Apático e desordenado, Sport perde do Vasco no Maracanã. Faltou respeito

Série A 2015, 27ª rodada: Vasco 2x1 Sport. Foto: DPaulo Fernandes/Vasco.com.br

Foi uma derrota constrangedora do Sport. Enfrentando o lanterna e teoricamente “mordido” após a saída repentina do técnico, esperava-se atitude no Maracanã. Com 1 minuto e 50 segundos, o placar já deixava clara a sonolência rubro-negra no returno. Num cruzamento da direita, Durval farrapou e Nenê chutou, com Ferrugem desviando para as próprias redes. Se ganhar fora de casa já era difícil (não obteve um triunfo sequer), virar parecia impossível, mesmo tão cedo.

No primeiro tempo, o time comandado interinamente por Daniel Paulista só melhorou a partir dos vinte minutos. Marlone, escolhido para a articulação no lugar do suspenso Diego Souza, demorou a se achar em campo. Aos poucos tentou alguns passes mais ousados. O mais bonito terminou também no tento leonino no Rio. Um lançamento para Elber, aos 39. O atacante dominou de costas, girou e marcou um belo gol. Àquela altura, o Leão tinha mais posse, 51%, mas marcava mal, numa desatenção que marcou toda o domingo.

Na volta do intervalo, a escalação se manteve. Bastava seguir controlando o jogo. Mas o filme negativo se repetiu na Ilha. Gol nos primeiros minutos e na bola aérea, com Rafael Vaz desempatando, 2 x 1. A partir daí, entraram Danilo (no lugar de Renê, ambos horríveis), Brocador (perdeu um gol feito) e Régis (que parece não ter força nem para levantar uma bola). Fim de jogo, com os cruz-maltinos, mesmo jogando muito mal, deixando a lanterna após nove rodadas e os pernambucanos sem palavras, evitando entrevistas. Faltou respeito à torcida.

Série A 2015, 27ª rodada: Vasco 2x1 Sport. Foto: DPaulo Fernandes/Vasco.com.br

Jantar em São Paulo termina em acordo sobre o novo técnico do Sport, Falcão

Arnaldo Barros, João Humberto Martorelli e Falcão jantando em São Paulo

Na noite da sexta, menos de 24 horas após a saída de Eduardo Batista, para o Flu, circulou nas redes sociais a foto de um encontro em um restaurante em São Paulo. Apesar da imagem de qualidade baixa, era possível destacar o vice-presidente do Sport, Arnaldo Barros, o presidente João Humberto Martorelli e o técnico Falcão. Na mesa no cantinho, três taças d’água e um suco, indicando o início de uma nova conversa. Também se tentou em fevereiro de 2014.

Provavelmente, desta vez o papo se estendeu e a conta não foi baixa (nem no restaurante nem no clube), pois o Rei de Roma, de 61 anos, foi confirmado no domingo como o novo treinador rubro-negro, acabando a especulação sobre a efetivação de Daniel Paulista, interino no Rio, contra o Vasco. Com uma carreira irregular, Falcão não exercia a função desde 2012, quando passou pelo Bahia. Desde então, no futebol, limitou-se cursos e comentários na tevê.

Em 2015, chega à Ilha do Retiro para comandar a equipe na Série A e na Copa Sul-Americana. Vem acompanhado do renomado preparador físico Paulo Paixão, que ocupará a vaga deixada por Luís Fernando, também a caminho do Fluminense. Falcão e Paulo Paixão acumulam passagens na Seleção Brasileira, em 1991 e 1994/2002/2004/2014, respectivamente.

Rubro-negro, o que você achou da escolha de Paulo Roberto Falcão?

Recife entre as praças com mais partidas do Flamengo na televisão aberta

Jogos do Flamengo na TV aberta em 2014. Crédito: Ibope/Repucom

Um levantamento do Ibope aponta que o Flamengo teve 46 partidas exibidas na televisão aberta em 2014, considerando Globo e Band. Isso atraiu a atenção, nem que por um minuto, de 134 milhões de telespectadores. Outro dado interessante é o número de jogos do Fla transmitidos nas 15 principais praças. Como alguns jogos no Maracanã, por força de contrato, não passaram para o Rio, a cidade com mais apresentações foi Manaus (38 x 37).

