar o desempenho a partir do regional, onde não poupou ninguém. Na Lampions, tomou apenas 2 em 8 jogos. Já o ataque é o empecilho nos dois torneios. Pitbull é única certeza, com seguidos testes. O tricolor até teve o ataque mais positivo no hexagonal, mas foram 13 gols diante de Central e Belo Jardim. Contra os demais, os classificados, enfrentou dificuldades. Encontrando uma solução, abre-se o caminho para o tri.

Desempenho na semifinal (2010/2016): 7 participações e 5 classificações
Vs Salgueiro na semifinal: 1 confronto (2012) e 1 classificação

O esquema tático coral é sustentado pela força dos volantes, jogadores de confiança de Eutrópio. Com David e Elicarlos retendo a bola, cresce a chance

Formação básica do time titular do Salgueiro no Estadual de 2017. Crédito: this11.com com arte de Cassio Zirpo/DP

Destaque
Anderson Salles. Com 4 gols de falta, 2 bolas no travessão e outras tentativas com perigo, o zagueiro vem mostrando um aproveitamento impressionante na bola parada rente à área, sendo elogiado até por Juninho Pernambucano.

Aposta
Léo Costa. O meia começou o ano como o principal nome tricolor, tanto na criação de jogadas quanto nos arremates de média distância. Depois, queda técnica e lesão. Perdeu espaço, mas pode ser ‘o organizador’ do ataque.

Ponto fraco
Éverton Santos. Parecia uma boa indicação – considerando custo/benefício -, mas ainda não rendeu o esperado. O artilheiro do hexagonal é o ponto fraco?! Sim. Dos 5 gols, 4 foram diante do Central, o que muda a leitura.

Campanha no hexagonal (10 jogos)
16 pontos (4º lugar)
4 vitórias (3º que mais venceu)
4 empates (2º que mais empatou)
2 derrotas (2º que menos perdeu)
19 gols marcados (melhor ataque)
10 gols sofridos (4ª melhor defesa)

Melhor apresentação: Santa Cruz 5 x 1 Central, em 18 de março, no Arruda.

Náutico vence o Santa pela 2ª vez seguida e forma o Clássico dos Clássicos na semi

Pernambucano 2017, 10ª rodada: Santa Cruz x Náutico. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Demorou, mas enfim acabou o hexagonal do Estadual de 2017. Foi mais um clássico esvaziado, desta vez entre Santa e Náutico, no Arruda, mas até valia algo. O resultado definiria o chaveamento da semifinal. Enfrentar o o calor de Salgueiro na volta ou um clássico contra o Sport? A dúvida permaneceu nas duas torcidas do primeiro ao último minuto nesta segunda. A escalação do Náutico, porém, indicava um time à parte de qualquer dúvida. Embora desfalcado de Maro Antônio, suspenso, jogou com tranquilidade, com o meio-campo de campo bem reativo. Seguiu buscando a velocidade de seus jovens valores. Abriu o placar aos 18 minutos, numa jogada trabalhada. Trocando passes, Dudu avançou pela esquerda e tocou voltando, com Erick batendo no contra-pé do goleiro Jacksson.

Em desvantagem, o desfalcado Santa – que “limpou” os amarelados na rodada anterior – passou a ter mais posse, mas sem encontrar espaço. Quando acelerou um pouco, criou boas chances, sobretudo com Wiliam Barbio, em sua melhor atuação pelo tricolor. Só lamentou a atuação de Tiago Cardoso, também em uma de suas melhores atuações pelo alvirrubro. Só no início do segundo tempo o Santa justificou de forma prática a melhora em campo, empatando com Everton Santos, após cruzamento de Barbio. O atacante, talvez a peça mais contestada no ataque titular, chegou a 5 gols no Estadual. Tornou-se artilheiro isolado.

Pernambucano 2017, 10ª rodada: Santa Cruz x Náutico. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Entretanto, o que poderia sinalizar um protagonismo coral ficou naquilo. O lance acordou o Náutico, com Milton Mendes exigindo bastante a compactação da equipe. Acompanhando o jogo pela tevê era possível ver o meio-campo preenchido a todo momento, contendo o mandante. A quinze minutos do fim, o lance capital, bem discutível. O árbitro Péricles Bassols enxergou pênalti de Wellington Cézar em Erick. Dudu chamou a responsabilidade na cobrança. Bateu, mas Jacksson defendeu. Porém, o atacante deu sorte no rebote, marcando um gol chorado. O gol da segunda vitória seguida do alvirrubro sobre o rival tricolor nesta temporada, 2 x 1.

Com isso, o Náutico alcançou a vice-liderança da competição e terá pela frente o Sport. Em dois jogos pelo hexagonal, uma vitória timbu e um empate. Quanto ao Santa, em 4º lugar, enfrentará o líder Salgueiro. Neste formato do estadual, o tricolor conquistou cinco títulos. Em nenhum deles liderou a fase classificatória. Será que esse retrospecto faz diferença na leitura deste jogo?

Troféu Gena*
7 pontos – Náutico (2v, 1e, 1d)
4 pontos – Santa (1v, 1e, 2d)
* Em homenagem ao centenário do clássico, somando os duelos em 2017

Pernambucano 2017, 10ª rodada: Santa Cruz x Náutico. Foto: Ricardo Fernandes/DP