O quadro divulgado por José Colagrossi, o diretor-executivo do Ibope/Repucom, especializado em pesquisas de impacto e eficiência do patrocínio no esporte, segue com o Distrito Federal, fechando a elite do mercado rubro-negro. Na Série A de 2015, Brasília abrigou um público de 67 mil pessoas para Fla x Coxa, justificando a audiência. Em 4º lugar, o Recife. À frente de centros com mais torcida flamenguista (reconhecidamente), como Salvador, Fortaleza e Vitória.

Apesar da presença regular de Sport, Santa Cruz, Náutico nas Séries A e B, a influência midiática do Mengo (por opção de quem transmite, claro) toma parte da programação. Na capital do estado foram 28 jogos, ou 60% do conteúdo aberto do time carioca! Como Globo e Band contam, um mesmo jogo exibido pelas duas aparece duas vezes. Em Pernambuco, o maior índice de torcida já alcançado pelo Fla foi de 8%, segundo o Plural Pesquisa, em 2011, o que corresponderia a 703 mil pessoas na época. Contrasta bastante com a grade.

Classificação da Série A 2015 – 26ª rodada

A classificação do Brasileirão 2015 após 26 rodadas. Crédito: Superesportes

Abrindo a 26ª rodada, na quarta-feira, o Sport empatou com o Joinville, com André marcando o gol aos 45 do segundo tempo. Apesar das vitórias de Inter e Santos diante de Corinthians e Galo (líder e vice-líder, respectivamente), a rodada do Brasileirão acabou sendo “positiva”, pois Atlético-PR e Flamengo perderam como mandantes (apesar das apresentações no Couto Pereira e no Mané Garrincha), enquanto o São Paulo ficou num empate sem gols com a Chape. Assim, a diferença do Leão em relação ao G4, mesmo com o “tropeço” diante do vice-lanterna, se manteve em cinco pontos. Agora, já sem o técnico Eduardo Batista, terá o lanterninha pela frente… Mas é bom respeitar.

A 27ª rodada do representante pernambucano
20/09 (16h00) – Vasco x Sport (Maracanã)

Histórico no Rio de Janeiro: 4 vitórias leoninas, 2 empates e 3 derrotas.

Eduardo Batista troca Sport pelo Flu e deixa a Sul-Americana para outro nome

Eduardo Batista confirmado como técnico do Fluminense. Crédito: Site oficial do Fluminense

Às 19h23 desta quinta-feira, o site oficial do Fluminense confirmou Eduardo Batista como novo técnico do clube, firmando um contrato de um ano e meio. A notícia, logo após o empate em Joinville, surpreendeu a cúpula do Sport, que, contatada pela imprensa, recebeu a informação com incredulidade.

O treinador comandou o Leão durante 122 partidas (1 ano e 7 meses)
55 vitorias
30 empates
37 derrotas

Na Ilha do Retiro, o trabalho do filho de Nelsinho resultou em dois títulos (Copa do Nordeste e Estadual, ambos em 2014) e no comando da equipe na primeira divisão, sempre no meio da tabela. Em 2014 e 2015, porém, viveu jejuns na Série A, aumentando a pressão, ora pela falta de peças ora pela estrutura tática desgastada. Apesar do discurso sobre a permanência até dezembro, devidamente bancado pela direção, Eduardo acabou topando um novo projeto.

No Tricolor, Eduardo terá a sua primeira experiência no centro de mídia no país, Rio-SP. No elenco, terá as estrelas Ronaldinho e Fred. Sem dúvida, um trabalho distinto, ainda mais para um profissional em seu segundo ano na função.

Ao Sport, a busca pelo técnico deve ser imediata, faltando menos de uma semana para a disputa contra o Huracán, pela oitavas de final da Copa Sul-Americana. E o discurso do novo nome deve ser afinado 100% com o torneio, o caminho rubro-negro nesta temporada, paralelamente à confirmação na elite.

Alguma ideia sobre o perfil do novo técnico do Leão?

Um medalhão, um emergente, um estrangeiro…? Opine.

Podcast 45 (172º) – As metas de Santa, Náutico e Sport até dezembro de 2015

A nova edição do 45 minutos começou com o balanço da Série B, analisando a vitória do Santa Cruz em Varginha, com a matemática para reaproximar o time do G4 e as opções que Martelotte ganhou (sobretudo Bruno Moraes). Antes virar o assunto, um debate sobre a situação de Raniel, que entrou na justiça para deixar o clube. Sobre o Náutico, que empatou em casa com o Atlético-GO, comentamos o distanciamento do time, quase fora da briga – não por acaso, o tema “eleições’ já se tornou realidade. Por fim, o Sport, virando a chave do Brasileiro, na zona da marola após o empate com o Joinville, tendo a Copa Sul-Americana como meta possível até o fim do ano.

Confira um infográfico com as principais atrações da gravação aqui.

Nesta edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Apesar da fraca atuação, Sport arranca empate em Joinville no finzinho

Série A 2015, 26ª rodada: Joinville 1x1 Sport. Foto: Joinville (facebook.com/JECoficial)

Durante a transmissão no Premiere, o comentarista Paulinho Criciúma disse: “É o pior Sport que eu vi esse ano”. Se havia alguém que poderia dizer isso, era mesmo o ex-jogador, pois ele comentou as quatro partidas do Leão em Santa Catarina. E nas anteriores, o clube conseguiu render em campo, mesmo com empates contra Chapecoense e Avaí e a derrota, de virada, para o Figueirense.

Diante do Joinville de Marcelinho Paraíba, um visitante estático, numa cadência difícil de compreender. Para completar, os corriqueiros erros ofensivos, com Maikon Leite pecando na cara do gol e Régis, que entrou no intervalo, desperdiçando duas oportunidades claríssimas. Na Série A faz falta. Em desvantagem desde os 39 do primeiro tempo, quando Edigar Junio ficou sozinho para marcar após uma sucessão de erros (Durval, Ferrugem e Renê), o time pernambucano manteve a busca por espaço até o limite do jogo, apesar da fragilidade técnica do adversário, afundado na zona de rebaixamento.

Chegou a irritar a passividade para tentar uma bola enfiada, uma jogada mais ousada. Seguiu assim até os 45 minutos, quando Marlone, com muito preciosismo na noite, resolveu jogar para frente, num belo passe para André. O atacante dominou e teve calma para mandar no cantinho direito de Agenor, herói até então. O gol para cravar o 1 x 1, o 13º empate do Sport no Brasileirão, ainda sem vitórias fora de casa. Com o futebol visto de norte a sul, fica mesmo difícil.

Série A 2015, 26ª rodada: Joinville 1x1 Sport. Foto: Carlos Jr./Futura Press

Classificação da Série A 2015 – 25ª rodada

A classificação da Série A 2015 após 25 rodadas. Crédito: Superesportes

O Sport venceu o Fluminense e voltou a figurar na primeira metade da tabela do Brasileirão, em 10º lugar, ultrapassando o próprio adversário. O fim do jejum, após dez rodadas, também desafogou a situação do time relação ao rebaixamento, com Goiás, Figueirense e Coritiba perdendo. Assim, a diferença para o 17º lugar, o primeiro do Z4, subiu de 6 para 9 pontos. Um alívio maior, sem dúvida. No topo do campeonato, o Corinthians voltou a descolar nesta 25ª rodada, abrindo cinco pontos sobre o Galo, que ficou no empate com o clássico contra o Cruzeiro. E no G4, há um favorito ao 4º lugar?

A 26ª rodada do representante pernambucano
16/09 (19h30) – Joinville x Sport (Arena Joinville)

Histórico em Santa Catarina na elite: 1 vitória leonina e 1 derrota.

Sport volta a vencer no Brasileirão 56 dias depois, derrubando o Fluminense

Série A 2015, 25ª rodada: Sport x Fluminense. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O confronto entre Sport e Fluminense era um legítimo “crise x crise”, com o time pernambucano há 56 dias sem uma vitória no Brasileirão e o Flu também em queda livre, num jejum de 28 dias. Na Arena Pernambuco, o vencedor amenizaria a situação, já no meio da tabela, flertando com a parte de baixo. Tratando do lado pernambucano da história, era preciso retomar a pegada, fato marcante na grande fase da equipe no início do campeonato.

Pressionado, Eduardo Batista saiu da zona de conforto e escalou André e Brocador juntos e Diego Souza de segundo volante, no lugar de Wendel. No comecinho, a formação quase ficou com dez, pois Durval escapou de ser expulso. Depois, aos 17 minutos, em um estádio morno, o único gol da noite, através de outra novidade. Com Renê suspenso, Danilo ganhou mais uma chance. Atuou na sua função específica na lateral, esporadicamente se apresentando no ataque. Numa dessas investidas, após bela triangulação, André deixou de calcanhar para o contestado jogador acertar um belo chute, 1 x 0.

Após a vantagem, recuaria de novo? Em tese, sim, pois o Sport não fez uma grande partida. Tentou trocar passes, gastando o tempo, mas pouco atacou. O Flu também não finalizou muito, mesmo com Fred, mas teve várias cobranças de falta próximas à área, assustando a torcida “azul”. No segundo tempo, Eduardo mexeu na estrutura. Adotou um 4-4-2 clássico, com Régis no lugar de Maikon Leite. Depois, entraram Elber e Wendel, saindo André e Marlone, com DS87 avançando. Uma coisa não mudou: a garra desde o início. Bastou.

Série A 2015, 25ª rodada: Sport x Fluminense. Foto: FOTO NELSON PEREZ/FLUMINENSE F.C.

Árbitro de vídeo no Brasileirão a partir de 2016. Bravata ou não, a CBF pediu à Fifa

Tecnologia no futebol? Crédito: Fifa

A quantidade de erros dos árbitros no Campeonato Brasileiro de 2015 pode ter motivado uma mudança histórica. O “pode” se deve à vontade da International Football Association Board (Ifab), o órgão que regulamenta as regras do futebol, através da Fifa, acerca da solicitação da CBF, a pedido dos clubes, para o uso da tecnologia nas partidas da Série A a partir de 2016 (e posteriormente das demais séries). O tal “árbitro de vídeo”, consultado pelo juiz principal, analisaria os seguintes lances (polêmicos), de acordo com a confederação brasileira:

a) Dúvida se a bola entrou ou não no gol.
b) Saídas da bola pela linha de fundo, quando na mesma jogada ou contexto for marcado gol ou pênalti.
c) Definição do local das faltas nos limites da grande área, para definir se houve ou não pênalti.
d) Gols e pênaltis marcados, possibilitados e evitados em razão de erro em lances de faltas claras/indiscutíveis, não vistas ou marcadas equivocadamente.
e) Impedimentos por interferência no jogo, caso na jogada haja gol ou pênalti.
f) Jogo brusco grave ou agressão física (conduta violenta) indiscutíveis não vistos ou mal decididos pela arbitragem.

Ou seja, o uso das imagens da televisão a caminho do Brasileirão seria uma espécie de “laboratório” para todas as competições mundo afora – em 2011, por exemplo, o Campeonato Pernambucano foi um teste em relação aos árbitros de linha de fundo. A infraestrutura para essa novidade nem seria um problema, pois todas as 380 partidas da competição são televisionadas, com pelo menos 16 câmeras instaladas. O mesmo cenário ocorre na Série B, diga-se.

O debate entre a CBF e os clubes deve analisar, também, o número de ações durante a partida, para que a peleja não seja paralisada constantemente, como ocorre na NFL. Com o fraco rendimento dos árbitros do país, é capaz de o futuro “árbitro de vídeo” se tornar o verdadeiro árbitro do jogo…